Versalhes.
Versalhes ou
Versailles
Hoje uma comuna
francesa situada no departamento de Yvelines na região Ile-de-France
“Versailles foi originalmente
uma aldeia muito pobre situada entre a mata e os pântanos do vale do Galie, «
val de Gallie, ou e Val-de-Galie », um vale do rio “ Le Ru de Gally”, um
afluente da margem direita do Mauldre, outro pequeno rio, afluente da margem
esquerda do Sena”.
“Ao norte da aldeia, estava
uma floresta carvalhos, que serviram os sacrifícios druidas”.
“O nome é mencionado na forma
latinizada Versalias em 1074”.
“A primeira menção atestada
Versailles remonta ao ano de 1038, em uma carta da abadia de Saint-Par de Chartres,
que citava um certo "Hugo versaliis”, afrancesando Hugues de Versailles,
que seria o primeiro Senhor de Versailles, o primeiro a ser reconhecido como Seigneur
de Versailles”.
“No século XIV, aparece Gilles
de Versailles exercendo o cargo de oficial, ou meirinho, de justiça do Rei - la
charge de bailli du Roi. ”
A Família de Loménie (La
famille de Loménie tire son nom de la terra de Lolmeno sita ad ulmum de cruce ,
ou « la terre de Loménie située près de l'orme de la croix ») é originaria de
Flavignac, hoje uma comuna francesa situada no departamento de Haute-Vienne ,
na região de Nova Aquitânia, cujas raízes de nobreza são conhecidas nos
assentamentos ( Registro de territórios rurais ) da Abbaye
Saint-Pierre-Saint-Paul de Solignac a partir do século XIII. Eles foram
Senhores de muitas terras, de muitos conventos e priorados, bem como do Château
de Faye, em Flavignac.
Para nosso “Tratado” o de
Loménie importante é Martial de Loménie, um vassalo de Jeanne III de Albret (Juana
III de Navarra) Rainha de Navarra e Viscondessa de Limoges, entre outros Títulos,
já que entre os domínios dessa Soberana Protestante estava o Viscondado de Limoges.
Chamo atenção que Jeanne III
de Albret e seu marido Antoine de Bourbon, Primeiro Príncipe de Sangue e Duque
de Vendôme, Rei jure uxoris de Navarra, foram os pais de Henrique IV, o Grande,
já acima citado.
Os Reis de Navarra levaram,
Martial de Loménie para a Corte de Franças, onde ele obteve grande êxito, tanto
que foi nomeado secretário do Rei na Grande Chancelaria França (La Grande
chancellerie de France) e no Conselho do Rei (Conseil du Roi de France).
Graças a um intenso trafico de
influência Martial de Loménie ficou riquíssimo e “em 1561, Martial de Loménie, o
Secretário de Estado das Finanças de Charles IX, Rei da França de 5 de dezembro
de 1560 – até 30 de maio de 1574 (13 anos 5 meses e 25 dias), se tornou o único
Senhor de Versailles”.
Charles IX, quarto Rei de
França da Casa de Valois, do Ramo Orléans-Angoulême - o primeiro dessa Linha foi
o avô desse Soberano, Francisco I, Rei de França de 01 de janeiro de 1515 - 31
de março 1547 (32 anos 2 meses e 30 dias)- era o quinto dos dez filhos e o
terceiro filho de Henrique II e Catherine de Médicis, herdou um Reino “ dilacerado
por Guerras Religiosas, uma série de oito conflitos onde se opuseram de um lado
os católicos de outro os protestantes , também conhecido como huguenotes”.
Martial de Loménie era protestante
e acabou preso.
O Domínio de Versalhes era
cobiçado por Albert de Gondi (em italiano:
Albèrto Gondi), primeiro Duque de Retz, O Marechal de Retz, diplomata,
militar de origem italiana, conhecida por ser um dos principais homens de
confiança Rainha da França Catherine de Médicis.
O Marechal de Retz foi a
prisão e de maneira truculenta arrancou de Martial de Loménie a “ compra, por
35.000 libras” do Domínio de Versalhes.
