terça-feira, 26 de julho de 2016

Algarve ou Algarves um pedacinho do paraíso a beira mar plantado.


Algarve, Algarves, um pedacinho do paraíso a beira mar plantado.

 “ O topónimo Algarve (pronúncia [aɫˈɡaɾv(ɨ)) tem origem na expressão árabe الغرب (al gharb) que significa "o oeste", "o ocidente". De fato, a expressão completa era "al-Gharb al-Ândalus" nome atribuído ao atual Algarve e ao baixo Alentejo durante o domínio muçulmano, significando "Andaluz Ocidental", pois era a parte ocidental da Andaluzia muçulmana”.

“O Algarve é uma região no extremo sul de Portugal continental, com 5 412 km² e constitui uma das regiões turísticas mais importantes da Europa”.
“ O seu clima é temperado, caracterizado por invernos amenos e curtos e verões longos e quentes, com isso suas praias com águas tépidas são permanente fonte de prazer aos turistas que ali buscam seu lazer”.
“ Suas paisagens naturais são um descanso para os olhos daqueles que vivem agitadamente nas grandes e poluídas metrópoles mundiais”.
“ Seu património histórico, além da exposição consciente de sua etnografia, ou seja, de seus costumes, crenças, e tradições, enriquece a cultura do visitante que no Algarve busca refúgio, que busca no pedacinho do paraíso a beira mar plantado abstrair-se de seu atarefado dia a dia ”.
“ Sua deliciosa gastronomia faz do Algarve um dos centros gastronômicos mais importante do mundo”.
“O Algarve foi a última porção de território de Portugal a ser definitivamente conquistada aos mouros, conquista está realizada durante o reinado de D. Afonso III, apelidado de "o Bolonhês" por seu casamento com Matilde II, Condessa de Bolonha, Rei de Portugal de 4 de fevereiro de 1248, até sua morte em 16 de fevereiro de 1279. Foi o primeiro monarca português a utilizar o título de Rei de Algarve, isso a partir de 1249, o utilizando até sua morte”.
Os primórdios:
 “ Na época pré-romana era habitado pelos cónios, um povo tribal de filiação linguística e étnica celta, cujo território incluía toda a atual região e ainda o Sul do atual distrito de Beja”.
O Império Romano dominava a Europa, o Oriente Médio, alhures, o que fazia dele a maior potência mundial a época, e as terras dos cónios não ficou imune a cobiça desse povo conquistador.
“ No ano 141 a.C., os cónios revoltaram-se contra os romanos, mas foram derrotados, e com essa derrota foram integrados definitivamente no Império Romano”.
“ Os romanos eram liderados por Quinto Fábio Máximo Serviliano (em latim: Quintus Fabius Maximus Servilianus), membro da Gens Fábia – os Máximo- que na Guerra Lusitana comandava duas legiões, trezentos ginetes númidas e uma dezena de elefantes, um total de 16 000 soldados e 1 600 cavaleiros”.
Foi ele que derrotou o celebre Viriato, mas “ negociou um tratado com esse, pelo qual os lusitanos poderiam manter as terras que ainda possuíam e Viriato seria reconhecido como líder inconteste do povo, amigo e aliado de Roma”,
 “ O Algarve, então denominado Cyneticum (Cinético), fez parte do Império Romano, integrando primeiro a província da Hispânia Ulterior e, mais tarde, a província da Lusitânia, isso durante mais de 600 anos, e por isso teve um desenvolvimento cultural e económico significativo nos campos da agricultura, pesca e manufatura ”.
Depois do Edito de Milão de 313 d. C. – doado pelo Imperador Constantino ao Império Romano e ao Mundo - é que se tem registro de conversões ao nascente Cristianismo, todavia uma parte da população se manteve fiel as religiões pagãs durante mais alguns séculos.
O Algarve foi conquistado pelos chamados povos bárbaros (vândalos, alanos, suevos e depois visigodos), e no ano de 552, foi conquistado pelo Imperador Justiniano I, Basileu (Βασιλεύς) do Império Bizantino.
“O Algarve foi conquistado com a Invasão muçulmana da península Ibérica em 715 d.C., e durante mais de cinco séculos (c. 715–1249) esteve sob o domínio dos islamitas.
A maioria da população se converteu ao Islão, mas uma parte denominada de os moçárabes (do árabe مستعرب musta'rib, "arabizado") permaneceu cristã.
 “ As regiões espanholas e portuguesas outrora conhecidas por al-gharb al-Andalus (em árabe: الغرب الأندلس) eram o mais importante centro muçulmano da época da "Hispânia Islâmica", sendo assim o centro islâmico da cultura, ciência e tecnologia”.

