quarta-feira, 31 de dezembro de 2014
CONVERSANDO ALEGREMENTE SOBRE A HISTÓRIA.: FELIZ 2015 - OURO, INCENSO E MIRRA
CONVERSANDO ALEGREMENTE SOBRE A HISTÓRIA.: FELIZ 2015 - OURO, INCENSO E MIRRA: Ouro, Incenso e Mirra. Mateus - Capítulo II: Tendo Jesus nascido em Belém da Judéia no tempo do rei Herodes, vieram do oriente uns m...
95 - CONVERSA- FELIZ 2015 - OURO, INCENSO E MIRRA
Ouro, Incenso e Mirra.
Mateus - Capítulo II:
Tendo Jesus nascido
em Belém da Judéia no tempo do rei Herodes, vieram do oriente uns magos a
Jerusalém, perguntando:
Onde está aquele que
nasceu Rei dos Judeus? porque vimos a sua estrela no oriente, e viemos adorá-lo.
O rei Herodes,
ouvindo isto, perturbou-se, e com ele toda Jerusalém;
e reunindo todos os
principais sacerdotes e os escribas do povo, perguntava-lhes onde havia de
nascer o Cristo.
Eles lhe disseram:
Em Belém da Judéia; pois assim está escrito pelo profeta:
E tu Belém, terra de
Judá, Não és de modo algum o menor entre os lugares principais de Judá; Porque
de ti sairá um condutor, Que há de pastorear meu povo de Israel.
Então Herodes chamou
secretamente os magos, e deles indagou com precisão o tempo em que a estrela
tinha aparecido;
e enviando-os a
Belém, disse-lhes: Ide informar-vos cuidadosamente acerca do menino; e quando o
tiverdes achado, avisai-me, para eu também ir adorá-lo.
Os magos, depois de
ouvirem o rei, partiram; e eis que a estrela, que viram no oriente, ia adiante
deles, até que foi parar sobre o lugar onde estava o menino.
Ao avistarem a
estrela ficaram extremamente jubilosos.
Entrando na casa,
viram o menino com Maria, sua mãe, e, prostrando-se, adoraram-no; e abrindo os
seus cofres, fizeram-lhe ofertas de ouro, incenso e mirra.
As pessoas gostam de dar as mais variadas interpretações
a esses presentes - ouro, incenso e mirra- que os famosos Reis Magos deram ao
Senhor Jesus quando de seu nascimento.
Eu faço lá a minha exegese:
Um dos Nomes de Deus é:
JEOVÁ JIREH – Uma expressão hebraica composta de duas
palavras. A primeira é o nome de Deus no Antigo Testamento: “Y ̂ehovah”, que é
comumente pronunciado no português como “Jeová”. A outra palavra hebraica é
“yireh”. A expressão completa significa algo como “O Senhor proverá”. Vemos
essa expressão no texto abaixo:
“E pôs Abraão por
nome àquele lugar — O SENHOR Proverá. Daí dizer-se até ao dia de hoje: No monte
do SENHOR se proverá.” (Gênesis 22.14)
Jeová Jireh ou Deus Proverá e
é desse Nome que parto para a minha interpretação.
Mateus - Capítulo II:
Sendo [José] em
sonhos avisados por Deus que não voltassem a Herodes, seguiram por outro
caminho para a sua terra.
Continua em Mateus - Capítulo
II:
Herodes, vendo-se
iludido pelos magos, ficou muito irado e mandou matar todos os meninos que
havia em Belém e em todo o seu termo, de dois anos para baixo, conforme o tempo
que tinha com precisão indagado dos magos.
Então se cumpriu o
que foi dito pelo profeta Jeremias:
Ouviu-se um clamor
em Ramá, Choro e grande lamento;
Era Raquel chorando
a seus filhos,
e não querendo ser
consolada, porque eles já não existem.
Mateus - Capítulo II:
Depois de haverem
partido, eis que um anjo do Senhor apareceu em sonhos a José, dizendo:
Levanta-te, toma contigo o menino e sua mãe, foge para o Egito, e fica ali até
que eu te chame; pois Herodes há de procurar o menino para o matar.
José levantou-se,
tomou de noite o menino e sua mãe e partiu para o Egito,
e ali ficou até a
morte de Herodes;
para que se
cumprisse o que dissera o Senhor pelo profeta:
Do Egito chamei a
meu Filho.
Muito bem...
Evangelho de João, 1.1 “No
princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”.
José era um carpinteiro, podia
estar trabalhando ou não, podia ter encomendas de serviços ou não, mas, Deus
que é Eterno, não tem Tempo, é Onisciente, Onipresente e Onipotente, sabia das
intenções de Herodes, sabia que esse doidivanas ia mandar matar Seu Único
Filho, o Verbo Encarnado, então o que fez nosso Senhor, o que fez Jeová Jireh
ou Deus Proverá?
Mandou, certamente por sonhos
ou por mera intuição, que os Magos presenteassem com:
a- Ouro,
e ouro é ouro até hoje, vale;
b- Incenso,
um produto valioso em qualquer lugar, pois era usado nos cultos não só do Deus
Eterno no Templo de Jerusalém, como, também, em outros santuários de outros
deuses, por exemplo como os dos egípcios, ou seja, um produto de boa vendagem;
c- Mirra
um produto medicinal, “no tratamento de infecções causadas por bactérias, fungos
e vírus” desde priscas eras, mas, também, um produto de boa vendagem.
Com isso a Sagrada Família tinha
condições para de repente, não mais do que de repente, viajar para o Egito,
largar tudo, deixar os seus pertences para trás, e ter como sobreviver não só
na viagem, como, também, Jose lá se estabelecer para poder sustenta-los.
Contudo as Escrituras tinham
que ser cumpridas e ai....
Mateus - Capítulo II:
Mas tendo morrido
Herodes, eis que um anjo do Senhor apareceu em sonhos a José no Egito, dizendo:
Levanta-te, toma
contigo o menino e sua mãe, e vai para a terra de Israel; pois já morreram
aqueles que procuravam tirar a vida ao menino.
José, levantando-se,
tomou o menino e sua mãe e voltou para a terra de Israel.
Porém sabendo que
Arquelau reinava na Judéia em lugar de seu pai Herodes, temeu ir para lá; e
avisado em sonhos por Deus, retirou-se para os lados da Galileia,
e foi morar em uma
cidade chamada Nazaré; para se cumprir o que foi dito pelos profetas: Ele será
chamado Nazareno.
Isso posto, fica claro para mim que pedir a Deus por Ouro,
Incenso e Mirra para mim, para minha família, para os meus amigos, e o mesmo
que pedir a Jeová Jireh ou Deus Proverá que cuide de nos nesse ano de 2015, ano
que está pintando como um período tenebroso para quem não tem Deus no coração.
Jorge Eduardo.
2014/2015
domingo, 28 de dezembro de 2014
CONVERSANDO ALEGREMENTE SOBRE A HISTÓRIA.: Parte IV - A República Florentina E Os Guelfos e G...
CONVERSANDO ALEGREMENTE SOBRE A HISTÓRIA.: Parte IV - A República Florentina E Os Guelfos e G...: A República Florentina E Os Guelfos e Gibelinos. Parte IV Mais, para essa conversa vale falar de Matilde de Canossa, a celebre la...
94- CONVERSA- Parte IV - A República Florentina E Os Guelfos e Gibelinos.
A República
Florentina
E
Os Guelfos e
Gibelinos.
Parte IV
Mais, para essa
conversa vale falar de Matilde de Canossa, a celebre la Grancontessa (magna
comitissa) ou a Grande Condessa
Matilde de Canossa ou Matilde
da Toscana, Margravina da Toscana, Duquesa de Espoleto, Senhora de Modena,
Ferrara, Régio, Brescia e Mântua, Duquesa consorte de Lorena, Vice-Rainha de
Itália, e era filha de Bonifácio de Canossa, chamado de "Tirano", o
único herdeiro da Dinastia Canossa, governador de Régio da Emília, Modena,
Mântua, Bréscia e Ferrara e de grandes estados nos Apeninos, Lombardia e na
Emília-Romanha, e de Beatriz de Bar, ou Beatriz da Lotaríngia, ou Beatriz da
Alta Lorena, da Dinastia d'Ardennes -Verdun, do ramo Ardennes-Bar, dinastia
essa fundada por Wigeric da Lotaríngia, Conde de Bidgau e de Trier, Abade leigo de Abadia de São
Rumbold, em Mechelen, hoje na província de Antuérpia , Flandres , Bélgica,
Que a partir de 915 ou 916 foi
elevado a Conde Palatino da Lotaríngia, pai de Frederico I, Duque da
Alta-Lorena, seu filho com Cunigunda de França, e, portanto, um descendente da
sexta geração de Carlos Magno, logo eles reinaram sobre a Lorena, ou Lotaríngia
em latim, ou Lorraine em francês, ou Lotharingen em holandês e Lothringen em alemão,
desde o século X.
La Gran Contessa nasceu em Mântua,
março de 1046 e faleceu Bondeno di Roncore, 24 de julho de 1115.
