quarta-feira, 4 de setembro de 2024

Sua Majestade Imperial Dona Leopoldina, Imperatriz do Brasil

 



 

Desembarque da arquiduquesa Leopoldina no Rio de Janeiro em 5 de novembro de 1817 por Debret.

 

O Conceito de Dinástico  se aplica “a sequência de indivíduos de uma mesma família que ocupam determinada função, cargo ou posto de poder, hereditários”.

Comumente é aplicado as famílias imperiais, reais, ducais, principescas, condais, baronias, ou fidalgas, sempre dependendo do título de seus governantes ou condição de nobreza,  cujos membros se sucedem no poder, criando assim uma Dinastia.

Casa de Habsburgo, Haus Habsburg em alemão, também conhecida por Casa da Áustria ou Casa d'Áustria (em alemão: Haus Österreich), é uma Dinastia das mais importantes e influentes da história da Europa do século XIII ao século XX, cujos membros governaram vários estados e territórios.

E foi nessa Dinastia elevada a realeza em 1273, sendo  denominada a "família imperial" do Sacro Império Romano-Germânico, que nasceu a arquiduquesa Carolina Josefa Leopoldina Francisca Fernanda, em alemão: Caroline Josepha Leopoldine Fernanda Francisca, a nossa Imperatriz Leopoldina.

Francisco II & I, da Dinastia  de Habsburgo,  pai de Dona Leopoldina para salvar sua Casa Imperial cedeu ao ultimato de Napoleão Bonaparte e abdicou ao Título milenar de Imperador do Sacro Império Romano-Germanico assumido o de Imperador da Austria em 10 de agosto de 1806, e mais, se viu obrigado a concordar com o casamento de sua filha mais velha arquiduquesa Maria Ludovica Leopoldina Franziska Therese Josepha Lucia, Maria Luísa de Áustria, com o general-imperador Napoleão, a tornando assim “ a segunda esposa de Napoleão e, como tal, Imperatriz dos Franceses e Rainha da Itália desde seu casamento em 1º de abril de 1810 até sua abdicação em 6 de abril de 1814”.

O sogro de Dona Leopoldina, o senhor Dom João Maria José Francisco Xavier de Paula Luís António Domingos Rafael, futuro Dom João VI, ainda Principe-Regente em nome de sua mãe, a rainha Dona Maria I, com seu extraordinário Senso Dinástico , para salvaguardar sua Casa Real, resolveu  “passar com a rainha minha senhora e mãe, e com toda a real família, para os estados da América, e estabelecer-me na Cidade do Rio de Janeiro até à paz geral”.

Dona Leopoldina com seu senso dinástico natural , de nascença, e com o exemplo de seu sogro, tomou o sagrado compromisso de fidelidade ao Brasil.

Foi para o Brasil que ela veio.

Foi no Brasil que ela casou.

Foi no Brasil que ela teve filhos.

Foi ao “ som do mar e da luz do céu profundo, de nossos bosques[ que]  têm mais vida, sob  o Sol do Novo Mundo” , que a senhora Dona Leopoldina, uma arquiduquesa da Áustria, se apaixonou pelo Brasil.

O escritor Paulo Marcelo Rezzutti, nascido em 1972, na cidade de São Paulo, escreveu um livro cujo título é notável  “ D. Leopoldina, a história não contada. A mulher que arquitetou a Independência do Brasil “, de 2017, pois é isso mesmo, a austro -brasileira Leopoldina é que por amor ao Brasil decretou como Princesa Real do Reino Unido e Regente a Independência do nosso Brasil, Decreto de 13 de agosto de 1822.

Dona Leopoldina sobre o Dia do Fico- um evento que Dom Pedro se tornou protagonista - no dia 8 de janeiro de 1822, escreveu uma carta a seu compatriota dizendo que: “O príncipe está decidido, mas não tanto quanto eu desejaria. […] Muito me tem custado alcançar isto tudo – só desejaria insuflar uma decisão mais firme”.

Dom Pedro era português, Dom Pedro era herdeiro da Coroa Portuguesa e do Império Transcontinental Português, e como seu pai queria manter a sua Dinastia no Poder desse Estado Europeu e em suas colônias espalhadas pelo mundo, e isso é incontestável, tanto que acabou se tornando Dom Pedro IV de    10 de março de 1826 a 2 de maio de 1826, e quando pode, com a desculpa de defender os direitos de sua filha, Dona Maria II, ao Trono embarcou para a Europa de ‘mala e cuia’.

Dona Leopoldina não morreu aqui e está sepultada no Brasil.

SE fosse Dom Pedro que estivesse no Governo certamente não haveria o rechaço total aos Decretos das Cortes em Lisboa, certamente ele ia ‘comer o mingua pelas beiradas” apesar do clima belicoso instalado na cidade do Rio de Janeiro entre o partido brasileiro e o partido português.

Todavia com Dona Leopoldina a ‘coisa’ era diferente.

E “ em 2 de setembro de 1822 Dona Leopoldina presidindo o Conselho de Estado e por unanimidade de seus membros optaram pela separação do Brasil e que essa decisão fosse levada imediatamente a Dom Pedro em viagem para a cidade de São Paulo”.

Nada de volta da família do Principe para Portugal.

Nada de restabelecimento do malfado “ Pacto Colonial” no Brasil.

Nada de humilhação para o seu marido, para ela e sues filhos, pois Dom João Vi sofria humilhação sobre humilhação das Cortes  e acabou assassinado.

Era o Brasil para os brasileiros e Dom Pedro como seu Monarca.

Escreveu essa notável mulher para seu marido:

“O Brasil será em vossas mãos um grande país. O Brasil vos quer para seu monarca”.

“ Com o vosso apoio ou sem o vosso apoio ele fará a sua separação.”

“O pomo está maduro, colhei-o já, senão apodrece.”

Mas, o que era esse Conselho?

O Conselho dos Procuradores das Províncias, também denominado Conselho de Estado, foi criado por D. Pedro I por decreto de 16 de fevereiro de 1822 tendo como objetivo "criar um centro de união e força que impedisse o desmembramento do país, mantendo a sua unidade política, na iminência de fracionar-se em virtude do estabelecimento de juntas governativas provisórias, independentes entre si e subordinadas ao governo de Lisboa."

Portanto sua “função era de aconselhar o Principe Real Regente nos negócios mais importantes e difíceis

examinar os projetos de reforma administrativa que lhe fossem enviados, propor medidas e planos que parecessem mais urgentes e vantajosos para o bem-estar do Reino Unido do Brasil advogar e zelar cada um de seus membros pelas utilidades de suas respectivas províncias”.

