Conversando
alegremente sobre História
6 ° capitulo
A Roda do Cristianismo
A Terra Santa arrasada.
Judeus e Cristão sendo perseguidos por todos os lugares até onde havia
uma pequena vila.
Não tendo paz.
Só passando por aflições.
Tendo que dormir com os pés calçados.
Com os alforjes preparados, para fugirem a qualquer tempo, a qualquer
hora do dia ou da noite.
Presos serão espancados, serão roubados, serão mortos pelas espadas ou
pelas feras.
Para eles não há Lei, pois são tratados como cães sarnentos.
Mas mesmo nessas aflições continuaram a ter filhos, pois essa foi uma
das Ordenança do Senhor nosso Deus.
Nossa Fé e passada de geração a geração pelo ouvir no pé do fogo, a
beira do riacho, o no fundo das catacumbas.
A hora da Civilização Judaico-Cristã:
Um dia o Senhor nosso Deus considerou que já era hora de mudar esta
situação e elevou a Constantino, filho de Constâncio Cloro e de Helena,
Imperador único de todo o vasto Império Romano.
Como sabemos esta fase da História de Roma é muito confusa e não cabe
aqui maior analise a não ser relembrar que Constantino, chefe dos exércitos
romano da Gália, atravessou os Alpes e marchou contra Roma governada por
Magêncio, assim cumprindo a Vontade Permissiva de Deus.
Era o reconhecimento de que chegara a hora da Civilização
Judaico-Cristã.
A Tradição conta baseada em Eusébio, um historiador, que na véspera da
batalha Constantino teve um sonho.
Nele era revelado que todos os escudos de suas tropas deveriam portar
um símbolo cristão, o labarum, que consistia na superposição de duas letras
gregas, X e P, ou seja, as duas primeiras letras do nome de Cristo em grego.
Isso feito, Constantino venceu e tomou Roma.
Do sol invicto para Jesus Cristo:
Vários historiadores têm discutido sobre a conversão de Constantino.
Uns dizem que foi verdadeira e outros não.
Sabemos que o Imperador só recebeu o Batismo em seu leito de morte.
Ora, se alguém é batizado adulto ele tem que aceitar Jesus como seu
Senhor e Salvador de viva voz, dando assim o primeiro passo na trilha de uma
vida santificada, para que depois do descanso do corpo atual, viver na Gloria
com Cristo Jesus.
Nessa Nova Vida, adotada pela conversão honesta e fiel, as obras serão
feitas ao agrado do Senhor e Constantino realizou depois de sua famosa
“conversão” obras que não são até hoje do agrado de Nosso Senhor como fazer e
oferecer sacrifícios aos deuses dos pagãos.
Para mim é pôr aí que a coisa pega.
A Igreja daquela época o encarava como “simpatizante” assim tudo que
dele vinha era aceito neste contexto.
“Para Constantino o Deus dos cristãos era um ser extremamente poderoso,
que estava disposto a ajudá-lo sempre e quando ele favorecesse os seus fiéis”
(J. L. Gonzalez).
O que vemos aqui é a troca com Deus, tão usual em nossos dias, não a FÉ
Verdadeira.
Tanto não é a FÉ que mais adiante o mesmo autor escreve;” Constantino
interpretava a Fé em Jesus Cristo de uma maneira que não o impedia de adorar a
outros deuses. Seu pai já tinha sido devoto do Sol Invicto. Este era um culto
ao Deus Supremo, cujo símbolo era o sol, mesmo não negando a existência de
outros deuses...Constantino podia consultar o oráculo de Apolo, aceitar o
título de sumo sacerdote dos deuses...etc.”
“Em 324 um Édito Imperial ordenou que todos os soldados adorassem o
Deus supremo no primeiro dia da semana. Este era o dia em que os cristãos
celebravam a ressurreição do seu Senhor, mas era também o dia dedicado ao culto
do sol Invicto e pôr isso os pagãos não podiam se opor a esse edito.” (J.L.
Gonzalez).
A celebre política de “um no cravo outro na ferradura”.
O Movimento Cristão:
Constantino sabia que na decadente Roma, o Senado e muitos outros
varões romanos membros da velha nobreza lhe faziam ostensiva oposição.
