181 – Elizabeth I e o
expansionismo
inglês.
Felipe II de España
Sofonisba Anguissola
31 de diciembre de 1564
Personagens:
Espanhóis
& Católicos:
1-
Felipe II de
España – Rey de España, Portugal y los Algarves, Nápoles, Sicilia, Cerdeña,
Duque de Milán, soberano de los Países Bajos y Duque de Borgoña, Rey de Inglaterra
e Irlanda jure uxoris por su matrimonio con María I, entre 1554 y 1558;
2- Alonso Pérez de Guzmán el Bueno y Zúñiga – XII señor de Sanlúcar, X Conde de Niebla, VII Duque
de Medina Sidonia y V Marqués de Cazaza;
3- Alessandro
Farnese - Duca di Parma e Piacenza e Castro, Governatore dei Paesi Bassi
asburgici (Governador dos Habsburgo nos Países Baixos);
4-
Juan
Martínez de Recalde - Almirante de la Flota de invasión y segundo al mando de
la Armada Española, y mandó el San Juan de Portugal. Él era un caballero de la
Orden de Santiago;
5-
Miguel de
Oquendo y Segura - Almirante General, Lugarteniente de la Grande y Felicísima
Armada/ Armada Invencible;
6-
Martín de
Bertendona y Goronda - un marino y Almirante. A partir de 1587 tomó parte
activa en los preparativos de la Grande y Felicísima Armada, asumiendo el mando
de la Escuadra de Levante o Escuadra de Italia. Su nave era en aquel tiempo La
Ragazzona, un poderoso galeón;
7-
Pedro de
Valdés y Menéndez de Lavandera - Maestre de Campo y Almirante. Capitán General
de la "Armada de los galeones de la Carrera de Indias". Capitán
General de la Armada de Flandes. Almirante del escuadrón de Andalucía en la
posteriormente llamada Armada Invencible. Su galeón, “Nuestra Señora del
Rosario”, y fue apresado por los ingleses, permaneciendo prisionero en la Torre
de Londres durante siete años. General y Gobernador por Mar y Tierra en
Ultramar. Gobernador de Cuba ( 1602-1607).
Ingleses & Protestantes:
I-
Elizabeth I
- By the Grace of God, Queen of England, France and Ireland, Defender of the
Faith, etc.;
II-
Charles
Howard, 1st Earl of Nottingham (Conde de Nottingham), Baron Howard of Effingham,
Lord High Admiral, Lord Steward, Custos Rotulorum of Surrey, Lord Tenente de
Surrey, Justice in
Eyre
south of the Trent ( 1597–1624);
III-
Sir Francis
Drake, Franciscus Draco ("Francis the Dragon") - second-in-command of
the English fleet, vice admiral and Pirate, sea captain, privateer, navigator,
slaver, and politician of the Elizabethan era. Drake carried out the second
circumnavigation of the world in a single expedition, from 1577 to 1580;
IV-
Almirante
Sir John Hawkins – “Como tesoureiro (1577) e um controlador (1589), da Marinha
Real , Hawkins reequipou navios mais antigos e ajudou a projetar os navios mais
rápidos, todos eles resistiram a Invencível Armada. Um dos marinheiros mais
importante da Inglaterra do século 16, Hawkins foi o arquiteto-chefe de a
Marinha elizabetana. Na batalha em que a Armada Espanhola foi derrotada em
1588, Hawkins serviu como vice-almirante. Ele foi condecorado por bravura. Mais
tarde, ele concebeu o bloqueio naval para interceptar espanhóis navios do
tesouro que saem do México e América do Sul”;
V-
Justinus van
Nassau, único filho ilegítimo de William de Orange, Príncipe de Orange, Conde
de Nassau-Dillenburg. Justinus foi Tenente - Almirante da Zelândia, e capturou
dois galeões da Invencível Armada. Comandante do exército holandês conhecido
por seu sucesso defender Breda contra os espanhóis. Breda é uma cidade na parte
sul da Holanda.
A Grande y Felicísima Armada, Armada Invencible, e sua contribuição para o
expansionismo inglês:
Felipe II de España, llamado «el Prudente», Rey de España,
Portugal, Nápoles, Sicilia, Cerdeña, Duque de Milán, soberano de los Países
Bajos y Duque de Borgoña, etc., tinha perdido a boquinha de ser Rei da
Inglaterra e Irlanda jure uxoris por
su matrimonio con María I, entre 1554 y 1558,
pois ela morreu e Elizabeth não quis casar com ela.
Tinha raiva, também, pois a nova Rainha era anglicana, e ela
católico fervoroso.
Tinha raiva, também, porque os piratas ingleses, com o beneplácito
de sua Rainha, atacavam e roubavam seus galeões carregados de ouro e riquezas
das Américas.
Queria colocar Maria Stuart, a infeliz Rainha da Escócia no Trono
inglês, pois ela era católica.
Quis acabar com essa História e mandou construir a Invencível
Armada, ou seja, a Grande y Felicísima Armada,
Armada Invencible, “para destronar Elizabeth I e invadir Inglaterra”.
“Grande parte dos pilotos, marinheiros e soldados da Invencível
Armada eram portugueses, apesar de serem comandados por espanhóis. Tal facto
gerou controvérsia na altura, dado que os portugueses, ainda pouco acostumados
com as consequências da união dinástica com o Império Espanhol, não se sentiam
à vontade a combater em navios do seu país e serem comandados por espanhóis”.
