Flavius Honorius em Ravena.
Os galináceos era os “ favoritos ‘ desse
Imperador Romano totalemente debiloide.
The Favorites
of the Emperor Honorius, pintura de 1883, por John William Waterhouse, pintor britânico, nascido em abril 1849 Roma, ainda
Estados Pontifícios, e falecido em Londres, UK, em 10 de fevereiro de 1917, participou
do Movimento Pré-rafaelita.
Roma saqueada e enfraquecimento e o declínio final do Império Romano do Ocidente.
“Flávio
Honório (em latim Flavius Honorius; depois Imperator Caesar Flavius Honorius
Pius Felix Augustus) foi um Imperador Romano do Ocidente já nos anos finais do
império, além de ter sido uma peça chave no declínio de Roma. Seu reinado foi
marcado pelo saque de Roma em 410, entre outros eventos trágicos”.
Nomeado
Augusto aos onze anos de idade sob a tutela de Flávio Estilicão, um bárbaro que
chegou a mestre dos soldados (magister militum), a Patrício e Consul, cuja “
animosidade entre os vários imperadores do Oriente e Estilicão foi uma das
principais causas da queda do império ocidental; durante um período de trinta
anos (395 - 408) não houve cooperação entre Roma e Constantinopla”, que como “comandante
em chefe das tropas do exército do Ocidente derrotou, em 397, a Alarico, Rei
dos Visigodos, que fugiu, os “vândalos e outras tribos bárbaras”, que “desguarneceu
as fronteiras da Gália propiciando assim a invasão da província pelos vândalos, alanos e suevos, um marco histórico de
grande valor para a Humanidade, pois desse fato em diante os bárbaros, as
tribos barbaras, não mais saíram do Império e fundaram, junto com os visigodos,
os primeiros reinos romano-bárbaros, os federados”.
“Alarico
iniciou a pressão sobre a fronteira da Itália, pedindo o pagamento "por
serviços". Obviamente também esta questão confirmaria a possibilidade de
um acomodamento entre Estilicão e Alarico”.
“O
senado romano foi confrontado ao fato concluído, somente um senador de nome
Lampridio, segundo a tradição, teve a coragem de afirmar que não se tratava de
aliança mas de escravidão”.
“Com
a recusa de pagamento, em 408 Alarico invadiu pela segunda vez a Itália, tal
como havia feito em 401-402 d.C.”.
Estlicão
se retirou então a Ravena, onde foi feito prisioneiro e morto em 22 de agosto
de 408 por Heracliano, enquanto seu filho Euquério foi assassinado pouco
depois.
“Em
toda a Itália explodiu uma onda de violência contra as famílias de bárbaros
federados, que foram então engrossar a fila do exército de Alarico, que atravessou
os Alpes, devastou a península Itálica e assediou Roma, que caiu e foi saqueada
depois de dois anos (410).
Depois
de oito séculos, um estrangeiro entrava de novo em Roma.
Essa
é a História do governo Imperial que durou de 23 de janeiro de 393 a 15 de
agosto de 423, do Imperator Caesar Flavius Honorius Pius Felix Augustus, ou
simplesmente Honório.
Fraco
e tímido morreu de Hidropisia aos 38 anos.
Desse
momento em diante se consolidou o “enfraquecimento e o declínio final do
Império Romano do Ocidente.
Veremos...
Roma Antiga
Blog sobre a
Roma Antiga: história, cultura, usos e costumes.
SEGUNDA-FEIRA,
JANEIRO 10, 2005
O imperador
Honório
Filho do
imperador Teodósio, foi uma figura muito mais apagada que o seu pai. Nascido em
384, teve uma educação cortesã, livre de preocupações; subindo ao trono em 395
com a morte do seu pai, que dividira o império em 2 partes (já acontecera
antes, mas desta vez foi definitivo), ficando o seu irmão Arcádio com a parte
oriental. Teve um general de seu pai, o vândalo Estilicão que tratou de todos
os assuntos importantes por numerosos anos; este fez os possíveis para manter a
integridade do império, lutando contra diversos grupos bárbaros. Honório
assassinou-o em 408, viu diversos povos ultrapassarem a fronteira e os
visigodos saquearem Roma (foi então que se deu o famoso episódio da galinha já
referido pelo
Marco).
Incapaz de os expulsar, fez acordos com eles, atribuindo-lhes territórios em
troca de fidelidade (que durava enquanto viam a presença de tropas romanas).
Vários usurpadores tentaram obter a púrpura, mas fracassaram. Em consequência
de uma das revoltas, a de Constantino na Bretanha, esta província acabou por
ser abandonada à sua sorte. Curiosamente, este foi o último usurpador romano
que se revoltou com tropas que estavam sob a sua directa alçada em vez de
“emprestadas” por um comandante bárbaro limitando-se a figura de marioneta que
seria a norma em seguida. Bem, Honório teve a sorte de ter um bom general
(chamado Constâncio) que lhe foi fiel, tentou na medida do possível limitar a
acção dos bárbaros que estavam dentro do império e eliminar os usurpadores;
Constâncio casou com a irmã de Honório, fez um filho, o futuro (incapaz)
Valentiano III, tornou-se co-imperador com Honório, mas morreu antes deste.
