Isabel e Gastão d’Eu
Dona Isabel nasceu não para ser "Sua Alteza Imperial, a
Princesa Imperial", muito menos “Sua Majestade Imperial Dona Isabel I,
Imperatriz Constitucional e Defensora Perpétua do Brasil", mas sim para
ser “Isabel, Condessa d'Eu", como assinava suas cartas a partir de 15 de
outubro de 1864, data de seu casamento na Capela Imperial do Rio de Janeiro,
cerimonia oficializada por D. Romualdo Antônio de Seixas, o Arcebispo da Bahia,
com Sua Alteza Real Luís Filipe Maria Fernando Gastão, Conde d'Eu (Louis
Philippe Marie Ferdinand Gaston, Prince français), até a dia de sua morte em 14
de novembro de 1921.
Isabel e Gaston casaram em 1864, mas somente em 15 de outubro
de 1875 nasceu seu primeiro filho e Herdeiro, o senhor Dom Pedro de Alcântara
Luís Filipe Maria Gastão Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Orléans e Bragança,
Sua Alteza Imperial o Príncipe do Grão-Pará (1875–1891), o segundo na linha de
sucessão do Trono Brasileiro. Foi Príncipe Imperial do Brasil (1891–1908) e Príncipe-titular
de Orléans e Bragança.
A seguir, o senhor Dom Luís Maria Filipe Pedro de Alcântara
Gastão Miguel Rafael Gonzaga de Orléans e Bragança, O Príncipe Perfeito, em 26
de janeiro de 1878, Príncipe do Brasil, Príncipe de Orleans e Bragança. Com a abdicação dos direitos dinásticos por
parte de seu irmão ( vide abaixo) passou a ser Sua Alteza o Príncipe Imperial
de jure.
Depois
o senhor Dom Antônio Gastão Filipe Francisco de Assis Maria Miguel Gabriel
Rafael Gonzaga de Orléans e Bragança, nascido em Paris no dia 9 de agosto de
1881, Príncipe do Brasil e Príncipe de Orléans e Bragança. “ - D. Antônio
alistou-se como tenente dos hussardos do exército imperial e real do Império
Austro-húngaro, atividade que exerceu de 1908 a 1914 e, depois, em 1918, com a
Primeira Guerra Mundial (1914-1918), alistou-se na Marinha Real Britânica,
servindo como piloto de aviões.
Faleceu
numa queda de avião perto de Londres, em manobras de exercícios militares
quotidianos, após o término da guerra, da qual havia saído ileso. Está
enterrado na capela real de Dreux, mausoléu dos Orléans, na França.
Morreu
solteiro.
Como
vemos Dona Isabel e o Conde d’Eu fundaram o Ramo de Orleans e Bragança da
Dinastia de Bragança, a Casa Imperial Brasileira.
Dom
Pedro de Alcântara e Dom Luís Maria, também se casaram criaram descendência a
saber:
Primeiro:
Após oito anos de namoro e noivado, Dom Pedro de Alcântara casou-se em
Versalhes, França, em 14 de novembro de 1908, com a condessa checa Elisabeth
Dobrzensky de Dobrzenicz, filha de Johann-Wenzel, Conde Dobrzensky von Dobrzenicz,
proveniente de uma antiga família nobre da Boêmia - àquela época a Boêmia
encontrava-se sob a soberania do Império Austro-húngaro, e de Isabel, Baronesa
Kottulin und Krzischkowitz e Condessa Kottulinsky.
“Dona
Elisabeth, apesar de ser uma excelente figura, não era membro de Casa Dinástica
Reinante, por isso Dona Isabel, como chefe da Casa Imperial do Brasil, exigiu a
renúncia do filho aos seus Direitos Dinásticos. Assim, os estilos e direitos
dinásticos brasileiros passaram a seu irmão Luís Maria Filipe, ao passo que
Pedro de Alcântara manteve-se como Príncipe-titular de Orléans-Bragança, garantindo-se
assim que tanto ele quanto seus descendentes poderiam casar-se com nobres sem o
ser morganaticamente”.
Foi
fundado o Ramo de Orleans e Bragança e Dobrzensky de Dobrzenicz na Dinastia de
Bragança, e nele nasceram:
a-
Dona Isabel Maria
Amélia Luísa Vitória Teresa Joana Miguela Gabriela Rafaela Gonzaga de Orléans e
Bragança e Dobrzensky de Dobrzenicz (Castelo d'Eu, Sena Marítimo, 13 de agosto
de 1911 — 5 de julho de 2003), Condessa consorte de Paris por casamento com seu
primo Henri de Orleans (5 de julho de 1908 — 19 de junho de 1999), membro da Maison
capétienne d’Orléans, Conde de Paris, Prince du sang de France, Duc d'Orléans,
de Chartres, de Valois, de Nemours, de Montpensier, Dauphin d'Auvergne, Prince
de Joinville et sénéchal héréditaire de Champagne, Marquis de Coucy et de
Folembray, Comte de Soissons, de Dourdan, de Romorantin, Baron de Beaujolais,
etc..
