quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão ou Déclaration des Droits de l'Homme et du Citoyen



Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
Déclaration des Droits de l'Homme et du Citoyen


A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão é um documento culminante da Revolução Francesa, que define os direitos individuais e coletivos dos homens (tomada a palavra na acepção de "seres humanos") como universais. Influenciada pela doutrina dos "direitos naturais", os direitos dos homens são tidos como universais: válidos e exigíveis a qualquer tempo e em qualquer lugar, pois pertencem à própria natureza humana. Na imagem da Declaração, o "Olho da Providência" brilhando no topo representa uma homologação divina às normas ali presentes, mas também alimenta teorias da conspiração no sentido de que a Revolução Francesa foi motivada por grupos ocultos.
Inspirada nos pensamentos dos iluministas, bem como na Revolução Americana (1776), a Assembleia Nacional Constituinte da França revolucionária aprovou em 26 de agosto de 1789 e votou definitivamente a 2 de outubro de 1789.


Art.1.º Os homens nascem e são livres e iguais em direitos. As distinções sociais só podem fundamentar-se na utilidade comum.

Art. 2.º A finalidade de toda associação política é a conservação dos direitos naturais e imprescritíveis do homem. Esses direitos são a liberdade, a propriedade, a segurança e a resistência à opressão.

Art. 3.º O princípio de toda a soberania reside, essencialmente, na nação. Nenhum corpo, nenhum indivíduo pode exercer autoridade que dela não emane expressamente.

Art. 4.º A liberdade consiste em poder fazer tudo que não prejudique o próximo: assim, o exercício dos direitos naturais de cada homem não tem por limites senão aqueles que asseguram aos outros membros da sociedade o gozo dos mesmos direitos. Estes limites apenas podem ser determinados pela lei.

Art. 5.º A lei proíbe senão as ações nocivas à sociedade. Tudo que não é vedado pela lei não pode ser obstado e ninguém pode ser constrangido a fazer o que ela não ordene.

Art. 6.º A lei é a expressão da vontade geral. Todos os cidadãos têm o direito de concorrer, pessoalmente ou através de mandatários, para a sua formação. Ela deve ser a mesma para todos, seja para proteger, seja para punir. Todos os cidadãos são iguais a seus olhos e igualmente admissíveis a todas as dignidades, lugares e empregos públicos, segundo a sua capacidade e sem outra distinção que não seja a das suas virtudes e dos seus talentos.

Art. 7.º Ninguém pode ser acusado, preso ou detido senão nos casos determinados pela lei e de acordo com as formas por esta prescritas. Os que solicitam, expedem, executam ou mandam executar ordens arbitrárias devem ser punidos; mas qualquer cidadão convocado ou detido em virtude da lei deve obedecer imediatamente, caso contrário torna-se culpado de resistência.

Art. 8.º A lei apenas deve estabelecer penas estrita e evidentemente necessárias e ninguém pode ser punido senão por força de uma lei estabelecida e promulgada antes do delito e legalmente aplicada.

Art. 9.º Todo acusado é considerado inocente até ser declarado culpado e, se julgar indispensável prendê-lo, todo o rigor desnecessário à guarda da sua pessoa deverá ser severamente reprimido pela lei.

Art. 10.º Ninguém pode ser molestado por suas opiniões, incluindo opiniões religiosas, desde que sua manifestação não perturbe a ordem pública estabelecida pela lei.

Art. 11.º A livre comunicação das ideias e das opiniões é um dos mais preciosos direitos do homem; todo cidadão pode, portanto, falar, escrever, imprimir livremente, respondendo, todavia, pelos abusos desta liberdade nos termos previstos na lei.

Art. 12.º A garantia dos direitos do homem e do cidadão necessita de uma força pública; esta força é, pois, instituída para fruição por todos, e não para utilidade particular daqueles a quem é confiada.

Art. 13.º Para a manutenção da força pública e para as despesas de administração é indispensável uma contribuição comum que deve ser dividida entre os cidadãos de acordo com suas possibilidades.