Constantino sabia que nesta barafunda que havia se tornado o Império
Romano, graças a Tetrarquia, pois onde muitos mandam ninguém obedece, só um
segmento social estava em ordem, estava disciplinado, estava forte e em franca
expansão, além do que confiável, que era o Movimento Cristão.
Sua evolução através do Império aproveitando-se dos portos, das vias,
das vilas e cidades, etc., construídos pelos romanos, era um fato.
Da Palestina se expandiram para o mundo conhecido, fortes em sua Fé no
Cristo Salvador.
A comunicação estabelecida entre as comunidades cristãs eram uma
realidade que o Imperador Constantino não podia ignorar e não queria ignorar.
Já havia cristão no seio da Família Imperial.
O cristianismo não era mais uma religião de escravos, soldados
subalternos, famílias pobres, etc e tal, mas, também, de membros importantes
nas Elites Dirigentes do Império.
Devemos nos lembrar de que não havia só “Elite” em Roma, havia, também,
em outros pontos do vasto Império.
Além da confiança de Constantino nos cristãos, havia a confiança dos
cristãos em Constantino.
Daí surgiu o Constantinismo, ou seja, políticas que foram aprovadas,
incentivadas, ou pessoalmente favorecidas por Constantino, e pode se referir a
qualquer uma das seguintes ideias:
1-
A noção
de que Constantino recebeu o mandato de Deus, como no direito divino dos reis.
Esse ponto é fundamental para entendermos as futuras Monarquias ocidentais e a
influência Papal.
2-
A
prática da tolerância religiosa conforme estipulado no Édito de Milão.
3-
A uma
tendência à exuberância devido ao aumento posterior do cristianismo, às vezes
chamado triunfalismo cristão.
4-
Patrocínio
de Constantino ao cristianismo.
5-
As
doutrinas do Concílio de Niceia, que Constantino promoveu.
6-
A
prática do controle do Estado ou a influência sobre a Igreja, muitas vezes
chamado Erastianismo.
7-
A
alegada preferência de Constantino da Ortodoxia sobre heresia.
8-
A noção
de que os imperadores romanos têm autoridade sobre a Igreja, muitas vezes
chamado Cesaropapismo.
9-
A certas
críticas católicas da Separação da Igreja e do Estado encontradas, por exemplo,
no Syllabus of Errors.
10-
A certas
doutrinas protestantes, como Reconstrucionismo e Dominionismo.
O fato é que Constantino se imiscuiu nos assuntos dos cristãos e eles
docemente constrangidos aceitaram.
O Pontifex Maximus
“O Pontifex Maximus - pontífice significa
literalmente "construtor de pontes" (pons + facere);
"Maximus" significa, literalmente, "o maior ou máximo",
portanto o Pontífice Máximo era o sumo sacerdote do Colégio dos Pontífices (Collegium
Pontificum) encarregados de manter a pax deorum ou "paz dos deuses"
na antiga Roma.
Caio Júlio César Otaviano Augusto - Gaius Iulius Caesar Octavianus
Augustus ou Imperator Caesar Divi Filius Augustus- o primeiro dos Imperador Romano, “, tornou-se
Pontífice Máximo, com controle sobre a religião, a pedido do povo, em 12 d. C.
e exerceu o cargo até o ano de sua morte, 14 d. C., com isso sua pessoa, seu
local de trabalho, sua casa, passaram a ser considerados lugares sagrados.
Tito Lívio- Titus Livius Patavinus – que escreveu a História de Roma e do povo romano-
Ab Urbe Condita Libri , "Livros da Fundação da Cidade " – que narra
das lendas de antes da fundação de Roma , 753 a. C, até o reinado de
Augusto, afirma que foi Numa Pompílio - Numa Pompilius – o segundo Rei de Roma
de origem sabina, após Romulus, que criou os ritos da religião romana, incluindo a forma e o momento de sacrifícios,
a supervisão dos fundos de religiosos, a autoridade sobre todas as instituições
religiosas públicas e privadas, a instrução da população em os ritos funerários
e celestes, incluindo apaziguar os mortos, e expiação dos prodígios.
Dedicou um altar no Monte Aventino para Júpiter Elicius e para nele – o
altar- consultar os deuses por meio de
augúrio, uma “previsão realizada
pelos sacerdotes, entre os romanos, que se diziam adivinhar o futuro,
baseando-se no canto ou no voo das aves”.