Monseigneur le « comte de Paris » era o Herdeiro
presuntivo do Trono de França, pelo partido orleanista, pois era filho de Pedro
Clemente Maria, Duque de Orleans e de Guise, e de Isabel Maria das Mercedes
Laura d'Orleans, Princesa de França. Do casal descende os Príncipes de Orleans,
Príncipes que portam Títulos de Cortesia;
b- Dom Pedro de Alcântara Gastão João Maria Filipe
Lourenço Humberto Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Orléans e Bragança e
Dobrzensky de Dobrzenicz, mais conhecido como Dom Pedro Gastão (Castelo d’Eu,
França, 19 de fevereiro de 1913 — Villamanrique de la Condesa, Espanha, 27 de
dezembro de 2007), Príncipe-titular de Orléans e Bragança, e o único
descendente varão de Dom Pedro II que teve seu título de Príncipe reconhecido
oficialmente por uma Monarquia no Poder de uma Nação, no caso a Espanha, e
porquê?
Porque casou com Dona María de la Esperanza Amalia
Raniera María Rosario Luisa Gonzaga de Borbón y Orleans.
Quem era a noiva?
Filha do Infante Carlos de Borbón e sua segunda
esposa, a Princesa Louise de Orleans, nascida Princesa da França. Neta por via
paterna do príncipe Alfonso de Bourbon os Sicílias, Conde de Caserta e chefe da
Casa Real das Duas Sicílias e princesa Maria Antonieta das Duas Sicílias.
Maternalmente era a neta do Príncipe Felipe de Orleans, Conde de Paris e chefe
da Casa Real da França, e Princesa Maria Isabel de Orleans. Sua irmã era Maria
de las Mercedes, Condessa de Barcelona e mãe de Dom Juan Carlos I, Rei da Espanha.
Ao nascer por graça, ou concessão, de Alfonso XIII, Rei de Espanha, tinha as mesmas
Honras, Mercês, Dignidades, dos Infantes de Espanha.
Portanto por casamento Dom Pedro Gastão era tio do Rei
de Espanha, tio avô do atual Monarca, Dom Filipe VI, e o que faz de seus filhos
membros da atuante Nobreza de Espanha.
Pedro Carlos porta o Título de Príncipe Titular de
Orleans-Bragança, e recebeu o nome de batismo de Pedro Lourenço João Carlos
Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Orleans e Bragança, nascido em 31 de outubro,
1945, no Rio de Janeiro, Brasil. Ele é o chefe da Casa de Petrópolis, um ramo
da Dinastia Imperial Brasileira, como tal, um dos Pretendentes ao Trono do Brasil.
Já seus irmãos Maria da Glória, Eduardo Alfonso, Manuel
Alvaro, Cristina Maria, e Francisco Humberto, tem como sobrenome Orleans e Bragança
y Borbón-Dos Sicilias, segundo os registros nobiliárquicos espanhóis.
Portam o Título de Príncipes de Orleans e Bragança por
direito próprio (ver Declaração de Bruxelas, ou Pacto de Família, de 26 de
abril de 1909, assinada por diversos dinastias orleanistas, para além de Luís
Filipe Roberto, Duque de Orléans e então chefe da Casa de Orléans, de Gastão,
Conde d’Eu, e de seus três filhos: D. Pedro de Alcântara, D. Luís Maria Filipe
e D. Antônio Gastão).
c-
Dona Maria
Francisca Amélia Luísa Vitória Teresa Isabel Miguela Gabriela Rafaela Gonzaga
de Orléans e Bragança e Dobrzensky de Dobrzenicz (Castelo d’Eu, 8 de setembro
de 1914 — Lisboa, 15 de janeiro de 1968) e é dela que descende o atual
Pretendente ao Trono de Portugal e Algarves, Dom Duarte Pio de Bragança, Duque
de Bragança. Explico:
Dona Francisca, como era chamada, casou no Rio de Janeiro
no civil em 13 de outubro de 1942, e no religioso dois dias depois, aos 15 de
outubro, na Catedral de São Pedro de Alcântara, em Petrópolis, com Dom Duarte
Nuno de Bragança, pretendente ao Trono português.
O casal teve além de Dom Duarte Pio, os filhos Miguel
Rafael de Bragança (Berna, 3 de dezembro de 1946) —Duque de jure de Viseu.
Henrique Nuno de Bragança (Berna, 6 de novembro de
1949) —Duque de jure de Coimbra.
d- Dom João Maria Felipe Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de
Orléans e Bragança e Dobrzensky de Dobrzenicz (Boulogne-Billancourt, Altos do
Sena, 15 de outubro de 1916 — Rio de Janeiro, 27 de junho de 2005), Príncipe de
Orléans e Bragança.
Casou com a Princesa Dona Fátima Scherifa Chirine,
(Cairo, 19 de abril de 1923 – Rio de Janeiro, 14 de março de 1990) filha de
Ismail Chirine Bey e Aicha Mussallam. Chirine já era divorciada de Hassan Omar
Toussoun, Príncipe de Alexandria, e foram pais de João Henrique de Orléans e
Bragança, príncipe de Orléans e Bragança, popularmente conhecido como Dom
Joãozinho, ou Príncipe Dom Joãozinho, ou Príncipe João de Orléans e Bragança (25
de abril de 1954). Para muitos Dom Joãozinho, também, é Pretendente ao Trono Imperial,
e por isso consideram que ele chefia o Ramo de Paraty da Dinastia Imperial Brasileira.
e-
Dona Teresa
Teodora Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Orléans e Bragança Dobrzensky de
Dobrzenicz Martorell y Calderó (Boulogne-sur-Seine, 18 de junho de 1919 —
Estoril, 18 de abril de 2011). No dia 7 de outubro de 1957, em Sintra,
Portugal, ela desposou Ernesto António Maria Martorell y Calderó (1921-1985),
um rico empresário espanhol. Eles tiveram duas filhas, Elisabeth (1959) e Núria
(1960).
Continua...
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