Art. 14.º Todos os cidadãos têm direito de verificar, por si ou pelos seus representantes, da necessidade da contribuição pública, de consenti-la livremente, de observar o seu emprego e de lhe fixar a repartição, a colecta, a cobrança e a duração.

Art. 15.º A sociedade tem o direito de pedir contas a todo agente público pela sua administração.

Art. 16.º A sociedade em que não esteja assegurada a garantia dos direitos nem estabelecida a separação dos poderes não tem Constituição.


Art. 17.º Como a propriedade é um direito inviolável e sagrado, ninguém dela pode ser privado, a não ser quando a necessidade pública legalmente comprovada o exigir e sob condição de justa e prévia indenização.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Carta à Nação - http://www.oab.org.br/noticia/28660/carta-a-nacao


Carta à Nação

Brasília - A OAB Nacional, juntamente com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Confederação Nacional do Transporte (CNT) e a Confederação Nacional de Saúde (CNS), apresentaram nesta quarta-feira (19), uma Carta à Nação, com propostas e sugestões para a superação da crise ética, política e econômica que o país enfrenta. Confira:
Carta à Nação
O Brasil se encontra numa crise ética, política e econômica que demanda ações imediatas para sua superação.
Independentemente de posições partidárias, a nação não pode parar nem ter sua população e seu setor produtivo penalizados por disputas ou por dificuldades de condução de um processo político que recoloque o país no caminho do crescimento.
É preciso que as forças políticas, de diversos matizes, trabalhem para a correção de rumos da nação. É uma tarefa que se inicia pelo Executivo, a quem cabe o maior papel nessa ação, mas exige o forte envolvimento do Congresso, Judiciário e de toda a sociedade.
Mudanças, respeitando-se a Constituição, se fazem necessárias.
Por um lado, é preciso dar força aos órgãos de investigação e ao Poder Judiciário para que, nos casos de corrupção, inocentes sejam absolvidos e culpados condenados. A corrupção não pode seguir como um empecilho para o desenvolvimento do país.
É preciso implementar, de maneira célere e efetiva, medidas para melhorar o ambiente de negócios no país, evitando o crescimento do desemprego ou o prolongamento da recessão.
Entre elas, destaca-se a necessidade de ampliação da segurança jurídica no país, com regras claras e cumprimento de contratos e obrigações, evitando que potenciais investimentos sejam perdidos.
A nação também precisa ser desburocratizada, facilitando o processo produtivo e garantindo um ambiente de negócios em que o Estado deixe de agir como um freio à expansão econômica.
É preciso que seja realizado um forte investimento em infraestrutura, em parceria com a iniciativa privada nacional e estrangeira, para retornar o processo de crescimento econômico.
Deve-se, ainda, reduzir imediatamente o tamanho do Estado, assegurando que o mérito e o profissionalismo sejam os critérios na escolha de servidores.
Também não é mais possível postergar a reforma tributária, que deve eliminar fontes de cumulatividade e garantir direitos aos contribuintes.
Noutro campo, também deve-se rever as regras de crescimento automático de gastos de modo a permitir a sustentabilidade dos investimentos em saúde e educação, e sem abdicar da necessidade de permanente inclusão de novos segmentos da sociedade brasileira no mercado de consumo.
Esperamos a sensibilidade dos políticos eleitos para a implementação de uma agenda que abra caminhos para a superação das crises e para a recuperação da confiança dos brasileiros.
Por fim, as entidades signatárias, com a publicação desta carta, formam um fórum permanente de apresentação de propostas para que a sociedade civil tenha um papel ativo na construção de um Brasil democrático e próspero.
Brasília, 19 de agosto de 2015.
OAB Nacional
Confederação Nacional da Indústria (CNI)
Confederação Nacional do Transporte (CNT)
Confederação Nacional de Saúde (CNS)

domingo, 16 de agosto de 2015

SALVEMOS O LARGO DO BOTICÁRIO DO RIO DE JANEIRO




A jornalista Sylvia Bittencourt faleceu no 30 de Janeiro de 1995, no Largo do Boticário RJ, em sua casa de número 20, no bairro do Cosme Velho, Rio de Janeiro, onde ela e o marido Paulo edificaram nove residências a partir de material de demolição.