Numa escreveu e selou estas instruções religiosas, e escolheu o
primeiro Pontifex Maximus, que foi Numa Marcius.
O poder real do Pontifex Maximus advinha de ser ele o encarregado de
executar a “jus divinum” ou lei divina.
A “jus divinum “pode ser descrita por esses sete pontos:
1- O regulamento de
todas as cerimônias expiatórias necessárias como resultado da peste,
relâmpagos, etc...
2- A consagração de
todos os templos e outros lugares sagrados e objetos dedicados aos deuses.
3- O regulamento do
calendário; tanto astronomicamente e na aplicação detalhada para a vida pública
do Estado.
4- A administração da
legislação sobre enterros e enterrando-lugares, e a adoração da Manes ou
ancestrais mortos.
5- A superintendência
de todos os casamentos, isto é, originalmente de todos os casamentos patrícias
legais.
6- A administração da
lei de adoção e de sucessão testamentária.
7- O regulamento da
moral pública e multar e punir as partes ofensivas.
Ora, ora, qual homem elevado ao cargo de Imperador de Roma não queria
ser considerado deus?
Pelo que sei, TODOS.
Assim, Pontifex Maximus passou a ser um dos muitos títulos do Imperador
para com isso sacralizar a sua pessoa, seus deveres e poderes imperiais.
Resumindo:
Em 6 de março de 12 a. C.
Augusto tornou-se Pontifex Maximus, após a morte de Lépido.
A partir daí, tornou-se habitual para o Imperador para exercer o cargo.
Constantino (reinou 306-337) é conhecido como o primeiro Imperador a se
converter ao cristianismo, mas foi Graciano (375-383) o primeiro Imperador de
recusar o cargo de Pontifex Maximus da religião tradicional do Estado Imperial
Romano.
E não podia ser diferente com Constantino que rumava para ser o senhor
absoluto do Império Romano.
O Édito de Milão não beneficiava só ao cristianismo, mas sim a todas as
religiões do Império e foi por isso que Constantino se manteve como Pontifex
Maximus.
Pontifex Maximus para TODAS as religiões, não só a oficial de Roma,
como, também, as outras que existiam pelo Império afora, com isso o
cristianismo incluso.
Quero deixar bem claro este ponto.
Os cristãos em Roma estavam mergulhados numa bela confusão.
Papa Marcelino:
O Papa Marcelino – Marcellinu -
Bispo de Roma, e por isso considerado o vigésimo nono Papa da Igreja
Católica. Seu Pontificado estendeu-se de 30 de junho de 296 a 1 de abril de
304, coincidindo com a Grande Perseguição de Diocleciano, que insuflado por
Galério após dois incêndios no Palácio, ficou convencido do perigo que os
cristãos representavam para o Império Romano, e tomou medidas mais duras contra
eles, ou seja, ou negavam sua Fé (apostatar) ou eram condenados à morte.
Devemos nos lembra que Galério já havia levado os pagãos a um confronto
com os cristãos em 302 d. C., era reincidente contra o Povo de Cristo.
E a perseguição começou.
Durante ela -a Perseguição- as
Catacumbas de São Calisto, como os outros locais de culto público da comunidade
cristã de Roma, foram brutalmente confiscadas.
Giovanni Battista de Rossi (1822-1894) arqueólogo italiano, que escavou
as Catacumbas de São Calisto, afirmou que os cristãos, neste período,
bloquearam as galerias principais das catacumbas para proteger da profanação as
numerosas tumbas dos mártires.
“Os soldados cristãos tiveram de deixar o exército, as propriedades da
Igreja foram tomadas e os livros sagrados foram destruídos, tendo sido
proibidas as funções religiosas. Além disso, os cristãos eram obrigados a
renunciar a própria fé, sob pena de serem condenados à morte. A própria esposa
de Diocleciano, Prisca, e a sua filha Valéria, ambas cristãs, foram forçadas a
adorar as divindades pagãs”.
Alguns afirmam que Marcelino sofreu martírio, mas Eusébio de Cesaréia,
Não acredita e afirmar de uma forma não muito clara que ele foi
conivente com os atos de Diocleciano, pois escreveu (‘òn kaì a’utòn kateílephon
‘o diogmòs - Historia Ecclesiastica,
VII, 32- TL: “a perseguição, além disso, o interessou”.
