Prise de la Bastille
A Queda da Bastilha
14 de julho de 1789
Os pintores da antanho gostam
de pintar la Prise de la Bastille entre raios, trovões, fogo caindo dos céus, diabólica
nuvem de fumaça, mas não foi assim como veremos.
A canalha parisiense insuflada
pelos demagogos de plantão, que se aproveitaram do “e um período de vazio governamental
de crise económica e de tensões políticas”, investiu contra o que se
considerava “ um bastião aterrorizante do Poder do Rei, em cujas masmorras apodreciam
as vítimas da monarquia”, uma lenda criada pelo aventureiro René Auguste
Constantin de Renneville, escritor calvinista, encarcerado por 11 anos pois era
um espião que trabalhava tanto para os Países Baixos, quanto para a Inglaterra,
e para os Príncipes - Eleitores do Sacro Imperador.
Foi libertado “graças à intervenção da Rainha Anne, Rainha da
Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, partindo imediatamente para a Inglaterra, onde
ele narrou seu cativeiro sob o título de História da Bastilha (5 volumes, 1713
- 24), dedicado a George I, Rei da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, Principe- Eleitor
de Hanover, publicada em inglês, holandês e italiano”.
Escreveu “e Recueil des voyages qui ont servi a
l'établissement de la Compagnie des Indes Orientales aux Provinces Unies (10
tomes, Rouen, 1725) ”, uma prova de sua ligação com a Holanda.
Morreu no eleitorado de Hesse em 13 de março de 1723 como Capitão
da artilharia no serviço do Principe- Eleitor de Hesse, o que dá mais uma prova
de seu serviço de espionagem para os Príncipes - Eleitores do Sacro Imperador.
Sabe-se que desmoralizar o Regime ao qual está se espionando
é uma das armas de maior eficiência empregada pelos espiões, pois contra boatos
não há antidoto, já que a desmoralização corrói as entranhas do Poder estabelecido.
Contudo, em 1789 a Bastilha já não era a grande prisão do Estado,
do Rei, mas sim um local onde iam parar, principalmente, nobres libertinos,
muitas vezes a pedidos da própria família,
As temíveis “ lettres de cachet” já não eram mais usadas para
prender inimigos do Rei, essa é que é a verdade.
Quem tem fama deita na cama, já dizia minha avó, e assim, a
malta ignara investiu contra a Bastilha em 14 de julho de 1789.
Continua sobre a Prisão da Bastilha.
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