O Reino de Portugal e Algarve, depois o Reino de Portugal e dos Algarves

“Nessa altura, a principal cidade da região era Silves, que, quando foi conquistada pelo Rei D. Sancho I, e era 10 vezes maior e mais fortificada que Lisboa”.
 “ Segundo alguns documentos históricos, a conquista definitiva do Algarve aos mouros foi feita de forma relativamente pacífica”.
No entanto, Afonso X, "o Sábio", Rei de Castela, tinha pretensões sobre o Algarve. Em 16 de Fevereiro de 1267, depois de muitas disputas, foi assinado o Tratado de Badajoz pelo qual foi reconhecido o domínio do Rei de Portugal sobre o Algarve, e foi dada em casamento a Dom Afonso III a Infanta Dona Beatriz de Castela, filha do Rei Castelhano, e futura mãe de Dom Dinis I, o "Rei Lavrador" e "Rei Poeta".
O Algarve era um domínio do Rei de Portugal, nunca constituiu um Reino independente – como a Escócia e a Irlanda no Reino Unido encabeçado pela Inglaterra - porem curiosamente a Titularidade dos Soberanos portugueses sempre se referiu a ele- o Algarve – como um reino, tanto que o Título de Dom Afonso III foi estabelecido como Sua Mercê, El-Rei de Portugal e do Algarve.
Titularidade dos Reis de Portugal:
Com a tomada de Silves, cidade importantíssima, em 1189, Dom Sancho I, segundo Rei de Portugal, apelidado de Sancho, o Povoador, quinto filho de Dom Afonso Henriques, assumiu os seguintes Títulos:
1-      Pela Graça de Deus, Rei de Portugal e de Silves (Dei Gratiae, Rex Portugaliae & Silbis);
2-     Pela Graça de Deus, Rei de Portugal, de Silves e do Algarve (Dei Gratiae, Rex Portugaliae, Silbis & Algarbii)
Com a retomada pelos os do Islão voltou ao Pela Graça de Deus, Rei dos Portugueses (Dei Gratiae, Rex Portugalensium), uma Titularidade usada por D. Afonso II, D. Sancho II e D. Afonso III.
Em 1267, Dom Afonso III assume o Pela Graça de Deus, Rei de Portugal e do Algarve (Dei Gratiae, Rex Portugaliae & Algarbii).
A partir do reinado de Dom Afonso V, apelidado de "o Africano" por suas conquistas na África, decimo segundo Rei de Portugal, no ano de 1471, com a conquista de Arzila e Tânger e elevação do senhorio do Norte de África à condição de Reino d'Além-Mar, a titularidade passou a ser: "Pela Graça de Deus, Afonso V, Rei de Portugal e dos Algarves, d'Aquém e d'Além-Mar em África".
Vemos aqui a mudança de Algarve para Algarves.
Um quadro:
Portugal continental debilitado, dominado pelos ingleses posicionados contra os Bragança, a sede da Monarquia no Rio de Janeiro, a Rainha louca, um Príncipe-Regente sábio querendo defender os interesses de sua Dinastia, os de Bragança, no Congresso de Viena ( conferência entre embaixadores das grandes potências europeias que aconteceu na capital austríaca, entre 1º de outubro de 1814 e 9 de junho de 1815, cuja intenção era a de redesenhar o mapa político do continente europeu após a derrota da França napoleônica na primavera anterior), sendo o embaixador extraordinário e plenipotenciário de Sua Majestade Fidelíssima o senhor Dom Pedro de Sousa Holstein, então Conde de Palmela, futuro primeiro Duque de Palmela.  
O Conde de Palmela fazia das tripas corações para que os interesses de sua Soberana fossem ouvidos, e recorreu a Charles-Maurice de Talleyrand-Périgord, o celebre Príncipe de Talleyrand, que fora Chanceler de Napoleão Bonaparte, e que agora era Primeiro-Ministro da França sob Luís XVIII depois da restauração francesa.
O Príncipe de Talleyrand sugeriu a Palmela a elevação do Brasil à condição de reino unido a Portugal e Algarves, e assim foi feito, surgindo então o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves em 16 de dezembro de 1815, instituição jurídica rapidamente reconhecida por outras nações
Sua Majestade Fidelíssima a senhora Dona Maria I passa então a ostentar o magnifico Título Pela Graça de Deus, Rainha do Reino Unido de Portugal, Brasil e dos Algarves, d'Aquém e d'Além-Mar em África, Senhora da Guiné e da Conquista, Navegação e Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia, etc.
Essa Titularidade, também, foi usada pelo senhor Dom João VI até 1825, mas modificada em consequência da Independência do Brasil, por carta de lei de 15 de novembro de 1825.
Passou Dom João VI a envergar o Pela Graça de Deus, João, Imperador do Brasil, e Rei do Reino Unido de Portugal e dos Algarves, d'Aquém e d'Além-Mar em África, Senhor da Guiné e da Conquista, Navegação e Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia, etc..
Seu filho e sucessor, Dom Pedro I & IV, foi Por Graça de Deus e Unânime Aclamação dos Povos, Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil, Rei de Portugal e dos Algarves, d'Aquém e d'Além-Mar em África, Senhor da Guiné e da Conquista, Navegação e Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia, etc..
Sua filha e sucessora a senhora Dona Maria II foi Pela Graça de Deus, Rainha de Portugal e dos Algarves, d'Aquém e d'Além-Mar em África, Senhora da Guiné e da Conquista, Navegação e Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia, etc..
A Titularidade de Dona Maria II, com seu marido Dom Fernando, foi usada pelos senhores Dom Pedro V, Dom Luís I, Dom Carlos I, Dom Manuel II, esse último soberano de Portugal e dos Algarves, já que a Republica foi proclamada em 5 de outubro de 1910.
Mais pouco me importa se Algarve ou Algarves, pois o que se sabe é que é um pedacinho do paraíso a beira mar plantado que é o nosso querido Portugal. 

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Bairro de Botafogo na Muy leal e Heroica Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro.

Botafogo

Nesse momento em que toda Cidade do Rio de Janeiro discute sua preservação, nós da AMAB não poderíamos deixar de estar no centro dessa discussão em relação a preservação do que restou do nosso vastíssimo patrimônio arquitetônico, paisagístico, histórico e cultural.
Afinal, a história dessa cidade pode ser contada - se não inteiramente, mas em grande parte - através dos fatos históricos que tiveram origem em Botafogo.
Sabemos que muito de sua arquitetura já se perdeu pela ganância da especulação imobiliária, no entanto, para que no futuro nossos filhos e netos ainda tenham a chance de conhecer alguns desses exemplares arquitetônicos que contam a história dessa cidade, vamos lutar para que Botafogo seja, ainda que tardiamente, PRESERVADA.
A história do bairro de Botafogo se confunde com a própria história da fundação da Cidade do Rio de Janeiro em 1565. O Rio de Janeiro começou em Botafogo, quer dizer, no morro Cara de Cão, onde hoje está localizada a fortaleza de São João, já que na época não existia a Urca.
Quatro meses depois da fundação, Estácio de Sá, resolveu demarcar os limites da Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro e doou, como era costume na época, a seu amigo Francisco Velho, que também tinha ajudado na fundação do Rio, terras que iam do morro da Viúva ao da Babilônia, e da Enseada de Botafogo à Lagoa.
Mas o bairro acabou sendo batizado em 1590, quando Antônio Francisco Velho vendeu suas terras para um amigo, João Pereira de Souza Botafogo.
A partir de 1680 surge uma das figuras centrais da história de Botafogo, o padre Clemente de Matos. A propriedade de Clemente abrangia quase todo o bairro. A frente da chácara dava para a praia de Botafogo e ocupava uma área que ia da atual Rua Voluntários da Pátria até a Marques de Olinda e se estendia até a Lagoa Rodrigo de Freitas.
Na grande chácara, o padre Clemente cultivava anileiras. Á noite, o lugar era praticamente deserto, nessa época, o Rio era iluminado por lamparinas com azeite de baleia.
Até o início do século XIX, o bairro era praticamente despovoado e considerado uma área rural. Um oficial russo que aqui esteve descreveu-o como "uma obra-prima da natureza". De um lado, o mar. De outro, as montanhas.
Mas a chegada a Família Real à cidade, em 1808, mudou a vida do Rio. Na verdade, mudou mesmo a vida de Botafogo.
Quando chegou ao Brasil, dona Carlota Joaquina - a esposa de D. João VI - escolheu um terreno em Botafogo para construir sua mansão. Carlota Joaquina gostava de andar à cavalo vestindo calças - um escândalo para a época. Suas cavalgadas prolongavam-se até a Lagoa.
Sua mansão ficava de frente para a praia, na esquina com o Caminho Novo - atual Marquês de Abrantes.

