terça-feira, 9 de dezembro de 2014

50- CONVERSA - NOBREZA Uma classe em seus últimos estertores.

la vie luxueuse à la cour de Versailles.

NOBREZA
Uma classe em seus últimos estertores.


Para começar abaixo tem a lista hierárquica dos Títulos nobiliárquicos ou Títulos de nobreza:
1-       Imperador & Imperatriz;
Czar & Czarina. Kaiser & Kaiserin. Mikado () e de Tenno (天皇), que significa "soberano celestial" do Japão.
2-       Rei & Rainha
3-       Príncipe & Princesa:
Príncipe monarca
Príncipe imperial
Príncipe real
Grão-príncipe
4-       Infante & Infanta
5-       Grão-duque & Grã-duquesa
6-       Arquiduque & Arquiduquesa
7-       Duque & Duquesa
Conde-duque (título espanhol atribuído aos condes de Olivares e aos duques de Sanlúcar la Mayor)
8-       Marquês & Marquesa (Margrave & Margravina)
9-       Conde & Condessa:
Conde-barão (título português oitocentista, atribuído aos condes e barões de Alvito)
10-    Visconde & Viscondessa
11-    Barão & Baronesa
Na Inglaterra “Lord of Barony ( termo que se refere ao Senhor de um  Baronato Feudal).
Não confundir com Baronete.
12-    Senhor & Senhora
13-    Baronete – baronet-  (abreviado como Bart) & Baronetesa - baronetess - (abreviado, Btss) –  é a única honra hereditária que não é um título de nobreza, mas que consta da Lista dos mesmos por especial deferência do Soberano da Inglaterra, e assim são considerados membros da chamada ‘pequena nobreza’ com posição hierárquica acima dos Cavaleiros e Damas.
São não são superiores aos Cavaleiros das Ordens da Jarreteira (The Most Noble Order of the Garter) e do  Cardo (Most Noble and Most Ancient Order of the Thistle).
Os agraciados usam o Sir e o Dame porque são Cavaleiros hereditários.
A esposa do Baronete usa o Lady.
14-    Cavaleiro & Dama
Sir & Dame
15-    Escudeiro & Escudeira
A Nobreza
A Nobreza é uma classe social composta de personagens portadores de Títulos Nobiliárquicos e seus familiares.
O Nobre é quem tem Título de Nobreza e seu status, status esse que se formou desde a Antiguidade.
Ser Nobre - Noble , do latim Nobilis -  dentro desse antiguíssimo conceito, é ser ou ter uma Alta Dignidade em uma sociedade.
1-       “A palavra vem do latim nobilis , que é derivado do verbo Nosco e adjetivo Notus , que significa 'saber' e 'conhecida', respectivamente, que se distingue pelos fatos ou virtudes entre os outros homens”.
“Hoje ela se refere aos descendentes daqueles que serviram o país, ou seja, o reconhecimento dos serviços dos antecessores em seus sucessores com a intenção de estimula-los a seguir os passos de seus antepassados ​​e se distinguiram, como eles, por seus talentos e seus grandes serviços [ a Nação]”.
“Sêneca considerava que a verdadeira nobreza do homem estava na obediência à reta razão, e ter uma alma sabia e virtuosa”.
2-       O termo deriva do latim nobilitas, o substantivo abstrato do adjetivo nobilis ("bem conhecido, famoso, notável").
Na sociedade romana antiga, nobiles originou-se como uma designação informal para a classe política governante, classe essa que tinha interesses em comum.

A Nobreza no Sistema Feudal eram geralmente aqueles que detinham um feudo.
“Feudo é a terra concedida por um suserano ao vassalo, em troca de fidelidade e ajuda militar. Essa prática desenvolveu-se na Idade Média, após o fim do Império Romano e foi à base para o estabelecimento de uma aristocracia fundiária”.
