terça-feira, 31 de março de 2015

CONVERSANDO ALEGREMENTE SOBRE A HISTÓRIA.: 157/F- conversa um Hiato- Felipe, o Belo, Nogaret...

CONVERSANDO ALEGREMENTE SOBRE A HISTÓRIA.: 157/F- conversa um Hiato- Felipe, o Belo, Nogaret...: 157/F- conversa um Hiato - Felipe, o Belo, Nogaret e os Templários    Rei ou Monarca- Parte 8/F Armoiries du royaume de France. ...

157/F- conversa um Hiato- Felipe, o Belo, Nogaret e os Templários Rei ou Monarca- Parte 8/F

157/F- conversa um Hiato - Felipe, o Belo, Nogaret e os Templários    Rei ou Monarca- Parte 8/F

Description de cette image, également commentée ci-après

Armoiries du royaume de France.

Les Capétiens - Maison royale:
Royaumes de France, de Navarre, d’Espagne et des Deux-Siciles
Grand-duché de Luxembourg
Duchés d’Orléans, de Bourbon et de Parme et de Plaisance

Continuação...
Diante disso a pressão aumentou vinda da Europa, principalmente do Papa, para que a Ordem dos Templários se aglutinasse com as outras ordens militares.
Que unidas elas elegessem um Rei, e que ele fosse o novo Rei de Jerusalém quando a Terra Santa fosse Reconquistada.
Continuou o impasse entre as Ordens e “em 6 de junho, os líderes dos Templários e dos Hospitalários foram oficialmente convidados pelo Papa para discutirem essas questões, com a data da reunião agendada como Dia de Todos os Santos de 1306, em Poitiers, França”.
E é aqui que entra Felipe, o Belo.
 Um hiato:
De, d’, von, zu, partícula nobiliárquica usadas usado em um nome de família ou sobrenome em muitas culturas ocidentais para sinalizar a nobreza de uma família.
Em França, a partícula de precede um nom de terre ("nome da terra") em muitas famílias da nobreza francesa (por exemplo, Maximilien de Béthune).  Alguns não têm essa partícula (por exemplo, Pierre Séguier, Lorde Chanceler da França). A partícula pode ser também du ("da" na forma masculina), d ' (empregado em conformidade com as regras de ortografia, quando o nom de terre começa com uma vogal, por exemplo, Ferdinand d’Orléans), ou des ("do" no plural). Em francês, de indica uma ligação entre a terra e uma pessoa ou senhorio”
Em Espanha, a partícula nobiliárquica de também é usada como na França Monárquica.
“A legislação espanhola sobre nomes, de 1958 e ainda em vigor, não permite que uma pessoa possa adicionar um de ao seu sobrenome, se sua família tradicionalmente já não o tenha antes da Lei, e a prova conclusiva para usá-lo, ou seja, a prova da nobreza de um sobrenome é determinada por estabelecer se que o sobrenome é associado a um Brasão, uma vez que durante séculos os Brasões só podem ser usados por pessoas de nobre condição. Caso não esteja a pessoa é punida na forma da Lei”.
Na Alemanha e na Áustria, von (descendente de) ou zu (residente em ) geralmente precede o sobrenome de uma família nobre ( exemplo, os nomes de Alexander von Humboldt e Gottfried Heinrich Graf zu Pappenheim ).
Se se provar, eles podem ser usados ​​em conjunto ("von und zu"):
o presente governante do Liechtenstein, por exemplo, é Johannes Adam Ferdinand Alois Josef Maria Marko d'Aviano Pio von und zu Liechtenstein.
Inglaterra e País de Gales, na Média, as palavras de ou des, eram usadas por causa do uso do Latim nos documentos e, também, por causa do francês já que a Realeza inglesa era Senhora de Domínios no território da hoje França.
Nos tempos modernos, uma partícula nobiliárquica (como o termo é amplamente compreendido no Continente Europeu) é raramente usada. Mais usual é a designação territorial, o que na prática é quase idêntica a formula francesa.


Os Capetos Diretos - de Hugo Capeto em 987 até Charles IV, o Belo, em 1328 - nunca usaram o DE, nunca foram De Capeto.
Os Capetos Diretos foram sucedidos pela Maison capétienne de Valois, Casa Capetiniana de Valois, la branche cadette de la dynastie capétienne, e seu nome deriva do apanágio – o Condado de Valois- dado a Carlos por seu pai, Filipe III, o Temerário, e ele é irmão de Filipe IV, o Belo. Portanto, ele é o fundador desse Ramo mais jovem da dinastia Capetiana.
Com a morte de Carlos IV, ou Carlos, o Belo, filho de Felipe, o Belo, ambos dos Capetos Diretos, subiu ao Trono de França o filho de Carlos de Valois, com o nome de Philippe VI, dit « Philippe de Valois », ou Filipe VI, conhecido como "Filipe de Valois ', dando início assim aos reinados da
Casa Capetiniana de Valois.
A Maison capétienne de Valois reinou de 1328 até 1589, com Henri III, Roi de France, ou Henrique III, Rei de França o último Monarca desse Ramo Dinástico.
A Maison capétienne de Valois foi sucedida pela Maison capétienne de Bourbon, Casa Capetiniana de Bourbon, descente direta de Robert de France, ou Robert de Clermont, nascido em 1256, e falecido em 7 de fevereiro de 1317, filho de São Luís e de Margarida de Provence, e porquê?
Porque Robert de France, ou Robert de Clermont, que por apanágio era Conde de Clermont-en-Beauvais, por casamento com Béatrice de Bourgogne, Dame de Bourbon, Condessa de Charolais, filha de Jean de Bourgogne, Conde de Charolais, e de Agnès, Dame de Bourbon, se tornou, seigneur de Bourbon, de Charolais, de Saint-Just et de Creil, e é deles que descendem, repito, a Maison capétienne de Bourbon, Casa Capetiniana de Bourbon.
Com a morte de Henrique III subiu ao Trono de França, um outro Henrique, Henri le Grand, né Henri de Bourbon, Henrique o Grande, nascido Henrique de Bourbon, Rei de facto de Navarra, e se tornou Henri IV, Roi de France et de Navarre, que juntos somados – Navarra e França - dão um reinado de 37 anos, 11 meses e 5 dias.
O último Rei da Maison capétienne de Bourbon foi Carlos X, irmão de Luís XVI, que sucedeu a outro irmão, Luís XVIII, como Rei de França e de Navarra, de 16 de setembro de 1824 até 2 de agosto de 183º, assim reinado por 5 anos, 10 meses e 17 dias.
O último Rei Capeto foi Luís Felipe I, de “La quatrième maison capétienne d’Orléans — désignée simplement sous la forme de « maison d’Orléans » — est l’une des branches cadettes de la maison capétienne de Bourbon dont le fondateur, Philippe de France (1640-1701), duc d’Orléans donne à la dynastie le nom de son apanage.
T.L.: “A quarta Casa Capetiana de Orleans - referida apenas como a "Casa de Orleans" - é um dos ramos mais jovens da Casa Capetiana de Bourbon, cujo fundador, Filipe de França (1640-1701), Duque de Orleans [Regicida, pois votou pela morte de seu primo, Luís XVI], dá a Dinastia seu nome recebido em apanágio”.
Chamo atenção que quando os revolucionários de 1789 quiseram dar um sobrenome a Luís XVI, Rei de França e de Navarra, da Maison capétienne de Bourbon, Casa Capetiniana de Bourbon, o chamaram a partir do dia 11 de Dezembro de 1792, de Louis Capet, Luís Capeto, le Citoyen Capet, o cidadão Capeto.
 Fim do Hiato.