Foi a principal apoiante do
papa Gregório VII durante a Questão das Investiduras, sendo a coparticipe da Humilhação
de Canossa, pela qual passou Henrique IV, Imperador do Sacro Império Romano-Germânico.
Ela é uma das poucas mulheres
medievais a ser relembrada por seus feitos militares.
Em 11 de maio de 1111 foi elevada
a Vicaria Imperiale e Coroada Vice-Rainha da Itália pelo Imperador Sacro Henrique
V, no Castelo de Bianello (Quattro Castella, Reggio Emilia).
Em 1076 entrou na posse de um
vasto território que incluía Lombardia, Emilia Romagna e Toscana, e que teve
seu centro em Canossa, da área dos Apeninos.
Matilda morreu de gota em 1115
e foi enterrada pela primeira vez em San Benedetto em Polirone (San Benedetto
Po), em seguida, em 1633, a mando do Papa Urbano VIII, seu corpo foi
transferido para Roma, em Castel Sant'Angelo.
Em 1645 seus restos mortais encontrados lugar
definido na Basílica de São Pedro, em Roma, a única mulher junto à Rainha
Cristina da Suécia e da polonesa Maria Clementina Sobieski , esposa de James
Francis Edward Stuart .
Seu túmulo, esculpida por
Bernini, é chamado a “Honra e Glória de Itália”.
Matilde tinha não deixou herdeiros diretos;
consequentemente, seu vastíssimo patrimônio foi disperso ao sabor dos grandes interesses
do Imperador, do Papa e dos nobres da Itália.
Repubblica Fiorentina - República Florentina.
“A República foi comandada por
um conselho, a Signoria, liderado pelo gonfaloneiro - que por sua vez era
eleito a cada dois meses pelos membros de clãs da cidade”.
“A República sofreu várias
tentativas de golpes, reagindo com contragolpes de várias facções”. “A facção
Médici tomou o poder na cidade em 1434 até o contragolpe de Cosme de Médici que
o exilou no ano anterior”.
“Cosme manteve o controle de
Florença até 1494. João de Médici (que veio a se tornar o Papa Leão X)
reconquistou a República em 1512”.
“A autoridade de Médici foi
repudiada e deflagrou, em 1527, a Guerra da Liga de Cognac”.
“Os Médici reassumiram o poder
em 1531 após 11 meses de cerco à cidade”.
“A República foi
desconstituída em 1532 quando o Papa Clemente VII apontou Alessandro de' Médici
como Duque de Florença, tornando esta cidade-Estado um Ducado hereditário.
Fim da Parte IV
CONVERSANDO ALEGREMENTE SOBRE A HISTÓRIA.: Parte III - A República Florentina E Os Guelfos e ...
CONVERSANDO ALEGREMENTE SOBRE A HISTÓRIA.: Parte III - A República Florentina E Os Guelfos e ...: A República Florentina E Os Guelfos e Gibelinos. Parte III Assim a História da Lorena e da Toscana se misturam. A Lorena divi...
93- CONVERSA- Parte III - A República Florentina E Os Guelfos e Gibelinos.
A República
Florentina
E
Os Guelfos e
Gibelinos.
Parte III
Assim a História da Lorena e
da Toscana se misturam.
A Lorena dividida entre Luís,
o Germânico, e de Carlos, o Calvo.
Em 28 de agosto de 876 com a
morte de Luís, o Germânico, seus bens são partilhados entre seus três filhos:
Carlomano Rei da Baviera e
depois Rei da Itália, depois abdicou em seus irmãos;
Carlos, o Gordo, conseguiu pôr
breve tempo ser Rei de toda a França, Rei da Itália, Imperador de 12 de
fevereiro de 881 a 11 de novembro de 887, sofriam de doenças (provavelmente era
epiléptico) e foi deposto em 887;
Luís, o Jovem, herdou a parte
oriental da Lotaríngia com a Saxônia, a Francônia, Turíngia e Friesland. Foi
Rei da Francia Oriental, de Lorena e Baviera (Rei da Saxônia).
Em 6 de outubro de 877, com a
morte de Carlos, o Calvo, a parte ocidental da Lotaríngia, passa a seu filho
Luís, o Gago, em 11 de abril de 879, aos filhos desse Luís III e Carlomano II,
Reis da Francia Ocidental.
Chamo atenção que pelo Tratado de Ribemont de fevereiro de
880, um verdadeiro trtado de neutralidade entre os três reis Carolíngios: Luís,
o Jovem, e seus primos, irmãos Luís III e Carlomano II, sucessores de seu pai Luís
II, o Gago, foi cedida toda a Lotaríngia/Lorena ao primeiro signatário, Luís, o
Jovem.
Com isso foi estabelecida a fronteira entre o Reino da
França e o Sacro Império Romano Germânico ao longo da Idade Média.
Em 925, Henrique, o Passarinheiro, Duque da Saxônia, pai
do Imperador Sacro Otto I, invadiu Lotaríngia/Lorena, a conquistou e em 928
criou o Ducado da Lorena e entregou a Gilberto de Lorraine, o primeiro Duque,
marido de sua filha Gerberga ou Gerbege da Saxônia (viúva Gerberge casou em
segundas núpcias com Luís IV ou Luís de Além-Mar, Rei de França.
Gilberto de Lorena traiu a Otto I, o Imperador Sacro, e
foi por ele deposto e conseguiu fugir, mas se afogou ao tentar atravessar o Rio
Reno.
O Ducado foi dado a Henrique I, Duque da Baviera de 947 a
955, que foi Duque de Lorena por um ano de 939 a 940.
Otto I, o Imperador Sacro,
nomeou a Otto, Conde de Verdun, Duque de Lorena.
Luitgarde, filha de Otto I,
casou com Conrado, o Ruivo ou Vermelho, da Dinastia Saliana ou Franca, Conde de
Speyergau, de Wormsgau e Nahegau, Duque da Francônia, recebeu o Ducado de
Lorena em 945.
Em 953, Conrado e seu irmão
Ludolph , Duque da Suábia, se revoltaram contra
Otto I , mas foram derrotados e o Imperador sacro lhes tirou os Ducados.
O Ducado da Lorena foi
entregue a Brunon de Cologne, ou Bruno, o Grande, Arcebispo de Cologne ou
Colônia, Alemanha, irmão de Otto I, Imperador Sacro, Chanceler do Império. É
reconhecido como um santo pela Igreja Católica com o nome de São Bruno de
Colônia, e São Bruno da Saxônia, e fundador da Abadia Beneditina São Pantaleão,
em Colónia, onde está enterrado.
Pela Igreja Protestante, Bruno, é considerado um Herói da
Fé.
Foi São Bruno que dividiu a Lotaringia/ Lorena em Alta
Lorena e Baixa Lorena, em 959, titulando os chefes de governo como Vice-Duques,
reteno para si o Título de Arquiduque por conta de seu título dual.
Foram eles:
a-
Godefroid de Metz, Conde de Hainaut, foi elevado
a Vice-Duque da Baixa - Lorena, mas morreu de uma epidemia em Roma em 964.
O Vice-Ducado da Baixa Lorena ficou vago
até 977, quando Carlos I, filho de e Luis IV , dito Luís de Além-Mar ,Rei da
França, e Gerberga da Saxônia, foi elevado a Duque da Baixa- Lorena.
b- Frederico
I, Conde de Bar, casado com irmã de Hugo Capeto, Beatrice de France, foi
elevado a Vice-Duque da Alta- Lorena. Em 977 assumiu o Título de Duque da Alta-
Lorena. Seus descendentes governaram até 1033 com Frederico III.
Em 1033, os dois ducados voltam
a se juntar sob Gothelon I de Verdun ou Gozelon I de Verdun, Margrave (Marquês)
de Antuérpia.
Gozelon havia sucedido a seu
irmão Godofredo I de Verdun ou Godfrey I, Duque da Baixa-Lorena, que morreu sem
sucessão, em 1023.
Com a morte de Frederico III,
Duque da Alta-Lorena, Conrado II, Sacro Imperador Romano-Germânico desde 26 de
março de 1027, o primeiro da Dinastia Saliana, deu a Gozelon o Ducado da Alta
Lorena.
Assim a Lorena passou a ser
uma, mas durou pouco, até 1044, ano da morte de Gozelon, pois Henrique III, o Negro,
filho de Conrado II, imperador do Sacro Império Romano e de Gisela da Suábia, Rei
dos Romanos de 1039 até 1046 e Imperador Sacro de 1046 até 1056, resolveu
acabar com os Feudos Fortes de seu Império.
Henrique III, o Negro, não
reconhece a Gothelon II de Lotaríngia ou Gozelon II, filho de Gothelon I ou
Gozelon I como o novo Duque de Lorena, e o Ducado da Baixa-Lorena é entregue a Frederico
de Luxemburgo, que foi Duque de 1046 a 1065.
O Ducado da Alta-Lorena foi
dado a Godefroid II d'Ardenne, dit le Barbu, o Barbudo, também filho de Gothelon
I ou Gozelon I, o Duque das Lorenas Unificadas.