Honório morreu em 423, sem sucessor nomeado, pois o seu sobrinho e irmã estavam
exilados em Constantinopla; depois de mais um par de guerras civis,
intervenções de bárbaros e usurpações Valentiano foi reconhecido, dando-se mais
um passo decisivo para o fim do império.
Q.F.M.
Flávio
Honório
(384 - 423)
Imperador
romano do Ocidente (395-423) nascido possivelmente em Constantinopla, que,
incapaz de deter o avanço dos bárbaros, contribuiu para a desintegração do
Império Romano. Filho e herdeiro do Grande Teodósio, contava com apenas onze
anos de idade quando seu pai morreu e herdou o governo do Império do Ocidente,
sob a tutela do general Flávio Estílico [ou Estilicão] que assumiu o governo de
fato, diante da fraca personalidade do imperador. Este primeiramente venceu os
visigodos, e entrou em confronto com as autoridades do Oriente, especialmente
Rufino, o prefeito pretoriano da parte oriental do Império governada por
Arcádio, seu irmão e herdeiro do Império do Oriente. Estílico sufocou a
rebelião promovida pelo Conde Gildão na África (396-398) e promoveu o casamento
(398) do imperador com sua filha Maria. Também mandou matar Rufino, mas não
agiu com eficácia contra o rei visigodo Alarico I, que desistiu da invasão da
Itália (402) e ainda o ajudou a manter o sonho que sempre ambicionou: derrubar
o governo do Oriente. Os godos eram um povo germânico originário das regiões
meridionais da Escandinávia e os romanos chamava de visigodos, os godos que
viviam entre os rios Danúbio e Dniester. Nas festas do acordo com os visigodos,
em Roma, permitiu a celebração de jogos com a participação dos gladiadores, o
que desagradou aos cristãos, ocasionando a morte do eremita Telêmaco durante os
protestos, levando a publicação de um Edicto Imperial (404), proibindo
definitivamente as lutas de gladiadores. Ainda sob o comando de Estilicão, as
tropas do Imperador venceram os exércitos invasores do vândalo Radagaiso,
próximo a Florença (405), executando Radagaiso e vendendo seus homens como
escravos. Por uma questão de segurança a
corte foi transferida para Rávena (405), julgada mais segura que Roma ou Milão
[na época Mediolanum]. No final do ano seguinte um grupo de invasores
pretendentes a várias tribos germânicas, atravessou o rio Reno, então
congelado, saqueou várias cidades da fronteira e espalhou-se por toda a Gália.
Estilicão começou a cair em desgraça por causa de sua tolerância religiosa e de
sua aproximação com os visigodos, o que atraiu a desconfiança dos cristãos e
conspirações armadas pelo partido nacionalista romano. Com a ocupação da Gália
pelos vândalos, suevos e alanos (406), Estilicão perdeu a confiança do
imperador e, por isso, foi acusado de traição. Acusado também de negociar com o
rei visigodo Alarico, e de pretender colocar seu filho Euquério como herdeiro
do Imperador, este foi envenenado pelas intrigas e decretou que seu general
fosse executado (408). Dois anos depois Roma, pela primeira vez em 800 anos,
foi invadida e saqueada por estrangeiros. Com a chegada dos visigodos de
Alarico, às proximidades de Roma (410), o imperador refugiou-se em Ravena, até
a retirada dos invasores e a vitória do general Flávio Constâncio (411) sobre o
usurpador do trono da Gália, Constantino III. Por ordem do imperador o governo
da Lusitânia foi entregue aos alanos (411), encerrando o vínculo daquela região
com Roma (27 a. C.-411) que perdurava desde os tempos de Augusto. Alarico
motivou-se como vingança pela morte de Estílico, mas o rei visigodo morreu
pouco depois, em Cosentia, hoje Cosenza, Itália, quando prosseguia para a
Calábria. Seu cunhado e sucessor, Ataulfo, saiu da Itália e levou suas tropas
para o sudoeste da Gália. Ataulfo era casado com Gala Placídia, a meia-irmã do
imperador romano e mãe de Valentiniano III, e foi obrigado pelo general
Constâncio III a se retirar para a Espanha, onde foi assassinado (415). O
substituto de Ataulfo, o irmão Vália, devolveu Plácida aos romanos e foi
autorizado a voltar com seu povo para a Gália, onde estabeleceu a capital em
Tolosa, hoje Tolouse, conseguindo o status de estado federado pouco depois
(418). Foi durante o governo honoriano que se desenvolveu duas grandes
correntes teológicas, defendidas por São Gerônimo (348-420), de Stridon, e
Santo Agostinho (354-430), de Tagasta, de enormes significados para as gerações
futuras de todo o mundo cristão. Posteriormente o general foi nomeado co-imperador
Constâncio III (421) e, após sua morte, foi sucedido no império do Ocidente
pelo filho de Constâncio, Valentiniano III.
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