Rainha Zenóbia
O Império de Palmira
de 260 a 273 d. C.
O Império de Palmira ou
Império Palmirense foi um império formado num território que se separou do
Império Romano durante a crise do terceiro século. Ele abrangia as províncias
da Síria Palestina, Egito e grande parte da Ásia Menor.
Depois da morte de seu
fundador, Odenato, ele foi governado pela rainha Zenóbia em nome de seu filho
menor Vabalato.
A capital deste fugaz império era a cidade
Palmira.
Odenato foi assassinado e
seu filho, Vabalato, foi aclamado rei (rex consul imperator dux Romanorum,
"rei, cônsul, imperador e duque dos romanos") e corrector totius
orientis ("governador de todo o oriente") do chamado Império de
Palmira.
Porém, o poder estava na
realidade nas mãos de sua mãe, Zenóbia. Com as legiões sob seu comando e
aproveitando-se da confusão em Roma, Zenóbia conquistou o Egito, Síria,
Palestina, partes da Ásia Menor e o Líbano, adotando para si e para o filho o
título de "augusto(a)".
Em 270, Aureliano conseguiu
se consolidar como imperador romano. Depois de derrotar os alamanos, que haviam
invadido a Itália, ele se voltou para o oriente e para o Império de Palmira.
A Ásia Menor foi recuperada
sem maiores dificuldades, pois todas as cidades, com exceção de Bizâncio e
Tiana, se renderam sem luta, pois o imperador vinha destruindo completamente
todas as que resistiam. Porém, a queda de Tiana acabou cercada de mistério,
pois Aureliano a poupou depois de ter tido uma visão do grande filósofo
Apolônio de Tiana, a quem ele apreciava muito, num sonho. Apolônio teria
implorado-lhe pela segurança da cidade dizendo: "Aureliano, se você deseja
governar, abstenha-se do sangue dos inocentes! Aureliano, se você quer
conquistar, seja misericordioso!". Seja qual for a razão, a cidade foi
poupada, o que fez com que mais e mais cidades se entregassem contando agora
com a benevolência do imperador.
Aureliano derrotou a rainha
Zenóbia na batalha de Imas e, desta vez de forma decisiva, na Batalha de Emesa.
No espaço de seis meses, seus exércitos saíram de Roma e chegaram às portas de
Palmira, que se rendeu quando Zenóbia tentou escapar para o Império Sassânida,
marcando o fim do Império Palmirense.
Depois de um breve choque
os persas e outro no Egito contra o usurpador Firmo, Aureliano retornou a
Palmira em 273 para sufocar uma nova revolta. Desta vez o imperador permitiu
que suas tropas saqueassem a cidade, que nunca mais recuperou o antigo prestígio.
Ele passou a ser conhecido a partir daí como "Pártico Máximo"
(Parthicus Maximus) e "Restaurador do Oriente" (Restitutor Orientis).
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