Ainda sobre Papa Marcelino – Marcellinu - “existiam também relatos
sucessivos que o acusavam de ter entregado os textos sagrados imediatamente
depois do primeiro édito ou mesmo de ter oferecido incenso aos deuses pagãos
para escapar da perseguição.
E mais, “no início do Século V, Petiliano, o bispo donatista de
Constantina, afirmou que Marcelino e os presbíteros romanos Marcelo, Melquíades
e Silvestre – futuros papas – tivessem entregue os livros sagrados aos pagãos e
adorado a falsos deuses, ainda que não se tivesse tido nenhuma prova”.
Continua, “entretanto, estas afirmações sobre Marcelino eram sentidas
também em alguns círculos romanos, tanto que, em outros dois contos sucessivos,
atribuiu-se ao papa um ato de formal apostasia, naturalmente seguido de
arrependimento e penitência pública”
“A biografia de Marcelino contida no Liber Pontificalis, afirma que ele
teria sido obrigado a sacrificar aos deuses e queimado incenso em honra deles. Todavia,
depois de alguns dias, foi vencido arrependimento e confessou e fé em Cristo”.
Marcelino morreu no segundo ano da perseguição, muito provavelmente de
causas naturais e segundo o Liber Pontificalis, e foi sepultado em 26 de abril
de 304, na Catacumba de Priscila, na Via Salária, 25 dias após seu ‘suposto’
martírio, contudo no Catalogus Liberianus, sua morte é datada de 25 de outubro,
mas chamo atenção que é outubro de 304 d. C que se considera o fim de seu
pontificado.
Estranho muito estranho.
“A perseguição de Diocleciano, cujos severos éditos contra os cristãos
foram impostos por Maximiano, provocou sérias desordens na Igreja de Roma
depois de 303 d. C.”.
Após um intervalo de tempo considerável, ele foi sucedido por Marcelo.
Marcelo I ou Marcellus I:
“O fim do pontificado de Marcelino foi em 25 de outubro de 304 d.C.,
dia de sua morte para alguns, e ele foi substituído quase dois anos depois no
Bispado de Roma por Marcellus I, Marcelo I, em 308, de acordo com o Catalogus
Liberianus, apesar da perseguição continuar ferozmente”.
O trigésimo Papa da Igreja Católica Apostólica Romana.
Com a abdicação de Diocleciano e a tomada do Poder em Roma por Magêncio
os cristãos passaram a gozar de relativa paz.
A paz relativa:
As atividades da Igreja estavam totalmente paradas e havia uma grande
controvérsia sobre os crentes que apostataram, cometeram apostasia por ordem de
Diocleciano.
“Ele decretou que aqueles que queriam voltar para a Igreja precisava
fazer penitência por ter negado a fé durante a perseguição” o que gerou uma
grande de uma confusão.
“Se uns marchavam alegremente para o martírio com Fé, porque outros
cultuavam os deuses do paganismo mostrando igual fé deveriam ser perdoados sem
mais aquelas por seus atos? “, pensava o sábio Bispo Marcelo.
Magêncio queria o apoio dos cristãos e ao que parece a maioria
apostatou e aqueles que eram contra essa decisão pediram e conseguiram o
banimento de Marcelo
Ele morreu no exílio em 16 de Janeiro 309.
Seu corpo foi devolvido a Roma e enterrado nas Catacumbas de Priscila,
cemitério cristão primitivo na Via Salaria dentro da Cidade de Roma.
Durante o seu pontificado ele se dedicou a reconstruir os templos
destruídos, dividindo Roma em vinte setores com um ancião na frente de cada um
deles.
Assim...
Eusébio, o sardo, pois nasceu na Sardenha e faleceu na Sicília no dia,
21 de outubro de 309, d. C., foi consagrado Bispo de Roma em 18 de abril de 309
d. C., portanto trigésimo primeiro Papa da Igreja Católica Apostólica Romana,
até a sua morte e é venerado como santo.