Dona Majoy, o Largo do Boticário e eu.
Dona Aracy de Campos Felício dos Santos, amiga da família, gostava de meu traço e me recomendou a Augusto Rodrigues (Recife, 21 de dezembro de 1913 — Resende, 9 de abril de 1993) artista plástico e arte-educador brasileiro, pintor, desenhista, gravador, ilustrador, caricaturista, fotógrafo, que tinha um atelier virado para o Largo do Boticário, e que depois publicou “ em 1989, lançou “Largo do Boticário – Em Preto e Branco”, composto por 80 fotografias tiradas no decorrer de vários anos”, para que ele- meu traço- fosse apurado.
Para não ir sozinho levei meu amigo Paulo Jorge Manoel de Gonzaga Ribeiro Lopes, que era um excelente desenhista, comigo. (Por onde andará esse meu amigo de juventude?).
Lá chegamos e não sei quanto tempo nós ficamos com o pintor-educador que falava, falava, falava sem parar dele mesmo, não querendo saber nada de nos dois.
Levantou e pomposamente afirmou que ia nos levar a passear no Largo do Boticário, o que significava que bastávamos descer uma escada para nele estarmos.
Lá chegando havia uma senhora desgrenhada, com pinta de artista da Nouvelle vague, porque não dizer que parecia meia amalucada.
Fomos apresentados a ela, e o pintor-educador deu no pé.
Mal sabia ele que tanto eu, quanto o Paulo, não tínhamos ido com a cara dele, e com seu ato repentino de nos deixar ali penso que a reciproca foi verdadeira, ele não foi com a nossa.
Era dona Majoy, a jornalista Sylvia Bittencourt, que perguntou quem éramos nós, e quando soube o meu nome de família se abriu e contou a História do Largo do Boticário.
Ela, na época, não morava lá, se bem me lembro em uma casa na Praia do Pepino, isso é no finalzinho da praia de São Conrado.
Ela estava querendo até despejar um inquilino, um poseur que que não pagava os alugueis a muito tempo, que a irritava demais com suas atitudes sociais, pois ele desfilava como um grand seigneur no então balneário chic do Rio de Janeiro, e com isso, segundo ela, pagar suas obrigações NADA.
Ela meteu o pau no cara, nem imaginem o que ela falou, risos.
Eu sabia que eram porque a mulher dele era amiga de adolescência de meu pai, mas fiquei calado, calado, só ouvindo.
Falou do ex-marido Paulo Bittencourt, da sua substituta, dona Niomar Moniz Sodré Bittencourt, essa que foi presidente do Correio da Manhã, jornal publicado no Rio de Janeiro, de 1901 a 1974, do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, da filha, então socialite, Sybil Bittencourt Szávostz, de quem me pareceu afastada.
Enfim, voltei algumas vezes no Largo do Boticário, pois peguei amor pelo local, para conversar com dona Majoy, mas as coisas mudam e eu não tive mais tempos para lá ir.
Por isso, gostaria de ver o nosso Largo do Boticário revitalizado.
É uma questão de amor.

Jorge Eduardo Fontes Garcia.  

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

CONVERSANDO ALEGREMENTE SOBRE A HISTÓRIA.: Princesa Ileana da Romênia, não foi Czarina de Tod...

CONVERSANDO ALEGREMENTE SOBRE A HISTÓRIA.: Princesa Ileana da Romênia, não foi Czarina de Todas as Russias e morreu monja. ...

Princesa Ileana da Romênia, não foi Czarina de Todas as Rússias e morreu monja.


