sábado, 13 de dezembro de 2014

69- CONVERSA- La conspiration de Chalais A Conspiração de Chalais. Parte VII - B : os envolvidos.


La duchesse de Chevreuse en Diane chasseresse.
Portrait attribué à Claude Deruet.

Continuação: 
Os outros nobres envolvidos na conspiração, são:

Marie Aimée de Rohan, conhecida como La duchesse de Chevreuse, a eterna conspiradora, onde havia uma conspiração ela participava, filha de Hercule de Rohan-Montbazon, Duque de Montbazon, Conde de Rochefor, um filho de Louis VI de Rohan-Guéméné, Príncipe de Guéméné, e de Madeleine de Lenoncourt, em dezembro de 1600 no castelo de Coupvray, um senhorio de seu avô materno. Os Rohan foram antigos soberanos da Bretanha e possuidores de consideráveis partes da Bretanha e do Anjou.
Ambiciosíssima casou em primeiras núpcias, 13 de setembro de 1617, com Charles d'Albert, o grande favorito de Luís XIII, executor de Concino Concini com Vitry, Marquês d’ Albert, Senhor de Luynes, Duque de Luynes, Condestável da França, que conseguiu para ela o cargo de Dama de Honra da Rainha Ana d’ Áustria. Ela tem 18 anos e é cheia de vida. Com seu humor alegre conquistou a afeição e a confiança da ‘espanhola’, que solitária a houve muito.
Adultera com Claude de Lorraine, Príncipe de Joinville e Duque de Chevreuse, da Casa de Guise.
Morre o Duque de Luynes em 12 de dezembro de 1621, mas nesse meio tempo, durante brincadeiras folgazas com Maria, Mademoiselle de Verneuil, filha legitimada de Henrique IV, portanto meia-irmã do Soberano, a Rainha cai e perde um filho, Luís XIII a culpa e a exila da Corte.
Ela jamais vai perdoar o Rei por esse exilio.  
Esperta, casa com seu amante no mesmo ano, ele é um Príncipe da Casa de Guise, uma Casa de Sobramos, uma Dinastia Soberana, o que faz dela Princesa, logo pelas regras da Nobreza, ela se torna intocável.
O Duque de Chevreuse tem 42 anos, é 21 anos mais velho que Marie Aimée, que tem 20.
Mais isso não tem importância, a bem da verdade o Duque de Chevreuse aquém Luís XIII, Rei de França e de Navarra, bem como o Rei da Inglaterra, chamavam de “mon cousin “ou ‘meu primo’, pediu para ela o perdão real e ela voltou para a Corte e assim
Luís, sempre bonachão, permitiu, colocou a raposa dentro de seu galinheiro.
Luís XIII e Richelieu tinham conhecimento de que Claude de Lorraine, Príncipe de Joinville e Duque de Chevreuse, da Casa de Guise, um estrangeiro, foi inocente útil, um ‘cornuto’, que não se evolvia nas tramas da mulher adúltera, e o honrava na Corte de França, inclusive, fazendo dele um Par de France.
De retorno, volta a adulterar, agora com Henry Rich, dito The Lord Kensington, Conde de Holland, favorito do James I, Rei da Inglaterra e um homossexual notório, intrigante por excelência, quando esse veio na Embaixada inglesa que foi a Paris para tratar do casamento de Carlos I, o Decapitado, então Príncipe de Gales, com Henriette Marie de France ou Henriqueta da Inglaterra, sexto filho e terceira filha do Rei da França Henrique IV e da Rainha Maria de Médici, logo irmã legitima de Luís XIII.
Alcovitou uma tentativa de avanço amoroso de George Villiers, primeiro Duque de Buckingham, um bissexual escrachado e amante de James I, Rei da Inglaterra e um homossexual notório, tanto que em “2 anos foi elevado a Marquês, Duque, chegando a ser Primeiro-ministro, para cima da insatisfeita sexualmente Rainha Ana d’ Áustria, mas que não deu em nada só “um conflito diplomático muito sério”.
“O Duque de La Rochefoucauld relata em suas memórias (Parte I, 1624-1642) a aventura de Buckingham com a Rainha da França o denominando de “O Caso dos Pingentes de Diamantes” (L'affaire dite des Ferrets de diamante), que acabou se tornando a ação base do livro “Os Três Mosqueteiros” de Alexandre Dumas.
George Villiers, primeiro Duque de Buckingham, acabou sendo assassinado, enquanto
Marie Aimée de Rohan, conhecida como La duchesse ou a Duquesa de Chevreuse, continua a espalhar infâmias na Corte de França.
Um novo amante, Henri de Talleyrand-Périgord, Conde de Chalais, maître de la garde-robe du roi sous Louis XIII, com certa um dos favoritos reais, e novamente envolveu um’ caso’ seu numa conspiração, como havia feito com o intrigante Conde de Holland.
Desbaratada a ‘conspiração’ foge para Ducado de Lorena, ao abrigo de um primo de seu marido, Charles de Vaudémont ou Charles IV, Duque de Lorraine e de Bar, de quem logo se tornou amante.
Charles IV, Duque de Lorraine e de Bar, se torna partidário de Gaston d’Orléans contra seu irmão Luís XIII, que chegou a se refugiar no Ducado de Lorena, para escapar do ‘casamento’ e que por causa dessas demonstrações de inimizade teve seu Domínio invadidos pelos franceses, que o fizeram abdicar, mas que depois do Tratado de Saint-Germain-en-Laye de 2 de Abril de 1641 , recuperou seus estados, mas teve que aceitar o protetorado francês e comprometer-se a não entrar em aliança com a casa de Áustria. Não cumpriu e depois de muito lero-lero, o Ducado de Lorena passou para seu irmão, Nicolas François de Lorraine, entretanto seus domínios foram invadidos pelos franceses durante a Guerra dos Trinta Anos.
