7 de setembro?
Não, não. 2 de
setembro é que foi proclamada a Independência do Brasil.
Arquiduquesa,
Princesa-Regente, Imperatriz-consorte, e durante oito dias, em 1826, Rainha
consorte de Portugal.
A Erzherzogin Maria
Leopoldine Josepha Caroline von Österreich é “a mais pura, a mais excelente das
mulheres”
Ferdnand Dénis,
seu conterrâneo e contemporâneo.
Citação em “A Imperatriz Leopoldina sua
vida e sua época”.
De Carlos H Oberacker Jr
Conselho Federal de Cultura, 1973.
Com a iminência de
uma guerra civil que pretendia separar a Província de São Paulo do resto do
Brasil, D. Pedro passou o poder a Dona
Leopoldina no dia 13 de agosto de 1822, nomeando-a chefe do Conselho de Estado
e Princesa Regente Interina do Brasil, com todos os poderes legais para
governar o país durante a sua ausência e partiu para apaziguar São
Paulo.
No dia 14, foi
contornar a crise na província
Neste ínterim, a Princesa Regente recebeu notícias que Portugal estava
preparando uma ação contra o Brasil e, sem tempo para aguardar a chegada de D.
Pedro, D. Leopoldina, aconselhada pelo
Ministro das Relações Exteriores José Bonifácio e usando de seus atributos de
chefe interina do governo, reuniu-se na manhã de 2 de setembro de 1822 com o
Conselho de Estado, assinando o decreto da Independência, declarando o Brasil
separado de Portugal.
Bonifácio convocou o oficial de sua confiança, Paulo Bregaro, para
levar a sua carta e a de Leopoldina para D. Pedro em São Paulo.
A história, a partir do momento em que Dom Pedro recebe as cartas, é
bastante conhecida.
Não teve a gargalhada do quadro de Pedro Américo, pintado em 1888, uma
das imagens da Independência mais divulgadas nos livros escolares.
Nem aconteceu literalmente às margens do riacho Ipiranga, como está no
Hino Nacional.
O príncipe bradou o seu
célebre grito de “Independência ou Morte! ”, no alto da colina próxima ao
riacho, onde sua tropa esperava que
ele se aliviasse de um súbito mal-estar intestinal.
Cláudio Fragata Lopes - “Leopoldina nos bastidores do
grito”.
Galileu, 1998
Eu duvido que tenha bradado
alguma coisa, até porque Dom Pedro, como o pai, o senhor Dom João VI, queria a
união das duas coroas, dois reinos independentes, mas um só Monarca, ambos não
concebiam Portugal sem o Brasil, e o Brasil sem Portugal, e a Historia prova
essa minha afirmação.
Dom Pedro era um aventureiro, criado
solto como um burrinho no pasto, tanto que:
Não houve uma
preocupação por parte de seus pais a respeito de sua educação. Criado solto na
Quinta da Boa Vista ou na fazenda Santa Cruz, Pedro andava sozinho na mata,
brigava a pau e soco com outras crianças, bolinava as escravas. Ali se tornou
um exímio, mas imprudente cavaleiro. Quanto à sua cultura intelectual, a de D.
Pedro não era superior à dos mais instruídos dos seus súditos.
Andava o príncipe
com roupas de algodão e chapéu de palha, tomava banho nu na praia do Flamengo,
ria, debochava e zombava de quem quer que fosse. Comia com as mãos...
“Pedro não se incomoda com a sujeira, com o mau cheiro,
com a estreiteza de pensamento. Ele nem se percebe de que vive num estábulo”,
escreveu à irmã Maria Luísa. (Imperatriz dos Franceses, segunda esposa de Napoleão
Bonaparte)
Gloria Kaiser - “Dona Leopoldina – Uma
Habsburgo no Trono do Brasil”.
São Paulo:
Editora Nova Fronteira,
1998.
A atitude de D. Leopoldina, defendendo
os interesses brasileiros, acha-se eloquentemente estampada na carta que
escreveu a D. Pedro, por ocasião da independência do Brasil. “É preciso
que volte com a maior brevidade. Esteja persuadido de que não é só o amor que
me faz desejar mais que nunca sua pronta presença, mas sim as circunstâncias em
que se acha o amado Brasil. Só a
sua presença, muita energia e rigor podem salvá-lo da ruína.
Leopoldo BibianoXavier- “ Revivendo o
Brasil-Império”.
São Paulo
Artpress
1991.
Esse estudo está apresentado sob
o título ” Uma dama nos trópicos” no site:
De autoria de Gilmar Moreira
Gonçalves
Professor e pesquisador da
FAFIC, Cataguases-MG
Dona Leopoldina,
então Princesa Real-Regente do Reino do Brasil, preside a reunião do Conselho
de Ministros em 2 de setembro de 1822.
Georgina de
Albuquerque (1885-1962)
Senado Federal- Brasília
- DF
Para provar:
1- Que
foi Dona Leopoldina quem fez de facto e de direito a Independência do Brasil “usando
de seus atributos de chefe interina do governo, [pois] reuniu-se na manhã de 2
de setembro de 1822 com o Conselho de Estado, assinando o decreto da
Independência, declarando o Brasil separado de Portugal”;
2- Que
o dia de nossa independência política foi na realidade o dia do decreto
assinado por Dona Leopoldina, ou seja, de 2 de setembro de 1822, e não o dia do
recebimento das cartas vindas do Rio
de Janeiro através de Paulo Bregaro, que eu nem sei se foi realmente 7 de
setembro. Dizem que foi, pois, o Príncipe Real estava com “mal-estar intestinal”,
leia-se ‘ dor de barriga’, vulgarmente conhecida como “ caganeira”, e ia toda
hora no mato para se aliviar, um fato inesquecível para sua comitiva.
Isso posto, nós os brasileiros,
temos que muito que agradecer a essa Filha de Reis, Mulher de Rei, Mãe de Reis,
por ter se transformado na Mãe do Brasil, na Mãe da Nacionalidade Brasileira.
Obrigado Caroline Josepha
Leopoldine von Habsburg-Lothringen, por casamento de Bragança.
Jorge Eduardo Fontes
Garcia
São Paulo 29/07/15
Juramento
solene da Imperatriz Dona Maria Leopoldina à Constituição do Brasil, 1824.
Brasão
de Dona Leopoldina
Imperatriz
do Brasil.
Retrato
de Sua Majestade Imperial, a Imperatriz do Brasil
A Mãe
da Nacionalidade Brasileira
por Luís Schlappriz.
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