Continua...

segunda-feira, 30 de março de 2015

CONVERSANDO ALEGREMENTE SOBRE A HISTÓRIA.: 157/E- conversa- Felipe, o Belo, Nogaret e os Temp...

CONVERSANDO ALEGREMENTE SOBRE A HISTÓRIA.: 157/E- conversa- Felipe, o Belo, Nogaret e os Temp...: 157/E- conversa- Felipe, o Belo, Nogaret e os Templários    Rei ou Monarca- Parte 8/E     Templários Continuação: Felipe conti...

157/E- conversa- Felipe, o Belo, Nogaret e os Templários Rei ou Monarca- Parte 8/E

157/E- conversa- Felipe, o Belo, Nogaret e os Templários    Rei ou Monarca- Parte 8/E
  

Templários
Continuação:
Felipe continuava a precisar de dinheiro e Nogaret tomou as seguintes providencias...
1-       Preparou um decreto real contra os judeus, as vítimas preferidas dos cristãos em todos os tempos, que foi publicado em 21 de julho de 1306. Nele constavam: A desapropriação e confisco dos bens judaicos, a prisão dos judeus, a expulsão dos judeus da França. Foi um horror. Nogaret assiste pessoalmente essas ações e segundo alguns até lucra financeiramente com elas, o que eu não duvido. Muitos bravos judeus morrerão em meio a essa barbárie
2-      A partir de setembro de 1307, Nogaret agora Garde du Sceau, où il succède à Pierre de Belleperche (Guarda do Selo [Real] sucedendo a Pierre de Belleperche), prepara o decreto real contra os Templários, com a desapropriação e confisco de seus bens e a prisão dos membros da Ordem.
Os Templários.
Até os nossos dias os Templários continuam despertando curiosidade, seu tesouro é procurado, as buscas pelos seus segredos não cessam, romances são escritos sobre eles, filmes são feito, etc. etc. e tal....
Para mim eram um bando da pior espécie.
Comentaram crimes que até hoje a Cristandade paga por eles.
As mortes na sede do Charlie Hebdo, em Paris, no seio da França cultural, é prova do que digo.
Os Papas do Vaticano, os Bispos de Roma, a Cidade Eterna, se penitenciam pelos erros deles, mas foi graças a um deles que a Ordem ganhou vida.
Vamos ver...
Lista dos Grão-Mestres:



Armand de Périgord foi morto ou capturado na batalha de La Forbie.
Richard de Bures comandou os Templários até a eleição de Guillame de Sonnac, sua posição como Grão-Mestre é contestada.

  


Timbre dos Templários

A “Ordo Pauperum Commilitonum Christi Templique Salominici”, ou Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão, ou Cavaleiros Templários, ou Ordem do Templo, ou Ordre du Temple ou Templiers, ou Order of the Temple or Templars, Orden des Tempels oder der Templer, Orden del Templo o Templarios, להזמינו של בית המקדש או טמפלרים, Ordine del Tempio o Templari, Орден Храма или тамплиеров, ترتيب الهيكل أو فرسان الهيكل, Temple ya Tapınakçıların Sipariş, ou...
...simplesmente como Templários, foi uma ordem militar de Cavalaria.

Guillaume de la Tour nomeado Comandante dos turcopolier ou Turcoples, corpo de arqueiros montados em cavalos árabes, vestidos como árabes,

“Cavalaria medieval é a instituição dos cavaleiros nobres cristãos, os cavaleiros, com ideais de serviço dotado de grande amor cristão, de coragem, de lealdade, de generosidade, atuando sempre com Honra tanto na guerra, quanto na Pax, mas que nem sempre agiram de acordo com esses ideais”.
“No tempo de Carlos Magno, guerreiros montados se tornaram a unidade militar de elite dos francos e essa inovação se espalhou pela Europa. Lutar de um cavalo era mais nobre, mais glorioso, do que lutar a pé. Por causa do alto custo dos cavalos, armas e armaduras, somente os ricos nobres podiam lutar dessa maneira”.
“No final da Idade Média, os Reis criaram as Ordens de Cavalaria, para assim “aglutinar” os Cavaleiros em torno de Sua Real Pessoa, e isso, é claro, trazia prestígio aos seus membros/cavaleiros”.
“As Ordens militares e religiosas, quase idênticas as Ordens de cavalaria, nasceram oficialmente motivadas pela necessidade de proteger os peregrinos cristãos em suas viagens a Terra Santa, o que naturalmente envolveu combates com os muçulmanos”.
Foram elas:
1118 /1119, militarizada em 1120 - Ordem dos Templários
1136 - Ordem de São João de Jerusalém (ou dos Hospitalários, atual Ordem de Malta)
1142 - Ordem de São Lázaro de Jerusalém
1154 - Ordem de Alcântara
1158- Ordem de Calatrava
1160 - Ordem de Santiago
1176 - Ordem de Avis (ramo da Ordem de Calatrava, pelo menos no seu início)
1190 - Ordem Constantiniana de São Jorge
1193 - Ordem Teutónica de Santa Maria de Jerusalém
1218 - Ordem de Nossa Senhora das Mercês
1246 - Ordem dos Cavaleiros da Concórdia
1317 - Ordem de Nossa Senhora de Montesa (herdeira da Ordem dos Templários em Aragão).
1319 - Ordem de Cristo (herdeira da Ordem dos Templários em Portugal, formada pelo grão-mestre da Ordem de Avis)

Mais, a que nos interessa nessa conversa é a que foi fundada em 1118, militarizada em 1120, ou seja, Ordem dos Templários.

Ficha rápida:
Subordinação: Ao Papado
Sede/ Quartel-general: Monte do Templo, Jerusalém.
Missão: Defender militarmente os Cristãos e o Cristianismo ocidental.
Criação: 1118/1119
Extinção: 1312
Patrono: São Bernardo de Claraval
Lema:
Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao teu nome dá glória (Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao teu nome dá glória),
Non nobis, Domine, non nobis, sed nomini tuo da gloriam (non nobis Domine non nobis sed nomini tuo da gloriam)  
Vestimentas:    Manto branco com uma cruz vermelha
Símbolo:  Dois cavaleiros cavalgando um único cavalo
Guerras/batalhas:
As Cruzadas (todas),
Cerco de Ascalon (1153),
Batalha de Montgisard (1177)
Batalha de Marj Ayyun (1179)
Batalha de Hattin (1187),
Cerco de Acre (1190-1191),
Batalha de Arsuf (1191),
Cerco de Al-Damus (1210)
Batalha de Legnica (1241),
Cerco de Acre (1291)
Reconquista da Península Ibérica.

Efetivo:                20 000 membros em seu apogeu, 10% dos quais eram cavaleiros de origem nobre.
Comando:
I-                    Primeiro Grão-Mestre:   Hugo de Payens – nasceu em Troyes, no hoje departamento de Aube, Região Champagne-Ardenne, França, em 1070, e faleceu em Jerusalém em 24 de maio de 1136, com 66 anos. Foi co-fundador com Godofredo de Saint-Omer, Payen de Montdidier, Archambaud de St. Agnan, Andre de Montbard, Geoffrey de Bison, e dois homens registrados apenas pelos nomes de Rossal e Gondamer. Tornou-se seu primeiro Grão-Mestre. Com Saint Bernard de Fontaine, abbé de Clairvaux, ou São Bernardo de Claraval, Abade de Clairvaux, Doutor da Igreja (Doctor Mellifluus), e reformador da ordem cisterciense, uma ordem monástica católica, criou a Latin Rule – “um documento com 72 cláusulas que regulava o "comportamento específico para a Ordem dos Templários", ou seja, o comportamento ideal de um cavaleiro templário”.
“As circunstâncias de sua morte – supostamente morreu de velhice, pois 66 anos naquela época era muita idade-  não são registrados em qualquer crônica, mas os Templários comemoravam todos os anos no dia 24 de maio. A fábula conta que ele foi sepultado na Igreja de San Giacomo em Ferrara. Ele foi sucedido como Grão-Mestre por Robert de Craon, Senhor do Craon, filho de Renaud de Bourguignon e Ennoguen de Vitre .
A nobre família de Craon é uma antiga família França, conhecido a partir do século XI, originários da cidade de Craon, hoje no departamento de Mayenne , Região Pays de la Loire.
Último Grão-Mestre: Jacques de Molay -  nasceu em Molay, no departamento de Haute-Saône, Região Franche-Comté, mas naquela época fazia parte do Condado de Borgonha, governado por Otto III, como parte do Sacro Império Romano Germânico em 1244, e morreu na fogueira, em Paris, na Ilha dos Judeus, em meio ao Rio Sena, em 18 de março 1314, sendo o 23 º e último Grão-Mestre da Ordem do Templo.
Depois de lutar na Terra Santa, foi eleito Grão-Mestre da Ordem do Templo em 20 de abril de 1292.

