156 - conversa- na França, os netos dos soberanos, quase sempre tem mais importância de que seus pais.- Rei ou
Monarca- Parte 7.
Alguns Reis de França:
T.L.:
Felipe IV, chamado de
"Filipe, o Belo" ou o Rei de Ferro (nascido em Fontainebleau, em
abril / junho 1268 - morreu em Fontainebleau 29 de novembro de 1314), filho de
Filipe, o Temerário ou Ousado, (1245-1285) e sua primeira esposa Isabella de
Aragão, foi rei da França 1285-1314, décimo primeiro rei da Dinastia
Capetinianos direto.
Felipe, o Belo, era neto de
São Luís.
Aqui chamo atenção de que na
França, os netos dos soberanos, quase sempre tem mais importância de que seus
pais.
Primeiro exemplo:
PHILLIPVS DEI GRATIA FRANCORUM
REX (« Philippe, par la grâce de Dieu roi des Francs »).
Philippe II dit « Philippe Auguste », né
le 21 août 1165 à Paris et mort à Mantes le 14 juillet 1223, est le septième
roi de la dynastie dite des Capétiens. Il est le fils héritier de Louis VII et
d'Adèle de Champagne.
T.L.: Felipe, chamado de
“Felipe Augusto", nascido em Paris, no dia 21 de agosto de 1165 e falecido
em Mantes, no dia 14 de julho de 1223, é o sétimo Rei da Dinastia dos Capetos
Diretos. Ele é o filho e herdeiro de Luís VII e Adélia de Champagne.
Le surnom d'« Auguste » lui fut donné par
le moine Rigord ((Rigordus) est un moine de Saint-Denis, médecin et historien)
après que Philippe II eut ajouté au domaine royal en juillet 1185 (Traité de
Boves) les seigneuries d’Artois, du Valois, d’Amiens et une bonne partie du
Vermandois et également parce qu'il était né au mois d'août. Référence directe
aux empereurs romains, ce terme signifie qu'il a accru considérablement le
domaine.
T.L.: O apelido de
"Augustus" foi dado a ele pelo monge Rigord (Rigordus), monge de
Saint-Denis, médico e historiador, após Felipe II ter adicionado ao Domínio
Real, em julho 1185 (Tratado de Boves), os senhorios Artois, Valois, Amiens, e
grande parte do Vermandois, e também porque ele nasceu em agosto. Referência
direta aos imperadores romanos, este termo significa que ele aumentou
significativamente seus domínios.
Guillaume Le Breton le nomme « Philippe
le Magnanime » dans sa chronique La Philippide rédigée entre 1214 et 1224.
T.L.: Guillaume Le Breton o
nomeia de "Filipe, o Magnânimo " em sua crônica La Philippide escrita
entre 1214 e 1224.
Philippe Auguste reste l'un des monarques
les plus admirés et étudiés de la France médiévale, en raison non seulement de
la longueur de son règne (18 septembre 1180 – 14 juillet 1223, 42 ans, 9 mois
et 26 jours), mais aussi de ses importantes victoires militaires et des progrès
essentiels accomplis pour affermir le pouvoir royal et mettre fin à l'époque
féodale.
T.L.: Felipe Augusto continua
a ser um dos monarcas mais admirados e estudados da França medieval, não só por
causa do seu longo reinado (18 de setembro de 1180 - 14 de julho de 1223,
42 anos, 9 meses e 26 dias),
mas também por suas vitórias militares importantes e progresso essencial para
fortalecer o poder real e acabar com a era feudal.
Philippe Auguste est le premier roi ayant
fait porter sur ses actes, sporadiquement à partir de 1190, officiellement à
partir de 1204, Rex Franciæ, roi de France, au lieu de Rex Francorum, roi des
Francs.
Interpretação:
Esporadicamente desde de 1190,
Filipe Augusto ao assinar seus atos oficias e para valer, ou seja, oficialmente
a partir de 1204 usava o Título de “Franciae Rex”, Rei da França, em vez de
Francorum Rex, Rei dos Francos.