Barbudo foi Margrave (Marquês)
de Antuérpia, Conde de Verdun, Duque de 1044 até 1047.
Godefroid II d'Ardenne, dit le
Barbu, o Barbudo, casou em segundas núpcias com Beatrice de Bar, filha de
Frederico II, Duque da Alta-Lorena, Conde de Bar, e Matilda da Suábia, viúva de
Bonifácio III de Canossa ou Bonifácio IV da Toscana, o Tirano.
Bonifácio III de Canossa ou
Bonifácio IV da Toscana, o Tirano, era filho de Willa, que se casou com Tedald,
Conde de Canossa, portanto neto de Ugo, Imperador e Rei da Itália, já citado
acima.
Do pai herdou os Condados de Modena,
Reggio Emília, Mantova, Brescia, Ferrara, e da mãe as grandes propriedades na
Toscana (entre Florença, Lucca, Pisa, Pistoia), por isso elevado a Margrave ou
Marquês da Toscana em 1027. O mais poderoso de todos os senhores italianos de
seu tempo após o Imperador do Sacro Império Romano. Morreu em 1052, ou em San
Martino dell'Argine, hoje província de Mantova, na Lombardia, ou nos bosques de
Spineda, hoje província de Cremona, na Lombardia, mas foi durante uma caçada.
Com Beatrice de Bar teve:
Beatrice, que morreu em uma
idade jovem em 1053;
Federico, que herdou a riqueza
de seu pai, mas morreu jovem;
Matilde de Canossa, a celebre
Grande Condessa.
Em 1057, Godefroid II d'Ardenne, dit le Barbu, o Barbudo,
e sua Beatrice, foram exilados na Toscana e onde dividiram a Regência como
co-Regentes, mas 1065 foi chamado de volta aos domínios alemães do Império para
assumir o Ducado da Baixa-Lorena.
Voltou a Antuérpia, instalou sua Corte em Bouillon, uma cidade
de língua francesa da Bélgica localizado na região da Valónia na província de
Luxemburgo, onde morreu na véspera do Natal de 1069.
Com sua primeira mulher, Doda, Godofredo teve os seguintes
filhos:
Godfrey, o Corcunda, seu sucessor como Duque da Baixa
Lorena;
Ida de Lorena, que se casou com Eustace II, Conde de
Boulogne, e viúva entrou para os Oblatos Beneditinos, beatificada e sua memória
é celebrada em 13 de abril;
Wiltrude, que se casou com Adalberto de Calw.
Não teve filhos com Beatrice de Bar.
Mais, para essa conversa vale
falar de Matilde de Canossa, a celebre la Grancontessa (magna comitissa) ou a Grande
Condessa.
Fim da parte III
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CONVERSANDO ALEGREMENTE SOBRE A HISTÓRIA.: CONVERSANDO ALEGREMENTE SOBRE A HISTÓRIA.: A Repúb...: CONVERSANDO ALEGREMENTE SOBRE A HISTÓRIA.: A República Florentina E Os Guelfos e Gibelinos. P... : A República Florentina E Os Guelfos e...
92- CONVERSA- Parte II A República Florentina E Os Guelfos e Gibelinos. Parte II
A República
Florentina
E
Os Guelfos e
Gibelinos.
Parte II
Contudo Lotário teve filhos e filhas ilegítimos com Waldrada
de Wormsgau, uma concubina segundo o Annales Lobienses, e excomungada pelo Papa
Nicolau I por essa condição, a saber:
1-
Hugh ou Hugo, que recebeu o Ducado da Alsácia de
Luís, o Germânico;
2-
Gisela que casou com Godfrid, o Dinamarquês, Duque
de Frísia entre 882 e 885, Viking que devastou a o Lotaríngia e as cidades de
Maastricht, Liège , Stavelot , Prüm , Colônia e Koblenz , foi o Imperador e Rei
Carlos, o Gordo (um dos três filhos de Luís, o Germânico), que patrocinou o
casamento entre os dois. Após a morte de seu marido, tornou-se uma freira na
Igreja Colegiada de Santa Gertrudes de Nivelles, tornando-se Abadessa;
3-
Bertha (c. 863-925), que se casou com:
a-
Thibaud de Arles ou Teobaldo de Arles, Conde de
Arles, da Dinastia dos Bosonides ou Bosónidas, tiveram filhos:
1-
Hughes de Provence ou Hugo de Arles, Conde d '
Arles e de Vienne, Marquês e Rei da Provence e Rei da Itália;
2-
Boson ou Bosone de Arles, Conde d'Avignon, e d '
Arles e Margrave de Toscana;
3-
Teuberga d’Arles, casou com Garnier de Sens,
Visconde de Sens;
4-
Uma filha, segundo oe Rerum Gallicarum et
Francicarum Scrptores tomus IX, Hugonis Comiti;
5-
Ermengarde que se casou com o Marquês Adalbert
I, Margrave de Ivrea.
b-
Adalberto, il Ricco, Marquês (Margrave) da
Toscana e Tutor Corsicae, filho do Marquês Adalberto I e Richilde de Spoleto,
tiveram filhos;
I-
Guido da Toscana, ou Lucca, ou de Tuscia, Conde
e Duque de Lucca, Marquês de Toscana de 915 a 929, antes de ser coroado
Margrave, até 916, esteve a regência a cargo de sua mãe Bertha.
Casou com a viúva Maria, dita Mariozza ou Marozia,
senatrix e patrícia romana, a filha do cônsul romano e Senador de Roma Teofilato
I, Conde de Túsculo e de Teodora Teofilacto, senatrix e serenissima
vestaratrix.
Marozia era viúva de Alberico I de Spoleto,
com que teve um filho, Alberico II.
O casal, Guido e Marozia, atacou Roma, prenderam
e mataram o Papa João X no Castel Sant'Angelo, assim, Marozia tomou o Poder em
Roma, em um golpe de Estado Guido morreu 03 de fevereiro 929.
Segundo Liutprand de Cremona,
"Mariozza, bela como uma deusa e ardente como uma cadela, ela viveu no
cubículo do Papa e nunca saiu de Latrão “.
II-
Lamberto di Toscana, o di Tuscia, sucessor do
irmão como Conde e Duque de Lucca, Marquês ou Margrave de Toscana de 929 a '931.
Seu meio-irmão, Hughes de Provence ou Hugo de Arles, Conde d ' Arles e de
Vienne,\marqu\~e e Rei da Provence e Rei da Itália, tomou-lhe o Margraviato, o
cegou, e deu a outro irmão, Boso ou Bosone de Arles, que se tornou Marquês ou
Margrave da Toscana de 932 a 936
4-
Ermengarda, freira, pela primeira vez em um
convento da Provence, em seguida, num convento da Toscana.
Hughes de Provence ou Hugo de Arles, Conde d ' Arles e de
Vienne (895 pela morte do pai, Thibaud de Arles), Marquês e Rei de Provence (928
a 933), como Ugo foi Rei da Itália de 9 de julho 926 a 10 de abril 947, mas foi
defenestrado do Poder
Em 932, o Papa João XI, filho de Marozia e do falecido
Papa Sérgio III, casou Ugo, Rei da Itália, com sua mãe então viúva de Guido da
Toscana, meio irmão do noivo, e o casal tomou posse de Castel Sant'Angelo,
colocando o leito conjugal no túmulo do Imperador Adriano.
Esclareço que Marozia havia sido amante do Papa Sérgio
III, com quem teve um filho, esse Papa João XI.
Antes de se casar com Guido da Toscana, em 909, havia
casado com Alberico I de Espoleto (morto em Orte em 924), e Alberico II, filho
do casal, nasceu em 911 ou 912.
Ugo, Rei da Itália, foi coroado Imperador por seu enteado
João XI, mas manifestava uma tal ambição, que, em 932, Alberico II, com o apoio
do Povo de Roma, lutou contra ele, fazendo-o fugir da Cidade Eterna, tomando o
Poder e se tornando o Signore di Roma di fatto, Senhor de Roma de Facto, até a
sua morte em 31 de agosto 954
Ugo foi se refugiar em Pavia, Marozia foi presa num
Convento e João XI se aposentou como Pontífice.
Ugo teve com Ada os seguintes filhos:
Alda, casada com
Alberico II de Spoleto, Signore di Roma;
Lotário, Rei da Itália.
Ugo teve com Wandelmoda um filho:
Uberto da Toscana,
Margrave ou Marquês da Toscana e Camerino, Duque de Spoleto.
Casou com Willa,
filha do Duque Bonifácio I de Spoleto e Waldrada, filha de Rodolfo I, Rei da Borgonha.
Uberto e Willa
tiveram filhos a saber:
Ugo, que o sucedeu
como Margrave de Toscana;
Waldrada, que se casou
com Pietro IV Candiano , Doge de Veneza ;
Bertha, que se casou
com Margrave Arduin de Ivrea , futuro Rei da Itália;
Willa, que se casou
com Tedald, Conde de Canossa.
O Irmão de Ugo, Boso ou Bosone de Arles, Conde
d'Avignon e d ' Arles, foi transferido para a Regência do Reino da Provence.
