1568 – Em janeiro Guilherme é convocado para ir ao Consejo
de los Trastornos, para explicar suas atuações anteriores. Não vai e seus bens
nos Países Baixos são confiscados.
Em 14 de fevereiro de 1568,
seu filho mais velho, Felipe Guilherme, é preso e enviado para a Corte de
Felipe II, em Espanha.
Enquanto isso, Guilherme
negocia com a Rainha Elizabeth I e com os Príncipes luteranos alemães, apoio
para sua investida armada contra os espanhóis nos Países Baixos.
OBSERVAÇÃO: Vemos
aqui por trás dessas negociações militares a mão do Capitalismo nascente, do
capitalismo que dominou e domina o mundo, que a esquerda festiva chama de
“capitalismo feroz” graças a interpretação de Giorgio Agamben, filosofo
italiano, nascido em Roma, 22 de abril de 1942. Na realidade tratasse da união
dos capitalistas ingleses, holandeses e alemães, na busca do lucro que lhes era
negado pelas políticas dos monarcas franco-espanhóis. A ‘carta de corso’ era o
instrumento usado para perturbar a economia luso-espanhola, a economia do maior
império transcontinental a época, pois com esses atos de pirataria diminuíam o
fluxo, das riquezas vindas do Impérios formado pelas colônias espanholas e
portuguesas.
Em 4 de março de 1568, lança
um manifesto denominado De rechtvaardiging van Prince d’Orange, La
justification du Prince d'Orange, La justificación de Prince d'Orange, dando
assim uma resposta ao Consejo de los Trastornos.
Na Primavera 1568, estabelece
um relacionamento com os “ Mendigos”, Les Gueux, inglês: the Beggars.
Batalhas com diversos
comandantes acontecem, mas Guilherme continua em seu feudo de Dillenburg.
Os irmãos de
Nassau
Luís (esquerda)
com seus irmãos João (sentado), Adolfo, e Henrique.
Luís de Nassau, irmão de
Guilherme, se torna um comandante operante, mas derrotado pelo Duque de Alba,
foge nu e a nado pelo Rio Sem, depois de ser derrotado na Batalha de Jemmingen
, agora em alemão Jemgum , do dia 21 de Julho de 1568, se refugiando na França
com Gaspard de Coligny.
O Conde Adolfo de Nassau,
irmão mais novo de Guilherme, é morto na Batalha de Heiliger, 23 de maio de 1568,
vencida peal tropas de Luís de Nassau, irmão de Guilherme e seu.
Em 28 de maio de 1568, o Duque
de Alba fecha a mão armada a sede da Confederação dos Nobres, pondo abaixo o paleis
van Kuilemberg, o palácio de Kuilemberg, ao res do chão. (Só não sei se salgou
como era hábito a época nas propriedades dos traidores do Rei de Espanha e
Portugal)
Alba inicia uma ação punitiva
contra o Norte e descobre os atos conspiratórios de Guilherme.
Em 1 de junho de 1568,
acontece a primeira execução de nobres em Bruxelas.
No verão de 1568 a partir de
várias direções ao mesmo tempo acontece uma frustrada invasão - Oranjes eerste
invasie (A Primeira Invasão de Orange na Holanda espanhola) dos partidários de
Guilherme que realmente foi um retumbante fracasso, mas é visto por
historiadores tradicionais como o início da Guerra dos Oitenta Anos (existem
outros fatos que, também, são vistos como o marco do início da Guerra dos 80
anos, a gosto de cada freguês).
Dessa data em diante segue-se
várias batalhas, várias derrotas, tanto contra o Duque de Alba, quanto apoiando
Gaspard de Coligny e seus huguenotes em França.
1569- Em outubro 1569, outra derrota dos huguenotes em
Moncontour, e Guilherme de Orange se retira para o Castelo de Dillenburg.
Iniciasse aqui o período de
démarches políticas-econômicas- militares de Guilherme com os seus apoiadores e
comandantes militares nos campos das batalhas.
Levantou um exército de
alemães mercenários, para lutar contra o Duque de Alba em terra.
Torna-se cada vez mais aliado dos
huguenotes franceses, que fornecem homens em armas. (Para desgraça da economia
de França, e vantagem para a economia anglo-holandesa).
1572 - Ele financiou a Watergeuzen, bandos de Mendigos do Mar que
invadiram as cidades costeiras dos Países Baixos, muitas vezes matando
indistintamente espanhóis e holandeses iguais.
Acontece a Oranjes tweede
invasie (A Segunda invasão de Orange na Holanda espanhola), que faz parte da
Guerra dos Oitenta Anos. Sem sucesso.
