sábado, 13 de dezembro de 2014

61- CONVERSA- La conspiration de Chalais A Conspiração de Chalais. Parte I

Henri de Talleyrand, Conde de Chalais

(1600-1626)

La conspiration de Chalais
A Conspiração de Chalais.
Henri de Talleyrand, Conde de Chalais
(1600-1626)

Estudo sob a direção do Professor Saupin, uma especialista história moderna.
Tradução livre realizada por esse autor.

Nascido com seu século, o Conde de Chalais é o caçula de três filhos. 
Seu pai, Daniel de Talleyrand - Périgord, o terceiro a portar o título de Príncipe de Chalais, bem como Conde de Grignols e Marquis d'Excideuil; ele foi nomeado Conselheiro de Estado em 1613 e foi capitão de um grupo de cem homens de armas. 
Sua mãe, Jeanne-Françoise de-Lasseran Massencôme, é filha do segundo casamento de Blaise de Montluc, Marechal de França, e de Isabeau de Beauville.

Observação de minha lavra:  Blaise de Lasseran-Massencôme, seigneur de Montluc, que serviu a cinco Reis de França - Francisco I, Henrique II, Francisco II, Carlos IX e Henrique III, tornando-se famoso durante as guerras italianas e guerras religiosas e foi elevado à dignidade de Marechal de França em 1574, Tenente-general de Guyenne (1501-1577), cavaleiro da Ordem de St. Michael, de uma das famílias mais antigas de Biscaia, ramo da Casa de Montesquiou, cujas origens são comprovadas a partir do século IX, “ que produziu três Marechais de campo , um Almirante , um Cardeal , um Arcebispo , quatro Generais , quatro Bispos , vários ministros, diplomatas e inúmeros homens e mulheres de letras, inclusive Pierre de Montesquiou d'Artagnan, Conde d'Artagnan e, mais tarde Conde de Montesquiou, Marechal de França, o mosqueteiro d'Artagnan imortalizado por Alexandre Dumas, pai, em sua obra “Os Três Mosqueteiros”.
Isabeau de Beauville, era filha de Francois de Beauville e de Claire de Laurens.

Os "de Montesquiou-Fezesensac d'Artagnan” estão representados hoje no Senado de Aymeri Francis André Philippe de Montesquiou, reconhecido como Marquês de Montesquiou-Fezensac e Duque de Fezensac.
A nobreza, querendo ou não, se perpetua em meio a corrupta Republica.
Continuemos com o estudo do Professor Saupin:
O casamento de Daniel de Talleyrand, e Jeanne-Françoise em 1587 garante sua prole da ancestralidade mais ilustre. Seu segundo filho, Henry, o futuro Conde de Chalais, nascido final 1599, foi o mais favorecido pela atenção maternal. 
Sua mãe, em agosto de 1626, quando ele escreveu ao Rei para salvar seu filho, teve o cuidado de recordar o lugar que ele tinha ocupado com ele [ o Rei]: “ Eu lhe dei ele com oito anos”. (Entrou não serviço do Rei como pajem, observação e grifo meu).
É na comitiva ou entourage do jovem monarca que ele vai passar seus primeiros anos. Sua mãe sacrificará uma grande parte do patrimônio da família para comprar o cargo de maître de la garde-robe du roi sous Louis XIII. (Mestre do guarda-roupa sob Luís XIII).
Com isso, ele se firma como um familiar de Luís XIII, crescendo dentro da intimidade real, como os favoritos e os Príncipes de Sangue.
O casamento de Henrique teve lugar em 1623. Casou-se com uma jovem viúva, Charlotte de Castille, que havia perdido um ano antes de seu marido, o Conde de Charny, com quem havia casado em 1621. Ela era a filha mais nova Pedro de Castela e Charlotte Jeannin.
Os Castilles eram muito ricos porque tinham sido importantes mercadores de seda na rue St Denis, em Paris.
Hoje a rue Saint Denis é considerada uma das mais antigas ruas de Paris, em atuação desde o século I, e foi aberta como via ou estrada pelos romanos.
Ampliada na Idade Média.
Vai da rue de Rivoli, no sul, ao Boulevard Saint-Denis norte. Ela é paralela ao Boulevard de Sebastopol e da rue Saint-Martin.
Charlotte Jeannin era a filha mais velha de Pierre Jeannin, Presidente do Parlamento de Dijon, Conselheiro e Embaixador Especial Henrique IV.
Os Jeannin, também, tinham um vasto patrimônio, pois seus ancestrais eram comerciantes, sendo que o pai de Pierre Jeannin, Presidente do Parlamento de Dijon, era curtidor na cidade de Autun. (Proprietário de curtume).
O casamento com a rica viúva, de uma das mais conceituadas famílias da nobreza de Toga, foi muito proveitoso para Chalais.
(Afinal ele ficou rico, pois sua mãe havia comprometido todo o patrimônio familiar por causa dele. Observação minha).
No entanto, há o rumor pela voz do Tallemant Réaux de que ela era uma mulher bastante promíscua. (Gédéon Tallemant des Réaux, escritor das Historiettes, nascido em La Rochelle, 2 de outubro 1619, falecido em Paris, 10 de novembro 1692, escritor e poeta francês).
Jean-Marie Constant revela as palavras de uma famosa “chansonnette” (Cançoneta) feita em honra de Chalais, no dia de seu casamento:
Pontgibault se vante
D’avoir vu la gente
De la comtesse d’Alais
Qui aime fort les balets
Et dit qu’elle est plus charmante
Que celle de la Chalais.

É uma cançoneta obscena, que fala das partes e do fogo da Condessa d’Alais e da nova Madame de Chalais.
Fim do estudo do Professor Saupin.

Isso acaba em duelo com Pontgibault, um parente de Henri de Schomberg, Conde de Nanteuil-le-Haudouin e de Durtal, Duque d'Alluyn, Grand maître de l'artillerie de France, Maréchal de France, gouverneur du Languedoc, contudo não tomou posse desse cargo, pois morreu de apoplexia, por seu casamento com Anne de La Guiche, e o matou.
Henri de Talleyrand-Périgord, Conde de Chalais era valente e bom espadachim esse nosso anti-herói, tanto que em 1621 se destacou lutando no " Cerco de Montauban”.
Henri de Talleyrand-Périgord, Conde de Chalais, era romântico, um pouco confuso, com um caráter muito versátil, e o pior, apaixonado a ponto de dizer em seu julgamento que o que fez ‘fez por amor’, amor aquém?
A uma leviana chamada Marie Aimée de Rohan, conhecida como a Duquesa de Chevreuse ou duchesse de Chevreuse, que o envolveu na terrível Conspiração que levou seu nome, A Conspiração de Chalais.
Antes...
Fim da Parte I

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