Ugo teve com Pezola os seguintes filhos:
Berta, casada, em
944, com o Basileu Romano II, Imperador do Oriente, tomou o nome de Eudóxia e,
em 946, tornou-se co-imperatriz Constantinopla;
Boson ou Bosone,
Bispo de Piacenza de 941 até sua morte em 951.
Ugo teve com Rotrude uma filha:
Rotlinde que se
casou, em primeiro lugar, o Conde Elisardo (?) e, em seguida, com Bernardo,
Conde de Pavia.
Ugo teve com Stefania, a Romana, um filho:
Thibaud, Arcebispo de Milão.
Com uma desconhecida um filho:
Godfrey, Abade de
São SilvestreI, em Nonantola, hoje na Província de Modena, em Emilia-Romagna.
Fim da Parte II
CONVERSANDO ALEGREMENTE SOBRE A HISTÓRIA.: A República Florentina E Os Guelfos e Gibelinos. P...
CONVERSANDO ALEGREMENTE SOBRE A HISTÓRIA.: A República Florentina E Os Guelfos e Gibelinos. P...: A República Florentina E Os Guelfos e Gibelinos. Parte I “A República Florentina (em italiano: Repubblica Fiorentina) foi uma cid...
91- CONVERSA- Parte I A República Florentina E Os Guelfos e Gibelinos. Parte I
A República
Florentina
E
Os Guelfos e
Gibelinos.
Parte I
“A República Florentina (em italiano: Repubblica
Fiorentina) foi uma cidade-Estado centrada em Florença em Toscana, Itália”.
“A República foi fundada em 1115 quando os florentinos se
rebelaram contra a morte de Matilde de Canossa”.
La La Grancontessa (magna
comitissa) Matilde de Canossa ou Matilde da Toscana, Margravina da Toscana,
Duquesa de Espoleto, Senhora de Modena, Ferrara, Régio, Brescia e Mântua,
Duquesa consorte de Lorena, Vice-Rainha de Itália, e era filha de Bonifácio de
Canossa, chamado de "Tirano", o único herdeiro da Dinastia Canossa,
governador de Régio da Emília, Modena, Mântua, Bréscia e Ferrara e de grandes
estados nos Apeninos, Lombardia e na Emília-Romanha, e de Beatriz de Bar, ou Beatriz
da Lotaríngia, ou Beatriz da Alta Lorena, da Dinastia d'Ardennes -Verdun, do
ramo Ardennes-Bar, dinastia essa fundada por Wigeric da Lotaríngia, Conde de
Bidgau e de Trier, Abade leigo de Abadia
de São Rumbold, em Mechelen, hoje na província de Antuérpia , Flandres ,
Bélgica,
Que a partir de 915 ou 916 foi
elevado a Conde Palatino da Lotaríngia, pai de Frederico I, Duque da
Alta-Lorena, seu filho com Cunigunda de França, e, portanto, um descendente da
sexta geração de Carlos Magno, logo eles reinaram sobre a Lorena, ou Lotaríngia
em latim, ou Lorraine em francês, ou Lotharingen em holandês e Lothringen em alemão,
desde o século X.
A Lotaríngia (Lotharingia) consistia numa estreita faixa
de terra ao longo dos rios Reno e Ródano - hoje são os Países Baixos, a
Bélgica, o Luxemburgo, a Renânia do Norte-Vestefália, a Renânia-Palatinado e o
Sarre (estados da Alemanha), e ainda a Alsácia e a Lorena, e a parte do Norte a
leste do rio Escalda
- e seu nome
provém de Lotário I, filho de Luís, o Piedoso, neto de Carlos Magno.
Luís, o Piedoso, teve com Ermengarda de Hesbaye, filha de
Ingerman de Hesbaye e de Edviges de Baviera, vários filhos e filhas, entre
eles:
a-
Lotário I, casado com Ermengarda de Orleans e
Tours, filha de Hugo III de Tours, conde de Tours e Duque da Alta Alsácia
durante os reinados de Carlos e de Luís I, o Piedoso, nomeado por Carlos Magno Embaixador
em Constantinopla, e de Eva de Auxerre, filha de Irmenaldo de Auxerre, Conde de
Auxerre, e de Aba, filha de Guerry de Morvois e Eva de Tours;
b-
Luís, o Germânico, casado com Emma de Altdorf,
filha de Welf I de Altdorf, senhor de vários domínios no sul da Renânia e na Baviera,
e de Hedwig von Wittelsbach, Duquesa da Baviera, essa filha de Isembart von
Thurgau, Conde de Altorf e de Ravensburg , Maître du Palais de Altorf, e de Thiedrada;
Luís, o Piedoso, teve com Judith da Baviera, filha de filha
de Welf I de Altdorf, senhor de vários domínios no sul da Renânia e na Baviera,
e de Hedwig Wittelsbach, Duquesa da Baviera, Isembart von Thurgau, Conde de
Altorf e de Ravensburg , Maître du Palais de Altorf, e de Thiedrada:
c-
Carlos, o Calvo, que casou com:
I-
Ermentrude d’ Orleans, filha de Eudes de Orleans,
e de Engeltrude de Fezensac, essa filha de Leuthard I, sétimo Conde de Paris e primeiro
Conde de Fezensac, da Dinastia dos Girardides, que existem até hoje através da
Dinastia de Habsburgo-Lorena, os Imperadores Titulares da Áustria, e de Grimeut,
dama franca;
II-
Richilde das Ardenas ou Richilde de Provence,
filha de Bivin de Gorze, Conde de Ardennes, abade leigo de Gorze, uma abadia
beneditina próxima de Metz, em Lorena, com mãe não registrada.
Com o Tratado de Verdun de 843:
Lotário I recebe o Francia Media, domínios do Mar do
Norte para a Itália e foi nomeado Imperador e que no final da vida se tornou um
monge na Abadia de Prüm;
Luís, o Germânico, recebe a Francia Oriental, Francia
orientalis ou Alemanha;
Carlos, o Calvo recebe a Francia Ocidental, Francia
occidentalis, origem do Reino da França.
O Tratado de Prüm de 855 divide o Império de Lotário I entre
seus três filhos, a saber:
1-
Luís II, dit « le Jeune », o Jovem, herdou a
Coroa Imperial e o Reino da Itália;
2-
Lotário II recebeu a parte norte do Império,
entre Friesland (Frísia (em neerlandês Friesland; em frísio Fryslân) é uma
província ao norte dos Países Baixos) e as Montanhas do Jura, que tomou o nome
de Lotaríngia, ou Lorraine, ou Lorena, Lotharii Regnum, o Reino de Lotário;
3-
Charles de Provence ou Carlos da Provence, a Provence, o Ducado de
Lyon e a Borgonha (territórios no Vale do Rhone e dos Alpes para o Lago de
Genebra) denominado de « Royaume de Provence ».
Lotário II morreu em 8 de agosto de 869, sem filhos e seu
herdeiro era o irmão, o Imperador luís II, Rei da Itália, que estava lutando
contra as tropas do Emir de Bari, com isso seus tios, Luís, o Germânico e Carlos,
o Calvo, disputaram a Lotaríngia.
Com isso, pelo Tratado de Mersen ou Meerssen, 8 de agosto
de 870, na hoje Meerssen (norte de Maastricht, na atual Holanda) a Lotaríngia
foi repartida, a saber:
A-
Carlos, o Calvo, domínios do Meuse e parte da
Friesland, exceto Utrecht, bem como as regiões ao longo do Rhône e Saône. Ele toma
Besançon, o Lyonnais, vienense, o Sermorens, o Viennois, o Vivarais, o Uzège,
ou seja, a parte dos bens de Carlos de Provence;
B-
Luís, o Germânico, recebe dois terços dos
Friesland (em poder dos Vikings) com Utrecht e Maastricht, os domínios a margem
direita do Meuse, a leste do Ourthe e Moselle com Metz e ao longo do Reno (incluso
Aachen, a capital de Carlos Magno e local da Sagração dos Reis da Alemanha,
formalmente Rei dos Romanos), Saarland (Sarre, hoje um dos Esatdos Federados da
Alemanha) a Alsácia) e do norte da Jura.
Fim da
Parte I
segunda-feira, 22 de dezembro de 2014
CONVERSANDO ALEGREMENTE SOBRE A HISTÓRIA.: O DIREITO DIVINO DOS REIS, A DOUTRINA DAS DUAS ESP...
CONVERSANDO ALEGREMENTE SOBRE A HISTÓRIA.: O DIREITO DIVINO DOS REIS, A DOUTRINA DAS DUAS ESP...: Tiara doado em 1981 a João Paulo II pelos católicos húngaros. PARTE 3 Plenitudo potestatis - A Plenitude do Poder. ...
90- CONVERSA- O DIREITO DIVINO DOS REIS, A DOUTRINA DAS DUAS ESPADAS & PLENITUDO POTESTATIS ou A Plenitude do Poder. PARTE 3
Tiara doado em 1981
a João Paulo II
pelos católicos húngaros.
PARTE 3
Plenitudo
potestatis - A Plenitude do Poder.