Seus membros foram por localidades que para mim são os “Patriarcas da Independência” junto com José Bonifacio de Andrade e Silva  :

1.   Minas Gerais: José de Oliveira Pinto Botelho Mosqueira,  Estêvão Ribeiro de Resende(  primeiro barão com grandeza, conde e marquês de Valença), Manuel Ferreira da Câmara Bittencourt Aguiar e Sá ( senador do Império do Brasil de 1827 a 1835);

2.   Espírito Santo: José Vieira de Matos;

3.   Santa Catarina: Joaquim Xavier Curado( Conde de São João Das Duas Barras);

4.   São Paulo: Antônio Rodrigues Veloso de Oliveira, Manuel Martins do Couto Reis;

5.   Rio Grande do Sul: Antônio Vieira da Soledade

( sacerdote católico e Senador do Império do Brasil, cargo vitalício);

6.   Paraíba: Manuel Clemente Cavalcanti de Albuquerque;

7.   Goiás: Manuel Rodrigues Jardim.

O Conselho foi “extinto por lei de 20 de outubro de 1823, sendo sua representatividade nacional das províncias com a Constituição de 1824 pelos deputados”.

E assim se faz justiça a senhora Dona Leopoldina  cujos Títulos e estilos foram:

1.   De 2 de janeiro de 1797 – 6 de novembro de 1817: Sua Alteza Imperial e Real, a Arquiduquesa Leopoldina da Áustria, Princesa da Hungria, Croácia e Boêmia

2.   De 6 de novembro de 1817 – 12 de outubro de 1822: Sua Alteza Real, a Princesa Real do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves

3.   De 12 de outubro de 1822 – 11 de dezembro de 1826: Sua Majestade Imperial, a Imperatriz do Brasil

4.   De10 de março de 1826 – 28 de maio de 1826: Sua Majestade Fidelíssima, a Rainha de Portugal e Algarves

 E tenho dito.

Jorge Eduardo Garcia

 

                                                                            Por Debret 

 

 

quinta-feira, 15 de agosto de 2024

Napoleão I


 Napoleonne : Nascido em Ajaccio, ilha da Córsega em 15 de agosto de 1769, portanto, a 255 anos.

O general Buonaparte que virou imperador dos franceses e rei da Itália.

Os Buonaparte

Os Cadolingi Condes de Pistoia e Fucecchio, Nobres de origem Longobarda, com feudos no Vale do Rio Pesa e nas Colinas Pisane (Colline Pisane).

O último dos Cadolingi que se tem notícia foi o nobre Ugolino III, que morreu em 1113 e é dele que descende a Família Buonaparte, e La Maison Impériale de France, a Família Imperial Francesa dos Bonaparte.

A Família de Ugolino III se estabeleceu primeiramente na Lunigiana, a seguir em Florença, por fim na Repubblica di Genova em duas localidades, a de San Miniato e a de Sarzana.

Francesco Buonaparte, dito Il Mauro, mudou-se para Córsega no Século XVI.

Primeiro se estabeleceu em Bastia onde um Giovanni Buonaparte foi responsável pela administração em tempos da Republica de Genova, sob o governo Tomasino Campofregoso, Doge della Repubblica di Genova.

Em 20 de setembro 1769 o Rei de França por Ordenança Real (ordonnance royale ) criou uma comissão (chancellerie)  no Conselho Superior da Córsega (conseil supérieur de la Corse)  para  verificar as famílias nobres da Córsega, e para ser reconhecida tinha que der no mínimo 200 anos de Fidalguia (patriciat), e os Buonapartes conseguiram fazer prova.

Carlo Maria Buonaparte, reconhecido Noble, com estofo de Nobreza provada para além de 200 anos, pelo o Conselho Supremo da Córsega, Advogado ao Conselho Supremo da Córsega, deputado pela Córsega, cortesão na Corte de Versalhes em tempos de Luis XVI,  e Donna Maria Letizia Ramolino, uma ardorosa militante em prol da independência da Córsega, e que nunca aprendeu francês, foram os pais de:

1.   Joseph ( nascido Giuseppe Buonaparte, príncipe francés, rei de Nápoles, rei da Espanha, Pretendente ao Trono Imperial Francês de 22 de junho de 1815 até 7 de julho de 1815);

2.   Napoleão ( Nobile Napoleone Buonaparte, Napoleão Bonaparte, Primeiro Cônsul da República Francesa, ua Majestade Imperial Napoleão I, por Graça de Deus e as Constituições da República, Imperador da França, Sua Majestade Imperial e Real Napoleão I, pela graça de Deus e as Constituições da República, Imperador da França, Rei de Itália, Sua Majestade Imperial e Real Napoleão I, pela graça de Deus e as Constituições da República, Imperador da França, o Rei da Itália, Protetor da Confederação do Reno, Sua Majestade Imperial e Real Napoleão I, pela graça de Deus e as Constituições do Império, Imperador da França, o Rei da Itália, Protetor da Confederação do Reno, Mediador da Confederação Helvética, Sua Majestade Imperial Napoleão I, pela graça de Deus e as Constituições do Império, Imperador da França:  

3.   Luciano ( nascido Luciano Buonaparte, príncipe francês, 1º Príncipe de Canino e Musignano, um título dado pelo Sumo Pontífice Pio VII, 251º Papa da Igreja Católica Apostólica Romana);

4.   Elisa (nascida Anna Maria Buonaparte, princesa francesa, princesa de Lucca e Piombino.                     Elevada à condição de Soberana do Principado Soberano de Piombino pelo decreto de 27 anos Ventose XIII (18 de março de 1805) assinado por Napoleão, que tinha grande interesse estratégico naquela aera, uma vez que ela está perto das ilhas de Elba e Córsega. Governou com seu marido Príncipe Félix Baciocchi, Príncipe Frances, General do Império, Grande Águia da Legião de Honra, com o Grande Colar da Legião de Honra, contudo na pratica a governante era ela, até 13 de março de 1814 e por sinal excelente governante  );

5.   Louis ( nascido  Luigi Buonaparte, príncipe francês, pela Graça de Deus e a Constituição do Reino Rei da Holanda,   conde de Saint-Leu até a morte em 25 de julho de 1846 (idade 67);

