Aterrado
de S. Cristóvão - Rio de Janeiro
Moreau,
François-René, 1807-1860
Gravura
– Brasil – Séc. XIX.
A origem das terras
da Quinta da Boa vista e de seu casarão
Portal São
Francisco
www.portalsaofrancisco.com.br
Portal de
Educação, São Francisco, Pesquisa, Educacional, Vestibular, Artigos, Matérias,
Escolares, Canais, Universidades, Trabalhos Portal de Educação
A grande sesmaria, terras
entre o Rio Comprido até Inhaúma, que pertencia a Companhia de Jesus, os
jesuítas, com a expulsão deles foi desmembrada formando três propriedades:
Fazenda do Engenho Velho; Fazenda do Engenho Novo e Fazenda de São Cristóvão.
“divididas em diversas
propriedades com características de quintas e chácaras com uma ocupação mais
efetiva, limite e propriedades definidos, e da antiga Fazenda de São Cristóvão
uma das propriedades, a Quinta da Boa Vista, foi adquirida pelo rico negociante
da Rua Direita, Antônio Elias Lopes, negociante atacadista de muita iniciativa,
enriquecido no tempo em que o comércio exterior do Brasil era monopólio da
Metrópole, pôde Elias Antônio Lopes dar-se ao luxo de construir para o seu
descanso uma casa-quinta, o terreno escolhido ficava numa elevação que se
estendia das margens do rio Maracanã ao mar, entre a enseada de São Cristóvão e
de Inhaúma, chamado Quinta da Boa Vista,..” (http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/companhia-de-jesus/fazenda-sao-cristovao.php)
Fim do Portal São Francisco
www.portalsaofrancisco.com.br
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Educação, São Francisco, Pesquisa, Educacional, Vestibular, Artigos, Matérias,
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“Quando D. João chegou ao
Brasil, em 1808, o negociante atacadista Elias Antônio Lopes, era proprietário
da melhor casa-quinta do Século XVIII, que ficava numa elevação como um oásis
numa região bastante alagadiça. Elias Antônio Lopes resolveu doar a D. João sua
quinta, que na época era um vasto casarão bastante confortável, mas não
suficiente para ser residência real. Então, o próprio negociante mandou que um
arquiteto inglês, John Johnston, reformasse o prédio. Nesta época foi colocado
em sua entrada o Portão Monumental, também um regalo dado a D. João, pelo
General Lord Percy, Duque de Northumberland. O portão era semelhante ao que
existia em sua residência na Inglaterra e foi colocado à frente do Paço de São
Cristóvão”.
Fim de http://www.marcillio.com/
Mas quem era esse Elias
Antônio Lopes:
Wikipédia, a
enciclopédia livre
“Elias António Lopes (Porto,?
- ) foi um traficante de escravos e político luso-brasileiro. Enriqueceu com o
tráfico de escravos. Em 1808, presenteou Dom João VI, na sua chegada ao Brasil,
com o palácio que havia construído na chácara de São Cristóvão. O palácio,
depois chamado de Quinta da Boa Vista, se transformou na residência oficial do
monarca. No mesmo ano, foi agraciado comendador da Ordem Militar de Cristo e
nomeado tabelião e escrivão da Vila de Parati. Em 1810, foi sagrado cavaleiro
da Casa Real e agraciado alcaide-mor e senhor perpétuo do da Vila de São José
del-Rei [ hoje Município de Tiradentes.MG]. Depois foi nomeado corretor e
provedor da Casa de Seguros da Corte. Por fim, responsável pela arrecadação de
impostos em várias localidades”.
Fim da Wikipédia,
a enciclopédia livre:
Revista de
Historia
Fundação
Biblioteca Nacional e parceiros.
http://www.revistadehistoria.com.br/secao/capa/caixinha-da-escravidao
Titulo do artigo:
“Caixinha da escravidão”
Sub-titulo: “Boa
parte da elite brasileira era formada por traficantes de escravos. Seus
recursos e apoio político ajudaram a sustentar a Corte de D. João”.