Princesa Ileana da Roménia, depois “ mãe Alexandra”, “maica Alexandra”.
Nasceu em Bucareste no dia 5 de janeiro de 1909.
Filha de: Fernando I, Rei da Roménia, e sua consorte da Rainha Maria da Romênia.
Avós paternos: Leopold de Hohenzollern-Sigmaringen, e Dona Antonia de Bragança, filha de Dona Maria II;
Avós maternos: Alfred de Saxe-Coburg-Gotha, KG, KT, KP, GCB, GCSI, GCMG, GCIE, GCVO, PC, Duke of Edinburgh, Duke of Saxe-Coburg and Gotha, filho da Rainha Vitória, e de Maria Alexandrovna da Rússia, Grã-Duquesa da Rússia, Duquesa de Saxe-Coburgo-Gota, Duquesa de Edimburgo.
Portanto bisneta da: Victoria, Rainha& Imperatriz, e do Czar Alexandre II, de Todas as Rússias.
Das Dinastias Reais: Maison de Hohenzollern-Sigmaringen, com ascendência Saxe Coburgo Gotha, Bragança, Romanov, e Maison de Habsbourg por casamento.
Apesar dos rumores de que o verdadeiro pai de Ileana era amante de sua mãe, o Príncipe Barbu Ştirbey, o Rei admitiu paternidade.
Ela nasceu Sua Alteza Real Ileana, Princesa da Romênia, Principesă a României, e Princesa de Hohenzollern, mas depois de seu casamento com António da Áustria (António Maria Francisco Leopoldo Branca Carlos José Inácio Rafael Miguel Margarida Nicetas de Habsburgo-Lorena), Príncipe Imperial da Áustria, Príncipe-real da Hungria e da Boémia, Príncipe da Toscana; (20 de março de 1901 - 22 de outubro de 1987), , passou a ser referida como Sua Alteza Imperial e Real, a Arquiduquesa Ileana da Áustria, Princesa Real da Hungria e da Boémia e Princesa da Toscana.  


Casamento Real 


Anton Habsburg-Lothringen.

António era o sétimo de dez filhos do arquiduque Leopoldo Salvador da Áustria, Príncipe da Toscana, e da infanta Branca de Espanha, filha de Carlos, Duque de Madrid.
Depois de ser apresentado pelo rei Carlos II da Roménia à sua irmã Ileana, casou-se com ela no belíssimo Castelul Peleș, em Sinaia, na Romênia, em 26 de julho de 1931.


Castelul Peleș, em Sinaia, na Romênia.
O belíssimo Castelo Real, hoje Museu.



Tiveram os seguintes filhos:
Stefan da Áustria - (5 de agosto de 1932 – 12 de novembro de 1998)
Maria Ileana da Áustria - (18 de dezembro de 1933 – 11 de janeiro de 1959); casou-se com Franz Josef Kottulinsky - (3 de janeiro de 1917 – 11 de janeiro de 1959).
Alexandra da Áustria - (nascida a 21 de maio de 1935); casou-se com o Duque Eugen Eberhard, filho da Princesa Nadezhda da Bulgária
Dominic da Áustria - (nascido a 4 de julho de 1937)
Maria Magdalena da Áustria - (nascida a 2 de outubro de 1939)
Elisabeth da Áustria - (nascida a 15 de janeiro de 1942)
O casamento acabou em divórcio em 29 de maio de 1954.
António permaneceu na Áustria onde morreu a 22 de outubro de 1987 aos 86 anos.
A Princesa Ileana casou pela segunda vez em Newton, Massachusetts, EUA, no dia 20 de junho de 1954, com o Dr. Stefan Nikolas Issarescu (*Turnu-Severin, uma cidade da Roménia, no judeţ (distrito) de Mehedinţi, no dia 05 de outubro de 1906 - + Providence, capital e cidade mais populosa do estado norte-americano de Rhode Island, no condado de Providence. Foi fundada em 1636 por Roger Williams, no dia 21 de dezembro de 2002), casamento acabou em divórcio em 1965.
Para sustentar sua família no exílio, Ileana da Roménia e discursos sobre o comunismo.