6.   Pauline ( nascida Maria Paola Buonaparte, conhecida simplesmente como Paolina Bonaparte, princesa francesa, a única que se casou com um Príncipe de Sangue (  nobre italiano Príncipe Camille Borghèse /Don Camillo Filippo Ludovico Borghese, Príncipe Romano, Príncipe do Império, 6º Príncipe di Sulmona e 7° Principe di Rosano, Duque de Guastalla de 1805-1813, Duque e Príncipe de Guastalla de 19 de julho de 1775 -até 9 de maio de 1832, 7° Principe  di Vivaro, 10° Principe di Sant’Angelo e di San Polo, 8° Principe di Meldola,  6° Principe di Montecompatri, 6° Duca di Palombara, 6° Duca di Canemorto e Castelchiodato, 6°  Marchese di Mentana, Marchese di Moricone, Marchese di Civitella Vicovaro, Marchese di Percile, Marchese di Norma, 6° Conte di Vallinfreda e di Chia, 6° Barone di Cropalati, Signore di Monteporzio Olevano, Attigliano, Morlupo, Montefortino, Montorio in Valle, Cretone, Poggio Moriano, Petescia, Pozzaglia, Stabia, Stazzano, Scarpa, Castelvecchio, Collepiccolo e di Licenza, Duca di Sarsina, Duca  di Carpineto, Signore di Maenza, Gavignano, Caminate, Campiana, Petrella, Dungario, Monte  Castello, Perticara, Polenta, Manchio, Collinella, Sapigno, Torrita , Grande di Spagna, Patrizio Napoletano, Patrizio Veneto, Patrizio Genovese (i titoli presenti sul territorio del Regno delle Due Sicilie - Rossano, Sulmona e Cropalati, il patriziato napoletano – foram reconhecidos, Príncipe do Império, Grand collier de la Légion d'honneur, Grand dignitaire de l'Empire ) que a elevou ao rango de Principessa Borghese, duquesa de Guastalla,  princesa de Guastalla de 1806 até sua morte em 9 de junho de 1825;

7.   Carolina (nascida Maria Annunziata, por casamento Carolina Bonaparte Murat, Princesa Francesa, Princesa Murat, grã-duquesa de Berg e Cleves, rainha consorte de Nápoles por seu casamento com Joaquim Murat - Gioacchino  Napoleonne Murat, nascido Joachim Murat-Jordy , primeiro príncipe Murat , depois Sua Maestà, per grazia di Dio e la Costituzione dello Stato, Re di Napoli de 1 de agosto de 1808 até 2 de maio de 1815. Adotou o título de 'Condessa de Lipona'. 'Lipona' é um anagrama de 'Napoli' (Nápoles) até a sua morte em Florença, 18 de maio de 1839);

8.   Girolamo ( Jeronimo, nascido Girolamo Buonaparte, príncipe francês, Sua Majestade Jérôme Napoleon I, Pela Graça de Deus e pela Constituição, Rei de Westphalia, príncipe de Montfort, Governador Geral dos Inválidos (Gouverneur général des Invalides) ,  Marechal de França, Presidente do Senado e príncipe imperial).

Um fato pitoresco é que nenhum descendente de sangue do próprio Napoleão I está reinando em qualquer Nação, ao contrário dos descendentes das duas mulheres que ele repudiou, Désirée e Josephine, que estão nos dias de hoje nos Tronos da Suécia, Noruega, Dinamarca, Bélgica, Luxemburgo, Espanha, Gales, e através  do Príncipe Filipe da Grécia e Dinamarca, Duque de Edimburgo, Príncipe Consorte de SM a Rainha Elizabeth II , no Reino Unido da Inglaterra, Escócia e Irlanda,  e nos Reinos da Comunidade de Nações.

Todas as pessoas que eu conheço que são admiradoras de Napoleão apreciam demais suas vitorias militares, suas batalhas nas Guerras Napoleônicas, que se estendeu de 1803 a 1815. Era Napoleão contra todos os Soberanos da Europa, inclusive o Imperador Autocrata de Todas as Rússias, monarca do extremo leste europeu.

Já eu não.

Eu gosto do Napoleão  que por força das circunstâncias se tornou legislador, civilista, renovador no campo das relações do Estado com as religiões.  

A Obra Prima de um dos governos  que chefiou é  sem dúvida nenhuma o Code Civil, ou código civil, posteriormente, chamado de Code Napoléon, ou Código Napoleônico.

Uma comissão composta pelos advogados: Cambacérès, Trochet, Bigot Du Pémameneu, Portalis e Mavile” para elaborarem o projeto do Código Civil.

O mais importante foi Jean-Jacques-Régis de Cambacérès, duque de Parma, Arqui-Chanceler do Império e Presidente da Câmara dos Pares, nobre de nascimento, advogado, maçom e estadista. Ele é mais lembrado como o principal autor do Código Napoleônico, que ainda forma a base do direito civil francês e do direito civil de inspiração francesa em muitos países.

Estrutura do Código:

As categorias do Código Napoleônico não foram baseadas nas antigas leias francesas, mas sim no Código Justiniano, o Corpus Juris Civilis, e mais precisamente nas Institutas, onde são expostas noções gerais, definições e classificações. As institutas dividem a lei como a lei das:

Pessoas;

Coisas;

Ações;

Similarmente, o Código Napoleônico é dividido dessa forma:

Título Preliminar: tratam de assuntos como as regras de publicação e a não retroatividade das leis em geral, contudo, não pode ser considerada uma parte geral.

Livro Primeiro: pessoas;

Livro Segundo: bens;

Livro Terceiro: aquisição de propriedade.

“O desenvolvimento do Código Napoleônico foi fundamental para a mudança da natureza do sistema de leis civis, fazendo com que as leis se tornassem mais claras e acessíveis devido a uma linguagem mais precisa e direta”.

“O Código Napoleônico é o mais influente dos códigos legais.  Formando as bases dos sistemas legais modernos da Itália, dos Países Baixos, da Bélgica, da Espanha, de Portugal, Brasil, Suíça, Alemanha e Áustria, fazendo dele – erroneamente- o maior legado de Napoleão”.

No campo da Religião:

Com o objetivo de usar a religião como instrumento de poder político, Napoleão assinou um acordo, a Concordata de 1801, entre a Igreja Católica e o Estado. O acordo, sob aprovação do Papa Pio VII, dava direito ao governo francês de confiscar as propriedades da Igreja e, em troca, o governo teria de amparar o clero. Napoleão reconhecia o catolicismo como religião da maioria dos franceses, mas se arrogava o direito de escolher bispos, que mais tarde seriam aprovados pelo Papa.

Napoleão emancipado judeus, bem como os protestantes nos países católicos e católicos nos países protestantes, inclusive expandindo os seus direitos de propriedade, adoração e carreiras. Apesar da reação antissemita para políticas de Napoleão de governos estrangeiros e no interior da França, ele acreditava emancipação beneficiaria França, atraindo judeus ao país, dadas as restrições que enfrentam em outros lugares.

Ele afirmou: "Eu nunca vou aceitar quaisquer propostas que obrigam o povo judeu a deixar a França, porque para mim os judeus são o mesmo que qualquer outro cidadão no nosso país. É preciso fraqueza para persegui-los para fora do país, mas é preciso força para assimilá-los. "

ERA BOM QUE O FRANCÊS DE HOJE LEMBRASSE DESSA FRASE DE SEU HERÓI NACIONAL.