Nota: Essa casa foi comprada por Miguel Calmon du Pin e Almeida, Visconde com grandeza e depois Marquês de Abrantes, (Santo Amaro da Purificação, Bahia, 23 de outubro de 1796 — Rio de Janeiro, 13 de setembro de 1865), filho de José Gabriel Calmon de Almeida e de Maria Germana de Sousa Magalhães. Em 1821, formou-se em Direito pela Universidade de Coimbra.
Casou-se com Maria Carolina de Piedade Pereira Baía, filha do Barão do Meriti, que dava as mais belas festas do Império em sua casa na Glória.  
Os Marqueses de Abrantes, a exemplo do pai e do sogro, passaram a dar as mais extraordinárias festas, e outros eventos, no solar de Botafogo, inclusive contando com a presença da Família Imperial.
Minha lavra – Jorge Eduardo Garcia
Voltemos:  
A presença de Carlota Joaquina imprimiu um novo estilo ao bairro. Botafogo se valorizou e suas terras começaram a ser disputadíssimas.
De bairro rural, transformou-se no local preferido pelos nobres e também pelos comerciantes ingleses que procuravam Botafogo para fixar suas belas residências. Tanto que o bairro ganhou o apelido de Green Lane. "O Rio é Botafogo, o resto é a cidade indígena, a cidade negra", descreveu o escritor Lima Barreto em seu livro Vida Urbana.
A enseada era tomada por regatas promovidas pelo Marquês de Abrantes. Os barcos partiam da fortaleza de São João e o ponto de chegada era o solar do nobre, localizado na avenida Praieira. Da varanda o marquês assistia à competição, junto com seus convidados e membros da Família Real ( da Família  Imperial) . Lá estavam figuras históricas como o Almirante Tamandaré e o Almirante Barroso.
A urbanização foi chegando devagar. Em 1847, as ruas foram tomadas por carros de duas rodas e capota puxados por animais. Vieram também as diligências e, mais tarde, o bonde de tração animal da Companhia Jardim Botânico. Em 1854, o abastecimento de água começou a funcionar e seis anos depois, a iluminação a gás veio substituir as lamparinas de óleo de baleia. Em 1888 foi fundado um enorme depósito de gás na Rua Ana, atual Jornalista Orlando Dantas, com capacidade para cinco mil litros de gás.
O desenvolvimento avançava. Em 1870, na praia também funcionava a fábrica de produtos químicos de Aleixo Gary & Companhia. Os trabalhadores da empresa, contratada para fazer a coleta do lixo na rua, usavam uniformes com a inscrição "Gary". Foi aí que começaram a ser chamados de gari, palavra que acabou se tornando um nome para a profissão de lixeiro.
Foi na primeira metade daquele século que as ruas começaram a definir os contornos do bairro. Antes, Botafogo tinha apenas o Caminho do Berquó - hoje a Rua General Polidoro -, o Caminho de Copacabana - atual Rua da Passagem -, a Praia de Botafogo e a São Clemente, que cortava o bairro. Pouco a pouco, outras ruas começaram a surgir. O processo era sempre o mesmo: as ruas eram abertas pelos proprietários das chácaras e, depois doadas ao Município. Em 1825, foi aberta a Rua Voluntários da Pátria. No começo era sem saída, só em 1870 é que a companhia de bondes Garden Rail Road prolongou a rua até o Humaitá.
O lugar mais nobre continuava sendo a Rua São Clemente, onde moravam todos os barões do café (e grandes burgueses). Na Voluntários da Pátria, estabeleciam-se os pequenos nobres e comerciantes.
Na década de 1850, surgiram as Ruas Dona Mariana, Sorocaba e Delfim, que mais tarde foi rebatizada de Paulo Barreto em homenagem ao escritor João do Rio. Havia ainda a rua do "Lá vai um": era a Venceslau Brás, chamada assim porque ficava justamente entre o hospício Pedro II, onde hoje funciona a UFRJ e o asilo Santa Teresa.
Inaugurado em 1852, o Cemitério São João Batista é um marco na história do Rio de Janeiro. Foi um dos primeiros cemitérios sem distinção de classes. Escravos e pobres eram enterrados em cemitérios de covas rasas. Nobres e ricos, em cemitérios particulares. Já os religiosos nas igrejas. O primeiro enterro no São João Batista contou coma presença de Evaristo da Veiga, José de Alencar, Benjamim Constant e Raul Pompéia. A igreja mais antiga de Botafogo foi a Matriz de São João Batista, construída em 1831 e doada à igreja por Joaquim Batista Marques de Leão. Já a Igreja da Imaculada Conceição do Sagrado Coração de Jesus, na Praia de Botafogo, foi erguida em 1892 com suas torres em estilo gótico.
Já na metade do século XIX, o bairro ganhou colégios, clínicas, casas de pasto e um comércio. Botafogo nesse século também já tinha suas Casas de Saúde. A primeira foi a do Dr. Peixoto, na Rua Marques de Olinda, que mais tarde foi rebatizada de Dr. Eiras. O primeiro colégio foi o Imaculada Conceição, logo seguido pelo Colégio Santo Inácio, na Rua São Clemente e pelo antigo Andrews, na Praia de Botafogo. O primeiro clube foi o Guanabarense, fundado em 1870. O Clube Botafogo, foi fundado duas vezes. Primeiro surgiu o Club de Regatas Botafogo em 1894, graças às regatas na enseada, depois em 1904, nasceu o Botafogo Football Club. No começo o campo era improvisado num terreno baldio da Rua Conde de Irajá. A união dos dois clubes só aconteceu em 1942, sob ao nome de Botafogo de Futebol e Regatas.
Na Praia de Botafogo foi fundado, em 1909, o Automóvel Clube. Aliás, o primeiro automóvel trazido para o Brasil, um enorme carro a vapor, teve suas primeiras demonstrações por ali, na praia. Até que numa destas, acabou explodindo. Mas por volta de 1903 e 1904, os ricos e excêntricos já davam suas voltas motorizadas pelo bairro. Conta-se que a primeira batida de carro do Brasil aconteceu em Botafogo. Mais precisamente na Rua da Passagem, envolvendo o escritor Olavo Bilac.
Se antes Botafogo era local de nobres, a partir de 1900 também passou a ser habitado por operários, biscateiros e artesãos, funcionários públicos e militares, comerciantes e profissionais liberais. Ao invés dos enormes casarões, as habitações coletivas se tornaram a marca do bairro. A obra do escritor Aluísio Azevedo - O Cortiço - se passa justamente numa vila da Rua Assunção. Já os mais abastados, moravam nas vilas, outra característica do bairro. Entre 1925 e 1930 surgem as Ruas Barão de Lucena e Guilhermina Guinle. Nessas ruas, inexistiam vilas pois uma lei municipal já havia proibido a construção das mesmas em Botafogo. Começam a surgir pequenos prédios, de no máximo quatro andares.

