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- conversa- Francisco e Margarida, de Príncipes
a Soberanos - Rei ou Monarca.
Francisco e sua irmã Margarida...
...futuro...
...Père et des Lettres Restaurateur, o "Pai e
Restaurador das Letras”, au Grande Nez, "Francisco do Nariz Grande ",
o Roi-Chevalier, “o Rei- Cavaleiro” ...
...futura...
... Duquesa de Alençon, Condessa de Armagnac e Perche,
Rainha consorte de Navarra.
A Margarida das Margaridas.
Continuação...
Luis XII pensando.
O Tratado de Blois, de 22 de
Setembro de 1504, rezava sobre à união proposta entre Carlos de Habsburgo,
futuramente Carlos I, Rei de Espanha, e Carlos V, Imperador Sacro, senhor de
vários e vários domínios que cercavam o território da França e Claudia da França,
filha de Luís XII e de Ana da Bretanha.
Estipulava, também, o Dote que
era nada mais, nada menos, que o “Ducado de Milão, Gênova e suas dependências,
o Ducado da Bretanha, os Condados de Asti e Blois”, etc. e etc....
Era inaceitável para um
Monarca de França, da Dinastia dos Capetos, mesmo sendo de um ramo cadete, o
ramo de Valois-Orleans.
Luís XII colocou a cabeça para
funcionar e...
...chegou ao seguinte
resultado para driblar a “Lei Sálica” e ver seus netos no Trono de França sem
entregar nada ao Grande Inimigo cujos domínios cercavam sua amada França.
Arvore Genealógica
de Francisco do Nariz Grande
Charles V,
conhecido como "Carlos, o Sábio", Rei de França, casou com Jeanne de
Bourbon, filha de Pierre I, Duque de Bourbon, e
Isabel de Valois.
I
Luís I d'Orléans - Duque d’
Orléans, Conde de Valois e de Blois, que casou com Valentina Visconti,
héritière présomptive du duché de Milan,
filha de Gian Galeazzo Visconti, Duque de
Milão, Signore di Verona, Crema, Cremona, Bergamo, Bologna, Brescia, Belluno,
Pieve di Cadore, Feltre, Pavia, Novara, Como, Lodi, ercelli, Alba, Asti,
Pontremoli, Tortona, Alessandria, Valenza, Piacenza, Bobbio, Parma, Reggio
Emilia, Vicenza, Perugia, Vigevano, Borgo San Donnino e delle valli del Boite,
e de Isabelle de France, filha do Rei de França João II , o Bom, e de Bonne do
Luxemburgo.
I
Jean d'Orléans, ou João de
Orleans, le « bon comte Jean d'Angoulême », Conde d'Angoulême, de Périgord, de
Beaumont, de Luxembourg, de Porcien et de Soissons, pair de France (Par de
França),
primeiro Príncipe do Ramo Valois-Angoulême de la maison royale de Valois, la branche cadette de
la dynastie capétienne, casou com Marguerite de Rohan, filha de Alain IX, Visconde de Rohan, Barão de
Pontchâteau, seigneur de Léon, seigneur de Noyon-sur-Andelle, seigneur du
Pont-Saint-Pierre, seigneur de Radepont et seigneur de La Garnache, e de
Margaret da Bretanha, dame de Guillac, da Maison de Montfort, a Casa do Ducado
da Bretanha.
I
Charles d'Orléans, Carlos de
Orleans, Conde de Angoulême, de Beaumont, de Luxemburgo, de Soissons, do
Perigord, Barão de Coucy, Governador da Aquitânia, Príncipe francês do ramo dos Condes de
Angoulême da segunda casa de Orleans, casou com Luisa di Savoia, filha de Filippo II di Savoia, detto Filippo senza
Terra, Duca di Savoia, Principe di Piemonte e Conte d'Aosta, di Moriana, di
Nizza e di Bresse, signore del Bugey, Rei Titular
de Chipre e Jerusalém, e de Margherita di
Borbone-Clermont, filha de Charles I de Bourbon, Duc de Bourbon et d'Auvergne,
e de Agnès de Bourgogne.
I
François de Paule, Francisco
de Paula, nascido no dia 12 de Setembro de 1494, em Cognac, no Château des
Valois, um castelo modesto, na província de Saintonge, Ducado de Aquitânia.
Cognac, no sudoeste da França,
hoje sub-prefeitura do departamento de Charente, região Poitou-Charentes. O Château
de Valois, em ruinas, foi vendido por Carlos X, quando ainda era Conde
d’Artois, e irmão de Luís XVI, o guilhotinado. A seguir as ruínas, em 1795, passaram
para as mãos dos “messieurs Otard et Dupuy”, senhores que eram comerciantes de vinho, para a instalação de suas adegas,
sendo assim reconstruído e recebendo o nome de Château de Cognac,
mas hoje, também, é chamado de Château de François I.
