quinta-feira, 2 de julho de 2015

Luis I de España, llamado «el Bien Amado» o «el Liberal» OS REIS BORBÓNS EM ESPANHA E IMPÉRIO COLONIAL.



 

Luis I de Borbón
Príncipe das Astúrias



Luis I de España, llamado «el Bien Amado», ou «el Liberal», que reinou sobre a Espanha e as Índias de 15 de janeiro de 1724 até 31 de agosto de 1724, portanto 7 meses e 16 dias, um reinado relâmpago, o mais breve da História.
Em 7 de abril de 1709, com dois anos de idade, Felipe V, ante as Cortes e com concordância dela, o elevou a Príncipe das Astúrias e sucessor da Coroa.

Nome completo: Don Luis Phelipe Fernando Ioseph
Pai: Felipe V
Mãe: Maria Luisa de Savóia
Local e data de nascimento: El palacio del Buen Retiro de Madrid em 25 de agosto de 1707.
Local e data de falecimento: El palacio del Buen Retiro de Madrid em 31 de agosto de 1724, com 17 anos, em consequência da varíola que pegou em julho do esmo anos.
Casou com: Louise Elisabeth d'Orleans, Mademoiselle de Montpensier, princesse du sang, filha do Regente Philippe II, Duque d’ Orleans, e de Françoise Marie de Bourbon, légitimée de France, ao ser legitimada foi elevada a Mademoiselle de Blois por ser filha de Luís XIV de França e de Madame de Montespan, e por casamento Duquesa d’Orleans.
O casamento foi celebrado por procuração, em novembro 1721 em Paris.
Em Lerma, também conhecida como Villa Ducal de Lerma, hoje província de Burgos, Castilla la Vieja, comunidad autónoma de Castilla y León, no dia 20 de janeiro de 1722, os noivos se conheceram. Ele com 15 anos e ela 12 anos de idade.
Mal recebida pela Rainha Isabel Farnésio, como já era meio tereré, amalucada, mas acima de tudo uma criança “ela reagiu exibindo estranho comportamento, tais como andar nua, dar grandes arrotos e exercitar sua flatulência em público”.
Viúva, voltou para a França, a pedido de sua mãe, onde viveu confinada no Palacio de Luxemburgo, com algumas excursões ao Château de Vincennes, bem longe de Versalhes, e bem longe do primo, sexualmente muito ativo, Luis XV.
Era tratada como Sa Majesté la Reine douairière d'Espagne, recebendo todas as honras de sua posição.
NOTA:
A Guerra da Quádrupla Aliança:
De um lado a França, a Grã-Bretanha, o Sacro Império Romano, República Holandesa, e o Ducado de Savóia.
Do outra a Espanha e seu Império Colonial.
A guerra foi formalmente declarada em dezembro de 1718, e só terminou em 1720 com o Tratado de Haia de 1720, realizada em nome de Felipe V, Rei de Espanha,  na realidade motivada pelas ambições da ambiciosíssima Isabel Farnésio, Rainha-consorte de Espanha apoiada pelo, também ambicioso, ministro-chefe Giulio Alberoni para retomar territórios na Itália e para reivindicar para o Rei de Espanha o trono francês.
Felipe V já estava sofrendo de depressão, mas é bem verdade que ele, em silencio, sonhava com a Corte de Versalhes, tanto que a construção do Palácio de San Idelfonso foi uma tentativa de amenizar esse banzo.
De mais a mais não podemos esquecer que pelo “Tratado de Utrecht (1713), a Espanha tinha perdido todas as suas posses na Itália e os Países Baixos e Filipe V, bem como a sua descendência tinha sido excluído da sucessão à coroa de França”.
Pouco importava para os Aliados que Felipe V fosse o único neto sobrevivente do Rei Sol e que Luis XV fosse um bisneto e ainda criança, a Ordem estabelecida tinha que ser mantida custe o que custar. 
Conflitos aqui, e acola, e a Paz foi selada pelo o Tratado de Haia sobre 17 de fevereiro de 1720.


Mademoiselle de Montpensier
Louise-Élisabeth d'Orleans
por Pierre Gobert
Pintor francês

Entre parentes, Felipe V e seu primo Philippe d’Orléans, um Rei de Espanha e o outro Regente do Reino da França durante a menoridade de Luís XV, foi selado um acordo:
1-      O Rei de Espanha daria sua filha de 4 anos, a Infanta Mariana Victoria de Borbón e Farnésio, em casamento com Luis XV, Rei de França e de Navarra.
2-      O Regente daria sua filha, já qualificada acima, como esposa do Príncipe das Asturias e futuro Rei da Espanha e das Índias



Maria Anna Victoria de Espanha, futura Rainha de Portugal, vestindo a roupa real de uma Infanta espanhola.