Amigos na adolescência, alguns
afirmam que foram amantes de cama compartilhada, mesa e banho (Fontes: Bento de
Peterborough, cronista do século XII, o historiador britânico John Harvey,
ambos afirmam que o grande amor entre os dois por motivos desconhecidos se
tornou um grande ódio. Já para Jean Flori, Doutor em Letras e Ciências Humanas (Pantheon
- Sorbonne, 19810 e medievalista francês, os fatos revelavam a bissexualidade
dos dois, etc e tal.... ) Felipe
Augusto e Ricardo Coração de Leão, novo Rei da Inglaterra, Lorde da Irlanda,
Duque da Normandia, Duque da Aquitânia, Conde de Anjou, Conde do Maine,
sucedendo a seu pai, Henrique II, da Dinastia dos Plantagenetas, descendentes
de Guilherme, o Conquistador, começaram a disputar a soberania do Ducado da
Normandia em 1194.
É um verdadeiro jogo de
xadrez, que acaba abruptamente com a morte de Ricardo, durante o cerco do château
de Châlus-Chabrol (occitan limousin Chasteu de Chasluç-Chabròl), à Châlus en
Haute-Vienne (Castelo de Chalus Chabrol (Occitan Limousin Chasteu de Chasluç
Chabrol) em Chalus em Haute-Vienne) no hoje departamento francês de Haute-Vienne,
localizado na região de Limousin, um Castelo-forte de propriedade de Adémar V
de Limoges, Visconde de Limoges, através de uma flechada que gangrenou no dia
06 de abril de 1199.
Entretanto, Felipe Augusto
continua suas investidas para dominar o Ducado da Normandia, pois sabe que o
sucessor de Ricardo nos Tronos não é nem a sombra do falecido Rei e ex-amante.
João Sem-Terra, ou John Lackland
- assim apelidado porque seu pai nunca poderia deixar-lhe domínios ou terras
conforme a Tradição - era o posto do irmão em tudo, físico, sexo, moral, etc. e
tal, e logo perdeu o Château-Gaillard, uma fortaleza, situada no centro de Le
Vexin normand, uma região natural delimitada pelos vales do Epte , o Andelle e
Seine, a 100 km de Paris , na cidade de Les Andelys, no hoje o departamento de
Eure , na região de Haute-Normandie, em 1202, para a seguir perder a Cidade de Rouen,
hoje departamento de Seine-Maritime, capital da região de Haute-Normandie, em 24
de junho de 1204.
“Em apenas dois anos, o Ducado
da Normandia foi conquistado”.
Normandia Plantageneta dá
lugar a Normandia Capetiniana.
Mais, não parou por ai, pois
ocorreu a La bataille de la Roche-aux-Moines, em 2 de julho de 1214 perto da
atual Savennières, no hoje Departamento de Maine-et-Loire, Região Pays de la
Loire, onde lutaram os franceses contra os ingleses apoiados pelas forças de
Otto IV do Sacro Império.
“Em 16 de Fevereiro de 1214, o
Monarca Inglês desembarcou com suas tropas em La Rochelle. Felipe Augusto
informado partiu para o ataque, com uma manobra destinada a enganar os seus
inimigos e tentar mantê-los longe de Paris. O Rei da Inglaterra decidiu invadir
a fortaleza da Roche-aux-Moines, governado por Guillaume des Roches, Senescal
de Anjou, determinado a não ceder ao exército inglês. É armado o cerco em 2 de
Julho de 1214. Felipe Augusto envia tropas sob o comando de seu filho, Luís, o
Leão, futuro Rei Luís VIII. Com medo João-sem-Terra foge, largando todo o
armamento, armas de assalto, etc., no local do cerco”.
Uma vitória francesa no
Conflito entre as Dinastias Plantageneta e Capeto.
..E ai, aconteceu a Bataille
de Bouvines, domingo, 27 de Julho de 1214, perto de Bouvines, no condado de
Flandres (agora no Departamento do Norte).