“Em abril de 1572 os ‘Mendigos do Mar’ tomaram Brielle, Dordrecht,
Gorcum e outras cidades da zona de Flandres. Em Gorcum prenderam dezenove
religiosos, supõem-se que eram inquisidores, ou foram acusados como tal pela
população, que foram transferidos para Brielle. Guilherme em via uma carta “na
qual pedia às autoridades competentes para liberar os religiosos, mas a mesma
chegou depois que eles tinham sido torturados e executados no dia 9 de julho de
1572”.
Esse episódio é conhecido como
Martelaren van Gorcum, os Mártires de Gorcum.
Fatos em Haia.
Reunião de 20 a 23 julho 1572,
Guilherme é reconhecido pela Assembleia [ dos libertadores ou independestes] reunida
em Dordrecht, hoje a quarta cidade da província neerlandesa da Holanda do Sul
(neerlandês: Zuid-Holland), como "Governador-geral e tenente do Reino da
Holanda, Zelândia, Oeste Friesland e Utrecht".
Lutas e disputas...
1573 - em outubro,
Guilherme de Orange se converte ao Calvinismo.
Em 18 de dezembro de 1573, o
Duque de Alba deixou os Países Baixos. Seu sucessor é Luis de Requesens y
Zúñiga, capitán de la marina en la batalla de Lepanto, ex- Gobernador del
Estado de Milán de 1572–1573, Mentor de don Juan de Austria, Embajador ante la
Santa Sede, un militar, marino, diplomático y político español, cavaleiro de la
Real y Militar Orden de Santiago.
Luis de Requesens concedeu
anistia, lutou, conferenciou, mas nada conseguiu de facto, morrendo em Bruxelas
no dia 05 de março de 1576. Está sepultado em Barcelona.
Foi substituído por Dom João
da Austria.
1574- A partir
de fevereiro a 14 de abril acontece “ a invasão de Luís de Nassau, Lodewijk van
Nassaus veldtocht van 1574”, com apoio financeiro vindo da França e do
Príncipe- eleitor do Palatinado, Frederick III, um defensor convicto da Reforma,
e se deve a ele Catecismo de Heidelberg de 1563, e dos capitalistas de Colônia,
Alemanha.
Foi outra invasão sem sucesso,
chegando ao fim na Batalha de Mookerheyde, em Mook , Países Baixos do Sul, de 14
de abril de 1574. Luís e Henrique de Nassau morreram nessa batalha. Seus corpos
nunca foram recuperados. Em 14 de abril de 1891 era a Igreja Reformada
Holandesa em Heumen inaugurou um Memorial em suas honras
Memorial para Luís e Henrique de Nassau,
Heróis da Liberdade dos Países Baixos
Heróis das Fé.
19 de fevereiro de 1574,
Middelburg tomada pelos mendigos.
Maio 1574, a frota espanhola é
derrotada pelos Mendigos do Mar
Na Primavera 1574 acontecem
novas adesões a Guilherme por parte de pessoas e localidades nos Países baixos.
Negociações com os espanhóis
são entabuladas, mas não se chega a um acordo.
1575 - Anna da Saxônia, herdeira de Maurice, Príncipe-eleitor
da Saxônia, e Agnes, filha mais velha de Filipe I, der Großmütige (o "
magnânimo "), Landgrave de Hesse, era maluca e devassa (teve um caso com
Johannes (Jan) Rubens, de quem teve uma filha, Christine van Dietz, em 22 de
agosto de 1571, não reconhecida por Guilherme. Johannes é o pai do pintor Peter
Paul Rubens), e “casamento acabou em anulação em m 14 de dezembro de 1571”,
apesar dos 5 filhos, e “e o resto de sua vida ela passou trancafiada em um
quarto fechado – “janelas do seu quarto foram emparedadas e equipadas com
barras de ferro adicionais. Na porta havia um quadrado no painel superior por
onde passavam os alimentos e bebidas para ela. Sobre a porta havia uma grade e
ferro, garantindo praticamente nenhuma chance de escapar”- no palácio do Príncipe- eleitor da Saxônia, em
Dresden”. Anna faleceu em 18 de dezembro
de 1577, com 32 anos de idade, louquinha, louquinha.
Sua família pediu de volta o
vultoso dote, mas foi em vão.
Guilherme divorciado casou
então com Charlotte de Bourbon, ou Charlotte de Montpensier, quarta filha de Louis
III de Bourbon-Vendôme, Duque de Montpensier, Príncipe de Dombes, Delfim de Auvergne,
Visconde de Brosse e senhor de Beaujeu, católico romano e um “dos líderes do
exército real durante as guerras religiosas e era conhecido por sua
intransigência religiosa, de tão cruel era odiado por seus próprios capitães”.