Napoleão era visto como tão favorável aos judeus, em contrapartida a Igreja Ortodoxa Russa o condenou formalmente como "Anticristo e o inimigo de Deus".

Napoleão foi batizado em Ajaccio em 21 de julho de 1771. Ele foi criado como católico, mas nunca teve realmente Fé.

Napoleão teve um casamento civil com Josefina de Beauharnais, sem cerimônia religiosa. Napoleão foi coroado imperador em 2 de dezembro de 1804 em Notre-Dame de Paris, em uma cerimônia presidida pelo papa Pio VII. Na véspera da cerimônia de coroação e por insistência do Papa Pio VII, foi celebrada uma cerimônia religiosa privada de Napoleão e Josefina. O cardeal Fesch realizou o casamento. Esse casamento foi anulado pelos tribunais sob controle de Napoleão em janeiro de 1810. Em 1 de abril de 1810, Napoleão casou-se com a princesa austríaca Maria Luísa em uma cerimônia católica, imã de Dona Leopoldina, imperatriz do Brasil e rainha de Portugal. Napoleão foi excomungado pela Igreja Católica, mas depois se reconciliou com a Igreja antes de sua morte na ilha de Santa Helena, em meio ao Atlantico Sul, perto da Costa da África,  no vilarejo de Longwood em  5 de maio de 1821.

segunda-feira, 22 de julho de 2024

O Final Melancólico do Reinado de Luis XIV

 

O Final Melancólico do Reinado de Luis XIV

Com o advento da moralista madame de Maintenon a alegria abandonou o Palácio de Versalhes e se mudou para Paris.

“ Sob a influência da Genocida  que era  muito religiosa, Luis Dieudonné  se tornou um praticante do catolicismo , um fato que gerou menos festas, menos fogos de artifícios, menos saraus nos Grande Apartamentos,  a proibição de ópera e de apresentações de comédia, principalmente na  Quaresma.”

“No final de seu reinado a vida em Versalhes se resumia nas observâncias religiosas na  Chapelle Royale, todas muito luxuosas, mesmo nas missas diárias, isso sem falar nas ostentosas  celebrações anuais, como as da Semana Santa, e nas cerimônias especiais, nada do antigo Cerimonial de Corte” .

Assim, com Luis XIV sepultado a genocida da Maintenon em sua escola de Saint-Cyr, a Corte em peso trocou Versalhes por Paris, a alegre capital e sobre essa migração escreveu um Anônimo:

Durante a regência de Filipe II, Duque de Orleans s, Paris passou por um período de grande transformação e efervescência cultural.

Filipe II assumiu a regência da França de 1715 a 1723, durante a menoridade de Luís XV1.

Esse período, conhecido como a Regência, foi marcado por várias mudanças significativas:

Sociedade: A sociedade parisiense experimentou uma maior liberdade e um relaxamento dos costumes. A vida social se tornou mais vibrante, com festas e eventos sociais frequentes. Os salões literários e filosóficos ganharam destaque, promovendo debates intelectuais e a disseminação de novas ideias.

Cultura e Artes: Paris se tornou um centro de inovação cultural. Houve um florescimento das artes, com o surgimento de novos estilos na pintura, arquitetura e música.

Economia: A economia francesa passou por reformas importantes. O sistema financeiro foi reestruturado, e o banqueiro John Law introduziu novas políticas econômicas, incluindo a criação do Banco Geral e a Companhia do Mississippi. Embora essas reformas tenham inicialmente impulsionado a economia, elas eventualmente levaram a uma crise financeira.

Política: Promoveu a paz interna, nem sempre fácil por conta dos interesses da nobreza e da alta burguesia, e externamente  com outras nações europeias, buscando estabilizar a posição da França no continente.

A Regência como período de transição foi excelente e  preparou o caminho para o reinado de Luís XV.

Seu legado é muito apreciado por ser duradouro na história de Paris e da França.

Fim do texto.

E foi mesmo.

Luis XIV morreu podre.

Nota:

De 1647 a 1711, os três principais médicos do rei (Antoine Vallot, Antoine d'Aquin e Guy-Crescent Fagon) registraram todos os seus problemas de saúde no Journal de Santé du Roi (Jornal da Saúde do Rei), um relatório diário de sua saúde.

Em 18 de novembro de 1686, Luís foi submetido a uma dolorosa operação para uma fístula anal que foi realizada pelo cirurgião Charles Felix de Tassy, que preparou um bisturi curvo especialmente moldado para a ocasião.

A ferida demorou mais de dois meses para cicatrizar.

Luís morreu de gangrena em Versalhes em 1 de setembro de 1715, quatro dias antes de seu 77º aniversário, após 72 anos no trono.

Suportando muita dor em seus últimos dias, ele finalmente "entregou sua alma sem nenhum esforço, como uma vela se apagando".

Seu corpo foi sepultado na Basílica de Saint-Denis, nos arredores de Paris.

Permaneceu lá intacto por cerca de 80 anos até que os revolucionários exumaram e destruíram todos os restos encontrados na Basílica.

Em 1848, em Nuneham House, um pedaço do coração mumificado de Louis, retirado de seu túmulo e guardado em um medalhão de prata por Lord Harcourt, arcebispo de York, foi mostrado ao decano de Westminster, William Buckland, que o comeu por engano...afff

Essa é a História de Luis Dieudonné, Rex Christianissimus, ou Roi Très-chrétien,  Louis XIV, pela graça de Deus, rei de França e Navarra, co- príncipe de Andorra, etc e tal...

Fim

Madame de Maintenon, uma genocida.

 


No Dicionário: Genocídio substantivo masculino

Extermínio proposital que aniquila, mata uma comunidade, um grupo étnico ou religioso, uma cultura ou civilização etc..

Ação de aniquilar grupos humanos através da utilização de diferentes formas de extermínio: a pobreza ou a fome em certas regiões do mundo,

Pela ONU: O que é o genocídio?

Origem do conceito: O termo “genocídio” foi utilizado pela primeira vez pelo jurista polaco Raphäel Lemkin em 1944 na sua obra  “Axis Rule in Occupied” através da junção do grego “geno” com “cídio” derivado da palavra latina matar.

Lemking desenvolveu o conceito de genocídio em parte devido ao Holocausto, mas também devido a instâncias anteriores em que considerou que nações inteiras, grupos étnicos e religiosos foram aniquilados, tais como a chamada “destruição de Cartago; grupos religiosos nas guerras entre o Islão e as Cruzadas; os massacres dos albigenses e valdenses, e mais recentemente o massacre dos arménios”.