Nota: O Edifício Leonam, Rua São Clemente, 2333, foi o primeiro arranha-céu de 8 andares, construído na aristocrática rua pelo português Manoel Ferreira de Oliveira e sua esposa, dona Odette Garcia de Oliveira.  
Minha lavra – Jorge Eduardo Garcia
Voltemos:  
O crescimento de Copacabana e do Jardim Botânico provocaram uma verdadeira explosão no comércio e nos serviços de Botafogo. Os moradores desses novos bairros tinham que ir até Botafogo por causa dos hospitais, escolas e mercados, e, retornavam às suas casas no último bonde, o de quatro e meia da tarde. Enquanto Copacabana e Jardim Botânico nas décadas de 40 e 50 registravam taxas de crescimento de 74% e 59% respectivamente, Botafogo registrava apenas 8%, se tornando a partir daí uma mera ligação entre os diversos bairros da cidade. Dizem, que vem daí a expressão bairro de passagem. Isso, é claro, dizem os menos românticos e sem memória.
Enfim, a história de Botafogo será entendida então, como a história das suas ruas, das suas praças, das suas avenidas, dos seus espaços habitados, sejam eles de natureza pública ou privada, ricos ou pobres, eruditos ou populares. O bairro pertence a todos nós, seus habitantes, sendo nossa a responsabilidade de preservá-lo, identificando os elementos componentes de seu patrimônio histórico, cultural, artístico e ambiental, visto que ele constitui a sua memória.
* Pesquisa e Redação: Regina Chiaradia
Bibliografia: História dos Bairros, Botafogo - Grupo de Pesquisa em Habitação e Uso do Solo Urbano da UFRJ

Bairros do Rio, Botafogo & Humaitá - Martha Ribas, Silvia Fraiha e Tiza Lobo

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Livro Bençãos e Maldições - Parte 3 - autor : Bispo Roberto McAlister



Livro Bençãos e Maldições - Parte 2 - autor : Bispo Roberto McAlister


Livro Bençãos e Maldições - autor : Bispo Roberto McAlister




Walter Robert McAlister, ou Bispo Roberto,




Walter Robert McAlister, ou Bispo Roberto,  (Ontário, 13 de agosto de 1930 – Charlotte, NC, EUA, 13 de novembro de 1993) foi um ministro protestante canadense, fundador da Igreja Pentecostal de Nova Vida.
Vindos de uma família originalmente evangélica e com tradição no reavivamento pentecostal, ele e seus irmãos, Elizabeth e Jack, foram criados na igreja e nunca saíram dela. Seu pai, Walter E. McAlister, era pastor da Igreja da Pedra (pela característica arquitetônica) em Toronto, e superintendente geral das Assembleias Pentecostais do Canadá. Era um homem extremamente humilde. Sua maior característica era nunca falar mal de ninguém. Sua mãe, Ruth, sempre foi dona de casa.

Inicialmente Robert não queria saber de Deus. Quando se converteu, aos dezessete anos, no dia 18 de setembro de 1948, era inspetor de seguros de carro, ou seja, calculava quanto cada carro iria pagar de seguro. Largou esse trabalho para estudar, durante três anos, em uma escola bíblica, a Eastern Pentecostal Bible College, em Peterborough, Ontário, que fica a duas horas ao norte de Toronto, de ônibus.

Após se formar, se tornou missionário. O primeiro lugar em que pregou foi nas Filipinas. A primeira ministração foi em Taiwan, em 1953. Ficou dois anos no país. Na volta, passou por Hong Kong e fundou as duas primeiras Igrejas de Nova Vida. Não são vinculadas ao ministério no Brasil.

Após uma cruzada em Charlotte, conheceu sua futura esposa, Gloria. Se casaram em 10 de junho de 1955. Tiveram dois filhos, Walter Jr. e Heather Ann.

Após sua estadia nos Estados Unidos, tentou ir para a Índia, mas foi impedido por sua esposa ser estadunidense. Então ficou em South Bend, Indiana, lugar onde nasceu seu filho Walter.
Em 1956 foi ser missionário em Paris e, após voltar aos Estados Unidos, foi fazer uma campanha evangelística no Brasil, a convite de Lester Sumrall.

Decidiu que ficaria definitivamente no Brasil, mudando-se em 1959. Inicialmente foi para São Paulo mas se estabeleceu no Rio de Janeiro, fundando a Cruzada de Nova Vida.

Em agosto de 1960, começou a transmitir o programa Voz da Nova Vida, através da Rádio Copacabana. O programa também foi transmitido através da Rádio Mayrink Veiga e Rádio Guanabara, tendo uma audiência considerável.

Em 1967, McAlister e sua igreja compraram a Rádio Relógio, uma das primeiras rádios evangélicas, que transmitia programas como Café Espiritual. A audiência foi considerável. A rádio também era usada como gabinete pastoral.

Realizou o primeiro culto com local fixo em 1961, culto que teve a mesma estrutura que é usada hoje nas igrejas da denominação: louvor, oferta, mensagem, oração e testemunho.

Desejando ter um templo, alugou um escritório na Avenida Rio Branco.

O primeiro templo foi finalmente fundado em 1964, em Bonsucesso e a sede definitiva foi fundada em 1971, em Botafogo.

Em 1978, se tornou um dos primeiros Telê evangelistas com o programa Coisas da Vida, programa que apresentou por um bom tempo na TV Tupi. Também escreveu vários livros como As Dimensões da Fé Cristã, Os Alicerces da Fé, As Alianças da Fé, A Experiência Pentecostal, Medo, Crentes Endemoninhados: a Nova Heresia.

Roberto McAlister tinha um histórico cardíaco e já havia feito três operações de ponte de safena. Na última, o coração aderiu ao peito. Quando foram fazer o transplante, uma hemorragia começou e ele não resistiu. Faleceu em 13 de novembro de 1993.

Muitas pessoas não acreditam nem em bênçãos, nem tão pouco em maldições, mas eu acredito, por isso resolvi publicar cópia do livro acima citado do Bispo Roberto, meu falecido grande amigo, para com isso esclarecer o assunto. Jorge Eduardo 

Continua....

terça-feira, 19 de julho de 2016

Nazi--islamismo - Artigo de autoria de Caroline Glick



Ler no site:
http://www.beth-shalom.com.br/artigos/isla_nazismo.html

Artigo de autoria de Caroline Glick 


A Bandeira do Brasil foi desenhada com as cores das Famílias de Dom Pedro e Dona Leopoldina