“O Feudalismo não coincide com o início da Idade Média (século V d.C.), porque este sistema começa a ser delineado alguns séculos antes do início dessa etapa histórica (mais precisamente, durante o início do século IV), consolidando-se definitivamente ao término do Império Carolíngio, no século IX d.C.”.
Um suserano era “um nobre que doava algum bem (normalmente terras, mas podia ser a concessão de impostos sobre uma ponte, o uso de equipamentos agrícolas, o uso de uma fonte d'água, etc....) a outro nobre, que passa ser considerado vassalo”.
“O vassalo lhe faz um juramento de fidelidade, devendo-lhe lhe prestar diversos serviços, entre os principais, lutar no exército do suserano quando for convocado, ajudar seu suserano economicamente quando este precisar, etc.”.
“Um suserano pode se tornar vassalo de outro nobre se dele receber algo; da mesma forma, um vassalo pode se tornar um suserano se doar algo a outro nobre”.
Havia um ritual de vassalagem dividido em 3 partes, a saber:
 “A primeira parte é a homenagem, a fase verbal, quando o vassalo exprime sua vontade de se tornar homem do senhor, colocando suas mãos entre as do senhor em sinal de submissão”.
 “A parte chamada fé, a segunda parte do ritual, de cunho religioso, o vassalo com a mão estendida sobre os evangelhos ou sobre as relíquias, jurava ser fiel ao seu senhor.”
A terceira parte do ritual era “a investidura do feudo, a posse do feudo, que se processa mediante a entrega de um objeto simbólico, pelo senhor ao seu vassalo.”
Assim, o vassalo se comprometia com suserano, além de lhe socorrer com homens e armas, dar-lhe 50% de sua colheita.
Em contra partida o suserano, o senhor feudal, fazia um juramento garantido a ele- o vassalo- proteção e a plena concessão de terras.
Chamo a atenção de que “um Reino é o conjunto de vassalos e servos de um Rei”.
O Feudo logo se tornou hereditário, associado a um Título Nobiliárquico, também, hereditário, gozando de privilégios fiscais e outros.
Na sociedade feudal havia três classes, a saber:
1-       “O clero tinha como função oficial rezar, mas que na prática, exercia grande poder político sobre uma sociedade bastante religiosa, onde o conceito de separação entre a religião e a política era desconhecido”;
2-       “A nobreza (também chamados de senhores feudais) tinha como principal função a de guerrear, além de exercer considerável poder político sobre as demais classes”.
             “O Rei lhes cedia terras e estes lhe juravam ajuda militar”.
“Os Vassalos oferecem ao senhor ou suserano, fidelidade e trabalho em troca de proteção e um lugar no sistema de produção e com isso as redes de vassalagem estendiam-se por várias regiões, sendo o Rei o suserano mais poderoso”;
3-       “Os ‘servos da gleba’, ou seja, a maior parte da população camponesa: estavam presos a terra, sofriam intensa exploração, eram obrigados a prestar serviços à nobreza e a pagar-lhes diversos tributos em troca da permissão de uso da terra e de proteção militar”.

“Na Idade Média os títulos nobiliárquicos ou títulos de nobreza pertenciam aos nobres e foram criados com o intuito de estabelecer uma relação de vassalagem entre o titular e o Soberano ou Monarca (Imperador (Caesar, Kaiser, Czar), Rei, Regente, Príncipe Soberano) são eles: Príncipe, Duque, Marquês, Conde, Visconde, Barão, Senhor, Cavaleiro, Chevalier e ou Cavalheiro e por fim Escudeiro”.
No âmbito do Sacro Império foram estabelecidos os Fürst, que eram chamados de Erbprinz ou Prinz, os Margraves (Markgraf correspondente a Marquês), os Landgraves (a magistrados que faziam justiça em nome do Imperador), os Burgraves (Conde de um castelo ou de uma cidade fortificada), os Vildgraves (fidalgos da patente de graf (conde), que tinha autoridade sobre as florestas ou áreas desabitadas), os Graf (condes), os Barões [Freiherr] e os Cavaleiros [Edler].