Significado de Genocida: substantivo masculino e feminino

Pessoa que ordena ou é responsável pelo extermínio de muitas pessoas em pouco tempo.

Pessoa que cometeu genocídio, quem deliberadamente ordenou o extermínio de um grande número de pessoas, de todo um grupo étnico ou religioso, de um povo, de uma cultura ou de uma civilização.

adjetivo

Que produz genocídio, aniquilando grupos humanos através da utilização de diferentes formas de extermínio: pobreza genocida.

sinônimo de: assassino, homicida, facínora, algoz, sicário, matador

Antônimos de Genocida: vítima, mártir

 

 

Luis Dieudonné não sabia ficar com as calças no lugar, porém, foi domado por uma criatura que fez muito mal ao Reino de França, uma genocida cujas vítimas, os mártires , foram os Huguenotes, os protestantes calvinistas franceses.

A Maintenon foi assassina assim como seu pai o foi.

Aliais, quem ‘puxa aos seus não degenera’ e o pai dessa criatura batizada como Françoise era um assassino confesso, o cão do segundo livro, como veremos abaixo.

De governanta dos bastardos legitimamos do rei com madame de Montespan passou a ser a esposa morganática de Luis XIV. 

Nota: Morganática é o feminino de morganático.

Diz-se de um casamento entre um príncipe e uma pessoa de situação inferior, que fica excluída das dignidades de nobreza.

Esposa morganática, mulher casada nessa situação.

Assim se diz também dos filhos desse casamento.

Essa criatura era Françoise d'Aubigné ou, mais raramente, d'Aubigny, nascida na prisão real de Niort, rua do Sanitat, no coração da cidade de Niort, França em 2 7 de novembro de 1635 e falecida   em    15 de abril de 1719, quatro anos depois do rei, com 83 anos, Saint-Cyr-l'École, onde havia fundado a Casa Real de Saint-Louis,  um internato para jovens meninas pobres da nobreza.

Constant Agripa d'Aubigné, nascido em Pons, ma hoje comuna francesa na região administrativa da Nova Aquitânia, no departamento de Charente-Maritime., no dia 8 de fevereiro de 1585 e falecido em Orange, hoje uma comuna francesa na região administrativa da Provença-Alpes-Costa Azul, no departamento de Vaucluse, no dia 31 de agosto de 1647 aos 62 anos, era um dissoluto, desregrado e libertino.

Filho de “ Théodore Agrippa d'Aubigné, nascido d'Aubignyn, nascido e, Saint-Maury, perto de Pons, em Saintonge,  filho do juiz Jean d'Aubigné, de origem plebeia, e de Catarina de L'Estang, de pequena nobreza, que morreu dando-lhe vida, no dia 18 de fevereiro de 1552 e faleceu Jussy, cantão de Genebra, na Suíça, no dia 9 de maio de 1630 aos 78 anos.

“ Agrippa d'Aubigné foi  escritor e poeta controverso,  conhecido pelas As Tragédias, um poema heroico que relata as perseguições sofridas pelos huguenotes/ protestantes”.

“Calvinista intransigente muitas vezes se desentendendo com o rei Henrique de Navarra, de quem era um de seus principais companheiros de armas. Após a conversão deste último, ele escreveu textos com o objetivo de acusar Henrique IV de traição contra a Igreja. Um líder de guerra, distinguiu-se por suas façanhas militares e seu temperamento quente e caráter beligerante e , por isso, um crítico da corte da França e muitas vezes maldisposto em relação aos príncipes, distinguiu-se por seu apego feroz à França protestante”.

Agrippa d'Aubigné foi Inimigo ferrenho da Igreja Romana, o que já me causa grande admiração.

De seu primeiro casamento com Suzanne de Lusignan de Lezay, de um ramo cadete da ilustre casa de Lusignan, uma família feudal francesa de Poitou, reconhecida desde o século x com  Hugo I, o Caçador ( nascido por volta de 880 e falecido depois de dezembro de 948), foi que nasceu  Constant d'Aubigné,   que lhe causou as maiores decepções de sua vida. Para seu horror, este último renunciou ao protestantismo em 1618 para levar uma vida de devassidão no castelo de Maillezais de seu pai  e peculato.

Em 20 de outubro de 1608, em La Rochelle, Constant casou-se com Ana Marchant, viúva de Jean Courant, barão e senhor de Chastelaillon no templo do Castelo.

Constant ,na companhia de sua amante, assassinou em 1619 a Ana Marchant.

Agrippa d'Aubigné o deserdou.

Constant,  em Niort, se casou-se  Joana de Cardilhac, filha do diretor da prisão, seduzida pelo encarcerado, que conheceu na prisão e cujo dote ele logo desperdiçou.

Tiveram três filhos:

Constante (1628-1647))

Charles, conde d'Aubigné (1634-1703), marido de Geneviève-Philippe Piètre (filha de Simon Piètre, senhor de la Salle, conselheiro e procurador do rei e da cidade de Paris), pai de Françoise Charlotte d'Aubigné, herdeira de Madame de Maintenon e duquesa de Noailles depois de se casar com o marechal de França Adrien Maurice de Noailles.

Françoise, já citada.

Depois de anos em masmorras em Paris, La Rochelle, Niort, Angers, Bordeaux, La Prée, Poitiers, etc..., o nome de Constant d'Aubigné está na lista dos “aventureiros “ de Pierre Belain d'Esnambuc, um protegido do cardeal-duque que o autorizou a colonizar as ilhas nas Antilhas;

1-              A ilha de Saint-Christophe, atual São Cristóvão e Névis com Compagnie de Saint-Christophe. Não deu certo;

2-              O celebre corrupto François Fouquet a reorganizar a empresa sob o novo nome Compagnie des Îles de l'Amérique ('Companhia das Ilhas Americanas') e com um encargo de colonizar Sainte-Christophe, Martinica e Guadalupe;

3-              Pierre Belain d'Esnambuc reivindicou a Martinica para o rei Luís XIII e a Compagnie des Îles de l'Amérique, estabelecendo o primeiro assentamento europeu no Forte Saint-Pierre (atual St. Pierre). Seu sobrinho, Jacques Dyel du Parquet, ajudou d'Esnambuc e em 1637 tornou-se governador da ilha.

Em 1645, Constant d'Aubigné  levou sua família para Saint-Christophe, depois para a Martinica.

Eles ficaram alguns meses em Marie-Galante, antes de retornar à Martinica.

Constant d'Aubigné foi incapaz – ou não quis – se aclimatar à sua existência como colono.

E sob o pretexto de se aproximar da Companhia das Índias Ocidentais com o objetivo de obter seu título de governador, partiu para a França.