A Bandeira do Brasil foi desenhada com as cores das Famílias Reais do nosso primeiro casal de Imperadores, D. Pedro I e D. Leopoldina.
D. Pedro I é representado pelo Verde-Bragança e sua esposa D. Leopoldina, sendo filha do Imperador da Áustria, pelo amarelo-ouro dos Habsburgos.
Em setembro de 1823, o futuro Marquês de Resende, Antonio Teles da Silva Caminha e Meneses, então Embaixador na Áustria, explicando o motivo da escolha do verde e do amarelo ao Príncipe de Metternich, disse que o "amarelo - simbolizaria a Casa de Lorena (Habsburg)", cor usada pela Família Imperial Austríaca, e o "verde - representaria a cor da Casa de Bragança".
Outro documento que comprova isso é uma carta: “datada de 15 de setembro de 1822, ou seja, pouco mais de uma semana da Proclamação da Independência, é sabido que numa carta escrita por D. Leopoldina à D. Maria Tereza, da Côrte da Áustria, comenta textualmente, fazendo referência às cores da bandeira, dizendo do “verde dos Braganças e do amarelo-ouro dos Habsburgos” (Silveira, 1972, pg 230).
O Decreto que criou nossa Bandeira
Segundo o livro "Símbolos Nacionais na Independência" de autoria do General Jonas Correia, o Escudo de Armas e Bandeira do Império foram criados por Decreto de 18 de setembro de 1822. Com relação a Bandeira o decreto diz: "A Bandeira Nacional será composta de um paralelogramo verde e nele inscrito um quadrilátero romboidal cor de ouro, ficando no centro deste o Escudo de Armas do Brasil"
A História da cor verde, desde Portugal
Foi o Rei D. João I de Aviz (1357/1433) que instituiu a Casa de Bragança, pelo casamento de seu filho Afonso com a filha do condestável D. Nuno Álvares Pereira. Em 1384, ele incluiu na bandeira de Portugal a Cruz verde da Ordem de Aviz. Mas D. João II de Aviz retirou a cor verde, e ela só retornou à bandeira no reinado de Pedro II de Bragança, em 1669.
Um dos símbolos da Dinastia Bragança era o dragão verde (“Serpe Alada”), que aparece depois no Império do Brasil, no alto do cetro Imperial.
Em 20 de setembro de 1822, D. Pedro I, por Decreto, adotou a cor verde para todas as fardas da Corte.
O significado do losango – bandeiras militares francesas
A Bandeira do Brasil possui um símbolo que lembra Império: o losango.
O pintor francês Jean Baptista Debret, fundador da Academia de Belas Artes, foi encarregado da execução do desenho da bandeira e do escudo imperial. Para Clóvis Ribeiro (apud Silveira, 1972, pag.231), Debret teria se inspirado em bandeiras militares francesas, sendo o losango inscrito em um retângulo um motivo ornamental em estilo Império. Sabe-se que Dom Pedro I tinha especial admiração por Napoleão Bonaparte, além de ter um parentesco indireto com o ex-Imperador da França.
Além disso, o próprio D. Pedro I era um Bragança-Bourbon, descendente dos reis da França, e o artista que desenhou nossa bandeira foi o francês Jean-Baptiste Debret, o que poderia explicar a inspiração em bandeiras francesas.
A Bandeira Imperial simbolizou nossa Pátria nos momentos mais difíceis e gloriosos de nossa História. Foi defendida pelos brasileiros durante a Guerra do Paraguai, e era com uma flâmula verde-amarela que Santos-Dumont decolava em seus vôos pioneiros.http://www.escrita.com.br/escrita/leitura.asp?Texto_ID=7128

Coluna do Ancelmo e Dona Leopoldina


Eu sou um fã incondicional da senhora Dona Leopoldina de Bragança e Habsburgo, a Mae da Nação Brasileira, pois foi ela que peitou as Cortes de Lisboa e declarou nossa Independência política quando estava na função de Princesa Regente enquanto seu marido, Dom Pedro, estava viajando para São Paulo.
Ele não teria estofo para praticar tais atos, atos que só lhe foram comunicados depois de realizados.
Deu-lhe até dor de barriga a beira do riacho Ipiranga.
Mais vamos ao fato:
Dona Leopoldina era uma mulher culta, aliás na Corte de Viena os Príncipes varões ou varoas, tratados como Arquiduques e Arquiduquesas, eram obrigados a estudar por ordem imperial, portanto estava familiarizada com várias matérias inclusive a música – sua mãe, Maria Teresa Carolina Giuseppina di Napoli e Sicilia, era soprano e adorava mascaradas e carnavais, logo uma senhora alegre – daí que essa notícia dada na Coluna do Ancelmo não me espanta:   

domingo, 17 de julho de 2016

Orleans e Bragança? Não só Dinastia de Bragança. Considerações finais.

Vemos que a Família de Orleans e Bragança um ramo da Dinastia de Bragança, a Dinastia consagrada no Brasil, se subdividiu em três ramos importantes:
O Ramo de Vassouras;
O Ramo de Petrópolis;
O Ramo de Paraty (esse para poucos monárquicos, sendo os dois primeiros os protagonistas do acerto para a solução dinástica do Império do Brasil, caso seja instalada a Monarquia em nosso País).
 O Ramo de Vassouras é o da família de Orléans e Bragança e Wittelsbach.
O Ramo de Petrópolis é o da família de Orleans e Bragança y Borbón-Dos Sicílias, sendo seu Chefe o Príncipe-titular de Orleans e Bragança.
E podemos dizer que o Ramo de Paraty é de Orléans e Bragança e Chirine.
Contudo foi consagrado que a família dos Pretendentes ao Trono Imperial Brasileiro é a Família de Orléans e Bragança, mas na minha ótica, por tudo que estudei, que escrevi, que a Dinastia Herdeira de jure do Trono Imperial Brasileiro é a Dinastia de Bragança, até porque o Ramo de Orleans e Bragança, jamais esteve na Constituição Imperial Brasileira como a Dinastia Imperante.
Nota-se que o Ramo Orleans e Bragança se subdividiu em ramos colaterais (acima citados) não dando a mínima para a verdade histórica que é a de que a Dinastia que tem o direito de ascender ao Trono Imperial Brasileiro, de ser considerada a Dinastia Imperial do Brasil, e a Dinastia de Bragança.
Eu nasci monárquico, criado no seio de uma família de grandes burgueses getulistas, e apreciadores de JK, mas na Hora H de votar pela Monarquia não votei.
Votei pela Republica Presidencialista.
Pois, como dar credito a Príncipes que não respeitam a verdade histórica?
Não dá.
Por isso sonho com a depuração da Republica no Brasil, e de plenos pulmões grito:
Viva os valores republicanos.

E ponto final

Jorge Eduardo Garcia

São Paulo julho de 2016.



Orleans e Bragança? Não só Dinastia de Bragança. Parte 3

Sobre o segundo filho de Dona Isabel e de Gastão, Conde d’Eu:
O senhor Dom Luís Maria Filipe Pedro de Alcântara Gastão Miguel Rafael Gonzaga de Orléans e Bragança, O Príncipe Perfeito, em 26 de janeiro de 1878, Príncipe do Brasil, Príncipe de Orleans e Bragança.  Com a abdicação dos direitos dinásticos por parte de seu irmão, como já explicado no artigo na Parte 2, passou a ser Sua Alteza o Príncipe Imperial de jure.  

