Brasão de Armand
Jean du Plessis, Cardeal-duque de Richelieu e de Fronsac
um Armand Jean du Plessis, Cardeal-duque de Richelieu e de Fronsac, homem a serviço da Monarquia absoluta e pela
França.
« La politique consiste à rendre
possible ce qui est nécessaire. »
Armand Jean nasceu em
Paris, no dia 9 de setembro de 1585, na rue du Bouloi, Ile de France, no seio de uma família da antiga nobreza de espada do
Poitou, que se misturou com a nobreza de Toga de Paris, e com isso a família
nuclear – papa et mama- fazia dele um
nobre “de espada e de Toga” no Reino de França.
Filho de François du
Plessis, seigneur de Richelieu, capitão dos guardas de Henrique IV, e de
Suzanne de La Porte, filha de François de La Porte, senhor de La Lunardière ,
advogado no Parlamento de Paris (uma instituição francesa do ancien régime que
dava suas sentenças em Nome do Rei e era a mais alta instância judiciaria do
Reino) e de Claude Bochard, irmã de
Amador de La Porte< Grão-prior de l'ordre de Saint-Jean de Jérusalem ou
Ordem de São João de Jerusalém.
Sua família não tinha
grande fortuna, porem François du Plessis, seigneur de Richelieu, foi coberto
de grandes honras, a começar foi um dos nobres plenipotenciários destacados,
ainda jovem, para garantir aos nobres eleitores, que Francisco de Valois,
depois Francisco III, Rei de França, iria para o seu novo reino da Polônia e
Grão-Duque da Lituânia entre 1573 e 1575, para o qual tinha sido eleito e
reinaria sob o nome de sob o nome de Henryk Walezy.
Henrique de Valois ou Henryk
Walezy ficou no Trono da Polônia e no do Grão-ducado, somente dois anos e 1
dia, de 11 de maio de 1573 a 12 de maio de 1575, fugindo vergonhosamente da
Polônia com todos o Tesouro Real e indo parar com os costados em Veneza, onde
viveu uma vida dissoluta de homossexual assumido.
Em 1578, nomeado por
Henrique III, Rei de França desde 33 de
fevereiro de 1575, já coroado na Catedral de Reims, Grand prévôt de France, ou
seja, chefe da Casa Militar do Rei e da polícia da Corte, era, portanto, um
grande oficial da Casa do Rei – grand officiers de la Maison du roi.
Pelos bons serviços foi
elevado em 1585, pelo mesmo Soberano, Cavaleiro das Ordens do Rei- fut élevé à
la distinction de chevalier des ordres du roi.
Conselheiro do Rei no
Conseils d'État et Privé.
Capitão-tenente do
Regimento do Príncipe soberano de Dombes, Henri de Bourbon, prince du sang de la maison de Bourbon, Par de
França, também conhecido como Henri de Montpensier, pois foi Duque de
Montpensier, além de Príncipe da Roche-sur-Yon e Lucas,de Delfim de Auvergne,
de Duque de Chatellerault e Saint-Fargeau , Marquês de Mezieres, Conde de
Mortain e Bar sur Seine , Visconde de Auge, de Domfront e de Brosse, Barão de
Beaujolais ,de Combrailles e de Mirebeau , senhor de Champigny , d’Argenton e
de Saint-Sever , Cavaleiro das Ordens do Rei , governador de Dauphine e de
Normandie.
Muitas honras, mas pouca
grana.
François du
Plessis e Suzanne de La Porte, tiveram os seguintes filhos:
1- Henri du Plessis de Richelieu
(1578-1619), morto em um duelo;
2- Alphonse-Louis du Plessis de Richelieu
Cardeal de Lyon;
3- Ysabel (1582-1648), esposa de Loys
Pidoux Maduère, doutor em medicina pela Universidade de Poitier;
4- Armand Jean du Plessis, Cardeal-duque
de Richelieu e de Fronsac;
5- Françoise (1586-1615), esposa de René
de Vignerot (1590-1625) (Eles tinham como filho Vignerot Francis Pont-Courlay e
cujos descendentes herdou o título Duque de Richelieu);
6- Nicole (1587-1635), esposa do Marquês
Urbain de Maille e cuja filha Claire-Clémence se casou com Louis II de
Bourbon-Condé, dito le Grand Condé, premier prince du sang, pair de France.
Le Cardinal de Richelieu
par Philippe de Champaigne,
Musée des beaux-arts de Strasbourg.
François
du Plessis, seigneur de Richelieu, morreu em 10 de junho de 1590 de febre
perniciosa, fièvre pernicieuse, uma forma grave e mortal de malária.
A
‘coisa ficou feia’, mas a Providência Divina, lhes garantia as rendas do
Bispado de Luzon, centro-oeste França, localizada no departamento de Vendée na
região Pays de la Loire, um "bispado lamacento e o menor da França”, onde,
segundo alguns historiadores, a família passou a residir em meio a muitíssimas
dificuldades. Em 1317, o Papa João XXII ao dividir a Diocese de Poitiers e
criou as Diocese de Luzon e de Maillezais ee o então Abade de Luzon, Pierre de
La Veyrie, foi promovido Bispo.
O
primeiro da família ser elevado a condição de Bispo de Luzon de 1584 à 1592 foi
Jacques du Plessis de Richelieu, neto do Vice- almirante Guyon Le Roy, Senhor
do Chillou, cargo para qual foi nomeado por Charles VIII, Rei de França, e
construtor do porto de Le Havre, por ordem de Francisco I, Rei de França. É tio-avô
do Cardeal-Duque de Richelieu.
O
segundo foi Alphonse Louis du Plessis de Richelieu, já citado irmão mais velho
do Cardeal-Duque, e sucessor designado do Tio-avô, um caráter um tanto
estranho, que recusou o cargo e entrou para o Mosteiro da Grande Chartreuse, da
Ordem dos Cartuxos, uma instituição religiosa contemplativa em votos solenes,
tipo semi- eremita, fundada em 1084 por São Bruno.
Não
teve outro jeito, para defender as rendas da família, Armand Jean du Plessis
abandonou sua promissora carreira d’armas, uma carreira que amava, e tomou
Ordens.
Fim da Parte I
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