Evolução:
Apanágio:
Os Reis Francos dividiam os seus domínios entre os seus filhos teoricamente para não haver disputas. Foi o caso de Pepino, o Breve, com Carlos Magno e Carlomano.
Foi, também, o caso do filho de Carlos Magno, Luís I o Piedoso, que dividiu seus domínios com os filhos Lotário I, Luís II, o Germânico e Carlos II, "o Calvo", e seu sobrinho, Bernardo de Itália, filho de seu meio irmão Pepino de Itália.
Lotário foi proclamado e coroado co-Imperador em Aquisgrano por seu pai. A ele foi prometida a sucessão para a maioria dos domínios francos (excluindo as exceções abaixo), e seria o senhor de seus irmãos.
Pepino foi proclamado Rei da Aquitânia, o seu território, incluía também a Gasconha, a marca à volta de Toulouse, e os municípios de Carcassonne, Autun, Avallon e Nevers.
Luís, o filho mais novo, foi proclamado Rei da Baviera e das marcas vizinhas.
Bernardo, o filho do filho de Carlos Magno, Pepino de Itália, foi confirmado como Rei da Itália, um título que ele tinha sido autorizado a herdar de seu pai, Carlos Magno.
Tudo feito e tudo desfeito, três guerras civis aconteceram, para terminar no Tratado de Tratado de Verdum, de 843 a.D. , que estabeleceu a divisão do Império de Carlos Magno entre seus três netos.
Assim...
O tempo passou e solidificou-se o Apanágio.
Apanágio era o nome dado à doação que o Rei de França fazia a seus filhos que não eram o Delfin, o Herdeiro da Coroa.
As propriedades não podiam ser vendidas, hipotecadas, usar como parte de um ‘dote1, e voltava para a Coroa, ou Domínio Real, quando da morte do beneficiário. 
O apanágio foi estabelecido para dotar os príncipes de recursos para sua subsistência e para a ocupação, de forma aristocrática, dos domínios reais.
Foi abolido durante a Revolução Francesa, mas reestabelecido em 1810, e novamente extinto em 1832.
Em seus primórdios serviu, também, para frear a ganância de alguns filhos dos Reis, que cobiçavam o Trono de seu irmão mais velho, ou de seus sobrinhos filhos desse irmão.
“O primeiro Soberano francês a criar um Apanágio foi Henrique I, terceiro Rei da Dinastia dos Capetos, do ramo dos Capetos Direto, que reinou de 10 de julho de 1031 até 4 de agosto de 1060 ( 29 anos e 25 dias), pois enfrentou as hostilidades de Constança de Arles, sua mãe, dos grandes vassalos que queriam uma eleição para Rei, cada um puxava a brasa para sua sardinha, de seu irmão mais novo Robert de France, Príncipe de Sangue Real, esse instigado pela mãe”.
Henrique I ajudado por Conrado II, Sacro Imperador Romano, e Robert, o Magnífico,
Duque da Normandia, venceu as disputas, mas criou um apanágio para seu irmão Roberto, o Ducado de Borgonha, cujos descendentes preservaram a posse do Ducado até 1361, quando houve a extinção do primeiro Ramo Capeto da Casa de Borgonha, com a morte prematura pela peste de Felipe I - Philippe de Rouvres ( Filipe de Carvalho )-  com apenas 15 anos, em 21 novembro 1361 .
O Ducado da Borgonha foi tomado por João II, o Bom, que acabou casado com a mãe do Duque falecido, Jeanne I d’ Auvergne, que alegou a condição de apanágio.
Felipe, o Corajoso, dit « Philippe le Hardi » , quarto e mais jovem filho do Rei João II, o Bom, e de Bonne de Luxemburgo, ‘mostrou bravura que ele mostrou durante a derrota francesa na Batalha de Poitiers , em 19 de setembro de 1356’, e como prêmio  na sua maioridade, no mesmo ano, o Rei lhe deu em apanágio o  Ducado de Borgonha.
