segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

72- CONVERSA- O porquê do detalhamento da Conspiração de Calais?

Foto do Palácio da Palhavã.

Antigo Palácio do Marquês de Louriçal, na zona de Palhavã, hoje Residência do Embaixador de Espanha. Nomeado, também, Palácio Azambuja, popularmente Palácio dos Meninos de Palhavã.*

O porquê do detalhamento da Conspiração de Calais?
 Diante de uma circunstância muito especial, eu escrevi uma carta para uma amiga onde analisava o comportamento de uma criatura que em tempos idos seria considerada bastarda, mas que por força da Lei brasileira foi reconhecida como filha de um senhor, que não quis fazer o teste de paternidade por motivos que ele levou para a tumba.
Vou citar alguns trechos omitindo o nome dos personagens.
Vou chamar a personagem central, por seu comportamento inqualificável, de Dona Marrequinha, bem como de uma eterna encrenqueira de Fulustreka da Ilha Bela.
Aos demais envolvidos usarei os nomes dos deuses do Olimpo.

Dra.:
Dona Marrequinha, que não é de Orleans e Bragança...
Fico muito impressionado por ver como as pessoas perdem, sem mais aquelas, as oportunidades que a vida apresenta, que Deus dá.
Dona Marrequinha que não é de Orleans e Bragança, reconhecida por força de Lei, filha de Zeus, é uma delas.
 Desde o princípio buscou sobre si vergonha.
Adentrou de maneira intempestiva, acompanhada por um oficial de justiça, a casa de Hera, a esposa, casada no civil e no religioso, daquele de quem ela queria ser reconhecida como filha, em meio a um turbulento processo de paternidade.
Foi reconhecida pela Lei.
Morto o Zeus, pai dela por força de Lei e não exame de DNA, manifestou-se totalmente avessa ao diálogo com Ilitia, a inventariante, bem como criou encrencas, fez picuinha, bateu pé, fez muxoxo, exigindo tolices em cima de tolices para, assim, perturbar o bom andamento do Inventário.
Deixou claros, diante dos demais herdeiros do Zeus e da Família toda, seu rancor, seu ódio, sua pequenez, ....
Dona Marrequinha, que não é de Orleans e Bragança, desconhece, por força da não convivência, as regras centenárias estabelecidas, alicerçadas em um forte Espírito de Corpo, entre os membros da Alta Burguesia e da Aristocracia Imperial Brasileira, regras que perduram até nossos dias, querendo os petistas ou não.
Essas regras, esse Estatuto, hoje transformadas em “conceitos’, são a base do bom viver e da coesão entre a Alta Burguesia atuante e os remanescentes da Aristocracia Imperial Brasileira.
Fazem parte desses “conceitos”: a cortesia, a urbanidade, a civilidade, a afabilidade, a educação, a amabilidade, o fino trato, a polidez, a gentileza, a delicadeza, a suavidade e o respeito.
Isso gera, como não poderia deixar de ser, o Bon-Ton, as boas maneiras, a cordialidade na forma de agir, o império do bom senso, em nosso dia a dia.
 Dona Marrequinha, que não é de Orleans e Bragança, desconhece o dia a dia da classe social a que ela tanto quer pertencer.
Dona Marrequinha, que não é de Orleans e Bragança, desconhece os rituais de sobrevivência digna na classe social a que ela tanto quer pertencer.
Recebendo um ‘sobro da sorte’ acabou encontrando duas advogadas que conhecem esses rituais de sobrevivência – sendo uma delas, inclusive, membro de uma das mais aristocráticas famílias brasileiras, os ............ - mas, em vez de ser grata, infernizou durante anos a vida das honradas mulheres e, por fim, aprontou com elas, em mais um gesto que buscou sobre si vergonha.
Dona Marrequinha, que não é de Orleans e Bragança e que desconhece os “Conceitos” da classe social a que tanto quer pertencer, ainda vai dar muito trabalho, muita dor de cabeça, vai fazer muito barulho.
Ela deveria ter em mente o que aconteceu com sua prima e amiga, Fulustreka da Ilha Bela, que tentou subverter essas regras, burlar esse Estatuto, ignorar esses “Conceitos”, assistida por um advogado residente no México -- que sempre me pareceu arrivista -- e se deu mal.
Perdeu dinheiro, teve que botar a viola no saco e fazer no final o que poderia ser feito com um ano de antecedência.
E como Fulustreka da Ilha Bela, a sua outra prima, dona Reia, que com seu filho Hades, também tentou burlar as regras estabelecidas; também se deu mal no mesmo caso, tendo assim ‘prejuízo no bolso’.
Dona Marrequinha, que não é de Orleans e Bragança e que desconhece os “Conceitos” da classe social a que tanto quer pertencer, ainda vai ter, POR PURA BURRICE, muito ‘prejuízo no bolso’.
As regras estabelecidas entre a Alta Burguesia atuante e os remanescentes da Aristocracia Imperial Brasileira não se quebram, nem querendo o Lula da Silva.
O Espírito de Corpo que existe fortemente enraizado entre os membros da Alta Burguesia atuante e os remanescentes da Aristocracia Imperial Brasileira é indestrutível, querendo os petistas e apaniguados ou não.
É isso aí...
Seu discípulo, admirador e amigo,
Jorge Eduardo
10 de outubro de 2014