Jacques de Molay
  
Jacques de Molay nasceu no seio de uma família de pequena e foi armado cavaleiro aos 21 anos, em 1265, como ele foi executado em 1314 aos 70 anos, fica assim provado ele nasceu em 1244.
Recebeu a Ordenação, em 1265, como um cavaleiro templário, na capela da Commanderie de Beaune, uma célula dos Templários em Beaune, na época Condado da Borgonha, hoje no o departamento de Côte-d'Or, Região da Borgonha(Bourgogne), por Humbert de Pairaud, Visitador, ou seja, um alto dignitário da Ordem dos Templários na França e nas Inglaterra, na presença de Amaury de La Roche, Comandante e Mestre Província Templária de França, amigo e confidente de Luís IX , Rei de França, o nosso bem e bem intencionado São Luís.
“Quarenta e dois anos mais tarde, durante o seu julgamento, ele terá que responder à acusação de ter participado nesta ocasião um ritual de iniciação ultrajante”.
Em 1291, os islamitas mamelucos, sob o comando de Al-Ashraf Salah ad-Dîn Khalil ben Qala'ûn, Sultão mameluco Bahri do Egito, atacam os cristãos na Terra Santa, Molay lá está.
Jacques de Molay estava presente ao cerco de dois meses de Saint Jean d'Acre, e quando ela caiu em 17 de maio de 1291, viu o Grão-mestre Guillaume de Beaujeu levar uma flechada, e sua morte em consequência dela, como, também, ouviu as últimas palavras lendárias de seu líder que foram: « je ne m'enfuis pas, je suis mort », T.L.: “Eu não fugi, eu morri”
Estava Molay em meios aos Templários quando eles fugiram para Chipre.
Em Chipre foi confirmado Thibaud Gaudin, que era Grande Comandante do Templo, como o vigésimo segundo (22º) Grão-Mestre da Ordem dos Templários, pois ele já havia sido eleito em Sidon, mas seu comando só durou de agosto 1291 até sua morte em 16 de abril de 1292. Na ocasião, Jacques de Molay foi nomeado marechal, para suceder Pierre de Sevry, que morreu em Saint Jean d'Acre.
Detalhe: Antes da Queda de Saint Jean d'Acre, Thibaud Gaudin, Grande Comandante do Templo, por ordem de Guillaume de Beaujeu levou para Sidon o tesouro da ordem.
Sidon é hoje a terceira maior cidade do Líbano, está localizada ao Sul, na costa do Mar Mediterrâneo.
“Thibaud Gaudin tentou reorganizar todos os Templários após a devastação das recentes batalhas, mas a tarefa se mostrou assustadora e ele morreu em 1292, deixando uma tarefa de reconstrução para seu sucessor, Jacques de Molay.
Junto com Molay foram eleitos ou nomeados para as diversas tarefas da Liderança:
a-      Baldwin de Landrin foi nomeado Marechal,
b-      Berenguer de Saint-Just foi nomeado Comandante da terra,
c-       Guillaume de la Tour nomeado Comandante dos turcopolier ou Turcoples, corpo de arqueiros montados em cavalos árabes, vestidos como árabes,
d-      Raymond de Barber nomeado Vice-Marechal - Vitii Marescallus,
e-      Marin de Lou nomeado tesoureiro.
A situação da Ordem é complicada, até porque não recebem mais dos Soberanos europeus a ajuda de custo que recebiam, e o Papado estava sempre em dificuldades financeiras, sendo sustentado pelos representantes das Grandes famílias que calcavam as escadas do Trono de São Pedro. Roma era uma bagunça, bagunçada.
Molay, agora Grão-mestre, começou em sua peregrinação pelas Cortes da Europa na primavera de 1293, numa tentativa de conseguir apoio para Reconquista da Terra Santa – reconquista porcaria nenhuma porque aquela Terra nunca foi domínio dos cristãos, mas sim dos judeus e árabes desde que recordamur historica memoria – e fortalecimento da Base Templária em Chipre, para isso teve  entrevistas com o Papa Bonifácio VIII , Eduardo I, Rei da Inglaterra , Jaime I , Rei de Aragão e Carlos  II, Rei de Nápoles , mas não obteve nenhum tipo de compromisso firme para uma nova Cruzada.
Foi-lhe sugerido, a partir do Papado, fundir os Templários com uma das outras ordens militares, a Ordem dos Hospitalários, mas ouve resistência de parta a parte.
“No outono de 1296, de Molay estava de volta a Chipre” de mãos vazias em relação a Cruzada de Reconquista, mas com o direito garantido de importar das propriedades Templárias na Europa para Chipre mantimentos, armas, cavalos, e de cambiar dinheiro.
Henrique II de Lusignan, Rei de Chipre, primeiro Rei Titular de Jerusalém (após a queda do Acre) já havia se indisposto com Guillaume de Beaujeu, e com o retorno de Molay encrespou mais ainda com os Templários, contudo... queria ajudar ao Templários, pois desejava obter a Coroa de Jerusalém para colocar em sua cabeça naquela Cidade Santa, por isso colaborou de 1299 até 1303 com de Molay nos preparativos para as Guerras de Reconquista.
Em 20 de julho de 1300, uma pequena frota de 16 navios, comandada pelo Almirante Baudouin de Picquigny, parte das Forças militares lideradas por Henrique II de Lusignan, Rei de Chipre, primeiro Rei Titular de Jerusalém, acompanhado por seu irmão, Amalric, Senhor de Tiro, Jcaques de Molay e os líderes da Ordem, mais o embaixador de Mahmud Ghaza, Ghaza Khan, um mongol que foi o sétimo governante do Ilcanato no Irã entre 1295 a 1304.
Ilcanato, um dos quatro estados sucessores do Império Mongol, “centrado na Pérsia, englobava terras dos atuais Irã, Iraque, leste da Turquia, Afeganistão, oeste do Paquistão e Azerbaijão. Se limitava ao norte com a Horda de Ouro e o mar Cáspio, a nordeste com o canato de Djaghatai, a sul com o golfo Pérsico, a leste com o sultanato de Delhi e a oeste com os territórios dominados pelos mamelucos do Egito”.