Casou « Philippe le Hardi » em 19 de junho de 1369, na Igreja de Saint-Bavon com Margarida de Flandres, rica herdeira presuntiva do condado de Flandres, Artois, Rethel, Nevers e do Condado de Borgonha, viúva de Felipe I - Philippe de Rouvres (Filipe de Carvalho).
O último Duque de Borgonha, em apanágio de Luís XV, se avô, foi Louis Joseph Xavier, nascido em 13 de setembro de 1751 em Versailles e que morreu no mesmo Palácio em 22 de março de 1761, com apenas 9 anos, 6 meses e 9 dias, irmão mais velho dos futuros Reis ei Luís XVI, Luís XVIII e Carlos X .
O pequeno Duque sofreu uma queda feia em 1760, os cirurgiões operam para remover o tumor que está instalado no fêmur. A falta de esterilidade do tempo leva a tuberculose óssea será a causa de sua morte.
Os Capetos Diretos criaram 12 apanágios de 1032 (Henri I dá o Ducado de Borgonha a seu irmão Robert I) até 1322 (Felipe, o Belo, dá o Condado de la Marche para seu filho Carlos, o Belo, futuro, Carlos IV, Rei de França). 
Os Capetos de Valois ou Casa de Valois, ramo mais novo da Dinastia dos Capetos, criaram 34 apanágios de 1344 (Felipe VI dá a seu filho Felipe o Ducado de Orléans e o Condado de Valois) até 1576 (Henrique III aumenta os apanágios de seu irmão François de France (Francisco de França) com os Ducados d'Alençon, d'Anjou, de Touraine, de Brabant e Château-Thierry).
Os Soberanos dispunham desses apanágios na verdade ao seu bel prazer, tirando a posse de alguns deles de um determinado Príncipe ou herdeiro e dando para outro Príncipe, ignorando o princípio da Hereditariedade.
Um exemplo é o ducado de Bourbon, integrado no domínio real por ter sido confiscado em 1531 por Francisco I no momento da traição do Condestável de Bourbon  
Os Capetos de Bourbon ou Casa de Bourbon (Borbón em castelhano e Borbone em italiano) descendentes de Robert de Clermont, Conde de Clermont, seigneur de Bourbon, de Charolais, de Saint-Just et de Creil, filho do Rei São Luís (Luís IX) e de Marguerite de Provence.
Eles emitiram cindo Éditos criando apanágios, a saber:
Édito de julho 1626, sobre a doação de Luís XIII a seu irmão Gaston-Jean-Baptiste de França, dos Ducados de Orleans, de Chartres e Condado de Blois;
Édito de março 1661 sobre a doação de Luís XIV a seu irmão Philippe de France dos Ducados de Orléans, Valois e Chartres, com o senhorio de Montargis;
Édito de Junho de 1710, sobre a doação de Luís XIV a seu neto, Charles de France, Duque de Berry, os Ducados de Alençon, de Angoulême e do Condado de Ponthieu;
Édito de abril 1771, sobre a doação de Luís XV a seu neto Louis Stanislas Xavier de França, Conde de Provença, futuro Luís XVIII, do Ducado de Anjou e do Condado de Perche;
Édito de outubro 1773, sobre a doação de Luís XV a seu neto Charles-Philippe de France, Conde de Artois, futuro Charles X, dos Ducados de Auvergne, de Angouleme, de Berry esse adicionado por cartas patentes de junho 1773.
Contudo Luís XIV criou apanágios não relacionados acima como o do Duque de Borgonha, como os Ducados do Maine, d’Aumale, o Principado de Dombes, o Condado d’Eu, dado a seu filho com Madame de Montespan, legitimado, Louis Auguste de Bourbon, etc e tal.
Filipe, o Belo, decretou a exclusão das mulheres como herdeiras dos apanágios, mas a regra não é aplicada de forma coerente por ele mesmo como foi no caso de Robert III de Artois versus Mathilde d’Artois, dite Mahaut d’Artois, ambos da Casa de Capeto d'Artois.
