Os Imperadores Gálicos são conhecidos principalmente pelas
moedas que cunharam, o que nos permite esboçar a história política e militar do
Império das Gálias.
1-
Marco Cassiânio Latínio Póstumo (em latim:
Marcus Cassianius Latinius Postumus)foi um usurpador romano de origem
provinciana que tentou tomar o trono do imperador Galieno por volta de 260 e que assumiu o título e os poderes de um
imperador nas províncias da Gália, Britânia e Hispânia, fundando o que os
acadêmicos modernos vieram a chamar de Império das Gálias. Ele governou por
quase uma década até ser assassinado por suas próprias tropas.
2-
Úlpio Cornélio Leliano (em latim: Ulpius
Cornelius Laelianus), conhecido simplesmente como Leliano, e chamado,
incorretamente, de "Loliano" (Lollianus) ou "Eliano"
(Aelianus) , foi um usurpador contra o imperador gálico Póstumo, ele próprio um
usurpador contra o Império Romano e fundador do Império das Gálias. Sua revolta
durou aproximadamente 90 dias entre o fim de fevereiro e início de junho de 269
d.C..
3-
Marco Aurélio Mário (em latim: Marcus Aurelius
Marius) foi um imperador do Império das Gálias em 269, assumindo o trono logo
depois do assassinado de Póstumo.
4-
Marco Piavônio Vitorino (em latim: Marcus
Piavonius Victorinus)foi um imperador gálico entre 269 e 271 e sucessor do
fugaz Mário no trono do Império das Gálias. Ele foi assassinado por um marido
enciumado depois de tentar seduzir a mulher dele.
5-
Domiciano (em latim: Domitianus), chamado de
Domiciano II, era provavelmente um soldado romano em meados do século III que
foi aclamado imperador no norte da Gália no final de 270 ou início de 271 e que
cunhou algumas moedas para celebrar sua ascensão. É amplamente aceito que este
Domiciano é o mesmo que foi mencionado por duas vezes nas fontes literárias
como uma figura importante na política da época, apesar de nelas ele jamais
aparecer como um pretendente direto do trono. Dado que seu reinado teria
durado, na melhor das hipóteses, apenas algumas semanas e ele não parece ter
conseguido angariar apoio militar e nem político, Domiciano é melhor
classificado como um usurpador romano do que um imperador. Seu
"golpe" deve ser, entretanto, compreendido à luz da conturbada
história do Império das Gálias do que na do Império Romano em si.
6-
Caio Pio Esúvio Tétrico (em latim: Gaius Pius
Esuvius Tetricus), Senador, foi o último imperador do Império das Gálias,
reinando entre 271 e 274. Ele governou juntamente com seu filho, Tétrico II, e
terminou se rendendo ao imperador romano Aureliano, que poupou sua vida e
deu-lhe um emprego na Itália, onde morreu.
7-
Caio Pio Esúvio Tétrico (em latim: Caius Pius
Esuvius Tetricus), conhecido simplesmente como Tétrico II, era filho de Tétrico
I, imperador gálico entre 270 e 274 e nomeado césar por ele em 273.Depois da
derrota e deposição de seu pai, ele apareceu nas fontes novamente prisioneiro
no triunfo celebrado por Aureliano no outono de 274, mas o imperador romano
poupou-lhes a vida. De acordo com Aurélio Vítor, ele manteve até mesmo seu
status senatorial.
8-
Faustino foi um usurpador no Império das Gálias
contra Tétrico I, o último imperador gálico. Não se sabe quase nada sobre ele,
nem seuqer seu nome completo ou onde e quando nasceu. Poucas fontes literárias
meniocnam que Faustino instigou um motim entre as tropas do imperador em
Augusta Treveroro, a capital da Gália Bélgica. Faustino detinha na época o
posto de governador provincial, portanto é provável que ele fosse também o
praeses da Gália Bélgica quando a revolta começou. A data exata da revolta é
incerta, mas é provável que tenha ocorrido em algum momento entre o final de
273 e o início do verão de 274. Algumas fontes antigas sugerem que Faustino
teria continuado em revolta mesmo depois de Tétrico I ter se rendido ao
imperador romano Aureliano.
Fundado
por Póstumo em 260 logo depois de uma onda de invasões bárbaras e de um período
de instabilidade em Roma, o Império das Gálias abrangia, no auge, os
territórios da Germânia, Gália, Britânia e, por um tempo, Hispânia.
Depois do assassinato de Póstumo em 268,
grande parte deste território se perdeu, mas o império continuou existindo sob
o comando de diversos imperadores e alguns usurpadores. Toda a região foi
finalmente reconquistada pelos romanos pelo imperador Aureliano depois da
Batalha de Châlons em 274.
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