La donation de Pépin au pape Étienne II (754).
Pepino, o Breve e
sua Berta do pé-grande.
Reis dos Francos e
Patrício Romano.
Está no Dicionário da Idade Média:
Pepino, o Breve, Mordomo ou Prefeito dos Palácios de
Nêustria e da Austrásia, casou com Bertrada de Laon, também historicamente
conhecida como Berta do Pé Grande (Regina pede aucae ou Berthe au Grand Pied)
em 741, tiveram filhos, a saber:
1- Charles
(2 de Abril 742-28 Janeiro 814), (Carlos Magno)
2- Carlomano
(classificação 751 - 04 de dezembro 771)
3- Gisela
(757-810)
4- Pepino
que morreu na infância.
5- Chrothais
morreu jovem, enterrado em Metz.
6- Adelais
morreu jovem, enterrado em Metz.
7- Duas
filhas sem nome
Pepino, o Breve, por sua estatura pequena, e Berta do Pé Grande, Reis dos Francos, por obra
e graça dos Papas Zacarias e Estêvão II, de um ato de submissão ao Poder
Espiritual Papal – Pepino “reproduzindo o gesto amável de fidelidade do
Imperador Constantino, o Grande ao Papa Silvestre I toma as rédeas do cavalo de
Estevão e o conduz para o Palácio de Ponthion”, cidade atualmente no departamento do Marne na região de Champagne-Ardenne, no dia 6
de janeiro de 754 – uma volumosa doação territorial, a Doação de Pepino ou Tratado
de Quierzy , que criou os Estados Pontifícios, o “Patrimônio de São Pedro”,
Morre o nosso bom Rei Pepino I em 768 em Paz com Deus e
sua consciência, reinado sobre os territórios da Nêustria (compreendendo a
região desde a Aquitânia até o Canal da Mancha), da Austrásia, (localizada no
nordeste da atual França, mas compreendendo também partes da atual Alemanha,
Bélgica e Países Baixos, o vale do Rio Mosela, a região de atual Champagne e a Auvergne),
a Borgonha etc e tal...
Dividiu seu Reino entre os dois filhos Carlos e
Carlomano.
Para Carlos, reconhecido Patrício dos Romanos pelo Papa
Estêvão II, elevado à realeza (elevati sunt no Regnum), coube: a Nêustria, a Frísia (do noroeste da Holanda
através noroeste Alemanha à fronteira com a Dinamarca, o que dava a Carlos as partes
externas do Reino na fronteira com o mar), o norte da Austrásia e governo
compartilhado da Aquitânia.
Para Carlomano, reconhecido
Patrício dos Romanos pelo Papa Estêvão II, elevado à realeza (elevati sunt no
Regnum) : o centro do Reino dos Francos,
com capital em Soissons, que consistia da Bacia de Paris (os dois principais
rios são o Sena e o Loire – a
Île-de-France as atuais Caen,
Rouen, Le Havre, Amiens, Reims, Orleães, Tours, etc. ...), o Maciço Central ( região elevada no centro-sul
da França, composta de montanhas e planaltos, separada dos Alpes por uma
profunda fenda norte-sul criada pelo rio Ródano), a Septimânia ( hoje Languedoc-Roussillon,
com especial atenção a Narbonne conquistada por Pepino aos mouros) , a
Provence, a Borgonha, o sul da Austrásia, a Alsácia, a Marca dos Sorabes (parte
oriental de Turingia), a Alamannia, ( Suábia) , e o governo compartilhado da
Aquitânia.
Carlomano se achava
prejudicado com a partilha, pois apesar de grande o domínio de era pobre.
Como sempre durante o Medievo havia contendas entre os
vassalos e Carlos, futuro Magno, pediu auxílio a seu irmão Carlomano para
abafar uma rebelião em sua parte do Domínio da Aquitânia e ele negou.
A inimizade que já existia porque cada de per si considerava
ser o herdeiro legítimo de Pepino, o Breve, se transformou em grande rancor, em
ódio, entre os irmãos.
Berta do Pé Grande tentou apaziguar os irmãos, mas seus esforços
foram em vão.
Berta do Pé Grande, que tinha sido poderosas durante o
reinado de seu marido, queria porque queria mandar nos negócios dos filhos e
vez démarches para um casamento deles, a saber:
a- Desiderata,
ou Ermengarda, ou Désirée de Lombardie (foi uma princesa do reino da Lombardia,
filha do Rei Desiderio dos Lombardos e Ansa, de uma nobre família da Lombardia,
com Carlos, futuro Magno;
b- Gerberga,
ou Gerberge, uma lombarda, mas sobre quem se sabe muito pouco, com Carlomano.