De um lado as Forças de Felipe
Augusto, reforçada pela a milícia comunal e apoiado por Frederick II de
Hohenstaufen, futuro Rei da Alemanha, formalmente Rei dos Romanos, Rei da
Sicília e de Jerusalém, e Sacro Imperador Romano, que o Papa Gregório IX o
chamou de "o Anticristo “.
Do outro Forças de João- sem-Terra,
agora Rei da Inglaterra, Lorde da Irlanda e Duque da Aquitânia, com apoio moral
do Papa Innocenzo III, nascido Lotario dei Conti di Segni, que pontificou de 8 de
janeiro de 1198 até 16 de julho de 1216.
O Rei João estava a frente de
uma coalisão de nobres, a saber:
1- Otto
IV, Rei da Alemanha, formalmente Rei dos Romanos, e Sacro Imperador Romano;
2- Renaud
de Dammartin, Conde de Boulogne, que prestou vassalagem a João-sem-Terra, e o
arquiteto da coalisão;
3- Guillaume
I, Conde da Holanda;
4- O
filho mais novo de Sancho I, Rei de Portugal, de nome Ferrand de Portugal (Dom
Fernando) esse o Conde consorte de Flandres e Hainaut;
5- Henry I, Duque de Brabante;
6- Thiebaud
I, Duque de Lorraine;
7- Henry
III, Duque de Limburg;
8- Auxiliados
por vários outros pequenos Senhores Feudais;
A vitória de PHILLIPVS DEI
GRATIA REX FRANCIAE foi acaçapante e teve as seguintes consequências:
1- A
França emerge como um grande Estado no Continente Europeus;
2- Otto
IV, depois de fugir, se torna o único Monarca da Dinastia Guelfo a ser deposto,
fato ocorrido em 1215, perdendo assim seu Diadema Imperial e as outras Regalias;
3- Ferrand
(Dom Fernando de Portugal) Conde consorte de Flandres e Hainaut foi preso e
passou 15 anos encarcerado no Louvre;
4- Toma
os domínios de Renaud de Dammartin, Conde de Boulogne, de Dammartin, d’ Aumale,
e de Mortain, aliado de João-sem-Terra, e os dá a seu filho Philippe Hurepel de
Clermont, contudo para melhor legitimar a doação faz o casamento dele com
Matilde II, Condessa de Boulogne, filha do ‘confiscado de Dammartin”, que
permanecerá preso na fortaleza de Goulet até sua morte em 1227;
5- Despoja
totalmente João-sem-Terra de seus domínios da Normandia, Maine, Anjou, Touraine
e Bretanha, pois o Rei Inglês fugiu para a Inglaterra e com isso cessão as
hostilidades.
6- Derrotado,
João-sem-Terra se viu obrigado a concordar com a La Magna Carta Libertatum, a
Magna Carta do Barões ingleses, em 10 de junho de 1215.
Com essa vitória Felipe
Augusto não só consolida o Poder do Rei de França sobre esses domínios tomados
do Rei João, como, também, fortalece a Dinastia dos Capetos, pois o povo o
admira, tanto que seu retorno a Paris foi triunfante com festividades que
duraram seis dias. -
Considera-se que essas
festividades de 6 dias foram as primeiras manifestações de unidade nacional na
França.
Mostrando modéstias o Rei de
França escreveu a Universidade de Paris uma missiva na qual dizia entre outras
coisas:
“Louez Dieu! car nous venons
d'échapper au plus grave danger qui nous ait pu menacer... “
No dia seguinte a Vitoria funda entre Senlis e Mont-Eveque, L’ abbaye de
la Victoire ou l’abbaye Notre-Dame-de-la-Victoire-lès-Senli, a Abadia da Vitoria,
que será integrada ao Bispado de Senlis, em 1486.
Graças à grande vitória de
Felipe Augusto em Bouvines – ver abaixo - que marca o início do declínio do
domínio senhorial, esse Grande Rei termina o seu reinado cercado de um grande
entusiasmo popular.