Robert III de Artois então com 11 anos, filho do irmão mais novo de Mathilde d’Artois, Filipe de Artois, que morreu no dia 11 de Setembro de 1298, depois de um ferimento recebido na batalha de Furnes contra o Condado de Flandres, foi preterido por ela com apoio de Felipe, o Belo, alegando que pelo costume de Artois neto não herdava, e filha do Conde falecido seria herdeira, isso em caso do de cujus não ter nenhum filho homem.
Robert de Artois recebeu em apanágio o Condado de Beaumont-le-Roger.
Não ficou satisfeito e entrou em luta aberta contra sua tia e depois contra o próprio Trono de França, ocupado por seu Suserano.
Robert de Artois era um patife de marca maior e apresentou documentos falsos – revelavam que o velho Conde Robert II havia desejado que seus domínios passassem para a linhagem de Felipe, pai dele, o que era uma grossa mentira - quando do seu terceiro pedido de revisão do processo contra sua tia na tentativa de açambarcar o Artois e outros domínios, foi  desmascarado , condenado por lesa- majestade, privados de todos os seus bens e banido em abril 1332.
Foi para o Flandres, depois para a Inglaterra, onde fomentou as desavenças entre os Soberanos, traiu a França, pois “forneceu uma vasta informação sobre a corte francesa e participou ativamente na guerra, o que o levou a ser declarado um inimigo da França em 1336”.
Guerreiro incompetente perdeu todos os seus homens ao sitiar Saint-Omer, Pas-de-Calais, por ordem de Eduardo III, Rei da Inglaterra, e ferido em Outubro de 1342 ao pé de as muralhas de Vannes, na costa sul da Bretanha,  no contexto da Guerra da Sucessão da Bretanha .
Voltou para a Inglaterra, morreu de disenteria, e está sepultado na Catedral de St. Paul, em Londres.
Matilde, Condessa d’Artois, em 9 de junho de 1291, casou com o Otto IV, Conde da Borgonha, e tiveram duas filhas e um filho:
Em 1300, Robert, Conde de Borgonha, sob-regência de sua mãe, a condessa Matilde. Faleceu com 15 anos de idade e a sucessão foi para sua irmã Joana;
Em 1307, Joana II, Condessa de Borgonha, que casou com o Filipe V, dit « Philippe le Long », Rei de França, filho de Felipe, o Belo, que lhe havia dado em apanágio o Condado de Poitiers; 
Em 1308, filha Blanche de Borgonha, que casou com Carlos IV, dit « Charles le Bel », Rei de França, filho de Felipe, o Belo, que lhe havia dado em apanágio o Condado de Bigorre, Gasconha.
Maurice Druon os descreveu em Os Reis Malditos.
Continuemos...
Sebastien Le Prestre, Marquês de Vauban (01 de maio de 1633 - 30 de março de 1707) é um engenheiro, arquiteto militar, planejador, engenheiro de água e ensaísta francês. Ele foi nomeado Marechal de França por Luís XIV.
Da quarta geração de uma família nobre, a de seu pai, mas não pode demostrar uma antiguíssima nobreza quando Colbert organizou o “catálogo da Nobreza” [nome dato por mim], por ordem de Luís XIV, alegando que a documentação havia se perdido por causa das Guerras da Religião que assolaram a França.
Seu pai, Albin ou Urbain Le Prestre, segundo os genealogistas era um ’« ecuyer », conforme está no registro do batismo de seu filho, e pertencia a uma família nobre de três gerações, remontavam as “maisons d’ancienne chevalerie, les Montmorillon et les Chastellux”, as maçãs e peras Vauban foram criações sua.
Sua mãe, « damoiselle Edmée de Carmignolles (ou Cormignolles), fille de Jehan Carmignolle, escuyer », era de uma família rica de comerciantes e agricultores à Saint-Léger-de-Foucherets.