Dom Luís Maria agora Príncipe Imperial de jure do Brasil, casou com Dona Maria da Graça Pia Chiara Ana de Bourbon-Duas Sicílias, batizada Maria da Graça Pia Clara Ana Teresa Isabela Adelaide Apolônia Ágata Cecília Filomena Antônia Lúcia Cristina Catarina, terceira filha de Dom Afonso de Bourbon-Duas Sicílias, Conde de Caserta, e de sua esposa e prima, Donna Maria Antonieta de Bourbon-Duas Sicílias, em 4 de novembro de 1908, em Cannes, França.
Foi fundado o Ramo de Orleans e Bragança e Bourbon-Duas Sicílias, e nele nasceram:
1-    Dom Pedro Henrique Afonso Filipe Maria Gastão Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Orléans e Bragança e Bourbon (Boulogne-Billancourt, 13 de setembro de 1909 – Vassouras, 5 de julho de 1981), Príncipe de Orléans e Bragança de 1909 a 1921, Príncipe de jure do Grão-Pará de 1909 a 1920, Príncipe Imperial de jure do Brasil de 1920 a 1921 (após a morte do pai) e chefe da Casa Imperial do Brasil de 1921 em diante (após a morte da avó), então com 12 anos de idade, com apoio dos monarquistas e de seu tio, Pedro de Alcântara de Orléans e Bragança, esse Príncipe-titular de Orleans e Bragança, e de conformidade com a Declaração de Bruxelas, ou Pacto de Família, de 26 de abril de 1909.
Para grande parte dos monárquicos brasileiros Dom Pedro Henrique era o verdadeiro Herdeiro do Trono Imperial e o Aclamaram como Sua Majestade Imperial, Dom Pedro III, Por Graça de Deus, e Unânime Aclamação dos Povos, Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil. Ficando claro que é Imperador de jure.
Casou religiosamente na capela do castelo de Nymphenbourg, em Munique, em 19 de agosto de 1937, com a Princesa Dona Maria, batizada Marie Elisabeth Françoise Josèphe Thérèse, da  Haus von Wittelsbach .
Dona Maria nasceu Nymphenburg em 9 de setembro de 1914, e faleceu, aos 94 anos, na cidade do Rio de Janeiro, 13 de maio de 2011.
Era filha primogênita de Francisco (Franz Maria Luitpold) de Wittelsbach, Príncipe da Baviera, e de Isabel de Croÿ, Princesa de Croÿ.
O casal teve 12 filhos.
Destaco que a Casa de Wittelsbach já não mais reinava na Baviera desde 1918, sendo o último monarca Luís III, Rei da Baviera, Duque da Francônia, Duque na Suábia e Conde Palatino do Reno, avô de Dona Maria.  
Em 1951, Pedro Henrique comprou uma propriedade agrícola, a Fazenda Santa Maria, na cidade de Jacarezinho, interior do Paraná, onde se lançou como agricultor. Em 1965, retornou ao estado do Rio de Janeiro, instalando-se em Vassouras, cidade importante nos tempos do império, quando era polo cafeeiro. No chamado Sítio Santa Maria D. Pedro Henrique residiu até o final de sua vida.
E é por causa desse fato que seu filho, Dom Luiz Gastão Maria José Pio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Orleans e Bragança e Wittelsbach (Mandelieu, 6 de junho de 1938), Príncipe de Orléans e Bragança de 1938 a 1981, Príncipe Imperial de jure do Brasil de 1938 a 1981 e atual chefe da Casa Imperial do Brasil, desde 5 de julho de 1981, é considerado como o Pretendente do Ramo de Vassouras.
Os monárquicos fieis a seu pai o Aclamaram Sua Majestade Imperial, Dom Luiz I, Por Graça de Deus, e Unânime Aclamação dos Povos, Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil. Ficando claro que é Imperador de jure.
Dom Pedro Henrique e Dona Maria da Baviera, são pais de:
Eudes de Orléans e Bragança e Wittelsbach (1939). Renunciou em 1966; casou-se em primeiras núpcias em 1967, com a quatrocentona Ana Maria de Moraes Barros, filha de Luís de Moraes Barros e Maria do Carmo de Cerqueira César Moraes Barros, de quem se divorciou em 1976, e em segundas núpcias em 1976, com Mercedes Neves da Rocha, filha de Guy de Proença Neves da Rocha e Lia Viegas Willemsens. Ambas as suas esposas têm ascendência na nobreza do Império do Brasil. Com descendência.
Bertrand de Orléans e Bragança e Wittelsbach (1941). Segundo na linha de sucessão ao trono imperial brasileiro. Sem descendência.
Isabel Maria de Orléans e Bragança (1944). É a sétima na linha de sucessão no trono. Sem descendência.
Pedro de Alcântara Henrique de Orléans e Bragança e Wittelsbach (1945). Renunciou em 1978; casou-se em 1974 com a quatrocentona Maria de Fátima de Andrada Baptista de Oliveira de Lacerda Rocha, filha de Orlando de Lacerda Rocha e Sílvia Maria de Andrada Baptista de Oliveira, cuja família faz parte da nobreza do Império do Brasil e da nobreza portuguesa. Sua esposa também vem a ser sobrinha-tetraneta de José Bonifácio de Andrada e Silva, o Patriarca da Independência (ver independência do Brasil (1822). Com descendência.
Fernando Diniz de Orléans e Bragança e Wittelsbach (1948). Renunciou em 1975; casou-se em 1975 com Maria da Graça de Siqueira Carvalho Baère de Araújo, filha de Walter Baère de Araújo, coronel-engenheiro do Exército Brasileiro, e de Maria Magdalena de Sousa Carvalho e Siqueira Carvalho. A família de sua esposa pertence à nobreza do Império do Brasil. Com descendência.
Antônio João de Orléans e Bragança e Wittelsbach (1950). É o terceiro na linha de sucessão; casou-se em 1981 com D. Cristina Maria, Princesa de Ligne. Com descendência. Desconheço a posição de Dom Antônio adquirida por casamento na Corte dos Rei dos Belgas, diferentemente da posição do falecido Dom Pedro Gastão que era tio do Rei em função.
Eleonora de Orléans e Bragança e Wittelsbach (1953). Casou-se em 1981 com o príncipe Miguel de Ligne, que, desde 2005, tornou-se o Príncipe-titular e chefe da Casa de Ligne, uma das mais antigas famílias nobres belgas.
Francisco Maria José de Orléans e Bragança e Wittelsbach (1955). Renunciou em 1980; casou-se em 1980 com Cláudia Regina Borges Martins Godinho, filha de Eurico Borges Godinho e de Nilza Leite Martins. Com descendência.
Alberto de Orléans e Bragança e Wittelsbach (1957). Renunciou em 1982; casou-se em 1983 com Maritza Ribas Bokel, filha de Jaddo Barbosa Bokel e Maritza Bulcão Ribas, cuja família pertence à nobreza do Império do Brasil. Com descendência.
Maria Thereza de Orléans e Bragança e Wittelsbach (1959). Renunciou em 1995; casou-se em 1995 com Johannes de Jong, aristocrata holandês. Com descendência.
Maria Gabriela de Orléans e Bragança e Wittelsbach (1959). Gêmea da precedente, renunciou em 2003; casou-se em 2003 com Theodoro de Hungria Machado, filho do arquiteto Paulo Eduardo de Hungria Machado e de Sílvia Emília de Melo Franco Sena, de quem se divorciou em 2005. A família de seu marido pertence à nobreza do Império do Brasil. Sem descendência.