Minhas elucubrações:
Depois de dois divórcios, Ileana da Roménia escolheu “o caminho da vida monástica, “ fundou o Mosteiro Ortodoxo "Transfiguração" de Ellwood City (Pensilvânia) – “și a fondat Mânăstirea ortodoxă „Schimbarea la Față” din Ellwood City (Pennsylvania) ”, e adotou como monja o nome “maica Alexandra”, "mãe de Alexandra”.
Permaneceu no mosteiro e “na noite antes do seu 82º aniversário e, já no hospital, sofreu dois ataques cardíacos graves. Morreu quatro dias depois, 21 de janeiro de 1991, e foi sepultada nos jardins do seu mosteiro”.

Czarevitch Alexei Nikolaevich Romanov e a Princesa Ileana da Romênia 

O QUE QUERO DIZER É O SEGUINTE:
Ela deveria casar com Czarevitch Alexei Nikolaevich Romanov, (em russo: Цесаревич Алексей Николаевич Романов), mais novo e único filho homem do Czar Nicolau II e da sua esposa, a Czarina Alexandra Feodorovna, nascido em 12 de agosto de 1904, em Peterhof (em russo:Петерго́ф), chamado de "Versailles Russo", São Petersburgo, Império Russo, e assassinado na noite de 17 de julho de 1918, juntamente com o resto da sua família por bolcheviques, com 13 anos, na Casa Ipatiev (em russo: Дом Ипатьева), em Yekaterimburgo, na nascente União Soviética.
Ele morreu, e ela foi infeliz.
E tenho dito.

Jorge Eduardo Fontes Garcia
São Paulo, Rua Piauí, 12/08/15

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

CONVERSANDO ALEGREMENTE SOBRE A HISTÓRIA.: A JAPONA - Reminiscências e series frívolas. By Jo...

CONVERSANDO ALEGREMENTE SOBRE A HISTÓRIA.: A JAPONA - Reminiscências e series frívolas. By Jo...: A JAPONA- Reminiscências e series frívolas. By Jota De muito li “Reflexões e Reminiscências” de Mauricio Nabuco, e esse livro s...

A JAPONA - Reminiscências e series frívolas. By Jota


A JAPONA- Reminiscências e series frívolas.
By
Jota

De muito li “Reflexões e Reminiscências” de Mauricio Nabuco, e esse livro sempre me inspirou a escrever o que vivi, o que li, o que vi, o que ouvi, por isso aí vai mais uma das minhas “Reminiscências e series frívolas”.
  


Alfred Guillaume Gabriel Grimod, Conde d'Orsay, de família bonapartista, mas que se tornou membro da Guarda de Corpo de Luís XVIII, na Restauração, foi um Dandy, um perfeccionista na moda (mudava suas luvas oito vezes por dia), cognominado pelo poeta Alphonse de Lamartine, outro impecável na moda, de « l'archange du dandysme », "o arcanjo da dandismo".
Significado de Dandismo:
 s.m. Característica da pessoa que se veste com elegância e requinte.
Pej. Janotismo; pretensão à elegância;
Afetação na maneira de se vestir.
(Etm. Do inglês: dandyism)