Muito bem.

Um dos membros da Conspiração de Calais, como já sabemos, é César de Vendôme ou César de Bourbon, légitime de France, Duque de Vendôme, homossexual notório, filho ilegítimo de Henrique IV, Rei da França, e sua Maîtresse-en-titre, Gabrielle d’Estrées, legitimado como indica seu epíteto, que passou grande parte de sua vida conspirado primeiro contra Maria de Médici, a Rainha-mãe Regente, e depois contra o seu meio-irmão Luís XIII, ou seja, um-ex-bastardo que só soube causar problemas para sua Família.
César pediu arrego e entrou no “Sistema’, casando um Luís de Bourbon, então Duque de Mercœur, com Laure-Victoire Mancini, sobrinha do Cardeal Mazarino, ministro-chefe do Rei, substituto do Cardeal-duque de Richelieu.
Aliás, seu outro irmão uterino, Alexandre de Vendôme, dito le « Chevalier de Vendôme », agiu da mesma maneira e acabou se dando mau, morreu na prisão.
Creio ser o caso da dona Marrequinha, legitimada por força de Lei, pois ela só faz o que os de Vendôme fizeram, ou seja aporrinha sua família até não poder mais.
O que quero dizer com isso?
Quero dizer o seguinte:
Eu detalhei a Conspiração de Calais e  copiei a carta enviada a uma amiga, para demostrar que Nobreza sempre luta com unhas e dentes para manter o seu lugar ao sol, o seu poder, as suas coisas, seus usos e seus costumes, suas alianças, seus privilégios por menores que sejam, contra tudo e contra todos, em qualquer tempo da História da Humanidade, desde os tempos imemoriais, como até hoje fazem os remanescentes da Nobreza europeia, da Nobreza luso-brasileira, da Nobreza Imperial Brasileira unida com  os da Alta Burguesia da primeira Republica ( 1889 a 1930) e enquanto houver herdeiros delas, haverá uma luta titânica para mantê-la viva, contudo eu, particularmente, considero que a Nobreza é uma classe em seus últimos estertores.
Continuemos...

Prova que na Realeza e na Nobreza sempre 'aconteceram' os bastardos.

*Meninos de Palhavã eram os filhos bastardos de D. João V, Rei de Portugal (1706-1750), reconhecidos pelo soberano em documento que firmou em 1742, mas que só foi publicado em 1752, após a sua morte. São eles:
Dom António (1704-1800), filho de Luísa Inês Antónia Machado Monteiro. Doutor em Teologia, Cavaleiro da Ordem de Cristo.
Dom Gaspar (1716-1789), filho de uma religiosa, Madalena Máxima de Miranda (Madalena Máxima da Silva de Miranda Henriques). Arcebispo primaz de Braga.
Dom José (1720-1801), filho da religiosa Madre Paula de Odivelas (Paula Teresa da Silva e Almeida). Inquisidor-morde Portugal e domínios.

Nenhum comentário:

Postar um comentário