Na primavera de 1647, Jeanne de Cardilhac encontrou quatro lugares a bordo de um navio com destino a La Rochelle e voltou.

Boa figura esse Constante Agripa d'Aubigné ,  cavaleiro, senhor de Landes-Guinemer, barão de Surimeau, uma prova histórica de que a má genética gera outros seres humanos com genéticas que deixam a desejar como sua filha Françoise nascida na prisão de Niort.

Não consegui descobrir a autenticidade desses títulos: Senhor de Landes-Guinemer, barão de Surimeau ( titularidade de sua mãe) .

De volta a França a Familia Cardilhac- d'Aubigné se dividiu indo Françoise para casa de seus tios paternos, Louise Arthemise d'Aubigné e Benjamin Le Valois, Senhor de Villette, fervorosos Huguenotes, que foram impedidos pela madrinha da menina, Susanne de Baudéan de Neuillant de Parabere, duquesa de Navailles, que serviu como Première dame d'honneur para a rainha da França, Maria Teresa da Espanha, que conseguiu uma ordem para que a menina fosse para um convento católico.

Françoise não gostava da vida no convento, todavia “ficou amiga da Irmã Céleste, que convenceu a jovem a receber sua primeira comunhão e foi nessa época que se mostraria adepta da arte de escrever, passando a enviar mais de 90.000 cartas em sua vida.”

Por fim, , Susanne de Baudéan de Neuillant de Parabere, duquesa de Navailles, a levou para Paris onde a arrivista conheceu o velho poeta Paul Scarron (Paris, 1 de julho de 1610 — Paris, 6 de outubro de 1660) foi, dramaturgo, romancista, e teve  poliomielite, sofrendo

Com muitas dores e com dificuldades e dor, tanto que  a parte superior do corpo ficou permanentemente torcida e suas pernas ficaram paralisadas, passou a usar uma cadeira de rodas.

Mas isso não foi empecilho para a arrivista Françoise com ele se casar em 1652, vivendo ambos casa na Rue d'Enfer, onde Scarron organizava um celebre “ salon littéraire” e onde Françoise  conheceu a Madame de Montespan, mãe dos filhos legitimados de Luis XIV.

Viúva de Scarron ficou em situação difícil tendo passado vários anos vivendo da caridade de seus amigos, pensando até em trocar Paris por Lisboa, como dama de companhia de Marie-Françoise de Nemours, rainha de Portugal, durante seu casamento com o rei Dom Afonso VI de 2 de agosto de 1666 a 24 de março de 1668 e, como esposa do irmão de Afonso, o rei Dom Pedro II, de 12 de setembro de 1683 até sua morte em dezembro daquele ano, mas a Montespan a salvou e pediu o rei para estabelecer uma pensão, o que permitiu que ela permanecesse em Paris.

“Tendo conseguido a confiança de Madame de Montespan, essa  colocou seus filhos com Luís XIV com Madame Scarron em uma casa na Rue de Vaugirard, provida de uma grande renda e pessoal de servos”.

A arrivista deitou e rolou.

La Scarron teve o teve cuidado especial com Luís Augusto, o duque do Maine, filho predileto do rei e esse fato chamou atenção do soberano.

“Com a legitimação  em 20 de dezembro de 1673, a viúva Scarron e os novos  ‘Filhos de França “se mudaram  para o Château de Saint-Germain e se tornou a governanta dos filhos da França, , se tornando uma das poucas pessoas autorizadas a falar abertamente com o rei como um igual.’

Em se só falasse só o capiroto sabe da verdade.

“O rei lhe deu 200.000 livres, que ela usou para comprar a propriedade em Maintenon em 1674 e em  1675, Luís XIV deu-lhe o título de Marquesa de Maintenon , e como vemos com o nome de sua propriedade”.

Vai me dizer que era platônica a amizade?

“Para cima de ‘moi’, essa não !!!”

Luis a nomeou “dama” de La Grande Dauphine Maria Ana Cristina Vitória da Baviera por casamento com Luís, Le Grand-Dauphin, filho e herdeiro de Luís XIV.

Com a expulsão da madame de Montespan da corte Madame de Maintenon a substituiu nas atenções do soberano, e a arrivista conquistou até a sempre refrataria rainha Maria Teresa.

Luis Dieudonné dizia para quem quisesse ouvir:

"Madame de Maintenon sabe amar. Haveria grande prazer em ser amado por ela".

Com ela estabelecida em Versalhes o rei passou grande parte de seu tempo livre com ela discutindo política, economia e religião e com a morte de Maria Teresa  se casou com ela em uma cerimônia privada oficiada por François de Harlay de Champvallon, arcebispo de Paris, na presença de Père la Chaise, confessor do rei e o que dá o nome ao cemitério,  de Henri de Mornay, marquês de Montchevreuil, senhor de Vaudampierre, e de sua esposa Marguerite Boucher d'Orsay,  e do poderoso Alexandre Bontemps, Premier valet de la Chambre du Roi e governador de Versalhes.

Todos juraram não falar nada sobre esse casamento morganático.

Entretanto , “ logo depois, surpreendeu a todos com os apartamentos que lhe foram dados em Versalhes, no topo da grande escadaria voltada para os do rei e no mesmo andar e Madame de Maintenon tomou posse de um apartamento extremamente suntuoso que havia sido cuidadosamente organizado e mobiliado para ela”.

Et fait accompli....

Tudo estva indo bem, mas o pior feitor é aquele que já foi escravo e Françoise se virou contra os Huguenotes, os protestantes franceses , e convenceu ao rei que a religião de seus súditos tinha que ser a mesma do soberano.

Conseguiu a revogação do  Édito de Nantes (em francês: édit de Nantes)  assinado em abril de 1598 pelo rei Henrique IV que concedeu aos huguenotes, direitos substanciais na Nação, que era predominantemente católica, eram eles:

1.   Liberdade de consciência e o direito de praticar sua religião (protestantismo) em certas cidades específicas em toda a França.

2.   O direito de exercer cargos públicos, incluindo o direito de servir como juízes e administradores, sem ter que renunciar à sua religião.

3.   O direito de manter suas próprias escolas e universidades, e de receber financiamento do governo para eles.

4.   O direito de fortificar suas vilas e cidades para sua própria proteção.

5.   O direito de manter suas próprias forças militares (conhecidas como a "milícia huguenote"), que deveriam ser pagas pelo governo francês.

6.   O direito de exercer certas profissões e ofícios específicos, incluindo o fabrico e a venda de têxteis e armas.

7.   O direito de viajar livremente por toda a França, sem ser sujeito a buscas ou apreensões de seus bens.

8.   O direito de enterrar seus mortos em seus próprios cemitérios.

Com a edição do Édito de Fontainebleau de 18 de outubro de 1685, publicado em 22 de outubro de 1685,  também,  conhecido como a Revogação do Édito de Nantes.