Tudo arranjado, tudo consumado, a pequena Infanta foi levada a França para ser educada nos moldes da Corte de Versalhes, mais aí surgiu um imprevisto.
Luis de Bourbon, Luis XV, era sexualmente muito ativo, foi precoce, e não dava folga nem as mucamas, nem a pajens, o que preocupou principalmente ao Marechal-Duque de Richelieu, Louis-François-Armand de Vignerot du Plessis, que expulsou de Versalhes um desse ragazzi cói, a homossexualidade era considerada como “la dipendenza Italiane”, o vício italiano, e começou uma campanha para arranjar uma nova esposa para o Rei adolescente.
Esse pajem era patrocinado por Louis IV Henri de Bourbon-Condé, « Monsieur le Duc », Prince du sang, Príncipe de Condé, e sua amante Jeanne Agnes Berthelot Pléneuf, Marquesa de Prie, que durante vários anos foi a mulher mais poderosa na corte de Luís XV, para através da cama e do vicio dominarem o pequeno Rei. (Os Grandes Processos da História- Henri Robert).
Marechal -duque de Richelieu 

Então, sem mais aquelas, Infanta Mariana Victoria de Borbón e Farnésio foi devolvida a Corte de Espanha em 5 de abril de 1725. Ela nasceu em 31 de março de 1718, logo na devolução ela tinha 7 anos, e era considerada “très jolie, pleine de charme, la petite « infante-reine », ainsi que la cour et avec elle toute la France l'appelait, faisait les délices de la cour”.
Mariana Victoria de Borbón e Farnésio, uma Infanta peão da política espanhola, acabou casado com Dom José I, Rei de Portugal, em 19 de janeiro de 1729, e foi mãe de Dona Maria I, a louca, a primeira soberana europeia a pisar na América.
Mais voltemos a Don Louis premier, par la grâce de Dieu, roi de Castille, de Léon, d'Aragon, des Deux-Siciles, de Jérusalem, de Portugal, de Navarre, de Grenade, de Tolède, de Valence, de Galice, de Majorque, de Séville, de Sardaigne, de Cordoue, de Corse, de Murcie, de Jaen, des Algarves, d'Algeciras, de Gibraltar, des îles Canaries, des îles des Indes orientales et la partie continentale de la mer océanne, archiduc d'Autriche, duc de Bourgogne, de Brabant et de Milan, comte de Habsbourg, de Flandre, de Tyrol et de Barcelone, Seigneur de Biscaye et de Molina.
“Luís era alto e magro, tinha cabelos loiros, era considerado feio para os padrões da época e dizia-se que era semelhante em aparência ao seu avô, Vítor Amadeu II. Além disso, era fisicamente delicado, fraco e com pouca força nos braços”.
 Luis I de Espanha 

Os irmãos Luis XIII e Gaston d’ Orleans, Filipe de França, Duque d'Orleans, Monsieur, frère unique du Roi Louis XIV, eram sabidamente homossexuais.
Luis XIV adorava dançar ballet com tutu e tudo. 
Gaston d’ Orleans e Filipe de França, junto com amigos, adoravam ir para as ruas e cometerem ‘chulerias’ com os populares de baixa condição social.
Ou seja, haviam precedentes na família.
Alguns historiadores afirmam que “ ele tinha herdado o comportamento sexual de Filipe d'Orleans, Monsieur, frère unique du Roi. Dizia-se que Lacotte, o servente que o acompanhava em seus passeios por Madrid e que tinha a reputação de ser um pedófilo, havia sido enviado para seduzir o príncipe convencido que o jovem tinha dificuldades em copular”.
Vidal Sales, José-Antonio. Crónica íntima de los reyes de España. Barcelona: Editorial Planeta, 1994. ISBN 84-08-01139-1, afirma que “Luís era realmente bissexual, tendo sido iniciado na homossexualidade por um criado oriundo de Versalhes, e o próprio não via nenhum problema no fato de gostar dos dois sexos”.
Além do que Luis I gostava de dança balé como sua bisavó, Luis XIV.
Bem pouco importa se ele gostava de homem, ou se sua mulher era nojenta, ou se gostava de suruba, pouco importa, o que importa é que ele foi Rei de Espanha etc etc etc...
E ele foi Rei de Espanha de 15 de janeiro de 1724 até 31 de agosto de 1724, portanto reinou em Madrid, em meio a uma Corte dissoluta, enquanto seu pai tinha uma Corte austera em San Idelfonso, por 7 meses e 16 dias.



Rei da Espanha, Nápoles, Sicília e Sardenha
Duque de Milão e Soberano dos Países Baixos
31 de dezembro de 1723
Por Jean Ranc
pintor francês de retratos.

Nota: 
O avô, Vítor Amadeu II. 



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