Marquês de Vauban escreveu” Les oisivetés de Monsieur de Vauban : Ou Ramas de plusieurs mémoires de sa façon sur différents sujets, éd. Champ Vallon, 2007”, que se pode encontrar em:
Em seu ” Les oisivetés “ Vauban nos revela que era muito difícil fazer prova de Noblesse parfaite , mas não impossível , no período de 370 a 400 anos partindo de 1700 para trás, é óbvio, e eu creio que essa afirmação se deve a Guerra dos Cem Anos, que assolou o territórios francês , durante o século XIV e o século XV (de 1337 a 1453, concordando com as datas convencionais), quando castelos, abadias, igreja ( onde eram registrados os casamentos e batismos) solares, foram incendiados e vilas arrasadas. 
Mas vamos ver o que nos revela sobre a Nobreza esse grande Mestre de Fortificações:
Vers 1700, l'ancienneté apparaît à Vauban comme le premier critère de dignité, mais aussi l'appartenance à une maison souveraine, ou le service militaire du roi. Vauban établit cette liste pour que le degré noblesse puisse être quantifié et ainsi éviter les mésalliances. Vauban partageait l'idée selon laquelle l'apport d'un sang inférieur nuirait à la vertu de la lignée, une vertu considérée comme héréditaire.
Observação:
Vauban considera que a virtude é hereditária na nobreza, passa de pai para filho, mas se esquece de que a canalhice, o mau-caratismo, a hipocrisia, a pequenez de caráter, ausência de dignidade, o comportamento vil, a indignidade, a baixeza, são atributos inerentes à raça humana, portanto um nobre, também, pode passa-los, para sua descendência. Exemplo: Um avô canalha, um pai bom, e um neto mau caráter, e desse exemplo a Historia e o mundo estão cheios.
Vauban estava preocupado com “les mésalliances”.
Significado de mésalliance segundo Dicionário da Academia Francesa:
S.f.  Casamento com uma pessoa de condição social inferior. Plural: mésalliances.
Afirmava ele que tal união era nefasta para o ‘sangue de França’, o enfraqueceria. Há controvérsias.
Vamos ao que ele escreveu:
Les catégories de noblesse selon Vauban:
Categorias de nobreza conforme Vauban
1- De…: Noblesse perpétuée, dont les commencements sont inconnus, c'est ce qu'on appelle aussi la noblesse immémoriale, ou noblesse de race
TJ.: De... : Nobreza perpetuada ou perpetua cujas origens são desconhecidas, também, é chamada de nobreza imemorial ou nobreza de raça. Exemplo:
A – Dinastia dos Robertiens, família da nobreza franca, originários de Thérouanne (antiga cidade de Taruenna), na Gália, na região da hoje Bélgica, cujos registro aparecem no Século VIII, afirmado que certo Dux, provavelmente um Dux dos Alamanos, teve um filho chamado Robert em 632.
Essa Dinastia ficou sendo chamada de Robertiens, pois em sua linhagem tiveram vários nobres que receberam o nome de Robert até chegar a Hugo Capeto (940-996), fundador da Dinastia Capeto, a saber: Robert (-764), Duque de Hesbaye em 732, Robert II de Hesbaye (770-807), Robert III de Worms (800-822), Robert IV do Forte (820-866), Robert (866-923), Rei dos Francos Ocidentais (866–923).
O primeiro Capeto a portar a Coroa dos Francos foi o já citado Hugues Capet de 21 de maio de 987 a 24 de outubro de 996 (9 anos, 5 meses e 3 dias), século X, o primeiro a portar o Título de Rei da França foi Felipe II (Philippe Auguste) que reinou de 1 de novembro de  1179 a 14 de julho de 1223 (42anos, 9 meses e 26 dias), século XIII ,o último a usar tal Título foi Luís XVI, de 10 de maio de 1774 a  4 de setembro de 1791 (17 anos, 3 meses e 25 dias), em meio a Revolução Francesa de 1789, passando a portar o Título de Reis dos Franceses que usou apenas de 4 de setembro de 1791 a 10 de agosto de 1792, portanto 11 meses e 6 dias, para depois ser guilhotinada, século XVIII.