Na Nau Capitania São Martinho - 48 canhões pesados em dois
pavimentos, além de vários canhões menores, tendo a bordo o comandante-em-chefe,
Don Alonso Pérez de Guzmán el Bueno y Zúñiga, Duque de Medina Sidonia, XII
señor de Sanlúcar, X conde de Niebla, capitán general del mar Océano
(comandante de la Armada) e comandante en jefe de la Grande y Felicísima Armada
(Armada Invencible), e Maestre Francisco Arias de Bobadilla, o oficial do
exército sênior. Um dos navios conseguiu voltar para a Espanha.
Na Nau Vice- Capitania São João de Portugal -50 canhões, tendo a
bordo o Almirante de la Flota de invasión, segundo-em-comando da Armada
Espanhola, Don Juan Martínez de Recalde, cavaleiro da Ordem de Santiago, esse
navio pertencia ao Esquadra de Portugal, apreendida logo depois de Felipe se
tornar Rei de Portugal, composta de Doze navios (marinheiros total de 1.293;
3.330 soldados no total).
A Invencível Armada era composta de várias Esquadras (ou
esquadrões) ligadas a Coroa de Espanha, a saber:
Além da Esquadra Portuguesa composta de 12 navios, e 4 navios do
Esquadrão de cozinhas, haviam:
a-
Esquadrão da
Biscaia com 14 navios (marinheiros total de 863; soldados total de 1.937);
b-
Esquadrão de
Castela com 16 navios (marinheiros total de 1.719; 2.458 soldados no total);
c-
Esquadrão da
Andaluzia 11 navios (marinheiros total de 780; soldados no total 2325);
d-
Esquadrão de
Guipuzcoa com 14 navios (marinheiros total de 616; soldados no total 1992);
e-
Esquadrão do
Levante com 10 navios de comercio no Mar Mediterrânicos agregados na Sicília e
em Lisboa (marinheiros total de 767 soldados; no total 2780);
f-
Esquadrão de
Nápoles com 4 navios;
g-
Esquadrão de
Urcas com 25 navios (marinheiros total de 608; soldados no total 3121);
h-
Esquadrão de
Pataches e Zabras com 22 navios (marinheiros total de 574; 479 soldados no
total);
Complemento da Frota:
i-
132 navios.
j-
8.766
marinheiros.
k-
21.556
soldados.
l-
2.088
remadores condenados as galés.
Partida de Lisboa em 25 de maio de 1588, a “gigantesca frota estava
fundeada no estuário do Tejo se preparando para a invasão”.
Em 24 de junho, nas costas de La Coruña, Galícia, na costa
noroeste da Península Ibérica, fortes vendavais dividem a Invencível Armada. (Alguns
barcos até o sudeste da Inglaterra, e outros para o Golfo da Biscaia)
O Duque de Medina-Sidonia suplica ao Rei Felipe II que cancele a
operação. Ao que “o Rei respondeu com raiva, chamado atenção dele e
cobrando-lhe dedicação a missão que fora encarregado de realizar”.
Levou um mês o reagrupamento da Armada, e com isso “as condições
meteorológicas que eram tão ruins, tornaram-se pior”.
Um navio inglês viu uma das naus espanholas (la «Grande») e avisou
a Plymouth Hoe, nas Costa de Plymouth, onde Francis Drake estava acantonado “enquanto
aguardava a maré mudar para poder zarpar com a Frota Inglesa, em direção a Armada
Espanhola”.
Tendo sido comunicado que a Frota Inglesa ainda estava fundeada em
Plymouth, Almirante Juan Martinez de Recalde, vice comandante da Invencível
Armada, solicita ao Duque de Medina Sidonia ordens para realizar um ataque em
grande escala no porto de Plymouth.
A ordem lhe é negada.
Medina Sidonia continuou rumando para os Países Baixos para se
encontrar com o Duque de Parma e se juntar às tropas oriundas do Flandres.
Os ingleses conseguem zarpar.
E ai...
“A Batalha Naval de Gravelines, em 29 de julho de 1588, foi o
maior feito dessa guerra naval. Gravelines é um pequeno porto, então parte da
Flandres na Holanda espanhola, perto da fronteira com a França, o território
espanhol mais próximo da Inglaterra. Cinco navios espanhóis foram perdidos, e
muitos outros navios espanhóis foram gravemente danificados. Durante as
primeiras horas da batalha várias ações individuais desesperadas foram
impetradas contra os navios ingleses. O plano espanhol para juntar o exército
vindo da Península Ibérica com o exército do Duque de Parma tinha falhado. A
Inglaterra não tinha como ser invadida”.
Só cabia a retirada e Medina Sidonia a ordenou.
A Invencível Armada foi obrigada a contornar as Ilhas Britânicas.
Na viagem de volta, devido às tempestades, navios se perderam
O episódio da armada foi
uma grave derrota política e estratégica para a coroa espanhola e teve grande
impacto positivo para a identidade nacional inglesa.
Ao saber da grande derrota Felipe II exclamou:
«Yo envié a mis naves a pelear
contra los hombres, no contra los elementos».
T.L.:
"Eu mandei meus navios para
lutar contra os homens, e não contra os elementos".
Desse momento em diante a Inglaterra surgiu como potência naval,
condição de Portugal e Espanha desde a Era dos Descobrimentos.
Era impossível qualquer novo plano de ataque naval e de invasão da
Inglaterra.
O vasto Império Espanhol, com o português incluso, onde o Sol
nunca se punha, estava vulnerável, e a Inglaterra soube aproveitar dessa nova
realidade.
Ricos senhores se uniram em torno da Rainha Elizabeth e lançaram
os alicerces do Império Britânico.
And God Save the Queen
Elizabeth I
Atribuído a Isaac Oliver
cerca de 1600-1602
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