Em 1180, Felipe Augusto casou
com Isabelle de Hainaut, Condessa de Artois, filha de Baldwin V, Conde de
Hainaut e tiveram:
1- Luís VIII, Rei de França;
2- Gêmeos (nascidos e
falecidos em 1190).
Luís VIII, Le Lion, Luís, o
Leão, aos 12 anos de idade, casou com Branca de Castela, filha de Afonso VIII,
Rei de Castela e Leonor Plantageneta, portanto uma neta de Leonor da Aquitânia,
a primeira esposa do seu avô, Luís VII Rei de França. A cerimónia ocorreu a 23
de Maio de 1200, depois de longas negociações entre Filipe Augusto e
João-sem-Terra, tio da noiva.
Seu reinado foi breve – de 14
de julho de 1223 até 8 de novembro de 1226, 3 anos, 3 meses e 25 dias- e não deu para ele fazer grandes coisas, mas
ele teve tempo de ter com Branca os seguintes filhos:
1- Branca
(1205–1206)
2- Inês
(nascida e morta em 1207)
3- Filipe
(9 de Setembro de 1209 - Julho de 1218), casado ou apenas noivo de Inês de
Donzy
4- Afonso
e João (gémeos nascidos e mortos em Lorrez-le-Bocage a 23 de Janeiro de 1207)
5- Luís
IX de França (1214-1270, seu herdeiro no trono da França, canonizado como São
Luís em 1297
6- Roberto
I de Artois (1216-1250), o Valente, casado com Mafalda de Brabante
7- Filipe
(1218-1220)
8- João
(21 de Julho de 1219 - 1232), conde de Anjou e Maine
9- Afonso
III de Poitiers (1220-1271), conde de Poitiers e Auvérnia, e de Toulouse por
casamento com Joana de Toulouse
10- Filipe
Dagoberto (20 de Fevereiro de 1222-1232)
11- Estêvão
(1225-1226)
12- Isabel
(1225-1269), abadessa fundadora de Longchamp
13- Carlos
I da Sicília (1226-1285), conde de Anjou e Maine, duque de Anjou, e rei da
Sicília e de Nápoles, rei de Jerusalém e conde da Provença
O que prova que Luís IX, Rei
de França, canonizado como São Luís, era neto do grande Reis Felipe Augusto.
É ou não é o que eu digo.
Segundo exemplo:
Não se pode dizer que São Luís
foi um mau governante, muito pelo contrário, ele pôs ordem no reino que seu avô
conquistou para si, para Luís VIII, seu filho e para seus descendentes Capetos.
Luís IX, Rei de França,
canonizado como São Luís, casou com Margarida de Provença, e foram pais de:
1- Branca
(4 de Dezembro de 1240 - 29 de Abril de 1243)
2- Isabel
(2 de Março de 1242 - 27 de Abril de 1271), casada em 1258 com Teobaldo II, Rei
de Navarra
3- Luís
(21 de setembro de 1243 ou 24 de Fevereiro de 1244 - 13 de Janeiro de 1260)
4- Filipe
III de França (1 de Maio de 1245 - 5 de Outubro de 1285), sucessor de São Luís
no trono francês
5- João
(1246 - 10 de Março de 1248)
6- João
Tristão ou João de Damieta (8 de Abril de 1250 - 3 de Agosto de 1270), Conde de
Valois, casado em 1266 com Iolanda da Borgonha, Condessa de Nevers
7- Pedro
(1251 - 6 de Abril de 1284), conde de Alençon e de Perch, senhor de
Mortagne-au-Perche e Bellême, casado em 1272 com Joana de Châtillon, condessa
de Blois e Chartres
8- Branca
(1252 ou 1253 - 17 de Junho de 1320), casada em 1269 com Fernando de La Cerda
Príncipe Herdeiro do reino de Castela
9- Margarida
da França (1254 ou 1255 - Julho de 1271), casada em 1271 com João I, Duque de
Brabante
10- Roberto
de França, Conde de Clermont (1256 – 7 de Fevereiro de 1317), casado em 1279
com Beatriz de Borgonha, Herdeira de Bourbon, ancestral de Henrique IV de
França
11- Inês
(1260 - 19 de Dezembro de 1325), casada em 1279 com o duque Roberto II da
Borgonha
Filipe III de França (1 de
Maio de 1245 - 5 de Outubro de 1285), um Príncipe educado, culto, muito
religioso, sucessor de São Luís no trono francês, reinou de 25 de agosto de
1270 até 5 de outubro de 1285, portanto 15 anos, 1 mês e 10 dias.