 Essa Armada conseguiu invadir Rosetta, no Delta do Nilo, Alexandria, no Egito, Acre, hoje norte da planície costeira do norte Israel na extremidade norte da Baía de Haifa, Tortosa , hoje Tartus na costa da Síria, e Maraclea , localidade onde havia um Castelo cruzado destruídos pelos mamelucos,  antes de retornar a Chipre.
Eles deixaram a Ilha de Ruad, hoje Ilha de Arvad ou Arwad, a única ilha habitada nas costas da Síria, como cabeça de ponte para a futura invasão, mas ela foi tomada pelos mamelucos em   26 de Setembro de 1302.
“O nome Arvad é conhecido na Bíblia como o progenitor do arvadeus, um povo cananeus”.
Quando uma luta pelo poder eclodiu entre o Rei Henrique II e seu irmão Amalric, os Templários apoiaram Amalric, que assumiu as Coroas de Chipre e Titular de Jerusalém e exilou seu irmão exilado em 1306.
Diante disso a pressão aumentou vinda da Europa, principalmente do Papa, para que a Ordem dos Templários se aglutinasse com as outras ordens militares.
Que unidas elas elegessem um Rei, e que ele fosse o novo Rei de Jerusalém quando a Terra Santa fosse Reconquistada.
Continuou o impasse entre as Ordens e “em 6 de junho, os líderes dos Templários e dos Hospitalários foram oficialmente convidados pelo Papa para discutirem essas questões, com a data da reunião agendada como Dia de Todos os Santos de 1306, em Poitiers, França”.
E é aqui que entra Felipe, o Belo.

Continua....

CONVERSANDO ALEGREMENTE SOBRE A HISTÓRIA.: 157/D- conversa- Guillaume de Nogaret e Enguerrand...

CONVERSANDO ALEGREMENTE SOBRE A HISTÓRIA.: 157/D- conversa- Guillaume de Nogaret e Enguerrand...: 157/D- conversa-  Guillaume de Nogaret e  Enguerrand de Marigny -    Rei ou Monarca- Parte 8/D Guilherme de Nogaret Quem é ...

157/D- conversa- Guillaume de Nogaret e Enguerrand de Marigny - Rei ou Monarca- Parte 8/D

157/D- conversa- Guillaume de Nogaret e Enguerrand de Marigny -
  Rei ou Monarca- Parte 8/D



Guilherme de Nogaret

Quem é Guillaume de Nogaret?
Quem é Guilherme de Nogaret?
Chi è Guglielmo di Nogaret?
Quis Willelmus?
Guilhem de Nogaret?
Perguntei em francês, português, italiano, latim, e occitano, quem é essa figura de tão grande importância durante o reinado de Felipe, o Belo, o IV do mesmo nome a reinar na França, um orgulhoso Capeto Direto.

Piramide Social.
O Terceiro Desato na Base. 

Tiers état - O Terceiro Estado era composto de todos aqueles que não eram membros do Primeiro Estado (membros do clero católico), o Segundo Estado (os membros da Família Real e Nobreza), portanto eram os plebeus.
O Terceiro Estado era dividido em dois grupos:
A população urbana, que incluiu a burguesia, bem como trabalhadores assalariados;
A população rural, que incluíam os camponeses rurais livres (que possuía sua própria terra), servos, ou camponeses, que trabalhavam na terra de um nobre.
Poucos plebeus foram capazes de chamar a atenção do Primeiro e do Segundo Estados, com suas atividades laborais, bem como casar-se com um deles, ou simplesmente por motivos vários se juntar a eles, como os casos de Jean-Baptiste Colbert, ministro de Estado e da economia do Rei Luís XIV, filho primogénito de Nicolas Colbert, um comerciante de tecidos de Reims, portanto um membro da Burguesia urbana, ou o nosso Guilherme de Nogaret, filho de uma família de camponeses rurais livres que possuía sua própria terra, terra essa chamada de Nogaret.
Mais, Felipe, o Belo, não gostava dos nobres das grandes famílias, queria restringir os poderes dos senhores feudais, daí que preferia os plebeus ou gente da pequena nobreza, que alçados aos cargos de importância do Reino certamente ficariam gratíssimo a ele, o Rei, e executariam suas políticas de Estado sem fazer nenhum tipo de objeção.
Assim, junto com Nogaret ele contratou um membro da pequena nobreza de Lyons-la-Forêt, Normandia (baronnage appelé « Le Portier », barões chamados de “o porteiro”) de nome Enguerrand de Marigny, para implementar suas políticas centralizadoras.
 A família de “Le Portier” adotou o nome de Marigny em 1200, quando do casamento de Hugh Le Portier com Mahaut de Marigny.


 Enguerrand de Marigny

No começo de sua vida na Corte, Enguerrand de Marigny foi escudeiro do chevalier Hugues II de Bouville, seigneur de Milly, Par de França, Chamberlain (camareiro) e Secretário do Rei.
Por ter prestado bons serviços foi anexado a entourage da Rainha como padeiro, onde conquistou tanta confiança da Soberana-consorte que foi nomeado testamenteiro dela.
Com a morte de Pierre Flotte, chanceler da França e um dos mais famosos advogados à época,
Enguerrand de Marigny foi nomeado, Coadjutor do Reino da França – responsável pela administração real - portanto membro do Conselho do Rei.
A seguir foi enviado a Normandia pera verificar o que lá estava acontecendo, onde “recebeu de Philippe le Bel muitos presentes, mas também uma pensão de Edward II, Rei da Inglaterra”. Patife o moço, pois não???
Mesmo assim, como as finanças do Reino de França estavam um caos, elas eram na realidade ‘um saco sem fundo’, Enguerrand de Marigny continuou fazendo carreira.
Felipe pra lá de centralizador, que para obter bom êxito em suas políticas de Estado precisava de dinheiro, de recursos intermináveis, nomeou Enguerrand de Marigny, um homem não muito escrupuloso, (aliás, como todo ministro da Fazenda, ou finanças, de hoje, fazem as porcarias e vão pra casa de cara limpa, sem sofrer nenhuma sanção por parte da Nação que ajudou a colocar na penúria)  como “Guardião do Tesouro “, ou seja, responsável pelo Tesouro Real, e esse astuto homem de negócios, desempenhou como pode as suas funções, tanto na a centralização do Poder, como na unificação do dinheiro, e na administração geral do Reino.
Por fim Chanceler do Reino.
Mais, suas políticas econômicas, principalmente de criação e aumento de impostos, desagradou a Nobreza, e o Clero, criando fortíssimos inimigos como Carlos de Valois, Charles de Valois, Conde de Valois, de Anjou e Maine, de Alençon, de Chartres, de Perche, Imperador titular de Constantinopla, Marquês de Namur, Senhor de Courtenay, irmão de Felipe, o Belo, e tio dos futuros Reis de França, e líder do Partido Feudal, que via nas políticas do Monarca implementadas por seu Ministro uma diminuição dos poderes locais que os nobres vassalos possuíam por Tradição e que não queriam abdicar. Chamo atenção que esse estado de coisas – Nobreza feudal X Poder Real - durou até o governo do Cardeal-Duque de Richelieu, quando reinava em França Luís XIII, ou seja, do século XIV ao século XVII.  
Enforcamento de  Enguerrand de Marigny

Enguerrand de Marigny acabou sendo enforcando por obra e graça de Carlos de Valois logo no início do reinado de Luís, o Teimoso, ou Luís X, filho de Felipe, o Belo, e de Joana de Navarra.
Esse Luís X, também podia receber o cognome de Luís, o Corno. Uma história que contarei mais adiante.
Portanto, tanto Enguerrand de Marigny, quanto Guilherme de Nogaret, tiveram seus méritos, mas ao meu ver eles eram dois arrivistas, pessoas ambiciosas, que queriam ter bom êxito a todo custo, daí terem prestados os serviços que prestaram a Felipe, o Belo.
Repito, ninguém tira os méritos de Guilherme de Nogaret e de Enguerrand de Marigny, mas não podemos esquecer que o pior feitor é aquele que já foi escravo, e ambos devem ter sofrido muitas humilhações em suas vidas pregressas, humilhados tanto na vida de plebeu, como na de pequeno nobre normando, por muitas pessoas nessa França Orgulhosa de seu Destino, Monárquica e Medieval.
Voltemos ao tema:
Saint Felix de Lauragais,