Em 19 de julho de 1821, durante a Coroação de George IV, o Conde d'Orsay conheceu os Condes de Blessington e Visconde de Mountjoy – os irlandeses Charles John Gardiner e Marguerite de Blessington, essa nascida Margaret Power.
Depois de algum tempo eles viajaram pela Europa, quando surgiu um verdadeiro triângulo amoroso.
Após a morte por AVC de Lord Blessington, em 25 de maio de 1829, na Cidade de Paris, a Condessa viúva voltou para a Inglaterra, acompanhada de d'Orsay.
O casal se estabeleceu primeiro em Seamore Place in Mayfair, depois em Gore House, onde viveram de 1836 até 1849.
Gore House logo se tornou um Salão a moda antiga, para onde convergia o mundo literário, o mundo artístico, e o mundo da moda, de Londres, isso sem falar dos visitantes estrangeiros, que eram recebidos de forma charmosa, brilhante, refinada, elegantíssima, pela Condessa de Blessington e pelo Conde d'Orsay.
Como não eram casados as senhoras da boa sociedade inglesa não frequentavam o Salão, alegando que os anfitriões tinham uma ‘moral muito benevolente’, e foi exatamente por essa ‘benevolência’ que o casal se “tornou querido para todos os seus frequentadores”.
Durante o seu exilio em Londres Napoleão III frequentou o Salão da Gore House e por amizade, subindo ao Trono Imperial graças a um plebiscito, nomeou o Conde d’Orsay como Directeur de l'administration des beaux-arts (responsável pela L’École nationale supérieure des beaux-arts de Paris (ENSBA), communément dénommée « les Beaux-Arts de Paris », ano de Fundação 1682), mas “le grand dandy” não desfrutou desse cargo.
Como todos os estroinas, eles faliram, e fugiram para Paris em 1849.
Enquanto os bens do casal eram vendidos em hasta pública, o coração Marguerite de Blessington explodiu em Paris, e ela morreu no dia 4 de junho de 1849.
D’Orsay ficou inconsolável.
Acontece que ele estava sofrendo com uma infecção na coluna vertebral, e com isso abandonou Paris para se refugiar na casa da irmã, a Princesa Anna-Quintina-Albertine Grimod, nascida comtesse d'Orsay, Duquesa consorte de Gramont e outros Títulos, por seu casamento frutífero com Antoine-Geneviève-Héraclius-Agénor de Gramont, nono Duque de Gramont, Duque de Guiche, Príncipe de Bidache, etc., em Chambourcy, região administrativa da Île-de-France, no departamento de Yvelines, onde veio a falecer no dia 4 de agosto de 1852.
Alfred Guillaume Gabriel Grimod, Conde d'Orsay, projetou e construiu uma tumba piramidal para sua amada Marguerite de Blessington, nascida Margaret Power, e ele na Cidade de Chambourcy, e ambos estão nela sepultados.
No enterro do Conde d’Orsay seu amigo Napoleão III se fez presente.



O piramidal túmulo em Chambourcy
Yvelines, França

Essa chorumela toda para falar da JAPONA, ou the pea coat, or pea jacket, or pilot jacket, is an outer coat, generally of a navy-coloured heavy wool, ou caban, vestimenta de marinheiros europeus e posteriores americanos, ou seja, um jaquetão (paletó trespassado na frente) com grandes lapelas, de pano grosso, a princípio de lã, hoje de matérias sintéticos o que ao meu ver a descaracteriza, grandes botões de madeira, metal (hoje plástico), e bolsos verticais.
Essa indumentária era usada para proteger do frio, ou da umidade.
“ As referências à japona aparecem em jornais americanos, pelo menos, tão cedo quanto década de 1720”.
“As interpretações modernas ainda tentam manter a concepção e composição original”.
Como Caban, as japonas entraram a serviço da Marinha Francesa durante o Segundo Império”.
Eu quando moço as usava muito para ir ao colégio. (Foto abaixo):
Eu, Jota.

Muito bem.
Conta a lenda que a aristocracia inglesa passou a usa-la quando o Conde d’Orsay apareceu montado a cavalo envergado uma japona no Hyde Park, explicando que havia ido tratar de negócios junto as docas quando caiu uma grande tempestade e ele ficou todo ensopado.
O vendo naquele estado, um marinheiro ofereceu sua japona para ele se proteger do frio, ato que ele gratificou regiamente com libras ouro, mas essa “gratificação” é segundo ele próprio, pois não???
E assim a moda não só da japona, mas como, também, do paletó mais curto pegou nessa Londres tão avant-garde.



Dona Carolina Nabuco e seus irmãos: Joaquim Nabuco¸ Monsenhor e Protonotário Papal, e Embaixador Maurício Nabuco***, no Rio de Janeiro.
Foto retirada do livro “Oito Décadas” de autoria dela.


***Maurício Hilário Barreto Nabuco de Araújo - * Grande Londres, Londres, 10.05.1891
† Rua Marques de Olinda, Rio de Janeiro, Brasil, 1979.
Filiação: Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo e Dona Evelina Torres Soares Ribeiro, essa filha de José António Soares Ribeiro, 1º e único Barão de Inoã, e de Dona Maria Carolina Soares Torres, Baronesa de Inoã, e filha dos Barãos de Itambi.


