terça-feira, 9 de dezembro de 2014

47 - CONVERSA- Carlos Magno, « KAROLUS IMPERATOR AUGUSTUS », no catolicismo romano- Parte II.


Carlos Magno
Karl der Große, Carolus Magnus ou Karolus Magnus, Charlemagne.
Pater Europae,o Pai da Europa.
« KAROLUS IMPERATOR AUGUSTUS »
Charles, empereur auguste
Römischer Kaiser
Imperatur Romanorum
Rei da Aquitânia.
Rei dos Francos e dos Longobardos

Domingo, 4 de julho de 2010
Beato Carlos Magno: imperador cultuado em diversas dioceses
Em Carlos Magno, rei dos francos o Papa São Leão III instituiu o Sacro Império Romano Alemão.
O histórico fato aconteceu na noite de Natal do ano 800. Na basílica de São Pedro, no Vaticano, conserva-se no chão a pedra sobre a qual deu-se a coroação.
São Leão III instituiu o Sacro Império Romano Alemão no Natal de 800
Carlos Magno é cultuado como Bem-Aventurado em diversas dioceses antigas e prestigiosas da Europa.
Nessas dioceses as imagens do Beato Carlos Magno se encontram nos altares. No dia de sua festa, há missa e ofício próprios.
Por isso, o avalizado Dom Guéranger, no seu famosíssimo Année Liturgique inclui a seguinte oração litúrgica ao grande Beato Carlos Magno.
Salve, ó Carlos, bem-amado de Deus, Apóstolo de Cristo, defesa de sua Igreja, protetor da justiça, guardião dos costumes, terror dos inimigos do nome cristão!
O diadema maculado dos Césares, mas purificado pelas mãos de Leão, coroa a vossa fronte augusta; o globo do Império repousa em vossa forte mão; a espada dos combates do Senhor, sempre vitoriosa, está suspensa em vosso cinturão; e a unção imperial veio se unir à unção real, com a qual a mão do Pontífice já tinha consagrado vosso braço poderoso.
Transformado na figura de Cristo na Sua Realeza temporal, quiseste que Ele reinasse em vós e por meio de vós.
Ele vos recompensa agora do amor que tivestes por Ele, do zelo que mostrastes pela sua glória, do respeito e da confiança que testemunhastes à sua Igreja. Em troca de uma realeza terrena, caduca e perecível, recebestes uma realeza imortal no seio da qual tantos milhões de almas, arrancadas por vós da idolatria, vos honram como instrumento de sua salvação.
Nesses dias em que celebramos o nascimento de Nosso Senhor por Nossa Senhora, vós lhe apresentais o templo gracioso e magnífico que construístes em sua honra [Aix-la-Chapelle], e que ainda hoje é objeto de nossa admiração. Foi nesse santo lugar que vossas mãos piedosas colocaram os panos de seu Divino Filho.
Em retribuição, o Emanuel quis que vossos ossos sagrados ali repousassem com glória, a fim de receberem o testemunho da veneração dos povos.
Glorioso herdeiro da fé dos três Reis Magos do Oriente, apresentai-nos aquele que se dignou revestir-se desses humildes tecidos. 
Pedi para nós uma parte dessa humildade com a qual gostáveis de vos inclinar diante do Presépio, dessa piedosa alegria que enchia vosso coração nas solenidades que celebramos, desse zelo ardente que vos fez empreender tantos trabalhos pela glória do Filho de Deus, dessa força que não vos abandonou nunca na conquista de seu Reino.
Poderoso Imperador, que fostes outrora o árbitro da família europeia inteiramente reunida debaixo de vosso cetro, tende piedade dessa sociedade que hoje desmorona em todas as partes.
Depois de mil anos, o Império que a Igreja havia posto em vossas mãos caiu. Tal foi o castigo de sua infidelidade à Igreja que havia fundado. Mas as nações ficaram, e se agitam na inquietação.
Só a Igreja pode lhes devolver a vida por intermédio da fé; só ela continua a depositária das nações de direito público; somente ela pode regular o poder e consagrar a obediência.
Fazei que brilhe logo o dia em que a sociedade, restabelecida em suas bases, deixará de pedir às revoluções a ordem e a liberdade.
Protegei com um amor especial a França, o mais rico florão de vossa esplêndida coroa.
Mostrai que sois sempre seu Rei e seu pai. Detende os progressos dos falsos impérios que se elevam ao norte, baseados no cisma e na heresia, e não permitais que os povos do Sacro Império se tornem para sempre suas presas.

(Fonte: D. Guéranger, “L’Année Liturgique”)

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