Nogaret nasceu por volta de 1260 em Saint-Félix-de-Caraman, hoje Saint Felix de Lauragais, em occitan Sant Felitz de Lauragués, situada no departamento de Haute-Garonne na região Midi-Pyrénées, no coração do Pays de Cocagne. Era uma localidade dos Cátaros.
Filho de Guillaume II, um camponês rural livre que era dono de uma pequena propriedade da qual a família tomou o nome.
O avô de Guilherme de Nogaret foi considerado herege e condenado a morte, durante a Cruzada Albigense, ou “Cruzada Cátara ou Cruzada contra os Cátaros, foi um conflito armado ocorrido em 1209 e 1244, por iniciativa do Papa Inocêncio III com o apoio da dinastia Capetiana (reis da França na época), com o fim de reduzir pela força o catarismo, um movimento religioso qualificado como heresia pela Igreja Católica e assentado desde o século XII nos territórios feudais do Languedoc; favoreceu a expansão para sul das posses da monarquia Capetiana e os seus vassalos”.
Guilherme estudou Direito na Universidade de Montpellier, e se tornou professor de Direito Romano, simultaneamente prestando aconselhamento jurídico para vários "clientes", como:
1-      Gaucelin de La Garde de Chambonas, Bispo de Maguelonne (no acordo de fronteira das Dioceses de Maguelone d’Adge, firmado com Raymond, Bispo de Agde;
2-      Jacques II (em catalão: Jaume I), Rei de Maiorca, Conde de Roussillon e Cerdagne (em catalão: Cerdanya), Barão de Aumelas, e Senhor de Montpellier (negócios relativos a Cidade de Montpellier- O paréage é um contrato legal feudal associação entre duas ou mais senhores, garantindo sua igualdade de direitos e de propriedade em propriedade conjunta na mesma terra);
3-      O próprio Rei da França no mesmo assunto anterior e em outros.
É bem sucedido na assessoria de Felipe, o Belo, Rei de França, tanto que em 1293, entrou definitivamente para o seu serviço, tornando-se o Juiz Maior ou Mago (juge-mage) da sénéchaussée de Beaucaire-Nîmes, uma das mais importantes do Reino.
Em 1300 está sentado no Conselho do Rei.
Guilherme de Nogaret advogado é de agora em diante Conselheiro do Rei Felipe, o Belo, o IV do mesmo nome.
Em 1302, compra para o Rei a cidade de Figeac, situada no hoje departamento de Lot em região Midi-Pyrénées, que ficou sob a dependência direta de Filipe, o Belo, aumentando assim as suas rendas.

 Le château Guillaume de Nogaret à Marsillargues.

 Servidor fiel e competente do Monarca Taciturno, que o convoca para tratar, também, de assuntos religiosos.
Os primeiros problemas religiosos de Languedoc e o julgamento de Bernard Saisset são de sua competência.
Em 1300, foi enviado em uma embaixada ao Papa.
Em 12 de Março de 1303, durante uma assembleia solene realizada no Louvre, na presença de Filipe, o Belo, foi ele que discursou contra Bonifácio VIII e expos em alto e bom som “os crimes” – incluso a heresia- do Romano Pontífice e solicitando que a convocação de um conselho geral, ou concilio, para avaliar o caso.
O Rei calou-se, mas tudo foi feito de acordo com ele, pois Nogaret era pau pra toda obra do Monarca.
Nogaret com esse discurso deixou clara à disputa entre Filipe, o Belo, e o Papa Bonifácio VIII.
Participou em pessoa do Schiaffo di Anagni, ou Atentado de Anagni, ou Bofetada de Anagni, de 7 de setembro de 1303, quando seu cumplice Sciarra Colonna, com sua luva de armadura, luva de metal, esbofeteou o Papa Bonifácio VIII, a ponto desse cair no chão.
Ver:  Bonifácio VIII, Poder ultrajado de Horacio Ojeda Lacognata,  no www.youtube.com/,   

 O Palácio Papal de Anagni
Com anuncio do acervo de Bonifácio VIII.

A morte de Bonifácio VIII salvou a missão Nogaret aos olhos do Rei de França, tanto que quando de sua volta, o Rei Felipe faz dele um homem rico, dando-lhe uma bela soma em dinheiro, e mais os senhorios no Bas Languedoc (o que corresponde à atual região Languedoc-Roussillon), tais como em Marsillargues, em Calvisson, em Congénies, em Aujargues. Além dessa parte econômico-financeira, o Rei Felipe mandou fundir um “sino” ao qual deu o nome de Nogaret, para com isso “perpetua nome de sua família ilustre”.
No Papado:
A eleição de Bento XI - Benedetto XI, nascido Nicolas Boccasini, italiano de Treviso, no Veneto,
marca o início do triunfo da França sobre o Papado, como já vimos em conversas anteriores.
Para a alegria da dupla Felipe/Nogaret, Bertrand de Got, antigo Bispo de Saint-Bertrand-de-Comminges, e Arcebispo de Bordeaux, foi eleito Papa no Conclave realizado em Perugia, Itália, em 5 de junho de 1305, escolhendo o nome de Clemente V para pontificar em 24 de julho de 1305.
Clemente V subiu ao Trono de São Pedro em 14 de novembro de 1305, na Basílica de Saint-Just, em meio a uma grandiosa e luxuosíssima cerimônia que contou com a presença do Rei Felipe IV e de Nogaret, na Cidade de Lyon, na confluência do Ródano e Saône, que ainda não pertencia ao Rei de França, pois só veio a pertencer em 1312.
Crentes que estavam abafando a dupla Felipe/Nogaret, mandou esse último, em embaixada, “a Bento XI para pedir, em nome do Rei de França, a absolvição de todos os participantes na briga com Bonifácio VIII”.
O Papa se recusou a recebê-lo e o excluiu da absolvição juntamente com seu cumplice Sciarra Colonna, na que concedeu em 12 de Maio de 1304, lançando sobre eles uma Bula que os condenava em 7 de junho do mesmo ano - Beati Benedicti XI Bulla "Flagitiosum Scelus" (7 Iun. 1304) contra rebellionem in Francia – ver no www.youtube.com/,    https://youtu.be/UTk4e-yPmFY  ...
A dupla Felipe/Nogaret não gostou nem um pouco, e para piorar o Papa resolveu fazer com que a Sede do Papado fosse itinerante.
 A dupla Felipe/Nogaret queria o Papa em território do Rei de França, mas Bento XI não mora em Avignon, e sim em um feudo Papal, o Condado Venaissino, já decantado em outra conversa.
Porém, a Cúria foi instalada em Avignon, que pertencia ao Rei de Nápoles, conforme já contei, também, em outra conversa.
Nem Felipe, nem Nogaret gostaram do arranjo e continuaram importunar o Papa.
Felipe continuava a precisar de dinheiro e Nogaret tomou as seguintes providencias...
1-       Preparou um decreto real contra os judeus, as vítimas preferidas dos cristãos em todos os tempos, que foi publicado em 21 de julho de 1306. Nele constavam: A desapropriação e confisco dos bens judaicos, a prisão dos judeus, a expulsão dos judeus da França. Foi um horror. Nogaret assiste pessoalmente essas ações e segundo alguns até lucra financeiramente com elas, o que eu não duvido. Muitos bravos judeus morrerão em meio a essa barbárie.  
2-      A partir de setembro de 1307, Nogaret agora Garde du Sceau , où il succède à Pierre de Belleperche ( Guarda do Selo [ Real] sucedendo a Pierre de Belleperche), prepara o decreto real contra os Templários, com a desapropriação e confisco de seus bens e a prisão dos membros da Ordem.
Pierre Belleperche, le roi des légistes (o Rei forense),
nascido em Lucenay-sur-Allier,
no hoje o departamento de Allier, região de Auvergne,
por volta de 1230, falecido em Paris no dia 17 de janeiro de 1308,
foi um clérigo, Bispo de Auxerre, Cônego em Chartres e Deão de Paris,
professor na Universidade de Orleans, Conselheiro ao Parlamento,
Chanceler da França, Ministro da Justiça, Guarda do Selo,
e mais algumas outras coisas....
E foi aqui que a porca torceu o rabo.