Eu não concordo com o
Plenitudo potestatis, A Plenitude do Poder, uma Doutrina criada pelos homens, os
canonistas, da Igreja no Medievo, que afirmava o Poder do Papa sobre os
Soberanos, contudo, eu nada tenho a dizer no que tange a posição do Papa dentro
da Igreja Católica Apostólica Romana.
A partir dos argumentos dos
canonistas surgiu o conceito de que o Papa seria responsável por elevar um
homem a condição de Imperador ou Rei.
Era baseado na Doutrina das
Duas Espadas deturpada de Hildebrando Gregório, Papa Gregório VII, que rezava
que o “Papa tinha a posse dos poderes espiritual e temporal e, portanto, seria
o responsável por delegar o poder aos reis”.
Na de Gelásio I, havia o reconhecimento
tanto o Pode Espiritual, quanto o Pode Secular ou Temporal.
O embasamento bíblico da Plenitudo
potestatis - A Plenitude do Poder – é outra forçação de barra terrível, vamos a
ele:
1 Samuel:
8.1 Tendo Samuel
envelhecido, constituiu seus filhos por juízes sobre Israel.
8.2 O primogênito
chamava-se Joel, e o segundo, Abias; e foram juízes em Berseba.
8.3 Porém seus
filhos não andaram pelos caminhos dele; antes, se inclinaram à avareza, e
aceitaram subornos, e perverteram o direito.
8.4 Então, os
anciãos todos de Israel se congregaram, e vieram a Samuel, a Ramá,
8.5 e lhe
disseram: Vê, já estás velho, e teus filhos não andam pelos teus caminhos;
constitui-nos, pois, agora, um rei sobre nós, para que nos governe, como o têm
todas as nações.
8.6 Porém esta
palavra não agradou a Samuel, quando disseram: Dá-nos um rei, para que nos
governe. Então, Samuel orou ao SENHOR.
8.7 Disse o
SENHOR a Samuel: Atende à voz do povo em tudo quanto te diz, pois não te
rejeitou a ti, mas a mim, para eu não reinar sobre ele.
8.8 Segundo todas
as obras que fez desde o dia em que o tirei do Egito até hoje, pois a mim me
deixou, e a outros deuses serviu, assim também o faz a ti.
8.9 Agora, pois,
atende à sua voz, porém adverte-o solenemente e explica-lhe qual será o direito
do rei que houver de reinar sobre ele.
8.10 Referiu
Samuel todas as palavras do SENHOR ao povo, que lhe pedia um rei,
8.11 e disse:
Este será o direito do rei que houver de reinar sobre vós: ele tomará os vossos
filhos e os empregará no serviço dos seus carros e como seus cavaleiros, para
que corram adiante deles;
8.12 e os porá
uns por capitães de mil e capitães de cinqüenta; outros para lavrarem os seus
campos e ceifarem as suas messes; e outros para fabricarem suas armas de guerra
e o aparelhamento de seus carros.
8.13 Tomará as
vossas filhas para perfumistas, cozinheiras e padeiras.
8.14 Tomará o
melhor das vossas lavouras, e das vossas vinhas, e dos vossos olivais e o dará
aos seus servidores.
8.15 As vossas
sementeiras e as vossas vinhas dizimará, para dar aos seus oficiais e aos seus
servidores.
8.16 Também
tomará os vossos servos, e as vossas servas, e os vossos melhores jovens, e os
vossos jumentos e os empregará no seu trabalho.
8.17 Dizimará o
vosso rebanho, e vós lhe sereis por servos.
8.18 Então,
naquele dia, clamareis por causa do vosso rei que houverdes escolhido; mas o
SENHOR não vos ouvirá naquele dia.
8.19 Porém o povo
não atendeu à voz de Samuel e disse: Não! Mas teremos um rei sobre nós.
8.20 Para que sejamos também como todas as nações;
o nosso rei poderá governar-nos, sair adiante de nós e fazer as nossas guerras.
8.21 Ouvindo,
pois, Samuel todas as palavras do povo, as repetiu perante o SENHOR.
8.22 Então, o
SENHOR disse a Samuel: Atende à sua voz e estabelece-lhe um rei. Samuel disse
aos filhos de Israel: Volte cada um para sua cidade.
Por essa passagem das Sagradas Escrituras, não se pode afirmar
que “o poder temporal, bem como a instituição da monarquia, faz parte de um
Conceito Negativo, pois “SENHOR disse a Samuel: Atende à sua voz e
estabelece-lhe um rei. Samuel disse aos filhos de Israel: Volte cada um para
sua cidade”, se tal fosse Deus em Sua Santa e Boa Misericórdia não estabeleceria
um Reino, muito menos que seu Único Filho Encarnado pertenceria a uma Dinastia
Real de Israel.
Mais, vamos lá...
Para piora as coisas “os canonistas que defenderam a
dependência do poder temporal em relação ao espiritual, admitiam a existência
de um poder diferente do de Deus, criado a partir da lei dos homens”, durmam
com um barulho desse.
Uma autoridade espiritual que quer ter Poder sobre os Homens,
mas admite que o seu poder pode advir dos Homens, e não do Deus que alega ser Vigário
sobre a Terra, é de escachar.
Ora, ora, não havia democracia eletiva, uma República democrática
participativa como hoje, logo esse pensamento era, mais uma vez, um anacronismo,
não tinha consonância com a realidade vivida naquela época pela população
europeia.
Mais, o Papado forçava a barra...
A Doação de Constantino foi um documento usado para dar robustez
a essa Doutrina, até Lorenzo Valla provou que era falsa em seu “De falso
credita et ementita Constantini Donatione declamatio”, escrito entre 1439 a
1440.
O Papa Inocêncio III, Lottario
dei Conti di Segni, nobre filho do Conde Trasimund de Segni, da Casa di Conti, e
de Claricia, da família de Papa Clemente III, nascido em Anagni, uma cidade de Lazio,
na província de Frosinone, em 22 de fevereiro de 1161 e falecido em Perugia, 16
de julho de 1216, foi o 176º Papa da Igreja Católica, pontificando de 8 de
janeiro de 1198 até o dia de sua morte, portanto 56 anos, foi o Pontífice que
mais abusou dessa Doutrina, escrevendo:
[...]Agora, assim
como a lua retira sua luz [quando surge] o sol; e é certamente menor em
quantidade e qualidade, na posição e no poder, assim também o poder real deriva
do esplendor da dignidade da autoridade pontifícia (…)"
Delirava...
“Inocêncio III apresenta uma bula
"Venerabilem", que fala sobre as responsabilidades dos príncipes
alemães, se dirigindo ao duque de Zähringen em maio de 1202”
“Esse decreto, que se tornou famoso, foi mais tarde
incorporada no "Corpus Juris Canonici":
“Os príncipes
alemães têm o direito de eleger o rei, que depois se torna imperador. Este
direito foi-lhes dado pela Sé Apostólica (…)”;
“O direito de
decidir se um rei assim eleito é digno das insígnias imperiais pertence ao
papa, cuja responsabilidade é ungí-lo, consagrá-lo, e coroá-lo (…)”;
“Se o papa considera
que o rei que foi eleito pelos príncipes é indigno das insígnias imperiais, os
príncipes devem eleger um novo rei, ou, se recusarem-se, o papa irá conferir a
dignidade imperial para outro rei, porque a Igreja é (…) uma patrona e defensora,
...”.
Excomungava quem não aceitava
as suas ideias, numa época que a superstição dominava, mais do que nunca a
Europa, e a Igreja era um refúgio salutar para o povo sofrido.
Debochou de São Francisco e
dos seus quando foram pedir reconhecimento em Roma, mas acabou aprovando a
Ordem Franciscana, não podia remar contra a maré.
Papa Inocêncio III é o
primeiro Papa que se conhece a adotar um Brasão d’Armas, mas nele tem um toque
que vale a pena ser destacado:
“As duas chaves
"decussadas", uma de jalde (ouro) e a outra de argente (prata) são
símbolos do poder espiritual e do poder temporal. E são uma referência do poder
máximo do Sucessor de Pedro, relatado no Evangelho de São Mateus, que narra que
Nosso Senhor Jesus Cristo disse a Pedro: "Dar-te-ei as chaves do reino dos
céus, e tudo o que ligares na terra será ligado no céu, e tudo o que desligares
na terra, será desligado no céu" (Mt 16, 19). Por conseguinte, as chaves
são o símbolo típico do poder dado por Cristo a São Pedro e aos seus sucessores”.
E mais:
“A tiara papal, usada como
timbre, recorda, pela simbologia da coroa, a Jurisdição (o poder régio ou
temporal) do papa sobre os territórios da Igreja”.
Nada a declarar.
Em sua tumba na Basílica de
São João de Latrão, a figura de Inocêncio III está portando uma Tiara e o que é
essa Tiara Papal?
“Tiara papal, Tríplice Tiara
ou Tiara Tripla (em latim: Triregnum, em italiano: Triregno e em francês:
Trirègne) é a "coroa papal, uma rica cobertura para a cabeça, ornamentada
com pedras preciosas e pérolas, que tem a forma de uma colméia, possui uma
pequena cruz no ponto mais alto, e também é equipada com três diademas
reais".