Charles IX, foi o patrocinador
de um dos mais negros episódios da História de França “ Le massacre de la
Saint-Barthélemy” (O Massacre de São Bartolomeu foi o assassinato em massa dos protestantes
iniciado em Paris na noite de 24 de agosto de 1572, o dia de São Bartolomeu
(apóstolo), prolongado por vários dias não só na capital , mas por mais de
vinte cidades do território do Reino de França durante as semanas seguintes”).
E assim Martial de Loménie foi
eliminado na Noite de São Bartolomeu, deixando viúva e filhos pequenos”, todavia
ele não consta da minha lista de assassinados em Paris.
Armes de la Maison
de Gondi
D'or, à deux
masses d'armes de sable
Família Gondi.
Família de notáveis e
nobres, origem italiana que foi de Florença para a França.
Seus membros foram priores e
membros do Grande Conselho da República de Florença, embaixadores em Roma e na
Espanha, bem como banqueiros.
Os Gondi se mesclaram por
casamento com os Medici e Salviati, entre outras famílias da Nobreza da
península italiana.
Dois grandes ramos da família
tornaram-se francês, e os seus membros entraram a nobreza francesa, recebendo
as Titularidades de Cardeais da Santa Igreja Católica, sendo Bispos e
Arcebispos de Paris, de Duques de Retz, de Marqueses de Belle-Île et des Îles
d'Hyères, de Condes de Joigny, de Barões de Codun, Marechais de França, bem
como senhores de diversos senhorios, Governadores de várias localidades. Os
membros mais famosos da família Gondi são, na verdade, de um desses dois ramos
franceses: o ramo de Retz.
Família Gondi agora está
extinta há quase três séculos, o seu último representante, Marie-Antoinette
Catherine de Gondi, religiosa, morreu em 1716.
Fonte: le portail du Royaume de France
Albert de
Gondi
duc de Retz.
Albèrto Gondi, afrancesado
para Alberto di Gondi, italiano de Florença, foi Pair de France,
Chevalier des Ordres du Roi,
Duque de Retz, seigneur de Noisy-le-Roi, du Perron et de Machecoul,
comte puis marquis de Belle-Île et des Îles d'Hyères,Gouverneur de Nantes,
Gouverneur de la ville et citadelle de Metz, Gouverneur de Provence, Général
des galères de France, Maréchal de France.
Filho de Antonio
"Guidobaldo" Gondi, um banqueiro em Lyon, a serviço tanto da Igreja,
como do Rei, por casamento seigneur du Perron, pois casou com Marie-Catherine
de Pierrevive, dame du Perron et d'Armentières, Dama de Honra de Catarina de
Medici, e governanta dos Príncipes Reais, filhos dessa extraordinária Rainha.
Portanto, Alberto di Gondi,
fez carreira em tempos de Henrique II e Catarina de Medici, florentina como
ele.
Em 4 de setembro de 1565, ele
casa com Claude Catherine de Clermont, Baronesa de Retz e Dampierre, e se
tornam pais de 10 filhos, a saber:
1- Charles
de Gondi, Marquês de Belle Isle, général des Galères de France;
2- Claude
Marguerite de Gondi;
3- Louise
de Gondi;
4- Henri
de Gondi, Bispo de Paris, Primaz da França, Comandante da Ordem do Espírito
Santo, criado cardeal sacerdote no consistório de 26 de março de 1618 pelo Papa
Paulo V, ele nunca foi a Roma para receber barrete cardinalício e o título;
5- Philippe
Emmanuel de Gondi, Conde de Joigny , Marquês de Belle-Ile , Barão de Montmirel,
senhor de Dampierre e Villepreux ;
6- Jean
François de Gondi, primeiro Arcebispo de Paris (Em 1622, ele foi nomeado para a
Diocese de Paris, que dependia da Arquidiocese de Sens, mas em 22 de outubro de
1622 o Papa Gregório XV levanta a diocese de Paris à categoria de arquidiocese),
ele detinha os Títulos de senhor de Marly-le-Chastel , Noisy , Bailly e
Versailles (que ele vendeu em 8 de abril de 1632 para Luís XIII).
7- Françoise
de Gondi;
8- Gabrielle
de Gondi;
9- Hippolyte
de Gondi;
10- Madeleine
de Gondi.