2-    Dom Luís Gastão Antônio Maria Filipe Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Orléans e Bragança e Bourbon, batizado Luís Antônio Maria Gaston Miguel Gabriel Rafael Gonzaga Filippo d'Orléans-Braganza e Borbone, (Cannes, 19 de fevereiro de 1911 – Neuilly-sur-Seine, 8 de agosto de 1931) Príncipe imperial de jure do Brasil e Príncipe de Orléans e Bragança.
“ Dom Luís ascendeu ao título de Príncipe Imperial de jure em 1921, quando a Princesa Isabel faleceu, e seu irmão mais velho, Pedro Henrique, então Príncipe Imperial assumiu a posição de Chefe da Casa Imperial Brasileira, e por via de consequência Aclamado Sua Majestade Imperial, Dom Pedro III, Por Graça de Deus, e Unânime Aclamação dos Povos, Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil. Ficando claro que é Imperador de jure.
3-    Dona Pia Maria de Orléans e Bragança e Bourbon, batizada Maria Pia Raniera Isabella Vittoria Antonietta Amelia Teresa Gerarda Raimunda Michaela Anna Gabriella Raffaela Gonzaga d'Orléans-Braganza e Borbone,  (Boulogne-Billancourt, 4 de março de 1913 – Castelo Le Lude, 24 de outubro de 2000), Princesa Imperial de jure do Brasil por morte de seu irmão Dom Luís Gastão, Princesa de Orléans e Bragança.
Casou-se em Paris, 12 de agosto de 1948, com René Jean Marie Nicolas de Nicolay, o Conde de Nicolay (Castelo de Le Lude, 17 de janeiro, 1910 - Paris, 24 de novembro 1954 ), filho de Jean Marie Aymard de Nicolay, Marques de Goussainville , e sua esposa, a Marquesa Anne Marie Leonie Yvonne Georgine. Eles tiveram dois filhos:
a-    Louis Jean Nicolay, Marques de Goussainville( Le Mans , 18 de setembro 1949 ). Ele casou-se em Luxemburgo, 23 de agosto 1980, com a Condessa Barbara Anne Marie d'Ursel de Bousies, a filha do Conde Alfred Michel Marie Isabelle d'Ursel de Bousies. Eles tiveram:
Antoine, Conde de Nicolay * 07.09.1988
Arnoud, Conde de Nicolay * 25.08.1991
Marie-Adelaide, Condessa de Nicolay * 16.08.1982, casou com Charles-Antoine de Liedekerke
Marguerite, Condessa de Nicolay * 22.07.1984, casou com  Alban Miller Mackay

b-   Robert Maria Pio Benoit de Nicolay ( Neuilly-sur-Seine , 17 de fevereiro 1952 ). Casou-se em Paris, 5 de fevereiro, de 1983, com Laetitia Nathalie Marie Jeanne Yvonne, a Princesa Murat, filha do Príncipe Louis Napoleon Maurizio Joachim Murat e de Inès d' Albert de Luynes.
Eles tiveram:
Irène, Condessa di Nicolay * 06.11.1985
Louise, Condessa di Nicolay * 15.03.1987
Elvira, Condessa di Nicolay * 07.08.1988
René, Conde de Nicolay * 29.04.1991
Christian, Conde de Nicolay * 11.01.2002

           Nota: “ Dona Pia Maria conservou para si o título de Princesa do Brasil, mesmo tendo contraído união desigual, por seu casamento ter sido morganático. Ressalta-se, contudo, que a precedência brasileira, bem como a francesa – pelo Principado de Orleans-Bragança de acordo com a Declaração de Bruxelas, ou Pacto de Família, de 26 de abril de 1909 -  não seriam, de qualquer forma, transmitidos a seus descendentes, por se tratar de Princesa casada com estrangeiro e Conde não membro da Realeza.

Continua...



Orleans e Bragança? Não só Dinastia de Bragança. Parte 2

Isabel e Gastão d’Eu

Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bragança e Bourbon Duas Sicílias uma Princesa desprovida de qualidades de Soberana, principalmente de uma Nação complexa como o Brasil.
Dona Isabel nasceu não para ser "Sua Alteza Imperial, a Princesa Imperial", muito menos “Sua Majestade Imperial Dona Isabel I, Imperatriz Constitucional e Defensora Perpétua do Brasil", mas sim para ser “Isabel, Condessa d'Eu", como assinava suas cartas a partir de 15 de outubro de 1864, data de seu casamento na Capela Imperial do Rio de Janeiro, cerimonia oficializada por D. Romualdo Antônio de Seixas, o Arcebispo da Bahia, com Sua Alteza Real Luís Filipe Maria Fernando Gastão, Conde d'Eu (Louis Philippe Marie Ferdinand Gaston, Prince français), até a dia de sua morte em 14 de novembro de 1921.
Isabel e Gaston casaram em 1864, mas somente em 15 de outubro de 1875 nasceu seu primeiro filho e Herdeiro, o senhor Dom Pedro de Alcântara Luís Filipe Maria Gastão Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Orléans e Bragança, Sua Alteza Imperial o Príncipe do Grão-Pará (1875–1891), o segundo na linha de sucessão do Trono Brasileiro. Foi Príncipe Imperial do Brasil (1891–1908) e Príncipe-titular de Orléans e Bragança.
A seguir, o senhor Dom Luís Maria Filipe Pedro de Alcântara Gastão Miguel Rafael Gonzaga de Orléans e Bragança, O Príncipe Perfeito, em 26 de janeiro de 1878, Príncipe do Brasil, Príncipe de Orleans e Bragança.  Com a abdicação dos direitos dinásticos por parte de seu irmão ( vide abaixo) passou a ser Sua Alteza o Príncipe Imperial de jure.
Depois o senhor Dom Antônio Gastão Filipe Francisco de Assis Maria Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Orléans e Bragança, nascido em Paris no dia 9 de agosto de 1881, Príncipe do Brasil e Príncipe de Orléans e Bragança. “ - D. Antônio alistou-se como tenente dos hussardos do exército imperial e real do Império Austro-húngaro, atividade que exerceu de 1908 a 1914 e, depois, em 1918, com a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), alistou-se na Marinha Real Britânica, servindo como piloto de aviões.
Faleceu numa queda de avião perto de Londres, em manobras de exercícios militares quotidianos, após o término da guerra, da qual havia saído ileso. Está enterrado na capela real de Dreux, mausoléu dos Orléans, na França.
Morreu solteiro.

Como vemos Dona Isabel e o Conde d’Eu fundaram o Ramo de Orleans e Bragança da Dinastia de Bragança, a Casa Imperial Brasileira.
Dom Pedro de Alcântara e Dom Luís Maria, também se casaram criaram descendência a saber:

Primeiro: Após oito anos de namoro e noivado, Dom Pedro de Alcântara casou-se em Versalhes, França, em 14 de novembro de 1908, com a condessa checa Elisabeth Dobrzensky de Dobrzenicz, filha de Johann-Wenzel, Conde Dobrzensky von Dobrzenicz, proveniente de uma antiga família nobre da Boêmia - àquela época a Boêmia encontrava-se sob a soberania do Império Austro-húngaro, e de Isabel, Baronesa Kottulin und Krzischkowitz e Condessa Kottulinsky.
“Dona Elisabeth, apesar de ser uma excelente figura, não era membro de Casa Dinástica Reinante, por isso Dona Isabel, como chefe da Casa Imperial do Brasil, exigiu a renúncia do filho aos seus Direitos Dinásticos. Assim, os estilos e direitos dinásticos brasileiros passaram a seu irmão Luís Maria Filipe, ao passo que Pedro de Alcântara manteve-se como Príncipe-titular de Orléans-Bragança, garantindo-se assim que tanto ele quanto seus descendentes poderiam casar-se com nobres sem o ser morganaticamente”.
Foi fundado o Ramo de Orleans e Bragança e Dobrzensky de Dobrzenicz na Dinastia de Bragança, e nele nasceram:
a-   Dona Isabel Maria Amélia Luísa Vitória Teresa Joana Miguela Gabriela Rafaela Gonzaga de Orléans e Bragança e Dobrzensky de Dobrzenicz (Castelo d'Eu, Sena Marítimo, 13 de agosto de 1911 — 5 de julho de 2003), Condessa consorte de Paris por casamento com seu primo Henri de Orleans (5 de julho de 1908 — 19 de junho de 1999), membro da Maison capétienne d’Orléans, Conde de Paris, Prince du sang de France, Duc d'Orléans, de Chartres, de Valois, de Nemours, de Montpensier, Dauphin d'Auvergne, Prince de Joinville et sénéchal héréditaire de Champagne, Marquis de Coucy et de Folembray, Comte de Soissons, de Dourdan, de Romorantin, Baron de Beaujolais, etc..
Monseigneur le « comte de Paris » era o Herdeiro presuntivo do Trono de França, pelo partido orleanista, pois era filho de Pedro Clemente Maria, Duque de Orleans e de Guise, e de Isabel Maria das Mercedes Laura d'Orleans, Princesa de França. Do casal descende os Príncipes de Orleans, Príncipes que portam Títulos de Cortesia;
b-  Dom Pedro de Alcântara Gastão João Maria Filipe Lourenço Humberto Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Orléans e Bragança e Dobrzensky de Dobrzenicz, mais conhecido como Dom Pedro Gastão (Castelo d’Eu, França, 19 de fevereiro de 1913 — Villamanrique de la Condesa, Espanha, 27 de dezembro de 2007), Príncipe-titular de Orléans e Bragança, e o único descendente varão de Dom Pedro II que teve seu título de Príncipe reconhecido oficialmente por uma Monarquia no Poder de uma Nação, no caso a Espanha, e porquê?
Porque casou com Dona María de la Esperanza Amalia Raniera María Rosario Luisa Gonzaga de Borbón y Orleans.
Quem era a noiva?
Filha do Infante Carlos de Borbón e sua segunda esposa, a Princesa Louise de Orleans, nascida Princesa da França. Neta por via paterna do príncipe Alfonso de Bourbon os Sicílias, Conde de Caserta e chefe da Casa Real das Duas Sicílias e princesa Maria Antonieta das Duas Sicílias. Maternalmente era a neta do Príncipe Felipe de Orleans, Conde de Paris e chefe da Casa Real da França, e Princesa Maria Isabel de Orleans. Sua irmã era Maria de las Mercedes, Condessa de Barcelona e mãe de Dom Juan Carlos I, Rei da Espanha. Ao nascer por graça, ou concessão, de Alfonso XIII, Rei de Espanha, tinha as mesmas Honras, Mercês, Dignidades, dos Infantes de Espanha.
Portanto por casamento Dom Pedro Gastão era tio do Rei de Espanha, tio avô do atual Monarca, Dom Filipe VI, e o que faz de seus filhos membros da atuante Nobreza de Espanha.
Pedro Carlos porta o Título de Príncipe Titular de Orleans-Bragança, e recebeu o nome de batismo de Pedro Lourenço João Carlos Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Orleans e Bragança, nascido em 31 de outubro, 1945, no Rio de Janeiro, Brasil. Ele é o chefe da Casa de Petrópolis, um ramo da Dinastia Imperial Brasileira, como tal, um dos Pretendentes ao Trono do Brasil.
Já seus irmãos Maria da Glória, Eduardo Alfonso, Manuel Alvaro, Cristina Maria, e Francisco Humberto, tem como sobrenome Orleans e Bragança y Borbón-Dos Sicilias, segundo os registros nobiliárquicos espanhóis.
Portam o Título de Príncipes de Orleans e Bragança por direito próprio (ver Declaração de Bruxelas, ou Pacto de Família, de 26 de abril de 1909, assinada por diversos dinastias orleanistas, para além de Luís Filipe Roberto, Duque de Orléans e então chefe da Casa de Orléans, de Gastão, Conde d’Eu, e de seus três filhos: D. Pedro de Alcântara, D. Luís Maria Filipe e D. Antônio Gastão).
c-    Dona Maria Francisca Amélia Luísa Vitória Teresa Isabel Miguela Gabriela Rafaela Gonzaga de Orléans e Bragança e Dobrzensky de Dobrzenicz (Castelo d’Eu, 8 de setembro de 1914 — Lisboa, 15 de janeiro de 1968) e é dela que descende o atual Pretendente ao Trono de Portugal e Algarves, Dom Duarte Pio de Bragança, Duque de Bragança. Explico:
Dona Francisca, como era chamada, casou no Rio de Janeiro no civil em 13 de outubro de 1942, e no religioso dois dias depois, aos 15 de outubro, na Catedral de São Pedro de Alcântara, em Petrópolis, com Dom Duarte Nuno de Bragança, pretendente ao Trono português.
O casal teve além de Dom Duarte Pio, os filhos Miguel Rafael de Bragança (Berna, 3 de dezembro de 1946) —Duque de jure de Viseu.
Henrique Nuno de Bragança (Berna, 6 de novembro de 1949) —Duque de jure de Coimbra.
d-  Dom João Maria Felipe Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Orléans e Bragança e Dobrzensky de Dobrzenicz (Boulogne-Billancourt, Altos do Sena, 15 de outubro de 1916 — Rio de Janeiro, 27 de junho de 2005), Príncipe de Orléans e Bragança.
Casou com a Princesa Dona Fátima Scherifa Chirine, (Cairo, 19 de abril de 1923 – Rio de Janeiro, 14 de março de 1990) filha de Ismail Chirine Bey e Aicha Mussallam. Chirine já era divorciada de Hassan Omar Toussoun, Príncipe de Alexandria, e foram pais de João Henrique de Orléans e Bragança, príncipe de Orléans e Bragança, popularmente conhecido como Dom Joãozinho, ou Príncipe Dom Joãozinho, ou Príncipe João de Orléans e Bragança (25 de abril de 1954). Para muitos Dom Joãozinho, também, é Pretendente ao Trono Imperial, e por isso consideram que ele chefia o Ramo de Paraty da Dinastia Imperial Brasileira.
e-   Dona Teresa Teodora Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Orléans e Bragança Dobrzensky de Dobrzenicz Martorell y Calderó (Boulogne-sur-Seine, 18 de junho de 1919 — Estoril, 18 de abril de 2011). No dia 7 de outubro de 1957, em Sintra, Portugal, ela desposou Ernesto António Maria Martorell y Calderó (1921-1985), um rico empresário espanhol. Eles tiveram duas filhas, Elisabeth (1959) e Núria (1960).

Continua...