Não podemos esquecer que 1795
era um ano nos tempos da famosa Convenção Nacional perdurou de 20 de setembro
1792 até 26 de outubro 1795, que sob o mando de Robespierre o chamado “Terror”
se instalou, e foi sucedida pelo Diretório, que teve início em 2 de novembro de
1796.
1795 era “l’an III” no calendário
revolucionário francês, ou calendário republicano, foi criado pela Convenção em
1792, e durou até 31 de dezembro de 1805, quando Napoleão Bonaparte ordenou o
restabelecimento do Calendário Gregoriano.
Retrato de Carlos I de Angoulême,
O grande nariz é genético
Voltemos:
Os Condes de Angoulême, Carlos
e Luisa, agora chamada de Louise, e “considerada uma das mais brilhantes mentes
de sua época”, transformaram o modesto castelo num centro intelectual e
artístico, onde floresceu a filha do casal de nome sugestivo, Marguerite,
Margarida.
Margarida havia nascido em Angoulême,
em 11 de abril de 1492, e se mudou para Cognac com dois anos de idade, pois seu
pai estava em “desgraça” perante o Rei de França.
Historicamente, também,
conhecida como Marguerite d'Angoulême, ou Marguerite d'Alençon, Marguerite de
Navarre, porque foi Princesa de Valois- Angoulême, porque foi Duquesa de
Alençon, Condessa de Armagnac e Perche, porque foi Rainha consorte de Navarra.
Marguerite, que se casou em
primeiras núpcias com Charles, Duque de Alençon e de Berry, Conde do Perche, em 2 de
dezembro de 1509, da Casa de Valois-Alençon.
Viúva casou em Saint-Germain-en-Laye,
no dia 24 de janeiro de 1527, com Henrique II d’ Albret, Rey de Navarra en la
Baja Navarra, copríncipe de Andorra, conde de Foix, de Périgord, de Bigorra y de
Albret y vizconde de Bearn, Tursan, Gabardan, Tartas y Limoges, e tiveram uma filha:
Jeanne III d’ Albret, Rainha
de Navarra por direito próprio, que casou com Antoine de Bourbon, príncipe de sangue da casa de Bourbon,
Duque de Vendôme, Rei-consorte de Navarra, que foram pais de:
Henrique IV, o Grande, Rei de
França e de Navarra.
Destaco que:
Armas de Navarra
A Maison d'Albret, Barões
família cujo berço está localizado Labrit, sudoeste da França, localizada no
departamento de Landes, Região Aquitânia. Eles, com um exército de fora-da-lei,
conquistam, compram e recebem domínios - Périgord, Limoges, Béarn, Foix, Bigorre, Tartas,
Castres, Dreux, etc.- tanto que no meio do século XIII seus domínios
vão do Oceano Atlântico até o Rio Garonne - Garona em Occitan - que atravessa o
território francês, mas que tem sua fonte na Espanha, hoje no departamento
francês de Haute-Garonne, Lot-et-Garonne e Tarn-et-Garonne, chegando até ao
Trono do Reino de Navarra.
Mais antes de chegarem ao
Trono, em 1402, Charles VI de France, dit « Charles le Bien-Aimé », que reinou
de e 1380 até 1422, nomeou Carlos I d’Albret um Condestável da França.
Foram elevados ao Trono de
Navarra en la Baja Navarra através do casamento de João d’Albret, senhor
d'Albret, conde
de Périgord, vizconde de Limoges y de Tartas, depois Juan III de
Albret, Rey de Navarra jure uxoris , com Catarina, Catalina de
Foix, ou Catalina de Navarra, Reina de Navarra, Duquesa de Gandía, de Montblanc, de
Peñafiel, Condesa de Foix, Bigorra y de Ribagorza, vizcondesa de Béarn,
filha de Gastón de Foix, príncipe de Viana, y de Magdalena de Francia, irmã do
Rei Luís XI, o Prudente, de França.
A Margarida das Margaridas
Armas de Margarida como Rainha de Navarra
A Rainha Margarida foi
Cognominada de « Marguerite des Marguerites » e porquê?
Em primeiro lugar ela era
lindíssima, “uma jovem princesa radiante dos olhos azul-violeta, alta, de porte
real, magnifica aos olhos de quem a visse, cuja beleza é cantada em prosa e
verso”.
Em segundo lugar, porque ela
era muito culta, não podemos esquecer que seus pais transformaram o pequeno e
triste castelo em um centro de artes e cultura baseado no Renascimento
italiano.
Educada por mestres amantes da
cultura- Blanche de Tournon de etiqueta
em geral, François du Moulin da Letras Clássicas, citando basicamente Cícero e
Juvenal, o latinista François de Rochefort, Robert Hurault de filosofia - Margarida
floresceu nas Letras, pois como pode ser ver recebeu uma educação clássica,
inclusive estudando latim, língua monopolizada pela Igreja de Roma.
Luisa, agora chamada de Louise,
tomou como Divisa “Libris et liberis “, ou seja “Livros e Crianças”, e o amor
aos Livros ela conseguiu passar aos filhos.