“As três coroas da Tiara tripla simbolizam, Pai de reis,
Pastor do mundo, Vigário de Cristo”, acho que não preciso dizer mais nada sobre
Plenitudo potestatis - A Plenitude do Poder – com essa descrição.
Vamos em frente...
A tumba de Inocêncio III na Basílica de São
João de Latrão.
Fim da Parte 3.
CONVERSANDO ALEGREMENTE SOBRE A HISTÓRIA.: O DIREITO DIVINO DOS REIS, A DOUTRINA DAS DUAS ESP...
CONVERSANDO ALEGREMENTE SOBRE A HISTÓRIA.: O DIREITO DIVINO DOS REIS, A DOUTRINA DAS DUAS ESP...: Cerimônia de Coroação do Servo de Deus Papa Pio XII, o Papa dos Papas. Doutrina das Duas Espadas do Papa Gelásio I. Gelásio I, o ...
89 - CONVERSA- O DIREITO DIVINO DOS REIS, A DOUTRINA DAS DUAS ESPADAS & PLENITUDO POTESTATIS ou A Plenitude do Poder. PARTE 2
Cerimônia de Coroação do Servo de Deus Papa Pio XII, o Papa dos Papas.
Doutrina das Duas
Espadas do Papa Gelásio I.
Gelásio I, o 49º Bispo de Roma
e Papa da Igreja Católica, que nasceu na África, em Cabília uma região montanhosa
do norte da Argélia e seu nome provém do árabe al-qabā'il ("as
tribos"), em algum dia e mês do ano de 400, que pontificou de 1 de março de
492 até 21 de novembro de 496, foi o mais prolífico escritor entre os primeiros
Papas.
Preocupado com o “Cesaropapismo”
- “Um Estado, uma Lei, uma Igreja” – do Imperador Anastácio I, Flavius
Anastasius e em greco: Φλάβιος Ἀναστάσιος, Augustus do Império Romano do
Oriente, de 11 de abril 491 até 9 de julho de 518, escreveu-lhe uma carta histórica
, a Duo Sunt, “ Há Dois”, tratando do Poder Espiritual e ao Poder Temporal,
vamos a um trecho:
"Há dois poderes, Augusto
Imperador, através dos quais se governa o mundo: a autoridade sagrada dos
Pontífices e o poder real”.
“Destes dois, é mais grave o
peso dos sacerdotes, pois estes deverão prestar contas na ocasião do julgamento
divino, inclusive pelos próprios reis da humanidade”.
“Na verdade, tu sabes, filho
clementíssimo, que em razão de tua dignidade, és o primeiro de todos os homens,
o Imperador do mundo; todavia sê submisso aos representantes da religião e
suplica-lhes o que é indispensável para tua salvação”.
“Com efeito, no que se refere
a administração dos sacramentos e a disposição das coisas sagradas, reconhece
que deves submeter-se a sua orientação [dos representantes da religião] e não
seres tu quem deva governá-lo, e assim nas coisas da religião deve submeter-se
ao julgamento deles e não querer que eles se submetam ao teu”.
“Ora, no tocante ao governo da
administração pública, os próprios sacerdotes, cientes de que o poder te foi
conferido pela vontade divina, obedecem às tuas leis, pois no que se refere as
coisas do mundo, não lhes agrada seguir orientação diferente”.
“Tanto mais, por acaso, não se
deve prestar obediência a cabeça da Sé Apostólica [fala aqui não só da Sé de
Roma, como do Romano Pontífice], a quem a mesma divindade quis que todos os
sacerdotes lhes fossem submissos e a veneração da Igreja sempre honrou como
tal?”.
“Como tua piedade sabe, nada
pode colocar-se, graças a recursos puramente humanos, acima da posição daquele
a quem o chamado de Cristo preferiu a todos os outros e a quem a Igreja
reconheceu e venerou sempre com o seu primado [Primazia papal]."
Fica claro que Gelásio I estabelece
a Primazia da Sé de Roma sobre a Igreja Universal, bem como do Papa, o Soberano
Pontífice, como a única ‘Cabeça da Igreja de Cristo na Terra”.
“A Primazia Papal, consiste na
suprema autoridade e poder do Bispo de Roma, na Santa Sé, sobre as diversas
Igrejas que compõem a Igreja Católica em seus ritos latino e orientais. Também
é conhecida como "primado do Pontífice Romano", "primado de
Pedro" e outras expressões correlatas. Ainda segundo a Tradição e crença
católica, o próprio Jesus Cristo estabeleceu o papado quando conferiu suas
responsabilidades e poderes ao apóstolo São Pedro. Logo, a Igreja Católica
aceita o Papa como o chefe universal da Igreja”.
Ou seja, porque pela Tradição a
Igreja de Roma considera que os Papas são sucessores do Apóstolo Pedro, baseados
no Evangelho de Mateus, capitulo 16, versículos 17 e 18:
Então, Jesus lhe afirmou:
Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to
revelaram, mas meu Pai, que está nos céus. Também eu te digo que tu és Pedro, e
sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não
prevalecerão contra ela.
Não existe fundamento Bíblico
para tal afirmação, logo...
“Na Carta Gelásio descreve que
o mundo é governado por dois poderes distintos e diferentes, divinamente
instituídos, cada um independente em suas próprias esferas, e igualmente
necessários para o funcionamento da sociedade, ou seja, a autoridade sagrada
dos Pontífices (auctoritas sacrata pontificum) e o poder dos reis (regalis
potestas)”.
“Assim o Papa Gelásio I
manifesta e respeita a autoridade e o poder do Imperador e dos governantes
seculares, mas também exige o mesmo, e foi assim até a chegada a Roma de Hildebrando,
o futuro Papa Gregório VII, que de forma radical decretou a sujeição de todos
os reis e imperadores a autoridade papal”.
A Doutrina das Duas Espadas do
Papa Gelásio I, um santo católico, mas para mim um excelente Homem da Igreja de
Cristo, foi deturpada por Hildebrando Gregório, como chamo o Papa Gregório VII,
como veremos.
É uma grande forçada de barra
usar o versículo 38 do capitulo 22 de Lucas que diz “Então, lhe disseram:
Senhor, eis aqui duas espadas! Respondeu-lhes: Basta!”(Palavra de Jesus) para
deturpar a Teoria ou Doutrina das Duas Espadas de Gelásio I, em relação aos
Soberanos, aos governantes.
Uma das mais ridículas
interpretações é essa:
Hildebrando Gregório, nome
pelo qual eu me refiro ao Papa Gregório VII, “na fase inicial da controvérsia
sobres as investiduras com Henrique IV, Imperador e Rei, lançou mão do
versículo em Lucas sobre apóstolos com espadas, já citado, bem como o texto de João,
capitulo 18, versículos 10 e 11, quando Jesus diz a Pedro, para guardar sua
espada na bainha, como versículos bases da sua interpretação para a “Doutrina
Duas Espadas”.
Os versículos em João, são:
18.10 Então, Simão
Pedro puxou da espada que trazia e feriu o servo do sumo sacerdote,
cortando-lhe a orelha direita; e o nome do servo era Malco.
18.11 Mas Jesus disse a Pedro: Mete a espada na
bainha; não beberei, porventura, o cálice que o Pai me deu?
Cavilosamente usava
Hildebrando Gregório da afirmação de que os Papas são sucessores diretos de
Pedro, e com isso enfatizava sua posição no campo secular, o que a meu ver nada
tem a haver, pois Deus concebeu duas autoridades distintas para governar a
Humanidade, uma espiritual e outra secular ou temporal, negar isso é negar os
ensinamentos bíblicos, e negar as Sagradas Escrituras, e Hildebrando Gregório, esse
Papa nefasto, negava em alto e bom som.
Queria ele, por que queria,
reter em suas mãos as espadas, tanto a espada espiritual, quanto a espada
temporal ou secular (gladius materialis), “afirmado que de forma voluntária
sedia essa última ao Imperador e Rei”.
Cavilação pura, “mas a
primeira formulação dessa interpretação é encontrada em Dictatus Papae 1075,
mais tarde, em Bernardo de Claraval”.
Repito:
“Desta forma, a Doutrina Duas
Espadas era o argumento frequentemente repetido do século 14 para o primado do
Papa contra o poder imperial”.
A dita Santa Sé ignorava por
ganancia dos homens totalmente o princípio bíblico de que toda autoridade é
estabelecida na Terra por vontade Divina, pela Vontade Permissiva do Deus e Pai
de nosso Senhor Jesus Cristo, que com Ele Vive e Reina na Eternidade.
Repito:
Sabe-se que a Igreja de Cristo
é Paulina, mas eles, para distorcer a realidade e com base no “Pedro tu es
pedra”, avocam para si a herança direta desse apostolo a encarnado na figura do
Papa/Bispo de Roma.