Jovem judia sendo torturada para confessar que era bruxa.

Continua...

sábado, 28 de março de 2015

CONVERSANDO ALEGREMENTE SOBRE A HISTÓRIA.: 157/C- conversa- Felipe, o Belo, Rei de França- Re...

CONVERSANDO ALEGREMENTE SOBRE A HISTÓRIA.: 157/C- conversa- Felipe, o Belo, Rei de França- Re...: 157/C- conversa- Felipe, o Belo, Rei de França- Rei ou Monarca- Parte 8/C Armas de Avignon  Uma historinha abreviada de Avignon...

157/C- conversa- Felipe, o Belo, Rei de França- Rei ou Monarca- Parte 8/C Avignon

157/C- conversa- Felipe, o Belo, Rei de França- Rei ou Monarca- Parte 8/C


Armas de Avignon 

Uma historinha abreviada de Avignon:
O primeiro Bispo de Avignon foi Ebulus por volta de 202 d. C., com vários outros evangelistas até chegar a Nectarius, primeiro Bispo histórico de Avignon, citado em 29 novembro 439, durante o conselho regional na Catedral de Riez, ou Riez-la-Romaine, hoje no département des Alpes-de-Haute-Provence, Região de Provence-Alpes-Côte d'Azur.
Em 472, Avignon é saqueada pelos burgúndios.
Em 500, Clovis sitia Avignon.
Vitiges, Rei dos ostrogodos na Itália, toma Avignon, em 536.
Os filhos de Clovis I, Clotário, Childeberto I, a Dinastia Merovíngia, anexam Avignon, Orange, Carpentras, Gap (hoje localizada na região Provence-Alpes-Côte d’Azur, o capital do departamento de Hautes-Alpes) Arles e Marselha, e o neto de Clovis, Thibert I, anexa Aix, Apt (hoje sub-prefeitura do departamento de Vaucluse, na região Provence-Alpes-Côte d'Azur), Digne e Glandevès.
O Imperador Justiniano I reconhece essas conquistas internacionais dos Merovingios.



Cerco de Avignon em 1226 (à esquerda), a morte de Louis VIII, o Leão e a coroação de São Luís IX (à direita).

A partir do século VII a história de Avignon é terrível, mas no século IX o clérigo Ratfred é eleito Bispo de Avignon, a ponte sobre Le Rhône, o rio Ródano, é reconstruída.
Em 932 com a formação do Reino de Arles, ou Arelato, com capital na Cidade de Arles, Avignon, se torna uma das maiores cidades.
Já citei acima que com a partilha do Império de Carlos Magno, o Reino de Borgonha, ou Arelato, ou Reino de Arles, ficou para o Conde de Toulouse, portanto Avignon estava incluída nessa ação.
Em 1209 tem lugar o Conselho de Avignon e a segunda excomunhão de Raymond VI de Toulouse, de Saint-Gilles, de Rouergue, Duque de Narbonne, Marquês de Gothia e Provence, filho de Raymond V, Conde de Toulouse, etc., e de Constance de France, essa filha de Luís VI, Rei de França e Adèle de Savoia.
Raymond VI foi acusado de colabora com a heresia dos cátaros.
Seu filho, Raymond VII de Toulouse, a defendeu do cerco imposto por Luís VIII, Rei de França, mas acabou derrotado.
Poucos dias após a rendição da cidade às tropas do rei Luís VIII, Avignon sofreu com uma terrível inundação.
Em 1249, os nativos estabeleceram uma república, aniquilada pelos dois irmãos de São Luís, Alphonse de Poitiers e Carlos de Anjou, herdeiros por casamento daquela região, que incluía a cidade de Avignon.  
Após, a morte de Alphonse de Poitiers, seu sobrinho Felipe III, o Audaz, filho de São Luís, herdou Avignon, que em 1285 doou-a a seu filho Felipe, o Belo, que a vendeu em 1290 a seu primo, Carlos II, o Coxo, Rei de Nápoles, Sicília Titular de Jerusalém, Conde de Provença, Forcalquier, de Anjou e do Maine, Duque da Apúlia, Príncipe de Salerno, Cápua, Tarento, filho de Carlos I de Anjou, irmão de São Luís.

Joana de Nápoles e Anjou- Sicilia.

Depois do Papado instalado na cidade e Giovanna I di Napoli, ou la Reine Jeanne I, ou rainha Joana I, Regina di Napoli in carica 1343 – 1382, ou Rainha de Nápoles de facto e Condessa por direito próprio de Provence, de 20 de janeiro de 1343 – 12 de maio de 1382, portanto 39 anos, 3 meses e 22 dias, Princesse d'Achaïe, ou Principado da Acaia, situado na Península do Peloponeso (então conhecido como Moreia), bastante rico, exportador de vinho, uvas passas, cera, mel, azeite e seda, da Maison capétienne d'Anjou-Sicile, visitou o Papa Clemente VI ,nascido Pierre Roger, O.S.B, o quarto do Papado de Avinhão) e teve o seu pontificado de 7 de Maio de 1342 até a data da sua morte, em 6 de Dezembro de 1352 , com 61 anos, e para ele vendeu Avignon por 80.000 florins em 9 de junho de 1348.


Papa Clemente VI, o comprador de Avignon.

O Papa Inocêncio VI, nascido Étienne Aubert, francês do Limousin, construiu solidas muralhas, atraiu muitos comerciantes, pintores, escultores e músicos. O seu palácio, é o edifício mais notável no estilo gótico do mundo, foi o resultado do trabalho dos arquitetos franceses, Pierre e Jean Peysson du Louvre (chamado Loubières) e os afrescos foram pintados por Simone Martini e Matteo Giovanetti da Escola de Siena.
“A biblioteca papal em Avignon foi o maior da Europa no século quatorze (14) com 2.000 volumes”.
Nela estudou Petrarca.

Barcos em Avignon
Desenho T. Allom, gravura de E. Brandard.