Felipe foi proclamado Rei em
Túnis, quando da morte de seu pai, afinal “Rei morto, Rei posto”, todavia já
demostrava ser “Sans beaucoup de personnalité ou de volonté, très pieux, bon
chevalier, plus impuissant à se battre, mais il avait à tenir son surnom de «
Hardi » (Sem muita personalidade ou vontade, muito piedoso, bom cavaleiro, mais
impotente para lutar, mas ele tinha que manter seu apelido de “Audaz”), assim
ele delega a seu tio, Carlos d’Anjou, ), conde de Anjou e Maine, duque de
Anjou, e rei da Sicília e de Nápoles, rei de Jerusalém e conde da Provença, não
só o comado, bem como a atribuição de negociar com o Sultão de Túnis, Abû `Abd Allah Muhammad al-Mustansir, uma
trégua de dez anos, o que lhe permite voltar para a França, recebendo, também,
um tributo pela saída dos Cruzados da
região. Isso tudo constava de um tratado assinado em 28 de outubro de 1270
entre os Reis da França, da Sicília e Nápoles, de Navarra, o Sultão de Túnis, e
seus Nobres.
Felipe III chegou a Paris 21
de maio de 1271, e foi Ungido e coroado Rei de França em 15 de agosto 1271, na
Basílica Real de Reims.
Seu período no Trono é
“marcado por disputas territoriais, disputas de heranças e guerras de
vassalagem”, fato que seu pai tentou evitar ao máximo, contudo o Rei Felipe III
faz de tudo para aumentar seus domínios através de heranças anexações, compras,
e guerras.
O primeiro patrimônio a ser
anexado aos Domínios Reais foi o de seu tio, Alphonse de Poitiers, ou seja, os
Condado de Toulouse,
de Poitiers (Poitou) e parte do Condado d’Auvergne, mas cede a Eduardo I, Rei
da Inglaterra, alguns importantes domínios, Saintonge e Ponthieu.
Herda de seu irmão Pedro, os
Condados de Alençon e de Perche e os senhorios de Mortagne-au-Perche e Bellême.
Compra os Condados de Nemours
e Chartres e várias cidades, como Harfleur (departamento de Seine-Maritime na
região de Haute-Normandie) ou Montmorillon (centro-oeste da França, localizada
no hoje departamento de Vienne na região Poitou-Charentes).
Etc. e tal...
Fortalece a sua Corte e suas Instituições
em detrimento das outras espalhadas pela França, administra, cria cargos,
decreta que a maioridade para ser Rei é de 14 anos completo, multa a Nobreza
por não participar dos exércitos do Rei, “e finalmente, institucionalizou a
segregação aos judeus”.
Como não tinha vocação, nem
estomago, para combater perdeu a guerra em que se meteu contra a Catalunha, tanto
na Batalha de naval de Formigues de 1285, nas costas das Ilhas Formigues, arquipélago situado a três quilômetros do porto de Palamos ( Gerona,
situada hoje a nordeste da comunidade autônoma da Catalunha ), no Mar
Mediterrâneo, quanto na Bataille du col de Panissars ( batalha da Passagem
de Panissars), uma passagem situada a leste dos Pirineus, fronteira entre
Espanha e França , entre Le Perthus ( hoje departamento de Pyrenees-Orientales
e região de Languedoc-Roussillon) e La
Jonquera ( hoje município da Espanha na província de Girona, comunidade
autónoma da Catalunha), travada entre 30 de Setembro e 1 de Outubro de 1285.