Autor: Rodrigo de
Aguiar Amaral
Data: 7/1/2008.
“Como se pode imaginar, as
relações dos traficantes não se restringiam aos escravos e à gente comum.
Quando D. João chegou ao Rio de Janeiro, encontrou esta elite de negociantes já
credora das principais famílias da terra. Na cidade que se tornara residência
real, boa parte das lojas, armazéns, casas térreas, sobrados e prédios urbanos
pertenciam a eles. Isso sem contar os terrenos, sítios e fazendas que faziam
parte do seu diversificado rol de investimentos. Num destes terrenos, em São
Cristóvão, o traficante Elias Antônio construiu respeitável residência. O local
era imenso e, para os padrões brasileiros, suntuoso”.
“O Palácio da Boa Vista
(depois Paço de São Cristóvão e atual sede do Museu Nacional), foi oferecido
pelo comerciante a D. João. Seria uma residência bem mais apropriada ao
monarca, que até então morava na sede do vice-reino do Brasil, atual Paço
Imperial, na Praça XV. O príncipe-regente aceitou o mimo de bom grado. Um pouco
afastado da corte, o palácio atendia a diversas funções de trabalho e lazer da
casa real, recebendo transformações ao longo dos reinados de D. João, D. Pedro
I e D. Pedro II”.
“A doação do palácio a D. João
demonstra a ligação da corte com a nata de comerciantes da cidade. Com negócios
no Oriente, África e diversas regiões do Brasil, Elias Antônio Lopes estava
entre os mais importantes mercadores do Rio de Janeiro. E esta não havia sido
sua primeira doação à família real. Logo após o desembarque da comitiva
lusitana, em 7 de março de 1808, d. João passou diversas listas de “subscrições
voluntárias” para remediar as necessidades financeiras da Corte. A primeira
lista traz o nome de Lopes e de vários outros traficantes de escravos, como
José Ignácio Vaz Vieira. Ambos, apesar de praticarem atividades nada
enobrecedoras para o perfil aristocrático (que desprezava a atividade
comercial), souberam se articular com a família real, a ponto de receberem o
cobiçado hábito da Ordem de Cristo. Elias Antônio Lopes, que faleceu em 1815,
viveu apenas sete anos ao lado de sua majestade, tempo suficiente para
frequentar a vida palaciana e receber favores reais como a nomeação de Fidalgo
Cavaleiro da Casa Real e o título do Conselho de Sua Majestade”. Revista de
História - www.revistadehistoria.com.br
O autor do texto acima é
Rodrigo de Aguiar Amaral é doutorando em História Social pela Universidade
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), professor na Pós-Graduação em História da
África e do Brasil das Faculdades Integradas Simonsen e autor da dissertação
Nos Limites da Escravidão urbana: A vida dos pequenos senhores de escravos na
Urbes do Rio de Janeiro, c.1800-c.1860 (UFRJ, 2006).
Fim da Revista de
Historia
Fundação
Biblioteca Nacional e parceiros.
Muito que bem.
O Comércio escravo era legal e
lucrativo, apesar de ser uma vergonha para a Humanidade, sua existência ou não
entrará ate na futura pauta do Congresso de Viena, como veremos.
Wikipédia, a
enciclopédia livre
A Quinta da Boa Vista
localiza-se no bairro de São Cristóvão, na cidade do Rio de Janeiro, Brasil.
Constitui atualmente um parque
público de grande valor histórico. Nas dependências da Quinta localizam-se
ainda o Jardim Zoológico do Rio de Janeiro e o Museu Nacional do Brasil,
instalado no local do antigo Paço de São Cristóvão (também conhecido como
Palácio Imperial ou Palácio de São Cristóvão), sendo este edifício um magnífico
palácio em estilo neoclássico, utilizado no século XIX como residência pela Família
Imperial Brasileira.