O Antipapa Bento XIII, nascido Pedro Martínez de Luna y Pérez de Gotor, el Papa Luna, em espanhol, um aragonês nobre, é oficialmente considerado pela Igreja Católica como Antipapa, mas na época foi reconhecido como Papa pela França, Escócia, Sicília, Castela, Aragão, Navarra e Portugal, foi o último a pontificar em Avignon do dia de sua eleição 8 de setembro de 1394 até
12 de março 1403, quando fugiu da cidade e se asilou nos domínios do Luís II, Rei de Nápoles e Duque de Anjou, um membro da Casa de Valois-Anjou.
No entanto, em 1398 o Reino da França retirou seu reconhecimento do Papado de Avignon e Bento foi abandonado por 17 de seus Cardeais, com apenas cinco permanecendo fiel a ele.
A autoridade papal de Bento não era mais reconhecida na França, Portugal, ou Navarra, mas ele foi reconhecido como o Papa, na Escócia, na Sicília, Aragão e Castela.
“Em 1406, o Papa romano recém-eleito, Gregório XII, nascido Angelo Corraro, iniciou negociações com Bento, sugerindo que ambos renunciassem para que um novo papa fosse eleito. As negociações chegaram a um impasse e o Rei francês, Carlos VI, ajudou a organizar o Conselho de Pisa de 1409, donde saiu eleito o Papa Alexandre V, que, também, foi considerado um Antipapa”.
Todas essas marchas e contra marchas estão no ciclo histórico denominado Grande Cisma do Ocidente, Cisma Papal ou simplesmente Grande Cisma foi uma crise religiosa que ocorreu na Igreja Católica de 1378 a 1417.
“Entre 1309 e 1377, a Sede do papado foi para Avignon, na França, pois o Papa Clemente V foi residir em Avignon. Em 1378, o Papa Gregório XI voltaria para Roma, onde faleceria. A população italiana desejava que o papado fosse restabelecido em Roma. Foi então eleito o Urbano VI, de origem italiana. No entanto, ele demonstrou ser um papa muito autoritário, de modo que uma quantidade considerável do Colégio dos Cardeais, anularam a sua eleição. Um novo conclave, é o eleito Clemente VII, que passou a residir em Avignon. Iniciara-se assim o Cisma, em que o Papa residia em Roma e o Antipapa residia em Avignon, reclamando ambos para si o poder sobre a Igreja Católica. Posteriormente, surgiria outro Antipapa em Pisa. A cisma terminou no Concílio de Constança em 1417, quando o papado foi estabelecido definitivamente em Roma”.

  Papa Bento, Papa Luna.

Bento recusou-se a se demitir, e foi declarado um cismático e excomungado da Igreja Católica no Concílio de Constança em 27 de Julho 1417, mas ele se considerava o verdadeiro Papa, pelo o fato de que ser o único Cardeal nomeado antes da cisma. Reconhecido somente no reino de Aragão, onde foi dada proteção pelo Rei Alfonso V. Bento manteve-se em Peñíscola de 1417 até sua morte lá em 23 de maio de 1423.
Durante o pontificado de Clemente V, já citado, a Sede foi Itinerante até se fixar em Carpentras, próxima a Avignon, porém Cúria foi se estabelecer nessa última cidade, Avignon, em 9 de março de 1309.
Foram seis os Papas e dois Antipapas que residiram em Avignon:
1-      João XXII: 1316-1334
2-      Bento XII: 1334-1342
3-      Clemente VI: 1342-1352
4-      Inocêncio VI: 1352-1362
5-      Urbano V: 1362-1370 (em Roma 1367-1370; retornou a Avignon 1370)
6-      Gregório XI: 1370-1378 (em Avignon para retornar à Roma, em 13 de setembro de 1376)
Antipapas
1-      Clemente VII (1378-1394)
2-      Bento XIII (1394-1403)

A Obra que ficou mais espetacular em Avignon depois da saída dos Papas e Antipapas, foi sem dúvida le Palais des Papes, ou Palácio dos Papas, fortaleza e palácio, residência pontifícia durante o século XIV, portanto a sede da Cristandade do Ocidente, que a partir de 1995, juntamente com o Centro Histórico de Avinhão, passou a estar classificado na Lista do Património Mundial da UNESCO.

Palais des Papes, ou Palácio dos Papas



Continua...



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CONVERSANDO ALEGREMENTE SOBRE A HISTÓRIA.: 157/B- conversa- Felipe, o Belo, Rei de França- R...: 157/B- conversa-  Felipe, o Belo, Rei de França- Rei ou Monarca- Parte 8/B O Trono de São Pedro itinerante com Clemente V ...

157/B- conversa- Felipe, o Belo, Rei de França- Rei ou Monarca- Parte 8/B

157/B- conversa-  Felipe, o Belo, Rei de França- Rei ou Monarca- Parte 8/B





O Trono de São Pedro itinerante com Clemente V

A Santa Sé itinerante:
A princípio toda a Corte Papal de Bento XI passou para Poitiers (onde permaneceu por quatro anos) abandonando uma Roma ensanguentada”.

O sucessor do Beato Bento XI, eleito em 5 de Junho de 1305, foi o nobre francês Bertrand de Got, irmão de Bérard de Got, Arcebispo de Lyon e posteriormente e Cardinale Vescovo di Albano (Cardeal-Bispo de Albano) e tio de Raymond de Got, Cardinale Diacono di Santa Maria Nuova (Cardeal Diácono de Santa Maria Nova).



Bertrand de Got, Papa sob o nome de Clemente V. 
Retrato em Avignon, França

Bertrand de Got, sob o nome de Clemente V, foi Ungido e entronizado no Trono de São Pedro em 14 de novembro de 1305 e nele ficou sentado até 20 de abril de 1314, portanto quase 9 anos.
Carpentras é hoje uma comuna francesa, situada no departamento de Vaucluse, na região Provence-Alpes-Côte d'Azur, belo lugar, com clima mediterrâneo, cujos verões são quentes e secos, porem agradáveis, com invernos suaves, com uma estação de chuvas bem definida, e a caída da neve é rara nessa localidade que fica cerca de 25 km de Avignon.
Carpentras, como parte da Provence, um domínio no sudoeste do Reino de França, pertencia na Idade Média  aos Conde de Toulouse, tanto que Raymond V, Conde de Toulouse de 1148 até 1194, e Marques da Provence (Provença), mandou, em 1155, “seu chanceler Raymond Raous, Bispo de Carpentras, confirmar os privilégios que o Mercado da cidade possuía, ou seja, a realização das feiras as sextas-feiras permitindo que 200 feirantes participassem dela, o que fazia desse evento comercial uma grande feira da Idade Média”.    
Pelo Tratado de Paris de 12 de abril de 1229, ou Tratado de Meaux-Paris, ou Tratado de Meaux, concebido pelo Cardeal de Saint-Ange, Legado Papal, e pelos Conde de Champagne e Abade de Grandselve, entre o Rei de França e o Conde de Toulouse, Raymond VII de Saint-Gilles, cedeu “o Marquesado de Provença às mãos da Igreja com o nome de Condado Venaissino - em francês: Comtat Venaissin, em occitano lo Comtat Venaicin,em italiano: Il Contado Venassino-  , fato que detalharemos mais abaixo, mas que tornou esse domínio um Enclave Papal fora de Roma. .  
Clemente V mudou a Sede do Governo Pontifical para essa localidade, que como eu já disse era um verdadeiro Enclave Papal, e que não estava sujeito a autoridade de Felipe, o Belo, nem tão pouco do temido e inescrupuloso Guillaume de Nogaret.
Não podemos esquecer que Roma estava “ensanguentada “com as lutas travadas entre as facções políticas que disputavam o domínio político da Cidade Eterna.
“No início de 1306, Clemente V revogada, de facto, as Bulas de seus antecessores, e sempre agiu em estreito contato com Felipe, o Belo, marcando uma mudança radical na política papal.”.
“Clemente V apoiou Felipe, o Belo, na liquidação da Ordem do Templo, a Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão, "Ordo Pauperum Commilitonum Christi Templique Salominici", conhecida como Cavaleiros Templários,”, fato que conversaremos mais adiante.
Felipe, o Belo, e Nogaret, não eram homens de respeitar as fronteiras imaginarias e continuavam a atormentar Bento XII com todos os tipos de exigências, que e “depois de vários desentendimentos, o Papa queria fugir”.
Em 1314, foi diagnosticado um câncer de intestino (os médicos obrigaram a ele engolir esmeraldas marteladas), e Bertrand de Got, elevado a condição de Papa com o nome de Clemente V, desejou morrer entre os seus, e viajou para a Fortaleza de Villandraut, ao sudoeste de Langon, na hoje Região administrativa da Aquitânia, no departamento Gironde.
Chegou até Roquemaure, na margem direita do Rio do Rhône, no hoje departamento de Gard, Região Languedoc-Roussillon, em 5 de Abril de 1314, e se hospedou no Castelo do senhor Guillaume de Ricavi, morrendo cinco dias, depois em 20 de Abril de 1314.
Depois de exéquias solenes em Carpentras foi sepultado na igreja colegiada de Uzeste, uma cidade no sudoeste da França, localizada no departamento de Gironde, Região da Aquitânia, onde ainda está o túmulo.
Segundo consta durante o velório em Carpentras uma grande vela caiu colocando fogo no catafalco onde estava exposto o corpo, que ficou parcialmente carbonizado.
História rápida da Borgonha e da Região do Sul da França.
“Houve um Reino de Borgonha, royaume de Bourgogne, la Burgondie, em alemão: Burgund”, criado pelos Burgúndios, a mais antiga das tribos germânicas, de origem escandinava que se estabeleceram no estuário do rio Vístula, mas os Godos o expulsaram da área em 200 d.C..
Instalaram-se na Germânia e na Gália, de lá, eles se espalharam nas bacias do Saône e do Ródano. Foram submetidos pelos francos em 532 d.C. e seu território foi reunido à Nêustria”.
Assim, esse Reino da Borgonha é a nossa Bourgogne, ou Borgonha, região administrativa da França de hoje, que nos fornece os melhores vinhos do mundo, tais como os Beaujolais, para se beber em ambiente descompromissados, como, também, o Rei dos Vinhos do Mundo, Le Romanée-Conti, o Magnifico, considerado o maior Borgonha em todos os tempos.
Em priscas eras eu tive o prazer de saboreá-lo várias vezes, hoje não tenho mais condição de comprar uma garrafa desse néctar dos deuses.