Os Gondi, sabendo do amor pela
caça de Luís XIII e para aumentar sua influência na Corte de França, convidaram
várias vezes o Rei para caçar no Domínio de Versalhes, em meio a uma frondosa floresta com uma grande fauna. Desconheço quais as instalações que os Gondi tinha no local, mas creio que deveria ser uma construção que servia como base para os caçadores, nunca esquecendo que naquela altura o uso de barracas não era desconhecido para os Soberanos e nobres, principalmente, durante as guerras, e essas eram mais ou menos constantes.
Couronnement
de Marie de Médicis le 13 mai 1610,
Peter Paul
Rubens, vers 1622-1625,
Musée du
Louvre
Versalhes ou
Versailles
de
Luis XIII
Luís XIII,
jovem Rei
Frans
Pourbus, o jovem,
1620
Os Gondi, sabendo do amor pela
caça de Luís XIII e para aumentar sua influência na Corte de França, convidaram
várias vezes o Rei para caçar no Domínio de Versalhes, em meio a uma frondosa
floresta com uma grande fauna.
Os Gondi tinham no local “um velho
castelo em ruínas e uma fazenda com vários edifícios”, que deveriam servia como base para os caçadores,
nunca esquecendo que naquela altura o uso de barracas não era desconhecido para
os Soberanos e nobres, principalmente, durante as guerras, e essas eram mais ou
menos constantes.
Encantado com a floresta, de 1622 a 1624,
Luís XIII comprou cerca de 350 hectares para sua caça privada.
O Rei encarregou a Philibert Le Roy- arquiteto
e engenheiro militar francês que se tornou famoso em estilos barroco e clássico,
e marcar o seu reinado- a construção no topo de uma colina de um modesto
pavilhão de caça.
Nesse modesto pavilhão foi que a História
de França foi inquestionavelmente mudada, a França como conhecemos hoje deve
muito a esse episódio histórico, pois foi nele que aconteceu “ La journée des
Dupes- A Jornada dos Logrados”, na noite de 10 para 11 de novembro de 1630, quando
mais do que nunca cociente de sua condição de Rei Ungido e Coroado, de Herdeiro
de Henrique IV, o “ jovem Luís XIII, que havia vivido 29 anos de opressão, contra
todas as probabilidades, contra todas as apostas dos cortesão, contra as
aspirações de sua mãe e de sua esposa, Ana d’Austria, forçou a Rainha -Mãe
Marie de Medici, e os membros de seu partido, a partir para o exílio, e reiterou sua total e
plena confiança em seu primeiro-ministro, o Cardeal- Duque de Richelieu”.
Mais, Luis XIII queria todo o domínio e em
1632, o Rei comprou de Jean-François de Gondi, Arcebispo de Paris, o Senhor de
Versailles.
Voici un extrait de ce dernier contrat
de vente:
« Le 8 avril 1632, fut présent
l’illustrissime et révérendissime Jean-François de Gondi, archevêque de Paris,
seigneur de Versailles, reconnoît avoir vendu, cédé et transporté... à Louis
XIII, acceptant pour Sa Majesté, messire Charles de L'Aubespine, garde des
sceaux et chancelier des ordres du roi, et messire Antoine Rusé, marquis
d'Effiat, surintendant des finances, etc., la terre et seigneurie de
Versailles, consistant en vieil château en ruine et une ferme de plusieurs
édifices ; consistant ladite ferme en terres labourables, en prés, bois,
châtaigneraies, étangs et autres dépendances ; haute, moyenne et basse
justice... avec l’annexe de la grange Lessart, appartenances et dépendances
d’icelle, sans aucune chose excepter, retenir, ni réserver par ledit sieur
archevêque, de ce qu’il a possédé audit lieu de Versailles, et pour d’icelle
terre et seigneurie de Versailles, et annexe de la grange Lessart, jouir par
Sadite Majesté et ses successeurs rois, comme de choses appartenantes. Cette
vente, cession et transport faits, aux charges et devoirs féodaux seulement,
moyennant la somme de soixante-mille livres tournois, que ledit sieur
archevêque reconnoît avoir reçues de Sadite Majesté, par les mains de..., en pièces
de seize sous, de laquelle somme il se tient content, en quitte Sadite Majesté
et tout autre, etc.»
