Cathédrale
Saint-Pierre-et-Saint-Paul de Nantes.
Parte V
As línguas
soltas.
Uma desavença com amigos
deixa Chalais vulnerável e Richelieu que enigmático observa "[...] este
pobre cavalheiro persistiu em sua teimosia, e deverá continuar as suas cabalas
o resto da viagem”, a Corte estava viajando em direção a Nantes.
Lá chegando ainda não
existia nenhuma prova provada da Conspiração.
O Conde de Chalais,
certamente confiando em sua condição de agente duplo e acreditando que
Richelieu tinha caído como patinho na dele, se torna mais ativo na conspiração,
enviando cartas cujo mensageiro é um criado seu, tendo como finalidade angariar
simpatias para a Conspiração de nobres importantes, se expondo e correndo sério
risco de ser descoberto.
Richelieu ciente das
façanhas do Conde de Chalais, disse:
"[...] este pobre
cavalheiro persistiu em sua teimosia, e deve continuar suas conspirações o
resto da viagem."
Na verdade, o
Cardeal-duque queria apanhar sem sua rede os nobres de maior rango, sabe que os
irmãos do Rei estão envolvidos na trama, pois completou que "era coisa
injusto querer dar o exemplo, punir pequenos, que são árvores que não têm
qualquer sombra. [...] é no castigo a Monsieur que quero pensar ".
O grande Homem pensava que
era necessário punir um poderoso para servir de exemplo, mas ainda não tinha o
suficiente nas mãos para poder envolver os culpados de maior “rango” na
conspiração.
E a Polícia do
Cardeal-duque continua de olho nos conspiradores.
A Corte de um Soberano é
um verdadeiro balaio de gatos, e viver nela é uma arte, um grande exercício de
sobrevivência, uns pisam nos outros sem a menor cerimônia, e a fofoca, a
intriga, o disse-me disse, a maledicência, correm soltas.
Não era diferente naquela
Corte estacionada em Nantes, uma cidade do Oeste de França, ao sul de Le Massif
armoricain (maciço Armorican) , que se estende ao longo das
margens do Loire , a 50 km do Oceano Atlântico.
Um certo Roger de Gramont,
Sieur de Louvigny, filho mais novo de Antoine II de Gramont conde de Gramont,
de Guiche e de Toulonjon, Visconde e depois Conde de Louvigny, governador
perpetuo de Bayonne, graça e mercê dada a Família de Gramont por Henrique IV em
28 de janeiro de 1590, a princípio amigo e depois inimigo do Conde de Chalais,
abre o pico e conta tudo para quem quiser ouvir.
O motivo foi que Chalais
não se comportou bem durante um duelo entre Roger de Gramont, Sieur de Louvigny
e Lord Henry de Nogaret de la Valette , Conde
depois Duque de Candal, filho mais velho de Jean Louis de Nogaret de La
Valette e Marguerite de Foix-Candale.
Além do que havia uma
ciumeira por causa da Duquesa de Chevreuse, que dadivosa era cobiçada pelos
jovens gentilhomens da Corte de Luís XIII.
Essas acusações deram
início a investigação e depois o processo contra Henri de Talleyrand-Périgord,
Conde de Chalais, maître de la garde-robe du roi sous Louis XII.
A seguir os Vendômes,
meios-irmãos do Rei, são incriminados, e a cobra começa a fumar.
Acusado de querer matar o
Rei, pelo sieur de Louvigny, Chalais que em Nantes, passa a noite de 3 a 7 de
julho, em uma das salas do castelo, sem estar preocupado, mas o 8 da manhã, ele
foi preso por René Potier de Tresmes, Conde depois Duque de Tresmes, Marquês de
Gandhinagar, Par de França, chevalier des ordres du roi, conseiller d'État, Capitaine des gardes du
corps du Roi, gouverneur de Valois e de la ville et château de Châlons.
É o começo do fim do
menino peralta, mas traidor de seu Rei.
Fim da parte V
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