O mais engraçado e que até os católicos
afirmam a validade dos ensinamentos Paulinos, os ensinamentos de Paulo, o
Apostolo dos Gentios, não enfatizado nenhum grande ensinamento de Pedro, para o
desenvolvimento da Igreja, como veremos no Blog “Católicos na Rede” - https://catolicosnarede.wordpress.com
Os ensinamentos de São Paulo -
Professor Felipe Aquino
Quero meditar com você um
pouco daquilo que o Apóstolo Paulo deixou como ensinamento para nós, cristãos.
As treze cartas dele são a base para a teologia católica. Nas duas cartas que
ele escreveu para São Tito e São Timóteo, que eram bispos, deu todas as
direções de como deveria ser a Igreja. Essas direções até hoje a Igreja segue.
...
Mais, vamos abandonar
Hildebrando Gregório e seguir adiante.
Plenitudo
potestatis - A Plenitude do Poder.
Fim da parte 2
CONVERSANDO ALEGREMENTE SOBRE A HISTÓRIA.: O DIREITO DIVINO DOS REIS, A DOUTRINA DAS DUAS ESP...
CONVERSANDO ALEGREMENTE SOBRE A HISTÓRIA.: O DIREITO DIVINO DOS REIS, A DOUTRINA DAS DUAS ESP...: Coroação do rex romanorum PARTE 1 O DIREITO DIVINO DOS REIS, PROVÉRBIOS: 8.15 Por meu intermédio, reinam os reis, e o...
88- CONVERSA- O DIREITO DIVINO DOS REIS, A DOUTRINA DAS DUAS ESPADAS & PLENITUDO POTESTATIS ou A Plenitude do Poder. PARTE 1
Coroação do rex romanorum
PARTE 1
O DIREITO DIVINO
DOS REIS,
PROVÉRBIOS:
8.15 Por meu intermédio, reinam os reis, e os
príncipes decretam justiça.
8.16 Por meu intermédio, governam os príncipes,
os nobres e todos os juízes da terra.
Livro dos Provérbios um dos
livros sapienciais do Antigo Testamento da Bíblia e “tem como propósito ensinar
a alcançar sabedoria, a disciplina e uma vida prudente e a fazer o que é
correto, justo e digno”.
A maioria dos provérbios é de
autoria do Rei Salomão.
Os demais foram da lavra de Agur
(filho de Jaque, que viveu do reinado de Salomão até o de Ezequias, 13º Rei de
Judá) e de Lemuel (o rei de Massá, autor do capítulo 31) que contribuíram nas
últimas seções.
Considero o proverbio "Todo
homem prudente age com base no conhecimento" - Pv. 13.16 – como o básico
para uma vida construtiva e de acordo com a Santa Vontade do Criador.
Completando com “O homem sábio
é poderoso e quem tem conhecimento aumenta sua força…" -Pv. 24.5.
Salomão “transformou suas
experiências pessoais em conceitos simples para ajudar as gerações futuras “.
Não podemos nos esquecer dessa
passagem bíblica:
Em Gibeão, apareceu
o SENHOR a Salomão, de noite, em sonhos. Disse-lhe Deus: Pede-me o que queres
que eu te dê.
Respondeu Salomão: De grande benevolência
usaste para com teu servo Davi, meu pai, porque ele andou contigo em
fidelidade, e em justiça, e em retidão de coração, perante a tua face;
mantiveste-lhe esta grande benevolência e lhe deste um filho que se assentasse
no seu trono, como hoje se vê.
Agora, pois, ó
SENHOR, meu Deus, tu fizeste reinar teu servo em lugar de Davi, meu pai; não
passo de uma criança, não sei como conduzir-me.
Teu servo está no
meio do teu povo que elegeste, povo grande, tão numeroso, que se não pode
contar.
Dá, pois, ao teu servo coração compreensivo
para julgar a teu povo, para que prudentemente discirna entre o bem e o mal;
pois quem poderia julgar a este grande povo?
Estas palavras
agradaram ao Senhor, por haver Salomão pedido tal coisa.
Disse-lhe Deus: Já
que pediste esta coisa e não pediste longevidade, nem riquezas, nem a morte de
teus inimigos; mas pediste entendimento, para discernires o que é justo; eis
que faço segundo as tuas palavras: dou-te coração sábio e inteligente, de
maneira que antes de ti não houve teu igual, nem depois de ti o haverá.
Também até o que me
não pediste eu te dou, tanto riquezas como glória; que não haja teu igual entre
os reis, por todos os teus dias.
Se andares nos meus
caminhos e guardares os meus estatutos e os meus mandamentos, como andou Davi,
teu pai, prolongarei os teus dias.
I de Reis, capitulo
1, versículos de 5 a 14.
A sabedoria foi dada, bem como
por Salomão não ter seguido “os caminhos e seguido os estatutos” do Deus
Eterno, o Senhor visitou a sua descendência por gerações por causa da
iniquidade praticada, conforme o alerta, que ele deveria saber, que está em
Êxodo, capitulo 20, versículos 5 e 6:
Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque
eu sou o SENHOR, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos
filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem
e faço misericórdia até mil gerações daqueles
que me amam e guardam os meus mandamentos.
Até a Santa Encarnação de
nosso Senhor e Salvador Jesus de Nazaré, o Cristo do Rei Vivo, Rei dos Judeus
da Casa de Davi, que com seu Sacrifício Vicário nos remiu como, também, remiu
os pecados do Rei Salomão, seu antepassado ilustre.
Em resumo:
Salomão era sexualmente muito ativo, precisava de muitas
mulheres, além do que casava por conveniência diplomática, essas mulheres
traziam seus deuses, ele autorizava que fossem construídos templos para eles
serem adorados em solo da Terra Santa, com isso desagradou o Eterno, o Deus de
Abraão, Isaque e Jacó, e como Deus não mente, a sua descendência pagou pelos
seus erros.
As Dinastias europeias foram defenestradas da face de
seus países, perderam o Poder em seus países, exatamente pelo mesmo motivo, ou
seja, não honraram o mandato Divino que Deus lhes deu.
Mais, vamos aos fatos.
Comecei essa conversa com versículos ou ensinamentos do
capitulo 8 que falam sobre como Deus interveem na vida da Humanidade através de
seus representantes os Reis, e os Príncipes, os Nobres e os Juízes.
Aqui temos não só a base bíblica da Doutrina do Direito
Divino dos Reis, mas, também, a base para as ações dos príncipes dos povos, da
nobreza (a nobreza de espada ou mesmo a de Corte) e dos juízes (a nobreza de
Toga ou Robe) no contexto de um governo monárquico, de uma monarquia.
Com o reconhecimento de Pepino, o Breve, e sua Unção
(pela primeira vez em 751, em Soissons pelo Arcebispo de Mainz e pela segunda
vez pelo próprio Sumo Pontífice da Igreja Católica, em pessoa, Papa Estevão II,
em uma cerimônia na Basílica de Saint Denis em 754) ou seja, pela Igreja e pelo
Papado como Rei dos Francos, esse conceito foi estabelecido na forma do gratia
Dei ou Dei Gratia, usada por ele – Pepino- em todos os seus
documentos e proclamações.
Ainda, para mais embasar esse Conceito, a Igreja lançou
mão dos ensinamentos de Santo Agostinho, o mais importante dos Pais da Igreja,
em seu De Civitate Dei sobre o “Rei Justo” ou rex justus, o que fez com que fosse estabelecido, a priori, que
todo aquele que fosse escolhido por Deus e Ungido seria um Rei Justo, daí a
grande importância da Unção dos Reis com os Santos Óleos, por muitos chamados
de Crisma Real.
A De Civitate Dei, (A Cidade de Deus), é uma obra que
descreve o mundo, dividido entre o dos homens (o mundo terreno) e o dos céus (o
mundo espiritual).
Com Carlos Magno essa afirmação foi estendida para imperator deo coronatus, ou imperator a Deo coronandus,
ou Imperador coroado por Deus, e com isso a forma que ele empregou para
organizar seu Império aglutinava o Estado e a Igreja, consequentemente, a
Religião Cristã.
Com Otto I o Dei
Gratia foi incorporado nos documentos, nos selos, etc., do Império.
Para sacralizar mais a figura do Imperador na hora de sua
Unção como Rei da Alemanha, formalmente Rei dos Romanos - rex romanorum – eram ditas essas palavras por aquele que estava
sendo elevado a tal rango:
Nos divina favente
clementia rex Romanorum [...]
Wir,
durch die Gunst der göttlichen Gnade König der Römer [...]
Nós, pelo favor da
graça divina Rei dos Romanos [...]
Ficava, assim, mais do que
estabelecida a Relação entre Deus e o Soberano.
Entre o Soberano e a Nobreza
há uma relação especial de dependência, e vice-versa.