Assim, Luís XIV ordenou:

A destruição das igrejas huguenotes;

O fechamento de escolas protestantes;

Oficializou a política de perseguição que já era aplicada desde os dragões que ele havia criado em 1681 para intimidar os huguenotes a se converterem ao catolicismo.

Como resultado da perseguição entre 210.000 e 900.000 protestantes calvinistas  deixaram a França nas duas décadas seguintes, indo para as Províncias Unidas, Suécia, Suíça, Brandemburgo-Prússia, Dinamarca, Escócia, Inglaterra, estados protestantes do Sacro Império Romano-Germânico, na Colônia do Cabo em África , na América do Norte, mas, também, os “huguenotes também fugiram para o Brasil, onde fundaram a cidade de Saint-Louis-de-Maragnan (atual São Luís, no Maranhão), que é a única capital brasileira fundada pelos franceses”.

Jactancioso em 17 de janeiro de 1686, Luís XIV afirmou que, de uma população huguenote de 800.000 a 900.000, apenas 1.000 a 1.500 haviam permanecido na França...uma lastima, já que essa população é que gerava riquezas para o reino com seu trabalho árduo, pois, a nobreza só vivia das pensões do soberano delapidando assim as fina caças do reino, aliais sempre debilitadas pela ostentação de Luis XIV e sua Corte e pelas guerras, muitas dela por conta do grande ego do monarca, ENTRETANTO  o povão continuou na miséria.

E a genocida Madame de Maintenon, com a consciência mais limpa do universo, continuou indo à missa, visitando conventos com o beneplácito do papa Inocêncio XII lhe concedeu ‘ o direito de visitação”...afff.

Perseguiu uma população inteira por motivos religiosos e sabemos que genocídio é o “ extermínio proposital que aniquila, mata uma comunidade, um grupo étnico ou religioso, uma cultura ou civilização etc..”, e tanto isso é verdade que antes da infame revogação aconteceram as “ As Dragonnades  uma política instituída pelo rei Luís XIV em 1681 para intimidar as famílias huguenotes (protestantes) a se converterem ao catolicismo. Um corpo 14 batalhões de dragões indisciplinados a cavalo somados a soldados de infantaria  invadiam os lares protestantes com permissão implícita para matar, abusar dos habitantes e destruir ou roubar seus bens".

Repetindo:

“Françoise morreu em 15 de abril de 1719, aos 83 anos de idade. Seu testamento expressou seu desejo de ser enterrada no coro em Saint-Cyr e legar seu Château de Maintenon para sua sobrinha, Françoise Charlotte d'Aubigné, Duquesa de Noailles, e filha única de seu irmão Charles.”

Para mim Françoise d'Aubigné, Marquesa de Maintenon, foi uma genocida

E tenho dito.

quinta-feira, 27 de junho de 2024

UM LEGADO

 





ATENÇÃO

Todo ser humano gostaria de deixar um LEGADO ÚTIL aos falecer.

Eu não sei ganhar dinheiro, não sei fazer fortuna, as únicas coisas que sei fazer, e sempre para Honrar a Deus sobre todas as coisas,  é transmitir minhas exegeses bíblicas, meus conhecimentos sobre a História, escrever alguns romances ( sempre baseados na História ou em fatos que tomei conhecimento), já que sobrevivo pela Graça de Deus , sempre seguindo, ou buscando seguir as orientações do Espirito Santo de Deus.  

Nesses dois últimos anos estive as voltas com um câncer no intestino, até que no dia 27 maio fui operado, porém, queria deixar um Legado útil e valido.

Então enviei para registo no EDA da Biblioteca Nacional alguns livros para registro  e hoje recebi a “averbações” dos mesmo, e que passo a publicá-las abaixo.

quarta-feira, 19 de junho de 2024

Dona Leopoldina , Imperatriz Estadista

 






Maria Leopoldina da Áustria- Leopoldine Caroline Josepha- nascida  arquiduquesa da Áustria em Viena, Sacro Império Romano Germanico , 22 de janeiro de 1797 e falecida no Rio de Janeiro,  Império do Brasil, 11 de dezembro de 1826 , era neta da Grande Maria Teresa/ Maria Teresa da Áustria- Maria Theresia Walburga Amalia Christina von Österreich - arquiduquesa da Áustria, que governou como Imperatriz Consorte do Sacro Império Romano-Germânico varias nações se tornando soberana de grande parte da Europa Central.

Ambas pertencente a Velha Dinastia dos Habsburgo, Casa da Áustria , ou  Haus Österreich), foi uma das mais importantes e influentes da história da Europa do século XIII ao século XX.

Tanto Maria Teresa quanto Dona Leopoldina herdaram geneticamente o ‘senso de dever’ dos membros de sua Milenar Dinastia e a Historia prova isso.

O mesmo senso do Dever Dinástico  que possuía Dom João VI que migrou para o Brasil e depois voltou par Portugal, muito a contragosto, para salvar sua Coroa, seu Trono, seu Império Transcontinental, para a sua descendência.  

O avô de Dona Leopoldina , imperador Leopoldo II, que acreditava "que as crianças deveriam ser desde cedo inspiradas a ter qualidades elevadas, como humanidade, compaixão e desejo de fazer o povo feliz" assim com uma sólida formação científica e cultural, que incluía política internacional e noções de governo , teve seu  contrato assinado em Viena a 29 de novembro de 1816, sendo o noivo era Sua Alteza Real, o Príncipe Real Dom  Pedro, filho  e herdeiro de Sua Majestade Fidelíssima, El-Rei do Reino Unido de Portugal, Brasil e dos Algarves o senhor Dom João VI e da rainha Dona Carlota Joaquina, nascida infanta de Espanha.

Dona Leopoldina chegou ao Rio de janeiro em 5 de novembro de 1817, causando espanto, pois, não era bela, mas sim uma “alemãzona, branca e sardenta”., mas, é a ela que  o Brasil deve realmente sua Independência de  Portugal.

Como o sogro amou o Brasil logo de ”cara” , apoiando a Missão Artística Austro-Alemã, que viajou pelo Brasil e nos deu a noção exata do que era o nosso país.

Já Dom Pedro era um malandrão vivendo em busca de balas mulheres, de prazeres, de diversões onde tocava viola, cantava, e dançava o lundu de maneira folgaza, e assim criado solto não teve uma educação formal, mas, não era desprovido nem de inteligência nem de ambição.

Dom João encontrou Portugal em estado de petição de miséria e as Cortes ( parlamento) queriam a restauração do Pacto Colonial, um sistema de leis e normas  que tinha como objetivo principal, garantir que as atividades econômicas do Brasil gerassem lucros para a Portugal Continental, para os negociantes portugueses, e em sendo assim os lucros obtidos pelos produtos brasileiros não seriam dos comerciantes no Brasil.   