Como grande consequência
dessas Batalhas, Felipe III faleceu em Perpignan (hoje uma cidade no sul,
departamento de Pyrénées-Orientales, região de Languedoc-Roussillon), em 5 de
outubro de 1285.
A técnica usada em São Luís
havia sido perdida, e o corpo de Felipe III foi dividido em partes, num
processo denominado de “delaceratio corporis “, ou “divisão do corpo", ou
seja, separavam o coração, as entranhas e os ossos.
O de Felipe III foi assim
dividido em quatro, não em três:
1- Seu
corpo- as carnes- é enviado para a Catedral de Narbonne (não tenho ideia de
como isso foi feito, é estranho já que retiraram os ossos);
2- Suas
entranhas à Abbaye de la Noë, abadia cisterciense fundada no século XII, na
Normandia,
3- Seus
ossos que unem aos da família na Necrópole Real de Saint-Denis,
4- Seu
coração, confiado a seu confessor Dominicana que dá ao Couvent des Jacobins de
la rue Saint-Jacques, os dominicanos jacobinos de Paris.
Esta prática proibida por um
decreto do Papa Bonifácio VIII, em 1299, foi muito usada pelos Monarcas da
Dinastia Capeto, não só na França, mas, também, em outros países, pois permitiam
a multiplicação de cerimônias fúnebres, e de lugares onde os Monarcas falecidos
seriam homenageados e assim homenagear a essas localidades.
Dom Pedro I legou seu coração
a Cidade do Porto, “Invicta Cidade do Porto”, ainda hoje presente no listel das
suas armas, donde o epíteto com que é frequentemente mencionada por antonomásia
- a «Invicta», em homenagem ao contributo dado pelos seus habitantes à causa
liberal”. Seu corpo foi sepultado no Panteão dos Braganças, na Igreja de São
Vicente de Fora em Lisboa, mas hoje seus restos mortais repousam na Cripta
Imperial do Monumento à Independência, localizado no Museu do Ipiranga em São
Paulo, Brasil.
Antes de terminar:
Felipe III em 28 de maio de 1262,
em Clermont-Ferrand, casou com sua primeira esposa Isabel de Aragão, filha do Rei
Jaime I de Aragón el Conquistador, Rey de Aragón, Mallorca, Valencia, Conde de
Barcelona y Señor de Montpelier, e de Violante de Hungria, filha do rei André
II da Hungria e sua segunda esposa Yolanda de Courtenay, filha de Pedro II de
Courtenay, Imperador do Império Latino de Constantinopla desde 1216 a 1217.
Deste casamento nasceram
quatro filhos:
1- Luís
de França- É o herdeiro da Coroa da França, de 25 de agosto de 1270 (data da
morte de seu avô São Luís), sua própria morte prematura com a idade de 12 ou 13
anos.
2-
Filipe
de França, ou Felipe, o Belo, (futuro Filipe IV de França), Rei de França e
Rei- consorte de Navarra e França
3- Roberto
de França- faleceu com 10 anos, pois nasceu em de 1269 até 1276;
4- Carlos
de França, em apanágio Conde de Valois, de Alençon, de Chartres e de Perche, Rei
Titular de Aragão – proclamado em Paris, fevereiro de 1284, aos quatorze anos, sob
a autoridade da Santa Sé, e essa foi a primeira das Coroas Imaginarias que se apresentaram
em sua vida - Conde-consorte de Anjou e do Maine, por seu casamento com Margarida
de Anjou, filha de Carlos II, Rei de Nápoles, da Albânia, Príncipe de Salerno e
da Acaia, Conde de Provence e Forcalquier e de Anjou, e de Maria da Hungria,
filha de Estêvão V, Rei da Hungria, e de Isabel da Cumânia, filha de Kuthen, Khan
da Cumânia, Tribos Tártaras de origem Turca denominadas Cumenos pelo Império
Bizantino. Pelo casamento com Catherine I de Courtenay, Imperatriz Titular de
Constantinopla, única filha e herdeira do Imperador Titualr de Constantinopla,
Filipe I de Courtenay, e de Beatrice da Sicília, se tornou Imperador Titular de
Constantinopla, outra Coroa Imaginaria.