Explico:
a- Soberanos
eram eleitos por um Assembleias de nobres, de príncipes, dos principais dos
povos, assim ele dependia do reconhecimento, da aceitação, da aclamação, dessa Classe
que podemos considerar sendo como a nobreza, mesmo que seus membros não portem
Títulos Nobiliárquicos, sejam apenas guerreiros, notáveis ou sacerdotes;
b- Dinastia
Reais foram formadas para que as Coroas passassem de pai para filho, e os
notáveis dos Reinos aceitavam esse fato de bom grado (França, Portugal Rússia,
Inglaterra, etc.), sem precisar de usar do método eletivo como era o caso da
Polônia, ou mesmo do Sacro Império, até o advento da Dinastia dos Habsburgos;
c- Depois
de Ungidos, mesmo quando as Monarquias não estavam totalmente centralizadas no
Absolutismo Real (haviam grandes feudos como a Normandia, a Aquitânia, etc.), o
reconhecimento de Nobreza de uma família, ou de uma só pessoa, dependia do
Soberano, que ao reconhece-la, ou reconhece-lo, por ter recebido os Santos
Óleos, os sacralizava e eles passavam a ser dessa Ordem ou Classe Social, a
Nobreza. O que cumpria o ensinamento bíblico que está em Provérbios, capitulo
8, versículo 16; “Por meu intermédio, governam os príncipes, os nobres e todos
os juízes da terra”.
O juramento de vassalagem nada
mais é do que o ato cerimonial desse fato.
Agora, a Unção de um Soberano
era baseada no princípio da Unção do Rei Saul e do Rei Davi pelo profeta
Samuel.
Esse Conceito do Rei Sagrado
não foi criado pelo Cristianismo, nem tão pouco pelo Judaísmo, os povos da
Terra, inclusive os germânicos, já o tinha baseado nos seus deuses, e a
comprovação está na História dos monarcas egípcios, os Faraós, “que de acordo
com a mitologia egípcia, o próprio corpo do Faraó era divino, já que o seu
sangue teria origem no seu antepassado mítico, o deus Hórus”, portanto creio
que não há nenhuma dúvida sobre isso, pois não?
Apesar da Igreja Católica
durante séculos não permitir o estudo da Bíblia, ela fazia uso das Sagradas
Escrituras para embasar seus ensinamentos e posturas sobre os Soberanos,
inclusive sobre as atribuições do Papa/ Bispo de Roma, o que era geralmente bem
aceito pelos líderes dos povos e por eles adaptados as suas realidades.
Data Venia menos os casos
enquadrados na Controvérsia das Investiduras, casos esses que não tinham nenhum
embasamento bíblico, mas eram baseados na ganancia dos homens, na chamada
Doutrina da Igreja.
Eu não concordo com a Doutrina
da Igreja, pois ela parte de ideias de homens, me explico:
A Tradição, seja ela
oral ou escrita, é interpretada e aprofundada progressivamente pelo Magistério
da Igreja Católica, que deve ser obedecido e seguido pelos católicos.
Isto porque o
Magistério é a função de guardar, interpretar, transmitir e ensinar a Tradição,
que é própria da autoridade da Igreja, mas mais concretamente do Papa e dos
bispos unidos ao Papa.
Ao acreditar que as
Tradições oral e escrita "devem ser recebidas e veneradas com igual
espírito de piedade e reverência", a Igreja
defende que as suas verdades de fé não estão só contidas na Bíblia e
que a própria Bíblia só pode ser verdadeiramente interpretada e vivida no seio
da Igreja Católica.
Ai esta sublinhada por mim o
porquê não creio na Doutrina da Igreja, pois para mim a Bíblia é meu condigo de
conduta, o código de conduta dado ao Cristão para viver plenamente um
relacionamento com Deus, só a Bíblia é válida.
Sola scriptura - "somente
a Escritura"- única regra de Fé e
conduta para o cristão, e nada mais.
Voltemos:
Os da Idade Media ainda
lançaram mão do que está em Romanos, capitulo 13, versículos de 1 a 5:
Todo homem esteja
sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de
Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas.
De modo que aquele que se opõe à autoridade
resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmo
condenação.
Porque os
magistrados não são para temor, quando se faz o bem, e sim quando se faz o mal.
Queres tu não temer a autoridade? Faze o bem e terás louvor dela, visto que a
autoridade é ministro de Deus para teu bem. Entretanto, se fizeres o mal, teme;
porque não é sem motivo que ela traz a espada; pois é ministro de Deus,
vingador, para castigar o que pratica o mal.
É necessário que lhe estejais sujeitos, não
somente por causa do temor da punição, mas também por dever de consciência.
Dois pesos, duas medidas, para
certos casos vale a Tradição, ensinamentos que não estão “contidos na Bíblia”, mas para outros, vale o que reza nas
Sagradas Escritural.
É de pasmar.
O Mais estranho é que eles não
reconheciam a autoridade do Soberano, apesar do “não há autoridade que não
proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas”,
portanto negavam um ensinamento Paulino, e criavam uma Tradição totalmente fora
da realidade do Divino, para assim dar vasão as suas paixões pelas riquezas e
Poder.
Os Protestantes usaram desse princípio
Paulino, entre outros, na convecção da Confissão de Fé de Westminster.
Os homens reunidos na
Assembleia de Westminster, entre 1643 e 1649, que sob a orientação do Espirito santo,
escreveram na Confissão de Fé de Westminster:
DO MAGISTRADO
CIVIL:
I. Deus, o Senhor e Rei de todo o mundo,
ordenou o magistrado civil para estar sob Ele e sobre o povo, e isto para Sua
própria glória e para o bem público; e, para este fim, o armou com o poder da
espada, para defesa e encorajamento daqueles que são bons e para a punição dos
malfeitores (Rm 13:1-4; 1Pe 2:13,14).
II. É lícito aos cristãos aceitar e
exercer o ofício de magistrado, quando para ele é chamado (Pv 8:15,16; Rm
13:1,2,4); e, em sua administração, devem especialmente manter a piedade, a
justiça, e a paz segundo as justas leis de cada nação (Sl 2:10-12; 1Tm 2:2; Sl
82:3,4; 2Sm 23:3; 1Pe 2:13); e para este fim, eles podem agora, sob o Novo
Testamento, fazer guerra, havendo ocasiões justas e necessárias (Lc 3:14; Rm
13:4; Mt 8:9,10: At 10:1,2; Ap 17:14,16).
III. Os magistrados não podem assumir
para si a administração da Palavra e dos sacramentos ou o poder das chaves do
Reino do Céu (2Cr 26:18 com Mt 18:17 e Mt 16:19; 1Co 12:28,29; Ef 4:11,12; 1Co
4:1,2; Rm 10:15; Hb 5:4); mas, ele tem autoridade, e é o seu dever, fazer com
que a paz e a unidade sejam preservados na igreja, que a verdade de Deus seja
mantida pura e inteira; que todas as blasfêmias e heresias sejam suprimidas;
todas as corrupções e abusos do culto e da disciplina sejam impedidos ou
reformados; e todas as ordenanças de Deus sejam devidamente estabelecidas,
administradas e observadas (Is 49:23; Sl 122:9; Ed 7:23,25-28; Lv 24:16; Dt
13:5,6,12; 2Rs 18:4; 1Cr 13:1-9; 2Rs 23:1-26; 2Cr 34:33; 2Cr 15:12,13). Para
uma melhor eficácia destas coisas, ele tem poder para convocar sínodos, estar
presentes neles, e providenciar para que o que quer que tenha sido decidido
neles esteja de acordo com a mente de Deus (2Cr 19:8-11; 2Cr 29 e 30; Mt
2:4,5).
IV. É dever das pessoas orar pelos
magistrados (1Tm 2:1,2), honrar as suas pessoas (1Pe 2:17), pagar-lhe tributos
e outros impostos (Rm 13:6,7), obedecer às suas ordens legais e sujeitar-se à
sua autoridade, e isto por amor a consciência (Rm 13:5; Tt 3:1). Incredulidade
ou indiferença de religião não anula a justa e legal autoridade do magistrado,
nem absolve o povo da obediência que lhe deve (1Pe 2:13,14,16), obediência de
que não estão isentos os eclesiásticos (Rm 13:1; 1Rs 2:35; At 25:9-11; 2Pe
2:1,10,11; Jd 8-11). Muito menos o Papa tem qualquer poder ou jurisdição sobre
os magistrados dentro dos domínios deles ou sobre qualquer um do seu povo; e
muito menos tem o poder de privá-los dos seus domínios ou vidas, por julgá-los
hereges ou sob qualquer outro pretexto (2Ts 2:4; Ap 13:15-17).
ALELUIA.
GLORIA A DEUS.
Chamo
atenção para, o nem o “Papa tem qualquer poder ou jurisdição sobre os
magistrados dentro dos domínios deles ou sobre qualquer um do seu povo”, o povo
aqui é o de Deus, logo o Poder Divino dos Reis, por mais anacrônico que hoje
possa parecer, era naquela época uma realidade que tinha que ser respeitada
pela Humanidade, a começar por aquele que dizia e diz ser o Vicário de Deus na
Terra.
E
mais:
Até
hoje, nos nossos dias, não resta a menor duvida de que as autoridades
que estão no mundo são frutos da Vontade Permissiva de Deus.
E nada mais.
Se ela, a autoridade, é
corrupta, Deus não tem nada com isso, pois a natureza do Homem é corrupta e
essa pessoa está dando vazão a ela, a sua natureza.
Continuemos...
FIM DA PARTE 1
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