Além é claro do controle da  atividade política, militar e jurídicas.

Passaram a espezinhar o Casal de Príncipes.

Com seu grande senso de dever e amado o Brasil  a “alemãzona” Dona Leopoldina “ concebeu que ficar na América era a solução para a defesa da legitimidade dinástica contra os excessos que ameaçavam o poder dos Habsburgo e Bragança no Brasil, contudo, o senhor Dom Pedro “ não desejava dissolver os laços entre Portugal e Brasil”, e tanto isso é verdade que acabou se tornado Rei de Portugal.

Quando em São Paulo, a já dinâmica são Paulo dos estudantes, os ânimos estavam  exaltados, “ Dom Pedro entregou o poder a Dona  Leopoldina a 13 de agosto de 1822, nomeando-a chefe do Conselho de Estado e Princesa Regente Interina do Brasil, com poderes legais para governar o país durante a sua ausência e partiu para apaziguar a província de São Paulo”.

 As Cortes exigiram o retorno do Casal Real para Portugal, e de maneira humilhante, Dona Leopoldina, a Regente, “  convocou uma sessão extraordinária do Conselho de Estado no dia 2 de setembro de 1822 e, juntamente com os ministros, decidiu pela separação definitiva entre Brasil e Portugal, assinando então a declaração de independência que enviou as Cortes em Lisboa, bem como enviou o mensageiro Paulo Bregaro para entregar a Pedro uma carta informando sobre as decisões que ela havia tomado”.

Só coube a Dom Pedro aceita-las.

Merecidamente “ foi aclamada imperatriz em 1 de dezembro de 1822, na cerimônia de coroação e sagração de Pedro”

Portanto, Dona Leopoldina foi Imperatriz Estadista para nossa salvação e merece toda admiração e respeito do Povo Brasileiro

 Jorge Eduardo Garcia

Autor da Coleção Conversando Alegremente sobre História.


segunda-feira, 13 de maio de 2024

Israel versus Hamas

 

Quero chamar atenção sobre os Filhos de Abraão. durante esse conflito Hamas-Judeu, que muito me preocupa, apesar de saber que é uma Questão Divina

 

Ismael, Ishmael ou Yishma’el, em hebraico: יִשְׁמָעֵאל, Yishma'el, em grego: Ισμαήλ, Ismaēl; latim: Ismael; árabe: إسماعيل‎, ʼIsmāʻīl.

Ismael nasceu primeiro, porém falou o Senhor a Abraão no Monte do Senhor Proverá “por mim mesmo jurei, diz o Senhor: porquanto fizeste esta ação, e não me negaste o teu filho, o teu único filho”, ou seja, que apesar das Promessas feitas a Agar em relação a seu filho, Adonai considerava Isaque como o Filho Herdeiro das Grandes Promessas feitas por Ele ao Patriarca dos Patriarcas, portanto, a Terra Santa seria, e é, dos  descendentes de Isaque, os judeus, e isso é inquestionável, como veremos abaixo. (Gênesis 22:14 e 16)

Repito: foi o primeiro filho de Abraão, e ele teve esse filho com  Agar ou Hagar, serva egípcia de Sara, sua primeira esposa. E conforme Promessa Divina a Agar ISMAEL É O PAI DAS NAÇÕES ÁRABES.

 

Na Bíblia, Gênesis 16:1- 6:

 

Ora Sarai, mulher de Abrão, não lhe dava filhos, e ele tinha uma serva egípcia, cujo nome era Agar.

E disse Sarai a Abrão: Eis que o Senhor me tem impedido de dar à luz; toma, pois, a minha serva; porventura terei filhos dela. E ouviu Abrão a voz de Sarai.

Assim tomou Sarai, mulher de Abrão, a Agar egípcia, sua serva, e deu-a por mulher a Abrão seu marido, ao fim de dez anos que Abrão habitara na terra de Canaã.

E ele possuiu a Agar, e ela concebeu; e vendo ela que concebera, foi sua senhora desprezada aos seus olhos.

Então disse Sarai a Abrão: Meu agravo seja sobre ti; minha serva pus eu em teu regaço; vendo ela agora que concebeu, sou menosprezada aos seus olhos; o Senhor julgue entre mim e ti.

E disse Abrão a Sarai: Eis que tua serva está na tua mão; faze-lhe o que bom é aos teus olhos. E afligiu-a Sarai, e ela fugiu de sua face.

 

Assim Agar, a escrava egípcia, fugiu do acampamento de Abrão, mas o Senhor tudo vê, e em Gênesis 16:7-16, encontramos:

E o anjo do Senhor a achou junto a uma fonte de água no deserto, junto à fonte no caminho de Sur.

E disse: Agar, serva de Sarai, donde vens, e para onde vais? E ela disse: Venho fugida da face de Sarai minha senhora.

Então lhe disse o anjo do SENHOR: Torna-te para tua senhora, e humilha-te debaixo de suas mãos.

Disse-lhe mais o anjo do Senhor: Multiplicarei sobremaneira a tua descendência, que não será contada, por numerosa que será.

Disse-lhe também o anjo do Senhor: Eis que concebeste, e darás à luz um filho, e chamarás o seu nome Ismael; porquanto o Senhor ouviu a tua aflição.

E ele será homem feroz, e a sua mão será contra todos, e a mão de todos contra ele; e habitará diante da face de todos os seus irmãos.

E ela chamou o nome do Senhor, que com ela falava: Tu és Deus que me vê; porque disse: Não olhei eu também para aquele que me vê?

Por isso se chama aquele poço de Beer-Laai-Rói; eis que está entre Cades e Berede.

E Agar deu à luz um filho a Abrão; e Abrão chamou o nome do seu filho que Agar tivera, Ismael.

E era Abrão da idade de oitenta e seis anos, quando Agar deu à luz a Ismael.

 

Chamo atenção que Deus assim falou com Agar: E ele será homem feroz, e a sua mão será contra todos, e a mão de todos contra ele; e habitará diante da face de todos os seus irmãos.

O ‘diante da face’ quer dizer nas vizinhas de seus irmãos, fossem esses irmãos quem fossem

Que de Ismael seria multiplicada a descendência de Agar – “ Multiplicarei sobremaneira a tua descendência, que não será contada, por numerosa que será”, daí ser ele o Pai dos Árabes.

Daí, também, que os árabes, por Ordem Divina, são obrigados a serem vizinhos dos Judeus na Terra Prometida, e não habitantes da Terra Santa.

Isso é inquestionável.

 

 

Jorge Eduardo