Maurício Nabuco por Luiz Cláudio D'Álamo Louzada:

O Embaixador Nabuco era de uma personalidade marcante para sua geração. Considerado um homem de alta estatura, cerca de um metro e oitenta, chamativo, de uma elegância despreocupada. Porém, sempre envergando seu colete branco, impecável, confeccionado em Londres por seu alfaiate de preferência. Homem de educação britânica, nascido em Londres em 10 de maio de 1891 e formado em Norwick. Jantava sempre de "smoking", mesmo quando só. Era do seu raciocínio que não ficava de acordo exigir da sua criadagem a uniformização correta, quando ele, dono da casa, não estivesse adequadamente vestido.
O casarão da Piabanha, em Petrópolis, não era tido a recepções ou jantares, porém o Embaixador gostava de receber seus amigos mais íntimos para um chá "en famille", como ele mesmo intitulava, ou um whisky, nunca antes das seis da tarde, visto que não era de "bom tom".
Foi um profissional exemplar, estruturou o sistema administrativo do Itamaraty, modernizando-o, o qual resistiu aos tempos até a implantação dos computadores.
Pela sua sólida formação acadêmica, teve na sua carreira uma ascensão rápida.
Ingressou no Itamaraty em 1913 na Secretaria de Estado. Percorreu os escalões intermediários e chegou a Ministro Plenipotenciário de 2ª classe (ministro) em 17 de janeiro de 1931. Já em 12 de fevereiro de 1934, era nomeado Ministro de 1ª classe (embaixador), contando, portanto, 43 anos.
Foi embaixador em Santiago (Chile) em 1937, Santa Fé (Vaticano) em 1944 e Washington (Estados Unidos) em 1949.
No decorrer de sua carreira, acompanhou o Ministro de Estado Lauro Müller em sua viagem oficial aos Estados Unidos em 16 de maio de 1913. Participou da Delegação Brasileira ao Congresso de Paz, em Versalhes, em 23 de dezembro de 1918. Acompanhou o Presidente eleito, Epitácio Pessoa, em sua visita oficial a Inglaterra, Portugal e Estados Unidos da América em 1919. Foi Auxiliar de Gabinete do Ministro Azevedo Marques em 30 de julho de 1918. Esteve como Oficial de Gabinete do ilustre Ministro de Estado das Relações Exteriores, Otávio Mangabeira, 1926-1930. Representou o Ministro de Estado junto ao Presidente eleito dos Estados Unidos, Herbert Hoover, durante sua visita ao Brasil, em 1928. Chefiou a Comissão de Recepção a S.S.A.A.R.R. o Príncipe de Gales e o Príncipe George, em 1931. Foi interinamente Secretário Geral em 1933, 1934 e 1939, bem como Ministro de Estado do Exterior em 1940. Membro do Conselho Consultivo de Petrópolis e do Distrito Federal (Rio de Janeiro) em 1933-1935. E, na qualidade de Embaixador do Brasil em Washington, recepcionou o Senhor Presidente do Brasil, Marechal Eurico Dutra, em sua visita aos Estados Unidos em 1949. No governo de Getúlio Vargas, em 1952, foi dispensado - a pedido - do cargo de Embaixador e removido a Secretaria de Estado, para logo após ser aposentado.
Possuía várias importantes condecorações, dentre elas, a Grã-Cruz da Ordem do Rio Branco.
Influenciou na carreira de diversos diplomatas mais jovens como seu seguidor em postura, posicionamento político e cultural, tais como: Embaixador Vasco Leitão da Cunha, D'Alamo Lousada, Antonio Castelo Branco e outros.



João Guimarães Rosa e o Presidente JK.

O bordado do Fardão da Academia Brasileira de Letras, é diferente do Fardão antigo dos Embaixadores Brasileiros, foto abaixo.