domingo, 28 de dezembro de 2014

93- CONVERSA- Parte III - A República Florentina E Os Guelfos e Gibelinos.

A República Florentina
E
Os Guelfos e Gibelinos.
Parte III


Assim a História da Lorena e da Toscana se misturam.
A Lorena dividida entre Luís, o Germânico, e de Carlos, o Calvo.
Em 28 de agosto de 876 com a morte de Luís, o Germânico, seus bens são partilhados entre seus três filhos:
Carlomano Rei da Baviera e depois Rei da Itália, depois abdicou em seus irmãos;
Carlos, o Gordo, conseguiu pôr breve tempo ser Rei de toda a França, Rei da Itália, Imperador de 12 de fevereiro de 881 a 11 de novembro de 887, sofriam de doenças (provavelmente era epiléptico) e foi deposto em 887;
Luís, o Jovem, herdou a parte oriental da Lotaríngia com a Saxônia, a Francônia, Turíngia e Friesland. Foi Rei da Francia Oriental, de Lorena e Baviera (Rei da Saxônia).
Em 6 de outubro de 877, com a morte de Carlos, o Calvo, a parte ocidental da Lotaríngia, passa a seu filho Luís, o Gago, em 11 de abril de 879, aos filhos desse Luís III e Carlomano II, Reis da Francia Ocidental.
Chamo atenção que pelo Tratado de Ribemont de fevereiro de 880, um verdadeiro trtado de neutralidade entre os três reis Carolíngios: Luís, o Jovem, e seus primos, irmãos Luís III e Carlomano II, sucessores de seu pai Luís II, o Gago, foi cedida toda a Lotaríngia/Lorena ao primeiro signatário, Luís, o Jovem.
Com isso foi estabelecida a fronteira entre o Reino da França e o Sacro Império Romano Germânico ao longo da Idade Média.
Em 925, Henrique, o Passarinheiro, Duque da Saxônia, pai do Imperador Sacro Otto I, invadiu Lotaríngia/Lorena, a conquistou e em 928 criou o Ducado da Lorena e entregou a Gilberto de Lorraine, o primeiro Duque, marido de sua filha Gerberga ou Gerbege da Saxônia (viúva Gerberge casou em segundas núpcias com Luís IV ou Luís de Além-Mar, Rei de França.
Gilberto de Lorena traiu a Otto I, o Imperador Sacro, e foi por ele deposto e conseguiu fugir, mas se afogou ao tentar atravessar o Rio Reno.
O Ducado foi dado a Henrique I, Duque da Baviera de 947 a 955, que foi Duque de Lorena por um ano de 939 a 940.
Otto I, o Imperador Sacro, nomeou a Otto, Conde de Verdun, Duque de Lorena.
Luitgarde, filha de Otto I, casou com Conrado, o Ruivo ou Vermelho, da Dinastia Saliana ou Franca, Conde de Speyergau, de Wormsgau e Nahegau, Duque da Francônia, recebeu o Ducado de Lorena em 945.
Em 953, Conrado e seu irmão Ludolph , Duque da Suábia, se revoltaram contra  Otto I , mas foram derrotados e o Imperador sacro lhes tirou os Ducados.
O Ducado da Lorena foi entregue a Brunon de Cologne, ou Bruno, o Grande, Arcebispo de Cologne ou Colônia, Alemanha, irmão de Otto I, Imperador Sacro, Chanceler do Império. É reconhecido como um santo pela Igreja Católica com o nome de São Bruno de Colônia, e São Bruno da Saxônia, e fundador da Abadia Beneditina São Pantaleão, em Colónia, onde está enterrado.
Pela Igreja Protestante, Bruno, é considerado um Herói da Fé.
Foi São Bruno que dividiu a Lotaringia/ Lorena em Alta Lorena e Baixa Lorena, em 959, titulando os chefes de governo como Vice-Duques, reteno para si o Título de Arquiduque por conta de seu título dual.
Foram eles:
a-      Godefroid de Metz, Conde de Hainaut, foi elevado a Vice-Duque da Baixa - Lorena, mas morreu de uma epidemia em Roma em 964.
O Vice-Ducado da Baixa Lorena ficou vago até 977, quando Carlos I, filho de e Luis IV , dito Luís de Além-Mar ,Rei da França, e Gerberga da Saxônia, foi elevado a Duque da Baixa- Lorena.