Há uma correspondência de Berta, Rainha-viúva, com o Papa
Estevão II, e nela ficou revelado que Carlos tinha um relacionamento iniciado
em vida de Pepino, o Breve, com uma nobre mulher, filha de um Conde burgúndio,
chamada Himiltrude, que lhe deu uma filha chamada Amaudru, que mais tarde iria
se casar com um Conde de Paris, e no fim de 769 um filho chamado Pepino, o
Corcunda, e que dela não queria se separar para casar com Desiderata, ou
Ermengarda, ou Désirée de Lombardie.
O Papa não queria ver Carlos, um aliado, casado com a filha
de um Rei Lombardo seu inimigo e considerou que a relação entre Carlos e
Himiltrude era de fato um casamento e aconselhou ‘seu dileto filho’ a não
dispensa-la.
Contudo os negócios do Reino eram mais importantes do que
o amor e Carlos, futuro Magno, casou por força de um Tratado com Desiderata, ou
Ermengarda, ou Désirée de Lombardie.
Himiltrude saiu de cena e Pepino, o Corcunda, se meteu
numa revolta contra seu pai e derrotado foi internado na abadia de Prüm,
localizado perto da confluência dos rios Reno e Mosela, ao norte da moderna Luxemburgo,
assim Pepino, o defeituoso, passou seus anos restantes lá, protegido das
intrigas políticas e revoltas, e nela veio a falecer por volta de 811, provavelmente
de praga, mas sabe como é, naquela época os venenos corriam solto e um deles na
sopa fazia misérias.
De fato Carlos era casado com Himiltrude num regime
denominado Friedelehe, uma forma de casamento germânico não-reconhecida pela
Igreja e de fácil dissolução, o que sempre gerou conflito entre os germânicos
pagãos e os cristãos.
Pelo sim ou pelo não, Himiltrude pode ser considera a
primeira mulher de Carlos, futuro Magno.
Desiderata, ou Ermengarda, ou Désirée de Lombardie era estéril,
divorciaram-se, e ela tomou o caminho de casa, fato que seu pai não gostou
nada. Parece que morreu logo depois de chegar a Corte de Pavia.
Carlomano morreu em 4 de Dezembro, 771, na cidade de
Samoussy
Imediatamente Carlos toma posse dos Domínios do irmão
ignorando o direito dos filhos desse.
Carlos jogou toda a sua sorte nestes primeiros tempos de
reinado.
A viúva Gaberge e seus filhos buscaram asilo na Corte de
Desiderio e foram recebidos por esse Soberano com todas as honras em sua Corte de
Pavia (hoje Pavia mesmo) fato que irritou a Carlos, futuro Magno.
Ato continuo o Rei Lombardo ignorando a politica de
Pepino, exige que o Papa Adriano coroa-se um dos filhos de Carlomano como Rei
de todos os Francos, sob pena de que seus exércitos estariam rapidamente as
portas do Bispo De Roma se ele assim não procedesse.
Adriano I apelou para o Rei Carlos, futuro Magno.
Ato continuo em
774 Carlos, futuro Magno, esmaga os lombardos.
Desiderio deposto, “retirou-se, humilhado, foi
aprisionada na no mosteiro da Abadia de Corbie (abbaye royale Saint-Pierre de Corbie)
na cidade de Corbie, hoje Departamento de Somme, na Picardia, França,
juntamente com Ansa, sua esposa, que tomou habito, se tornou monja”.
O Papa Adriano I, cujas expectativas tinha sido
despertada, teve de se contentar com algumas adições a Roma, ao Exarcado de Ravenna,
a Pentápolis (Ancona, Fano, Pesaro , Rimini e Sinigaglia a beira do Ariatico).
Carlos, futuro Magno, e como o poder nessas regiões era
desse gigante louro de mais de 2 metros, cinge a famosa Coroa de Ferro dos
Lombardos e alto proclamando-se:
Mais o Poder Efetivo dessas regiões Carlos, um, reserva
para si singindo
“Karolus Gratia Dei Rex Francorum et Longobardum ac
Patritius Romanorum .”
Tradução Livre: Carlos, por graça de Deus, Rei dos
Francos e dos Lombardos, e Patrício Romano.
Vamos continuar essa “conversa’, depois...
Carlos, confirma a Doação de seu pai, Pepino, ao Papado, e acrescenta mais domínios ao "Patrimônio de São Pedro".
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