Romanée-Conti, um dos maiores vinhos do mundo originário da Borgonha, França.

No contexto dos Reinos da Borgonha existiu o Reino de Arles, ou Arelato, com capital na Cidade de Arles, que foi formado pelos Reinos da Alta e Baixa Borgonha, por Rodolfo II, Rei da Itália, Rei da Alta Borgonha e da Baixa Borgonha, da Antiga Casa de Guelfo, Dinastia de governantes europeus do século IX ao XI, com dois Ramos: o borgonhês e o suabiano, ou da Suábia.
O Território “se estendia do Alto Reno (Alpes) ao Mar Mediterrâneo, no norte corresponde aproximadamente às atuais regiões francesas de Provence-Alpes-Côte d'Azur, Rhône-Alpes e Franche-Comté, bem como o oeste da Suíça”.
Muito bem...
Com a partilha do Império de Carlos Magno, o Reino de Borgonha, ou Arelato, ficou para o Conde de Toulouse, Condado esse criado pelo Imperador falecido, logo após a Bataille de Roncevaux, Batalha de Roncevaux, na Passagem Roncesvalles, Montes Pirineus, de 15 de agosto de 778, como Marca de proteção do Império contra os Bascos, vencedores da Batalha e que avançavam sobre a Aquitânia.
O comes, “por vezes traduzido para conde”, era nomeado pelo Imperador e Rei, mas depois se tornou hereditário.
Carlos Magno nomeou um tal “Chorson”, que foi capturado pelos Bascos e jurou vassalagem ao Líder deles, sendo substituído por Guillaume de Gellone, Guilherme d'Aquitânia, cognominado de le Grand, elevado a Conde de Toulouse, Duque de Aquitânia e Marquês de Septimania, da família Guilhelmides ou Wilhelmides, uma linhagem da nobreza franca dos séculos VII ao X, aparentada dos Carolíngios, pela irmã de Pepino, o Breve, de nome Alda casada com Thierry I, Conde d’ Autun.
Portanto Guillaume de Gellone, Guilherme d'Aquitânia, cognominado de le Grand, é primo de Carlos Magno, e em 806, ele se retirou para L’abbaye de Saint-Guilhem-le-Désert ou abbaye de Gellone est une abbaye bénédictin, e acabou sendo canonizado pelo Papa Alexandre II, em 1066, sob o nome de Saint Guillaume de Gellone ou d'Aquitaine, em occitano Saint Guilhèm, e é comemorado em 28 de maio.
Guillaume de Gellone comandou bem a grande fortaleza militar carolíngia durante as disputas com a Espanha Islamita, pois as campanhas militares contra os muçulmanos foram lançadas a partir de Toulouse. Não nos esquecemos que nessa época Barcelona foi conquistada em 801, bem como uma grande parte da Catalunha, somada as áreas do norte de Aragão e Navarra ao longo dos Pirineus, que formou a Marca da Espanha.

Saint Guillaume de Gellone ou d'Aquitaine, em occitano Saint Guilhèm, 

Guillaume de Gellone abdicou e Carlos Magno nomeou Beggo, filho de Gerard I, Conde de Paris e Rotrude, filha de Carlomano, filho de Charles Martel, outro parente, para o cargo de Conde de Toulouse, mas esse seguiu o pai como Conde de Paris.
O sucessor de Beggo foi Berengário, o Sábio, elevado em 814, por Luís, o Piedoso, filho de Carlos Magno, que foi sucedido por...
...Bernardo de Septimania, filho mais velho de Guillaume de Gellone, em occitano Saint Guilhèm, que foi Conde de Barcelona, ​​Girona e Toulouse, e Duque de Septimania, mas depois de muitas peripécias acabou executado por ordem de Carlos, o Calvo.
Acfred elevado por Carlos, o Calvo, foi expulso por Pepino II, Pepino II, o jovem, Rei da Aquitânia, bisneto de Carlos Magno.
Carlos, o Calvo, nomeou Guilherme de Septimânia, filho de Bernardo de Septimania, portanto neto de Guillaume de Gellone, que só ficou à frente do governo de 844 - 849
E Pepino II, o jovem, Rei da Aquitânia, bisneto de Carlos Magno, que em 25 de junho de 864, foi deposto pelo Edictum Pistense, Edito de Pistres, promulgado por Carlos, o Calvo, Rei de Francia ocidental e Imperador do Ocidente, neto de Carlos Magno, e por esse decreto, também, preso em Senlis, onde ele finalmente morreu, havia nomeado Frédolon, da Dinastia Raymondine, o novo Conde de Toulouse.
Mais, diante da realidade, Frédolon se bateou para o lado de Carlos, o Calvo, abrindo as portas da Cidade, e como prêmio passou a acumular os Condados de Toulouse, de Rodez, de Limoges e de Pallars, isso com o Título de Marques, ‘marchio’, e ainda o Condado de Carcassonne em 850.
Frédolon morreu em 852, deixando seus títulos para seu irmão Raymond.  
Raymond I, morto em 865, acontece que em 863, ele foi forçado a abdicar de Toulouse.
Seu filho, Bernard II, dit le Veau (o Bezerro), morto em 877, leal a Carlos, o Calvo, foi Conde de Toulouse, de Rouergue, de Limoges, de Nîmes, de Carcassonne, de Razès, e Albi.
Sua sucessão é a seguinte:

Bernardo III, Eudes ou Odo, Raymond II, Raymond III, Raymond IV, Hugh, Raymond V, William III, Pons, William IV, Raymond IV, Philippa, William V, Bertrand, Philippa, William V, William VI, Alphonse I, Raymond V, Simon, Amaury, Raymond VII, Joana, Alphonse II, Philip (pai de Felipe, O Belo), Luís Alexandre, légitime de France, Grande Almirante da França, filho de Luís XIV e de Françoise-Athénaïs, Marquesa de Montespan.


Louis Alexandre de Bourbon, Conde de Toulouse (1678-1737)

Continua...