Imperator- Imperador - Cæsar - Czar- Kaiser- Parte I
Triunfo em Roma.
Diadema imperial
Imperator- Imperador.
Triunfo de Tito e Vespasiano
Giulio Romano, c. 1537-1540
Museu do Louvre
Imperator
significava "detentor do poder militar", "detentor do poder
coercitivo".
No
início Imperator era um general vencedor, que obteve significativas vitorias militares
à frente do das Legiões Romanas, e com isso deu prova não só de defender como, também,
de estender o " imperium” de Roma.
O
reconhecimento de Roma ao General Vencedor era manifestado através de uma solenidade
publica nas ruas da Cidade Eterna denominada de “ triumphus ou Triunfo” que era
estabelecido pelo Senado.
Muitas
vezes depois dos soldados terem aclamado seu comandante como “Imperator” é que
o Senado decidia sobre o Triunfo e marcava uma data, de acordo com o homenageado,
para que ele acontece pelas ruas da Capital, Roma.
Todavia,
essa era a maior honra que um general vencedor podia ser agraciado, porque nele
não só a Classe Dirigente participava, como também a plebe, o povo de Roma.
Era
mais ou menos assim o Cortejo do triumphus ou Triunfo:
Era
organizado um Cortejo que saia do campo de Marte (Campus Martius era uma área
de Roma antiga fora dos limites da cidade, depois acampamento militar sob
Augustus) e entrava em Roma pela Porta Triumphalis.
O
Cortejo era composto, pela ordem, do General-comandante-vencedor, suas tropas,
seus prisioneiros, seus despojos de guerra.
O
Triumphator, o general vencedor, vinha a frente de uma procissão, em um Triumphalis
currus’ ou a “ quadriga” (símbolo tradicional de triunfo ou vitória e fama), ou
seja, uma carruagem dourada, com esculturas de marfim, com a grau coroa
(guirlanda de louro), de 4 cavalos.
Portava
os chamados triumphalia ornamenta ou triumphalia, que eram:
1-
A coroa de ouro;
2-
A toga picta com
bordados a ouro;
3-
A palmata túnica
(túnica decorada com folhas de palmeira, atributo de Júpiter Capitolino);
4-
O eburneus scipio
(uma vara de marfim);
5-
Mais, emblemas e
insígnias de seu comando.
Com
ele na carruagem vinha um escravo que segurava sobre a cabeça do Triumphator
uma Coroa de Louros, a ‘corona grau’, que sussurrava ao seu ouvido:
Respice post te!
Hominem te memento!
Tradução Livre:
Olha atrás de você.
Lembre-se de ser um homem.
Alguns
historiadores traduzem a frase do escravo como:
Hominem te esse memento
Tradução Livre:
Lembre-se que você é apenas um homem.
Mais,
ambas, tinham o mesmo sentido, ou seja, que era lembrar o Triunfador que aquela
cerimonia era uma glória do momento e que a aclamação da multidão era
passageira, que tudo isso não subisse a sua cabeça e ele se ensoberbecesse com aquele
Triunfo.
Segundo
alguns historiadores eram envolvidos por uma cortina de fumaça tênue produzida
por incensários (Censers), e com isso se dava, ou se criava, uma forma ou
impressão de divinização do Cortejo.
Esses
Triunfos traziam importância não só ao General Vencedor mas, também, a sua
família, a sua gens, a sua gente.
Apesar
de que Augustus, o filho do Divino Cesar, ter ganhado ao longo dos anos de seu
governo vários Triunfos - após as guerras de Filipos e da Sicília, pelas
vitorias na Dalmácia, em Actium e Alexandria - nunca ele, nem outro Imperator, chegou
aos pés de Júlio Cesar, basta ver que o nome César é sinônimo de Imperador.
Parata su via dei Fori Imperiali
(allora "via dell'Impero")
Fim da Parte I
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