O último Capeto a ser Rei em França foi Luís Felipe I, como Rei dos Franceses, aceito no bojo da Revolução de 1830, que reinou de 9 de agosto de 1830 a 24 de fevereiro de 1848, portando 
17 anos, 6 meses e 15 dias, século XIX. Era avô de Louis Philippe Marie Ferdinand Gaston d'Orléans et Saxe-Cobourg et Gotha, o Conde d’Eu, marido da Dona Isabel, Princesa Imperial do Brasil e Condessa d'Eu.
 B- Filipe VI, Rei da Espanha a partir de 19 de junho de 2014, é o chefe da Dinastia de Borbón, herdeiro de Luís XIV por seu neto Philippe de France, ao nascer Duque d’ Anjou por apanágio, que subiu ao Trono de Espanha como Felipe V, em 15 de novembro de 1700 e reinou até 1724 (23 anos, 1 mês e 30 dias, no século XVIII, portanto a Família do atual Monarca remonta aos Capetos do Século X.
Esses exemplos são da nobreza perpetuada, ou nobreza Imemorial ou nobreza de raça.
2 - De 600 anos: Noblesse de tradition, noblesse historique:
TL. : Nobreza de Tradição, Nobreza Histórica. Confundem-se com a nobreza de raça ou imemorial.
3- De 500 a 550 anos: Noblesse ancienne, noblesse très ancienne, noblesse qui se compte par les aïeux.
TL.: Nobreza antiga ou anciã, nobreza muito antiga, nobreza que responde, que esta de conformidade,  pelos e com os  antepassados
4-De 450 anos: Très bonne noblesse, noblesse de souche, vieille noblesse
TJ.: Grande nobreza, nobre estirpe, nobreza antiga.
5-De 370 a 400 anos: Noblesse parfaite,  Bonne noblesse
TJ.: Perfeita nobreza,  nobreza boa.
6-De 270 à 300 anos: Noblesse achevée, noblesse à haute chevalerie, Noblesse à toute preuve
TJ.: Nobreza confirmada [ nobreza nobre],  nobreza de cavalheirismo, nobreza comprovada.
7-De 180 à 200 ans: Gentilhomme, noblesse établie, Noblesse à chevalerie
TJ.: Gentil-homem [ou fidalgo reconhecido], nobreza reconhecida e estabilizada, nobreza de cavalaria [ou de cavaleiro]. 
8-De 80 a 100 anos: Anoblis, fils d'anobli, Noble
TJ.: Enobrecido, filho cavaleiro, nobre
As famílias pertencentes a esse grupo são chamadas, também, de Nobreza de Espada.
O pensar em Sebastien Le Prestre, Marquês de Vauban, devemos nos lembrar de um pensador anônimo do século XVIII:
“Os aristocratas são diletantes em seu ócio elegante.”
Mais, continuemos...
A Alta Nobreza, a Grande Nobreza, é composta pelos Soberanos, Príncipes e Princesas de Sangue Real, e de todos os outros Titulados ligados por laços familiares reconhecidos por ele, o Monarca.
Qualquer pessoa, plebeu ou comum, que prestem relevantes serviços ao Soberano, a Nação, ao povo, que vive sob uma Monarquia pode ser Titulado e elevado a Nobreza.
A Nobreza Titulada é composta por: Barões, Viscondes, Condes, Marqueses, Duques, Príncipes, e suas variantes já expostas no início desse trabalho.  Os Gentis-homens, para nos Fidalgos, são aqueles sem esses títulos, no entanto, possuidores de todas as qualidades de nobreza.
Em nossas conversas não podemos nos esquecer da Nobreza de Toga. 


Sébastien Le Prestre, Marquis de Vauban,
Maréchal de France par Louis XIV.

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