Antecedentes
Nos séculos XVI e XVII, a área
onde atualmente se localiza a Quinta, integrava uma fazenda dos Jesuítas nos
arredores da cidade do Rio de Janeiro. Com a expulsão da Ordem em 1759, a
propriedade foi desmembrada, tendo passado à posse de particulares.
Quando da chegada da Família
Real ao Brasil em 1808, a Quinta pertencia ao comerciante português Elias
Antônio Lopes, que havia feito erguer, por volta de 1803, um casarão sobre uma
colina, da qual se tinha uma boa vista da baía de Guanabara – o que deu origem
ao atual nome da Quinta.
Residência Real
Dada a carência de espaços
residenciais no Rio de Janeiro e diante da chegada da Família Real em 1808,
Elias doou a sua propriedade ao Príncipe-Regente D. João, que decidiu transformá-la
em Residência Real. Este foi um belo golpe de estratégia de Elias, pois sendo
conhecido por ter a melhor casa do Rio e ao oferecer tal tesouro ao Príncipe,
foi recompensado com outra propriedade que, embora fosse mais simples em
estrutura era bastante boa comparada com a possibilidade de não ter nenhuma
caso não tivesse avançado tão habilidosamente. O Príncipe sentiu-se muito
honrado com o gesto e a Quinta passaria a ser a sua morada permanente no
Brasil.
À época, a área da Quinta
ainda estava cercada por manguezais e a comunicação por terra com a cidade era
difícil. Mais tarde, os trechos alagadiços foram aterrados e os caminhos por
terra aprimorados.
Para acomodar a Família Real,
o casarão da Quinta, mesmo sendo vasto e confortável, necessitou ser adaptado.
A reforma mais importante iniciou-se à época das núpcias do Príncipe D. Pedro
com Maria Leopoldina de Áustria (1816), estendendo-se até 1821. Foi encarregado
do projeto o arquiteto inglês, John Johnston, que, além da reforma do paço, fez
instalar um portão monumental em sua entrada, presente de casamento do general
Hugh Percy, 2.° Duque de Northumberland. O portão, inspirado no pórtico de
Robert Adams para a "Sion House", residência daquele nobre na
Inglaterra, é moldado em uma espécie de terracota, denominada "Coade
stone", fabricada pela empresa inglesa Coade & Sealy.
Tombado pelo Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional, esse portão encontra-se atualmente destacado,
como entrada principal, no Jardim Zoológico do Rio de Janeiro, nas dependências
da Quinta.
É de destacar a linha arquitetônica
deste paço em próxima semelhança do Palácio da Ajuda que deixado para trás em
Lisboa acabou por ficar inacabado, ganhando o da Quinta da Boa Vista o relevo
merecido como nova capital dos Reinos.
Residência Imperial
Com a Independência do Brasil,
D. Pedro I encarregou das obras do agora Paço Imperial o arquiteto português
Manuel da Costa (1822-1826), posteriormente substituído pelo francês Pedro José
Pezerát (1826-1831), creditado como autor do projeto em estilo neoclássico do
edifício.
O Paço, que tinha apenas um
torreão no lado Norte da fachada principal, ganhou outro simétrico, no lado
Sul, e um terceiro pavimento começou a ser erguido sobre os dois já existentes.
As obras foram continuadas a partir de 1847 pelo brasileiro Manuel Araújo de
Porto-Alegre, que harmonizou as fachadas do edifício, seguido pelo alemão
Theodore Marx (1857 e 1868). Entre 1857 e 1861 o pintor italiano Mario Bragaldi
decorou vários dos aposentos interiores.
Após o casamento em 1817, D.
Pedro e a Imperatriz, D. Leopoldina, passaram a residir no Paço. Ali nasceram a
futura Rainha de Portugal, D. Maria II (4 de abril de 1819), e o futuro
Imperador do Brasil, D. Pedro II (2 de dezembro de 1825). Também ali veio a
falecer, em 1826, a Imperatriz, de parto.
Próximo à Quinta, em um
casarão presenteado por D. Pedro I, vivia Domitília de Castro e Canto Melo,
Marquesa de Santos, favorita do Imperador, com quem teve vários filhos.