Onde Marie Aimée de Rohan passava, ela implantava o caos, e levava um bruto azar com que se relacionava.
Continua a conspirar e a manter uma inflamada correspondência com a Rainha Ana d’ Áustria, a espanhola.
Graças a diplomacia, Marie Aimée de Rohan volta a França.
Com Marie d'Avaugour ou Marie de Bretagne, sua nova madrasta, e sua prima, Anne de Rohan-Guéméné, Princesse de Guéméné, monta uma ‘rede de intrigas’ contra o Rei e Richelieu.
Torna-se amante de Charles L'Aubespine, Marquês de Chateauneuf, novo « garde des sceaux de Châteauneuf », que por ela induzido t – trama para que Châteauneuf substituísse a Richelieu – e com isso traiu a amizade do Cardeal-duque e acabou na prisão do castelo de Angoulême, onde permaneceu 10 anos, enquanto a Duquesa de Chevreuse amarga um novo exilio, agora na Touraine.
Essa mulher era indomável.
Tornou-se o pombo correio entre a Rainha Espanhola e o irmão dessa, Felipe, rei de Espanha. 
21 de maio de 1635, Luís XIII declarou guerra contra a Felipe IV, Rei de Espanha.
Mais, a correspondência continua, o que configura Alta Traição.
Em julho 1637, a correspondência secreta de Ana de Áustria, e o envolvimento da Duquesa de Chevreuse é descoberta. Marie de Rohan vestida de homem foge para Espanha, mas é mal recebida e decide ir para a Inglaterra.
Qual pinto no lixo se diverte com os ingleses e nobres franceses inimigos de Richelieu em Londres.
O marido vai em sua captura e ela foge para o Flandres, na atual região norte da Bélgica, então domínio espanhol, em 8 de maio de 1640, e apoia a Conspiração encabeçada por Luís, Conde de Soissons, seigneur de Condé, prince du sang, primo de Luís XIII, Rei de França, de quem trataremos mais tarde, sob o título “complot du comte de Soissons”.
Com a morte de Richelieu volta a Paris.
Ana d’Áustria, Rainha-mãe Regente, entrega o Pode ao Cardeal Mazarino, seu amante italiano, e mais uma vez Marie Aimée de Rohan volta a conspirar contra a autoridade estabelecida.
Se envolve no complot chamado de “A Cabala dos Importantes” (un complot, connu sous le nom de cabale des Importants), uma conspiração montada por um grupo de nobres liderados pelo Duque de Beaufort para eliminar Mazarino e colocar em seu lugar o seu velho amigo Châteauneuf.
Descoberta a Cabala, Ana d’Áustria, que agora tem motivos para defender seu filho e seu ministro-chefe, eram amantes, leva cinco semanas para aceitar o destino de sua antiga e fiel amiga, mas essa acaba exilada em seu château de Couzières, na Touraine, junto com uma filha, Charlotte-Marie de Lorraine, demoiselle de Chevreuse, uma fervorosa participante da Fronda.
Ana d’Áustria e Mazarino consideraram que ela estva exilada muito próxima e resolveram tomar medidas. Sabedora foge, com a filha, tentando chegara Londres, mas fica retidas na Isle of Wight, durante dois meses, por ordem de Carlos I, são salvas pelo embaixador espanhol e as recambia para os Países Baixos.
As duas ainda estão em Bruxelas quando da eclosão da Fronda parlamentar e se tornam frondeuses, partidárias da Fronda.
Não satisfeitas, pois são duas sexualmente desregradas, a mãe se torna amante do Marquês de Laigues, enviado do amante de sua filha, Jean François Paul de Gondi, futuro Cardeal de Retz, Titular Cardeal-Presbítero de S. Maria sopra Minerva, Arcebispo Coadjutor de Paris e por fim Arcebispo de Paris.
Eram umas devassas essas duas.
Acontece a Fronda dos Príncipes, e elas estão, também, nessas contra a Autoridade Real.
Depois da Fronda, tornou-se cliente de Mazarino, e passou a viver entre a Corte e o château de Dampierre, Casa Sede da Família de Chevreuse.
Gado velho capim novo, de novo.
“Com a morte do Duque de Chevreuse em 1657, Maria de Rohan casou secretamente com o Marquês Geoffrey de Laigues, segundo o Duque de Saint-Simon, e ardilosa conseguiu o o casamento de seu neto Charles-Honoré com uma filha de Jean-Baptiste Colbert , o homem mais influente do tempo de Luís XIV”.
Com a morte do Marquês de Laigues, se reirou para seu château de Maison-Rouge à Gagny, em Gagny, situada no hoje departamento de Seine-Saint-Denis, na região Ile-de-France, onde morreu em 12 de agosto de 1679 e está sepultado na igreja paroquial.
O château de Maison-Rouge à Gagny foi destruído no meado do século XIX.
Assim terminou a História de uma mulher, nobre de nascença, membro de uma das mais importantes e velhas famílias da Nobreza de Espada de França, que não suportava nenhum tipo de autoridade, e era a eterna conspiradora, onde havia uma conspiração ela participava, chamada Marie Aimée de Rohan, Alteza das Casa de Rohan e de Lorena, Duquesa de Luynes, Chevreuse e d'Aumale, Princesa de Joinville. 
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