quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

55- CONVERSA- Armand Jean du Plessis, Cardeal-duque de Richelieu e de Fronsac, homem a serviço da Monarquia absoluta e pela França. Parte I

Brasão de Armand Jean du Plessis, Cardeal-duque de Richelieu e de Fronsac

um Armand Jean du Plessis, Cardeal-duque de Richelieu e de Fronsac, homem a serviço da Monarquia absoluta e pela França.
« La politique consiste à rendre possible ce qui est nécessaire. »
Armand Jean nasceu em Paris, no dia 9 de setembro de 1585, na rue du Bouloi, Ile de France, no seio de uma família da antiga nobreza de espada do Poitou, que se misturou com a nobreza de Toga de Paris, e com isso a família nuclear – papa et mama-  fazia dele um nobre “de espada e de Toga” no Reino de França.
Filho de François du Plessis, seigneur de Richelieu, capitão dos guardas de Henrique IV, e de Suzanne de La Porte, filha de François de La Porte, senhor de La Lunardière , advogado no Parlamento de Paris (uma instituição francesa do ancien régime que dava suas sentenças em Nome do Rei e era a mais alta instância judiciaria do Reino) e de  Claude Bochard, irmã de Amador de La Porte< Grão-prior de l'ordre de Saint-Jean de Jérusalem ou Ordem de São João de Jerusalém.
Sua família não tinha grande fortuna, porem François du Plessis, seigneur de Richelieu, foi coberto de grandes honras, a começar foi um dos nobres plenipotenciários destacados, ainda jovem, para garantir aos nobres eleitores, que Francisco de Valois, depois Francisco III, Rei de França, iria para o seu novo reino da Polônia e Grão-Duque da Lituânia entre 1573 e 1575, para o qual tinha sido eleito e reinaria sob o nome de sob o nome de Henryk Walezy.
Henrique de Valois ou Henryk Walezy ficou no Trono da Polônia e no do Grão-ducado, somente dois anos e 1 dia, de 11 de maio de 1573 a 12 de maio de 1575, fugindo vergonhosamente da Polônia com todos o Tesouro Real e indo parar com os costados em Veneza, onde viveu uma vida dissoluta de homossexual assumido.
Em 1578, nomeado por Henrique III, Rei de França desde   33 de fevereiro de 1575, já coroado na Catedral de Reims, Grand prévôt de France, ou seja, chefe da Casa Militar do Rei e da polícia da Corte, era, portanto, um grande oficial da Casa do Rei – grand officiers de la Maison du roi.
Pelos bons serviços foi elevado em 1585, pelo mesmo Soberano, Cavaleiro das Ordens do Rei- fut élevé à la distinction de chevalier des ordres du roi.
Conselheiro do Rei no Conseils d'État et Privé.
Capitão-tenente do Regimento do Príncipe soberano de Dombes, Henri de Bourbon,  prince du sang de la maison de Bourbon, Par de França, também conhecido como Henri de Montpensier, pois foi Duque de Montpensier, além de Príncipe da Roche-sur-Yon e Lucas,de Delfim de Auvergne, de Duque de Chatellerault e Saint-Fargeau , Marquês de Mezieres, Conde de Mortain e Bar sur Seine , Visconde de Auge, de Domfront e de Brosse, Barão de Beaujolais ,de Combrailles e de Mirebeau , senhor de Champigny , d’Argenton e de Saint-Sever , Cavaleiro das Ordens do Rei , governador de Dauphine e de Normandie.
Muitas honras, mas pouca grana.
François du Plessis e Suzanne de La Porte, tiveram os seguintes filhos:
1-       Henri du Plessis de Richelieu (1578-1619), morto em um duelo;
2-       Alphonse-Louis du Plessis de Richelieu Cardeal de Lyon;
3-       Ysabel (1582-1648), esposa de Loys Pidoux Maduère, doutor em medicina pela Universidade de Poitier;
4-       Armand Jean du Plessis, Cardeal-duque de Richelieu e de Fronsac;
5-       Françoise (1586-1615), esposa de René de Vignerot (1590-1625) (Eles tinham como filho Vignerot Francis Pont-Courlay e cujos descendentes herdou o título Duque de Richelieu);
6-       Nicole (1587-1635), esposa do Marquês Urbain de Maille e cuja filha Claire-Clémence se casou com Louis II de Bourbon-Condé, dito le Grand Condé, premier prince du sang, pair de France.

Le Cardinal de Richelieu
par Philippe de Champaigne,
Musée des beaux-arts de Strasbourg.
François du Plessis, seigneur de Richelieu, morreu em 10 de junho de 1590 de febre perniciosa, fièvre pernicieuse, uma forma grave e mortal de malária.
A ‘coisa ficou feia’, mas a Providência Divina, lhes garantia as rendas do Bispado de Luzon, centro-oeste França, localizada no departamento de Vendée na região Pays de la Loire, um "bispado lamacento e o menor da França”, onde, segundo alguns historiadores, a família passou a residir em meio a muitíssimas dificuldades. Em 1317, o Papa João XXII ao dividir a Diocese de Poitiers e criou as Diocese de Luzon e de Maillezais ee o então Abade de Luzon, Pierre de La Veyrie, foi promovido Bispo.
O primeiro da família ser elevado a condição de Bispo de Luzon de 1584 à 1592 foi Jacques du Plessis de Richelieu, neto do Vice- almirante Guyon Le Roy, Senhor do Chillou, cargo para qual foi nomeado por Charles VIII, Rei de França, e construtor do porto de Le Havre, por ordem de Francisco I, Rei de França. É tio-avô do Cardeal-Duque de Richelieu.
O segundo foi Alphonse Louis du Plessis de Richelieu, já citado irmão mais velho do Cardeal-Duque, e sucessor designado do Tio-avô, um caráter um tanto estranho, que recusou o cargo e entrou para o Mosteiro da Grande Chartreuse, da Ordem dos Cartuxos, uma instituição religiosa contemplativa em votos solenes, tipo semi- eremita, fundada em 1084 por São Bruno.
Não teve outro jeito, para defender as rendas da família, Armand Jean du Plessis abandonou sua promissora carreira d’armas, uma carreira que amava, e tomou Ordens.
Fim da Parte I 


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