b-      Frederico I, Conde de Bar, casado com irmã de Hugo Capeto, Beatrice de France, foi elevado a Vice-Duque da Alta- Lorena. Em 977 assumiu o Título de Duque da Alta- Lorena. Seus descendentes governaram até 1033 com Frederico III.
Em 1033, os dois ducados voltam a se juntar sob Gothelon I de Verdun ou Gozelon I de Verdun, Margrave (Marquês) de Antuérpia.
Gozelon havia sucedido a seu irmão Godofredo I de Verdun ou Godfrey I, Duque da Baixa-Lorena, que morreu sem sucessão, em 1023.
Com a morte de Frederico III, Duque da Alta-Lorena, Conrado II, Sacro Imperador Romano-Germânico desde 26 de março de 1027, o primeiro da Dinastia Saliana, deu a Gozelon o Ducado da Alta Lorena.
Assim a Lorena passou a ser uma, mas durou pouco, até 1044, ano da morte de Gozelon, pois Henrique III, o Negro, filho de Conrado II, imperador do Sacro Império Romano e de Gisela da Suábia, Rei dos Romanos de 1039 até 1046 e Imperador Sacro de 1046 até 1056, resolveu acabar com os Feudos Fortes de seu Império.
Henrique III, o Negro, não reconhece a Gothelon II de Lotaríngia ou Gozelon II, filho de Gothelon I ou Gozelon I como o novo Duque de Lorena, e o Ducado da Baixa-Lorena é entregue a Frederico de Luxemburgo, que foi Duque de 1046 a 1065.
O Ducado da Alta-Lorena foi dado a Godefroid II d'Ardenne, dit le Barbu, o Barbudo, também filho de Gothelon I ou Gozelon I, o Duque das Lorenas Unificadas.
Barbudo foi Margrave (Marquês) de Antuérpia, Conde de Verdun, Duque de 1044 até 1047.
Godefroid II d'Ardenne, dit le Barbu, o Barbudo, casou em segundas núpcias com Beatrice de Bar, filha de Frederico II, Duque da Alta-Lorena, Conde de Bar, e Matilda da Suábia, viúva de Bonifácio III de Canossa ou Bonifácio IV da Toscana, o Tirano.
Bonifácio III de Canossa ou Bonifácio IV da Toscana, o Tirano, era filho de Willa, que se casou com Tedald, Conde de Canossa, portanto neto de Ugo, Imperador e Rei da Itália, já citado acima.
Do pai herdou os Condados de Modena, Reggio Emília, Mantova, Brescia, Ferrara, e da mãe as grandes propriedades na Toscana (entre Florença, Lucca, Pisa, Pistoia), por isso elevado a Margrave ou Marquês da Toscana em 1027. O mais poderoso de todos os senhores italianos de seu tempo após o Imperador do Sacro Império Romano. Morreu em 1052, ou em San Martino dell'Argine, hoje província de Mantova, na Lombardia, ou nos bosques de Spineda, hoje província de Cremona, na Lombardia, mas foi durante uma caçada.
Com Beatrice de Bar teve:
Beatrice, que morreu em uma idade jovem em 1053;
Federico, que herdou a riqueza de seu pai, mas morreu jovem;
Matilde de Canossa, a celebre Grande Condessa.
Em 1057, Godefroid II d'Ardenne, dit le Barbu, o Barbudo, e sua Beatrice, foram exilados na Toscana e onde dividiram a Regência como co-Regentes, mas 1065 foi chamado de volta aos domínios alemães do Império para assumir o Ducado da Baixa-Lorena.
Voltou a Antuérpia, instalou sua Corte em Bouillon, uma cidade de língua francesa da Bélgica localizado na região da Valónia na província de Luxemburgo, onde morreu na véspera do Natal de 1069.
Com sua primeira mulher, Doda, Godofredo teve os seguintes filhos:
Godfrey, o Corcunda, seu sucessor como Duque da Baixa Lorena;
Ida de Lorena, que se casou com Eustace II, Conde de Boulogne, e viúva entrou para os Oblatos Beneditinos, beatificada e sua memória é celebrada em 13 de abril;
Wiltrude, que se casou com Adalberto de Calw.
Não teve filhos com Beatrice de Bar.
Mais, para essa conversa vale falar de Matilde de Canossa, a celebre la Grancontessa (magna comitissa) ou a Grande Condessa.

Fim da parte III

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