Tradução Livre:
Aqui está um trecho do
contrato de venda:
"Em 8 de Abril, 1632, o
ilustre e reverendo Jean-Francois de Gondi, arcebispo de Paris, senhor de
Versailles, reconhece ter vendido, cedido, repassado a ... Luís XIII, para
aceitar por Sua Majestade, [ aqui estão] messire Charles L 'Aubespine, Ministro
da Justiça e chanceler da ordem do Rei, e Messire Antoine Cunning, Marquês de
Effiat, superintendente das finanças, etc., a terra e senhorio de Versailles,
consistindo de um velho castelo em
ruínas e uma de fazenda com vários edifícios; compreendendo a referida fazenda
em terra arável, prados, madeira, castanha, lagos e outras dependências; [ como
o local onde o Senhor realizava] a alta, a média e a baixa justiça [ entre seus
servos, ou ,locatários] ... com o anexo
do celeiro Lessart, apetrechos e dependências , sem exceção, sem retenção, sem reserva,
de qualquer coisa pelo Senhor Arcebispo do que ele possuía naquele Senhorio de
Versailles, [ assim] o anexo do celeiro Lessart
[podem] passa a ser desfrutados
por Sua Majestade e seus sucessores[os] Reis, como as coisas que lhes pertencem.
Esta venda, cessão, repasses dos
encargos e dos direitos feudal, foi realizada pela soma de soixante-mille
livres tournois (sessenta mil libras), ao
referido Senhor Arcebispo, que reconhece
ter recebido de sua Majestade pelas mãos
de ..., e que ele está feliz em quitar a
Sua Majestade e os outros, etc.”.
Versalhes pertence a Luís XIII e a Sua Casa...
O pavilhão de caça foi
ampliado e completamente transformado entre 1632 e 1634, o trabalho iniciado
por Philibert Le Roy será concluído até Jacques Boyceau e Jacques de Menours.
A fachada de tijolos para encadeamento
pedra branca coberta com um telhado de ardósia adornada com claraboias, é
típico do estilo conhecido como "Louis XIII".
Com a morte de Luís XIII, em 14
de maio de 1643, a vila ao redor do pavilhão tinha 1.000 habitantes.
Era o refúgio do Rei Luiz
XIII, pois com seus favoritos dedicava ao que mais gostava de fazer que era
caçar e ter relações sexuais com eles, os favoritos, longe do olhar da Corte no
Palais du Louvre, no Château de Saint-Germain-en-Laye, no Palais Royal, ou em
outro qualquer Hôtel particulier que seus membros estivessem reunidos, esquecendo
que a língua do povo não tem tamanho, nem se limita a um espaço físico.
A Corte sabia o que la se
fazia.
Com os negócios nas mãos de
Richelieu, Luís XIII, podia viver ali como um simples mortal, não tão mortal
assim.
Era ideia de Luiz XIII abdicar
assim que Luís, o filho, alcança-se a maioridade e ir morar no pavilhão de caça
de Versalhes, infelizmente morreu prematuramente aos 42 anos de idade, tendo
seu filho e herdeiro do Trono apenas 5 anos.
Luís Dieudonné visitou algumas
vezes o chalé de caça e se apaixonou pelo local, creio que nele se sentiu
seguro (“o rompimento da Fronda dos Príncipes, em Paris, forçou o jovem Rei e
sua mãe, a Regente, a ficar por três meses em Poitiers, de outubro 1651 a
janeiro de 1652, na acidentada viagem de retorno, Luís e Ana de Áustria,
jantaram em Versailles, no dia 27 de abril de 1652).
Tenho ou não tenho razão?
Ali era domínio de seu pai,
terra dele, e ninguém, nem os príncipes, nem nenhum membro da nobreza, nem o
Clero, só Deus que lhe tinha feito nascer para ser o Rei de França e da
Navarra, poderia tirar Versalhes dele.
Se sentiu seguro, tenho a
certeza.
O “interesse do Rei pelo domínio
de seu pai se manifesta claramente, pois quatro meses após o seu casamento com
Maria Teresa da Áustria, irá com sua esposa a Versalhes, em 25 de outubro de
1660, para caçar”.
Aos 23 anos de idade, 18 anos
depois da morte do pai, depois da morte de Jules Mazarin, em 9 de março de
1661, Luís Dieudonné fazia o que queria, tanto que “de 1661 a 1662, Luiz XIV
começa a adequação do Pavilhão de Caça, reformando o piso térreo e o primeiro
andar, que é dividido em acomodações reais ou principescas, servido por novas
escadas”.
