A Quinta em tempos do comerciante português Elias Antônio Lopes,
Parte I
Quinta é uma grande propriedade
destinada à lavoura ou à criação de gado, sinônimo de fazenda, de herdade, e
essa é uma analise de uma delas que foi transformada em Paço Real e depois em
Palácio Imperial, sem nunca ter perdido as suas caraterísticas primitivas.
Quinta da Boa
Vista, já com a escadaria.
“A
Quinta da Boa Vista localiza-se no bairro de São Cristóvão, na cidade do Rio de
Janeiro, Brasil. Nos séculos
XVI e XVII, a área onde atualmente se localiza
a Quinta, integrava uma fazenda dos Jesuítas nos arredores da cidade do Rio de Janeiro. Com a expulsão da Ordem em 1759, a propriedade foi desmembrada,
tendo passado à posse de particulares. Quando da chegada da Família Real ao Brasil em 1808, a
Quinta pertencia ao comerciante português Elias Antônio Lopes, que havia feito
erguer, por volta de 1803, um casarão sobre uma colina, da qual se tinha uma
boa vista da baía de Guanabara – o que deu origem ao atual nome da Quinta”.
“Dada
a carência de espaços residenciais no Rio de Janeiro e diante da chegada da
Família Real em 1808, Elias doou a sua propriedade ao Príncipe-Regente D. João,
que decidiu transformá-la em Residência Real. Este foi um belo golpe de
estratégia de Elias pois sendo conhecido por ter a melhor casa do Rio e ao
oferecer tal tesouro ao Príncipe, foi recompensado com outra propriedade que,
embora fosse mais simples em estrutura era bastante boa comparada com a possibilidade
de não ter nenhuma caso não tivesse avançado tão habilidosamente. O Príncipe
sentiu-se muito honrado com o gesto e a Quinta passaria a ser a sua morada
permanente no Brasil”.
“À
época, a área da Quinta ainda estava cercada por manguezais e a comunicação por
terra com a cidade era difícil. Mais tarde, os trechos alagadiços foram
aterrados e os caminhos por terra aprimorados”.
Adaptação
e Reformas:
“A
reforma mais importante iniciou-se à época das núpcias do Príncipe D. Pedro com
Maria Leopoldina de Áustria (1816), estendendo-se até 1821. Foi encarregado do
projeto o arquiteto inglês, John Johnston, que, além da reforma do Paço, fez
instalar um portão monumental em sua entrada, presente de casamento do general
Hugh Percy, 2.° Duque de Northumberland. O portão, inspirado no pórtico de
Robert Adams para a "Sion House", residência daquele nobre na
Inglaterra, é moldado em uma espécie de terracota, denominada "Coade
stone", fabricada pela empresa inglesa Coade & Sealy”.
Segundo
consta do “ Rei do Brasil- Vida de Dom João VI”, de Pedro Calmon, Livraria José
Olympio –Editora. Rua do Ouvidor, 110 – Rio, quando do reconhecimento de nossa
independência politica o Governo Imperial Brasileiro teria que pagar a Portugal
a quantia vultosa de dois milhões de libras esterlinas, que seriam emprestadas
pela Inglaterra e ao Rei Dom João a indenização de duzentos e cinquenta mil
libras como indenização pelas suas propriedades que aqui ficaram.
Confirmado
por:
“Com a Independência do Brasil, D. Pedro I
encarregou das obras do agora Paço Imperial o arquiteto português Manuel da
Costa (1822-1826), posteriormente substituído pelo francês Pedro José Pezerát
(1826-1831), creditado como autor do projeto em estilo neoclássico do edifício.
As
obras foram continuadas a partir de 1847 pelo brasileiro Manuel Araújo de
Porto- Alegre, que harmonizou as fachadas do edifício, seguido pelo alemão
Theodore Marx (1857 e 1868). Entre 1857 e 1861 o pintor italiano Mario Bragaldi
decorou vários dos aposentos interiores”, esses somente os de Aparato, o
íntimos continuaram como sempre foram desde a época do Senhor Dom João.
Aqui
terminam o Ciclo de Adaptação e Reformas do Casarão.
“Entre
as reformas que este Imperador (Dom Pedro II) empreendeu na propriedade
contam-se as enormes obras de embelezamento dos jardins, executadas por volta
de 1869, com projeto do paisagista francês Auguste François Marie Glaziou, as
quais, muitas características originais permanecem até os dias atuais, como a
Alameda das Sapucaias, um lago onde hoje pode-se andar de pedalinhos e outro
onde se encontra uma gruta artificial onde pode-se alugar canoas a remo”, como
vemos são obras exteriores.
“Com
o advento da República, a Quinta sediou os trabalhos da Assembleia Nacional
responsável pela Constituição Brasileira de 1891. Por outro lado, o palácio foi desprovido de suas
características internas originais, destruídas ou vendidas após a Proclamação
da República”, mas esse é outro assunto do qual Rui Barbosa é o grande
responsável.
Porque quero apresentar um pequeno Ensaio afirmando a inaptidão de Dom Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga, descendente das Casas Imperais e Reais, os de Habsburgo (von Habsburg) e os de Bragança e Bourbon (de Borbón y Borbón) para manter a Liturgia que a Monarquia necessita em torno de seu Soberano.
"O Grito do
Ipiranga à margens do Pendotiba",
caricatura de J.
Carlos
publicada em 10 de
Setembro de 1921.
Porque quero apresentar um pequeno Ensaio afirmando a inaptidão de Dom Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga, descendente das Casas Imperais e Reais, os de Habsburgo (von Habsburg) e os de Bragança e Bourbon (de Borbón y Borbón) para manter a Liturgia que a Monarquia necessita em torno de seu Soberano.
E é isso aí...
Jorge Eduardo Garcia
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