Em homenagem ao Tabelião Hugo Ramos, já falecido e um grande conversador sobre Historia, com quem aprendi muito. .
Uma explicação que se faz necessária:
Hoje
em dia, depois do apogeu da leitura marxista da História, certos detalhes históricos
são eliminados, esquecidos ou por má fé, ou por ignorância, ou simplesmente porque
o historiador assim o quer.
Ninguém
pode ignorar as pretensões e as ações das Dinastias que governaram por séculos a
Europa e o Planeta, sob pena de contar uma História capenga e irreal.
Eu,
um conversador que gosta de falar sobre História, não as ignoro, muito pelo contrário,
tendo, a meu modo, resgatar as suas reais atuações, e pôr via de consequência, suas
importâncias nos Ciclos da Grande História da Humanidade.
Falar
de Revolução Francesa sem falar dos Capetos de Bourbons, seus atos e seus
fatos, suas taras e sua fé, é uma ‘historinha’ sem pé, nem cabeça.
Como
entender uma sem compreender a outra?
Não
dá.
Falar
só da miséria, da opressão, da fome, da falta de liberdade, etc. e tal, não cria
o cenário verdadeira, não dá o pano de fundo, de nenhum período histórico.
Porquê da miséria, da opressão, da fome, da
falta de liberdade, etc. e tal?
Porque
Luís XIV queria a guerra, para colocar seu neto, Felipe d’Anjou, no Trono de Espanha,
e com isso ampliar o Poder de sua Dinastia.
Porque
Luís XIV delirava na construção de seu Versalhes, para nele colocar a nobreza,
sempre rebelde, sob seu tacão vermelho, já que nela não confiava por causa da
Fronda dos Príncipes.
Porque
Luís XIV delirava na manutenção de seu Versalhes, pois nele colocou, através de
uma severa Etiqueta de Corte, a nobreza da Alta a pequena, sempre rebelde, sob
seu tacão vermelho, e com isso realizar todos os seus desejos e sonhos dinásticos.
A
cabeça de Luís XVI foi cortada porque ele não teve como parar a gastança da
Corte de seus avoengos, um problema criado para a Gloria da Dinastia.
Para
defender a Dinastia de Bragança contra a fúria de Bonaparte, Dom João de
Bragança migrou para a Colônia do Brasil.
Para
garantir para sua Dinastia paterna, os Borbóns, a América Espanhola, mas, também,
porque não dizer, acalmar sua ganância pessoal, Dona Carlota vendeu suas joias,
e foi roubada.
Dom
Pedro I aceitou a independência do Brasil realizada por Dona Leopoldina de Habsburgo,
mas não abdicou de sua herança paterna, a Coroa portuguesa, e pela Dinastia fez
de sua filha, Dona Maria, uma Rainha de lá e de outros lados do Mar Oceano,
chegando a morrer por tal ato, no mesmo Quarto D. Quixote, do Palácio de
Queluz, onde trinta e cinco anos atrás tinha nascido, muito antes da aventura
do Brasil Imperial.
Os
interesses dinásticos foram as rodas da Carruagem da História.
E
não se pode ignorar essa verdade.
Por
isso, e só por isso, é que eu converso sobre elas.
Espero
ter explicado a minha posição.
Queiram
me bem.
Jorge Eduardo Garcia
Na
Rua Piauí, São Paulo.
Em
12 de junho de 2015
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