Voltemos...
...E o novo Rei da França,
Filipe IV, o nosso Felipe, o Belo, decidiu voltar para a Paris.
Como se vê o neto de São Luís
assume o Trono de França, porta na fronte a Coroa, e em GRANDEZA suplantara seu
avô santificado.
Terceiro exemplo:
Henrique IV, Henri IV, Henri
le Grand, nascido Henri de Bourbon, Rei de Navarra, depois Rei de França e de
Navarra, Chefe da Casa de Bourbon, um descendente de São Luís, primeiro
Príncipe de Sangue, o primeiro Monarca francês do Ramo de Bourbon da Dinastia
dos Capetos, que foi assassinado em 14 de maio de 1610 pelo um fanático frade
François Ravaillac , em plena rue de la Ferronnerie, em Paris .
Em segundas núpcias Henrique
IV casou com Marie de Médicis, nascida Principessa Maria de' Medici, sexta
filha de Francesco I de Medici, Grão-Duque da Toscana, e de Joana da Áustria,
Arquiduquesa da Áustria, filha de Ferdinand I, Imperador Sacro e da Imperatriz
Anne, filha de
Vladislav IV, Rei da Hungria e
da Boêmia, e Anne de Foix, da Dinastia Jagellon, uma nobre família originaria a
Lituânia.
Foram pais de:
1- Élisabeth, fille de France, Rainha de Espanha,
2- Christine,
fille de France, Duquesa de Savoia,
3- Monsieur
d’Orléans (1607-1611), nascido Nicolas ou Nicolas-Henri, fils de France e Duque
d'Orléans,
4- Gaston,
fils de France, depois Monsieur le frère du Roi, Duque d'Orléans, de Chartres,
de Valois, d'Anjou e d'Alençon, Conde de Blois, de Montlehery e de Limours,
Barão d'Amboise e Seigneur de Montargis,
5- Henriette,
fille de France, Rainha da Inglaterra.
Deixei separado o filho mais
velho do casal:
Louis XIII, surnommé « Louis le Juste »,
né le 27 septembre 1601 au château de Fontainebleau et décédé le 14 mai 1643 au
château neuf de Saint-Germain-en-Laye, est Roi de France et de Navarre entre
1610 et 1643.
T.L.: Luís XIII, apelidado de
"Luís, o Justo", nascido 27 de setembro de 1601 em Fontainebleau e
morreu 14 de maio de 1643 no novo castelo de Saint-Germain-en-Laye, foi Rei de
França e de Navarra entre 1610 e 1643.
Se não fosse Armand Jean du
Plessis de Richelieu, o Cardeal - Duque de Richelieu e de Fronsac, seu Ministro-Chefe,
seu reinado teria sido desastroso para a França, para Europa e para a
Civilização ocidental.
Contudo tanto Richelieu quanto
seu sucessor no Cargo de Ministro-Chefe, Mazarino, preparam a França para um
grande reinado, o governo do filho de Luís XIII e de sua esposa, Infanta Ana
d’Áustria, uma espanhola da Casa d’Áustria, que é um ramo da Dinastia
Habsburgo, chamado na pia batismal de Louis-Dieudonné.
Louis-Dieudonné será no futuro
Louis XIV, dit Louis le Grand, ou le Roi-Soleil, de quem falaremos em outra
conversa, mas que é um neto de Henrique IV, Henri IV, Henri le Grand, nascido
Henri de Bourbon, Rei de Navarra, depois Rei de França e de Navarra.
Tenho ou não razão sobre os grandes avós e netos?
Continua...
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