Sua mãe era Jacqueline de
Longwy, Condessa de Bar-sur-Seine,
“amiga e confidente da Rainha Catarina de Médici, que tem uma grande influência sobre essa notável Soberana-mãe na
busca de uma política de conciliação entre os católicos e
huguenotes/protestantes em França”.
Charlotte fez profissão em
1559 na Abbaye Notre-Dame de Jouarre sob a pressão de seus pais. Eleito
abadessa aos dezoito anos (1565), ela deixou sua comunidade em 1571.
Convertida ao protestantismo e
seguindo o conselho de Joana III, Rainha de Navarra, mãe de Henrique IV, Rei de
França e de Navarra, sua parente pelo casamento desta com Antônio, Duque de
Bourbon, primeiro Príncipe de Sangue, refugia-se em Heidelberg, a Meca do
calvinismo na Alemanha, para fugir a fúria de seu sanguinário e cruel pai.
Em 1572, Charlotte conhece Guilherme de Orange, e em 24 de junho de
1575 casa-se com ele.
O casal teve seis filhas:
Seis crianças nasceram desta
união:
1- Luísa
Juliana de Orange-Nassau - Louise Juliana - * Delft, 31 de março de 1576 - + Konigsberg,
15 de março de 1644) que casou com Frederico IV, cognominado Frederico o Justo,
Príncipe-eleitor do Palatinado, em 23 de junho de 1593. “Através de seu filho
Frederick V do Palatinado, ela é antepassada da atual Família Real Britânica “.
2- Elizabeth
de Orange-Nassau - Elisabeth Flandrika -
* Middelburg, 26 de abril de 1577 - + Sedan, 3 de setembro de 1642, afilhada de
Elizabeth I da Inglaterra. Casou com Henri de La Tour d'Auvergne, Duque de
Bouillon, Príncipe de Sedan, Visconde de Turenne, Marechal de França. Convertido
para o protestantismo com a idade de 21 anos, lutou ao lado do Rei de Navarra,
o futuro Henrique IV de França.
3- Catharina
Belgica van Nassau - * Antuérpia, 3 ou 31 de julho de 1578 - + Haia, 12 de
abril de 1648, casou no Castelo de Dillenburg com Filipe Luís II de
Hanau-Münzenberg, Conde de Hanau-Münzenberg, em 23 de outubro de 1586.
4- Charlotte
Flandrina van Nassau- religiosa, em 1605 se tornou Abadessa do Mosteiro de St.
Croix, perto de Poitiers, * Antuérpia 18 de agosto de 1579 - + no Mosteiro de
St. Croix, 16 de abril de 1640.
5- Charlotte
Brabantina van Nassau, "la belle Brabantine" - * Antuérpia, 17 de
setembro de 1580 - + Château-Renard, agosto 1631. Casou em 11 de março de 1598,
em Chatellerault, com Claude de La Trémoille, Duque de Thouars, Príncipe de
Talmont e Taranto, Conde de Taillebourg, de Benon, de Guines, Barão de Sully, d’
Isle-Bouchard, de Berrie, de Mauleon, senhor de Mareuil, d’ Onay de La
Chaize-le-Vicomte e de Sainte-Hermine, conhecido como Duque de Trémoille. Em
1587, Claude de la Trémoille adotou a religião reformada, e se tornou o mais
poderoso senhor protestante de Poitou e Saintonge.
6- Emilia
Secunda Antwerpiana van Nassau, * Antuérpia, 9 de dezembro de 1581 - + Burg
Landsberg, 28 de setembro de 1657, casou com Frederick Casimir de Zweibrücken, Conde
Palatino de Zweibrücken-Landsberg, em 24 de junho de 1616.
1576- Em 8 de
novembro de 1576, Pacificação de Ghent.
1577- 18 de setembro, Guilherme trabalha pela estabilidade
em Antuérpia.
22 de setembro, os Orangistas detêm
a entrada de Bruxelas.
1578- 4 de janeiro de 1578, o Príncipe de Orange, Guilherme
de Nassau, entra em Ghent.
1579 :
6 de janeiro: União de Arras.
23 de janeiro: União de
Utrecht.
28 de julho: Príncipe
apresenta relatório de suas atividades aos Estados Gerais de suas ações.
1580 - Alexander Farnese, terzo duca di Parma e Piacenza,
quarto duca di Castro, cavaleiro na Ordem do Tosão de Ouro como uma recompensa
para a reconquista da cidade de Antuérpia, sobrinho de Felipe II, pois era
filho de Margarida de Parma, se opôs em vão a medida de seu tio e soberano
contra Guilherme de Orange. “Duque de Parma foi relutante em assinar a
proscrição, pois tinha medo das reações, mas 15 de junho de 1580 assinou a
proibição que adquiriu força de lei nos Países Baixos”.
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