sexta-feira, 12 de junho de 2015

Uma explicação que se faz necessária.

Em homenagem ao Tabelião Hugo Ramos, já falecido e um grande conversador sobre Historia, com quem aprendi muito. .



Uma explicação que se faz necessária:

Hoje em dia, depois do apogeu da leitura marxista da História, certos detalhes históricos são eliminados, esquecidos ou por má fé, ou por ignorância, ou simplesmente porque o historiador assim o quer.
Ninguém pode ignorar as pretensões e as ações das Dinastias que governaram por séculos a Europa e o Planeta, sob pena de contar uma História capenga e irreal.  
Eu, um conversador que gosta de falar sobre História, não as ignoro, muito pelo contrário, tendo, a meu modo, resgatar as suas reais atuações, e pôr via de consequência, suas importâncias nos Ciclos da Grande História da Humanidade.
Falar de Revolução Francesa sem falar dos Capetos de Bourbons, seus atos e seus fatos, suas taras e sua fé, é uma ‘historinha’ sem pé, nem cabeça.
Como entender uma sem compreender a outra?
Não dá.
Falar só da miséria, da opressão, da fome, da falta de liberdade, etc. e tal, não cria o cenário verdadeira, não dá o pano de fundo, de nenhum período histórico.
 Porquê da miséria, da opressão, da fome, da falta de liberdade, etc. e tal?
Porque Luís XIV queria a guerra, para colocar seu neto, Felipe d’Anjou, no Trono de Espanha, e com isso ampliar o Poder de sua Dinastia.
Porque Luís XIV delirava na construção de seu Versalhes, para nele colocar a nobreza, sempre rebelde, sob seu tacão vermelho, já que nela não confiava por causa da Fronda dos Príncipes.
Porque Luís XIV delirava na manutenção de seu Versalhes, pois nele colocou, através de uma severa Etiqueta de Corte, a nobreza da Alta a pequena, sempre rebelde, sob seu tacão vermelho, e com isso realizar todos os seus desejos e sonhos dinásticos.
A cabeça de Luís XVI foi cortada porque ele não teve como parar a gastança da Corte de seus avoengos, um problema criado para a Gloria da Dinastia.
Para defender a Dinastia de Bragança contra a fúria de Bonaparte, Dom João de Bragança migrou para a Colônia do Brasil.
Para garantir para sua Dinastia paterna, os Borbóns, a América Espanhola, mas, também, porque não dizer, acalmar sua ganância pessoal, Dona Carlota vendeu suas joias, e foi roubada.  
Dom Pedro I aceitou a independência do Brasil realizada por Dona Leopoldina de Habsburgo, mas não abdicou de sua herança paterna, a Coroa portuguesa, e pela Dinastia fez de sua filha, Dona Maria, uma Rainha de lá e de outros lados do Mar Oceano, chegando a morrer por tal ato, no mesmo Quarto D. Quixote, do Palácio de Queluz, onde trinta e cinco anos atrás tinha nascido, muito antes da aventura do Brasil Imperial.
Os interesses dinásticos foram as rodas da Carruagem da História.
E não se pode ignorar essa verdade.
Por isso, e só por isso, é que eu converso sobre elas.
Espero ter explicado a minha posição.
Queiram me bem.
Jorge Eduardo Garcia

Na Rua Piauí, São Paulo.


Em 12 de junho de 2015

Nenhum comentário:

Postar um comentário