Na época de Luís XIII não
havia acomodações para senhoras, as rainhas iam lá e voltavam para Paris no
mesmo dia.
Lembremos da sua finalidade
fim, pois não???
Essa nova construção serve não
só para as caçadas, mas, também, para as festas do Rei.
Tanto que manda fazer obras
para poder acomodar os 600 hóspedes convidados para a festa denominada “Plaisirs
de l’Île enchantée”, que aconteceu entre os dias 7 a 13 de Maio de 1664, em
homenagem a Ana da Áustria, a Rainha Mãe, e Maria Teresa de Espanha, a esposa
de Luís XIV, e a sua favorita, Louise de La Vallière.
Nessa nova construção, a
partir de 1664, Luís XIV passa vários dias com o seu Conselho e com alguns membros
privilegiados da Corte, pois não havia local para acomodar muita gente.
De 1669-1672, a ampliação do
edifício, está sob a responsabilidade de Louis Le Vau, ou Le Vau, que “projetou
as extensões do castelo com vista para os jardins, e reformulou a entrada
tornando-a mais larga, e de André Le Nostre, ou Le Nôtre, os projetos dos
parques e jardins, e do pintor e decorador Charles Le Brun”.
Não satisfeito, com a reformas
no agora chamado de Château –Vieux, resolvem construir outro – Château- Neuf –
ao redor dessa construção original, já modificada, por pura economia.
Nesse novo complexo são
construídos num primeiro andar, o piano
nobile, virados para o Norte, le Grand appartement du Roi, os apartamentos do Rei, virados
para o Sul, le Grand appartement de la reine, os apartamentos da Rainha.
Os aposentos do Delfin,
também, são nesse andar.
No res do chão para SM a
Rainha-Mãe, para Monsieur e Madame, irmão e cunhada de Sua Majestade.
Na parte Oeste um terraço, o
qual foi destruído mais tarde para dar lugar à Galerie des Glaces, Galeria dos
Espelhos, que adorna as laterais desse Blog.
“No segundo andar, aposentos foram
construídos para outros membros da Família Real e membros super selecionados da
Corte”.
Mais, era preciso mais.
E só depois do Traité de
Nimègue, entre as Províncias Unidas e França, ponto final da guerra com a
Holanda, em 10 de agosto 1678, que Luís Dieudonné, que tinha medo do povo de
Paris, decidiu mudar para Versalhes, para lá estabelecer uma Corte digna dos
Reis de França e da Navarra.
Escreveu um contemporâneo: “il
a décidé de faire de Versailles sa résidence principale et d’y transporter le
siège de la Court e tu gouvernement”, T.L.: “ele decidiu fazer Versalhes a sua
residência principal e transportar a sede da Corte e todo o governo”.
O que foi feito em 6 de maio
de 1682.
E é nesse momento que começa uma Grande Mudança na História da
Humanidade, uma mudança que transformou totalmente as relações da Realeza com
os povos sobre os quais reinava “ por Direito Divino”, ou mesmo por eleições
entre pares, já que foi dado o início ao processo de neutralização da Nobreza,
de transformação de Nobreza rebelde em Nobreza Cortesã, sendo o Palácio de
Versalhes o palco da materialização do Absolutismo
de Luís XIV, um Soberano para lá de consciente de que era Rei por Direito
Divino.
Mas para que tal Grande Mudança tivesse êxito era preciso um Código
de Conduta, uma Regra Fixa, quase imutável, e ele – o Código- tinha que ter por
base La POLITESSE.
E Luís Dieudonné as mãos à Obra
....
Versailles
O Palácio de Versalhes
possui 2.153 janelas, 67 escadas,352 chaminés, 700 quartos, 1.250 lareiras e
700 hectares de parque.
Le Vau, não
conclui as obras, após sua morte, Jules Hardouin-Mansart tornou-se, em 1678, o
arquiteto responsável por dar continuidade ao projeto de expansão do palácio.
Galerie des Glaces, ou Galeria de
Espelhos, não é um simples corredor, e na realidade uma sala com 73m de
comprimento, 12,30m de altura e iluminada por dezessete janelas que têm a sua
frente, espelhos que refletem a vista dos jardins.
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