Seu papado durou sete meses e durante este período teve que continuar
enfrentando o problema dos apostatas – os Lapsi (literalmente "caiu")
- um termo latino usado no terceiro e quarto século, para indicar os cristãos
que, sob a ameaça de perseguição, realizados atos de adoração a deuses pagãos
- mas os esforços de Eusébio para abrir
as portas da Igreja de volta para aqueles que haviam deixado, encontrou forte
oposição a Heráclito, e a luta entre as facções foram intensas.
Cheio destes problemas, Magêncio tomou uma solução radical:
Exilou tanto Eusébio, quanto Heráclito.
Eusébio foi para a Sicília em 17 de agosto, onde morreu pouco depois,
em 21 de outubro.
Seu corpo foi translado para Roma, provavelmente em 26 de setembro de
311 (de acordo com o Depositio Episcoporum contidas no "Chronograph"
de 354), e colocado em um cubículo nas Catacumbas de Calisto.
Atualmente seu corpo deve estar na Basílica de São Sebastião fora dos
Muros, no bairro Ardeatino, na Via Ápia -
La basilica di San Sebastiano fuori le mura, nel quartiere Ardeatino,
sulla via Appia Antica - enquanto que algumas relíquias de seu corpo seriam
preservadas na Igreja de San Lorenzo in Panisperna ou San Lorenzo in Formosa,
na via a Panisperna, perto do cruzamento com a Via Milano.
Milcíades
Milcíades, Bispo de Roma, é o primeiro Papa da Igreja Católica Romana
no sentido universal.
Milcíades, Bispo de Roma em 2 de julho de 311 e pontificou até 10 de
janeiro de 314, dia da sua morte e portanto trigésimo segundo Papa da Igreja
Católica Apostólica Romana.
De acordo com o Liber Pontificalis, Milcíades era Africano
Devido ao “imbróglio” que estavam metidos os cristãos, que acabou
desaguando no exilio de Eusébio, Magêncio aproveitou e confiscou mais alguns
bens deles e das igrejas.
Acontece que Galério caiu doente e deixou de perseguir os cristãos em
seus domínios (a perseguição era um fato que desgostava demais a Constantino) e
em 30 de abril de 311 d.C., ele emitiu um Édito de tolerância e liberdade de
culto para os cristãos (Decreto do Serdica) e pediu aos cristãos para rezar ao
seu Deus para sua própria saúde.
Espertamente Magêncio “concedeu o direito de recuperar, através
Praefectus Urbis, o Prefeito de Roma, todos os edifícios da igreja e bens que
foram confiscados durante as perseguições”.
E Milcíades partiu para “reorganizar completamente a administração da
Igreja e da vida religiosa dos cristãos em Roma”.
Milcíades viu a Batalha da Ponte Mílvia e à entrada de Roma do
Imperador Constantino, favorável ao cristianismo e aí...
VIVA QUEM VENCE....
No ano seguinte, 313 d. C., Constantino promulgou o “Edito de Milão”.
Aos olhos de Milcíades e dos cristãos o “Imperador era visto como um
protetor da Igreja”.
A Igreja do norte da África estava sendo dominada pelo “Donatismo” e
seus adeptos não mais admitiam a interferência de Roma.
Ora, Constantino era o Pontifex Maximus, podia interferir em assuntos
da Igreja e de todas outras religiões do Império, se os bispos, sacerdotes e
povo africano estavam em rebelião contra o Bispo de Roma, estavam, também, em
rebelião contra ele, que estava na Cidade Eterna e mandava na Igreja, em
Milcíades, e nos cristãos de lá e do resto de seus Domínios Imperiais.
Em 313 d. C., o Imperador não teve dúvida ordenou a Milcíades que se
reunissem com bispos de outras partes do Império e condenassem o “Donatismo”
como Heresia e seus adeptos como Heréticos, para tanto lhe cedeu a “Domus Faustae"
para ser sede do Concilio.
Segundo a Tradição – está consignado no Liber Pontificalis - foi Milcíades que introduziu a “Hóstia
Consagrada”.
Após sua morte, 10 de janeiro de 314, Milcíades foi sepultado nas
Catacumbas de São Calisto.
Milcíades foi de fato o primeiro Bispo de Roma que é tornou o primeiro
Papa da Igreja Católica Apostólica Romana, que viu a Igreja não só tolerada,
mas também sua obra encorajada por um Imperador Romano.
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