Na Quinta cresceu, foi educado
e viveu D. Pedro II. Entre as reformas que este Imperador empreendeu na
propriedade contam-se as enormes obras de embelezamento dos jardins, executadas
por volta de 1869, com projeto do paisagista francês Auguste François Marie
Glaziou, as quais, muitas características originais permanecem até os dias
atuais, como a Alameda das Sapucaias, um lago onde hoje pode-se andar de
pedalinhos e outro onde se encontra uma gruta artificial onde pode-se alugar
canoas a remo.
No Paço nasceu, em 29 de julho
de 1846, a Princesa Isabel, filha de D. Pedro II com D. Teresa Cristina.
A República Velha
Com o advento da República, a
Quinta sediou os trabalhos da Assembleia Nacional responsável pela Constituição
Brasileira de 1891. Em 1892, o diretor do Museu Nacional do Brasil, Ladislau
Neto, conseguiu que a instituição fosse transferida do Campo de Santana para o
Palácio. À época, os jardins conheceram um longo período de abandono, mas, em
1909, o presidente Nilo Peçanha mandou restaurá-los e cercá-los, conservando as
características que lhe foram dadas por Glaziou.
Por outro lado, o palácio foi
desprovido de suas características internas originais, destruídas ou vendidas
após a Proclamação da República.
Atualmente, a Quinta da Boa
Vista funciona como um parque, abrigando o Jardim Zoológico da Cidade, o Museu
da Fauna e, no antigo paço, o Museu Nacional da Quinta da Boa Vista,
administrado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. O prédio do palácio,
em péssimo estado de conservação durante décadas, está sendo restaurado neste
momento e já recuperou as cores e ornamentos originais da grande fachada. Obras
no telhado, em algumas salas e nas fachadas laterais também encontram-se em
fase de execução neste momento.
Porém, nos jardins, algumas
das características dadas por Glaziou vem sendo gradualmente perdidas, com o
plantio continuo de árvores de diversas espécies sobre os gramados da quinta,
pela Prefeitura Cidade do Rio de Janeiro, sem quaisquer estudos históricos ou
paisagísticos para sua implantação, descaracterizando o parque. Além de alguns
monumentos depredados, como o monumento em homenagem ao centenário natalício de
D. Pedro II, em frente ao paço, cujas inscrições encontram-se muito
deterioradas.
Fim da Wikipédia.
Penso que esta mais do que
explicada a origem das terras da Quinta da Boa vista e de seu casarão
construído pelo comerciante de escravo Elias Antônio Lopes.
Dentro de meu raciocínio já
exposto de que as Casas como as pessoas são amaldiçoadas, o Casarão da Quinta
se enquadra perfeitamente nele, ora quem negocia com seres humanos de maneira
tão cruel, os navios negreiros são uma das vergonhas da Humanidade, por mais
que se prospera, que ficasse rico, não era uma criatura abençoada por Deus já
que semeava desgraça e pela Lei da Semeadura iria colher desgraça.
Foi o ouro obtido com o sangue
dos africanos que pagou pela argamassa utilizada na construção e ele – o sangue
– clamou e ainda clama, ou Museu Nacional é uma maravilha?
Ninguém pôde, nem pode, nem
poderá ser feliz no Palácio/ casarão da Quinta da Boa vista, ninguém como
veremos.
São Paulo, na Avenida
Paulista, 2/04/2013
Jorge Eduardo Garcia.
Olá, como vai tudo bem?
ResponderExcluirGostei muito da maneira em que foi explicitada a História aqui em teu blog. Porém, ainda vejo como uma incógnita a verdadeira origem de Elias Antônio Lopes. Alguns dizem que era um luso-brasileiro outros que era um luso-libanês nascido no Porto. Encontrei informaçōes até que o mesmo era apenas um imigrante libanês vulgo Turco e que o nome verdadeiro era Elie Antun Lubbus.
Qual é a verdadeira origem de Elias Antônio Lopes?
Muito grata.
Saudações,