“Piedade, estudos sólidos, os
jogos, o riso, a família, são os componentes da Juventude Marguerite”.
Da família se entende, também,
os filhos legitimados de seu pai.
Charles d'Orléans, Carlos de
Orleans, Conde de Angoulême, era um verdadeiro garanhão e “tem filhos na rua”,
como se dizia antigamente.
1- Com
Antoinette de Polignac, Dame de Combronde, teve duas filhas:
Jeanne d'Angoulême,
legitimada pelo Rei Luís XII, em 1501, sob o nome de Jeanne d'Orléans, Condessa
de Bar-sur-Seine. Casou duas vezes:
a-
Jean Aubin, senhor de Malicorne;
b-
Jean IV de Longwy , Barão de Pagny e Senhor de
Givry.
Madeleine d'Orléans,
religiosa, abbesse de l'abbaye de Saint-Ausone d'Angoulême.
2- Com
Jeanne Le Conte:
Souveraine, legitimada pelo Rei, casada com Michel
Gaillard de Longjumeau, Senhor do Chagny.
Margarida convivia com as
irmãs muito naturalmente, já que Antoinette de Polignac, Dame de Combronde, era
Dama- de- Companhia, ou demoiselle d’honneur, de sua mãe.
“Em 1 de janeiro de 1496 seu pai
morreu, e ela tinha quase quatro anos, sendo que seu único irmão, Francisco de
Paula, com 1 ano de idade, agora era o Herdeiro Presuntivo da Coroa de França”.
A irmã de um Herdeiro Presuntivo
da Coroa de França é um peão no tabuleiro da Monarquia.
Com a idade de dezessete anos
Marguerite casou com Charles IV de Valois, Duque d’Alençon, Conde de Armagnac e
Rodez, Prince
de Sang de la Maison des Valois, Príncipe de Sangue, último representante
do Ramo de Valois-Alençon, que acabou se tornando o Herdeiro Presuntivo da
Coroa de França quando seu cunhado ascendeu ao Trono, mas que mal militar – era
retardado e idiota- foi o responsável pela derrota das Armas Francesas, em
Pávia, no ano de 1525, quando Francisco I, já Rei de França caiu prisioneiro do
Imperador e Rei Carlos V, mas isso é outra história para outra conversa.
Morreu de vergonha, e
Margarida o sucedeu como senhora dos Domínios.
Esse casamento por ordem do
Rei Luís XII levou Margarida a viver “trancada em um castelo medieval escuro,
frio, úmido, entre uma sogra devota e a mente militar do marido, considerado um
retardado e um idiota, ambos analfabetos. "
Mias, aqui é que está “o pulo
do gato” do Rei Luís XII em relação ao Tratado de Blois, de 22 de Setembro de
1504, que rezava sobre à união proposta entre Carlos de Habsburgo, futuramente
Carlos I, Rei de Espanha, e Carlos V, Imperador Sacro, senhor de vários e
vários domínios que cercavam o território da França e Claudia da França, filha
de Luís XII e de Ana da Bretanha.
Envia ao États généraux de
Tours, reunidos em Maio de 1506, um pedido para cancelar todas as cláusulas do
Tratado de Blois relativas ao casamento projetada de sua filha Claude de France
com Carlos de Habsburgo, futuramente Carlos I, Rei de Espanha, e Carlos V,
Imperador Sacro, senhor de vários e vários domínios, e a formalização do
casamento entre sua filha mais velha, futura Duquesa de facto e de direito da Bretanha, com François de Paule, Francisco
de Paula, Conde de Angoulême, Herdeiro Presuntivo da Coroa de França, pois era
seu pensamento que “esta união dos dois herdeiros era o passo decisivo na união
da Bretanha com a França”.
A Rainha Ana da Bretanha ficou
furiosa porque ela já tinha acertado um contrato para casar Carlos de
Habsburgo, filho
de Joana, a Louca, Rainha de Espanha da Dinastia de Trastâmara, e de Filipe de
Habsburgo, o Belo, filho de Maximiliano I de Habsburgo, Sacro Imperador Romano,
portanto um neto de seu primeiro marido – casamento anulado pelo Papa.
“O contrato de casamento tinha
sido assinado em 10 de Agosto de 1501, em Lyon, por Francisco de Busleyden,
Arcebispo de Besançon, por Guillaume de Croy, Conde de Beaumont (do Hainaut), Marques
d'Aarschot, seigneur de Chièvres e de Tamise, e pelos cavaleiros
Nicolas de Rutter e Pierre Lesseman, e pelos embaixadores de Joana e Felipe, o
Belo, esse da Maison de Habsbourg, pais de Carlos V, na altura chamado de à
Charles de Luxembourg.
Fez de tudo para retornar ao
contrato com Carlos, mas de nada adiantou.
Claude ia ser Rainha-consorte
de França, por seu casamento com Francisco I.
Luís XII driblou assim a “Lei Sálica”
e garantiu no Trono um Herdeiro de sua Linhagem.
Continua...
Louis XII
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