Em 25 de janeiro de 1554, a Missão
Jesuíta funda a Cidade de São Paulo e dois anos depois, os padres ergueram uma
igreja – a primeira edificação duradoura do povoado - no alto de uma colina
entre os rios Tamanduateí e Anhangabaú, sendo o local escolhido para iniciar a
catequização dos indígenas e para sepultamento dos que faleciam na localidade.
Hoje é o Pátio do Colégio “ composto pelo Museu Padre Anchieta, Auditório
Manoel da Nóbrega, Galeria Tenerife, praça Ilhas Canárias (Café do Pátio),
Capela Beato José de Anchieta (abriga o fêmur de José de Anchieta), a Cripta
Tibiriçá e a Biblioteca Padre Antônio Vieira. Bairro da Sé. Ruas Afluentes: Rua
Boa Vista, Rua Anchieta, Rua Roberto Simonsen, Rua Dr. Bittencourt Rodrigues, Rua
General Carneiro”.
Entre 1774 e 1775 a Igreja Católica,
com autorização governamental, organizou o Cemitério dos Aflitos, denominado
também de Cemitério dos Enforcados, no atual Bairro da Liberdade, sendo então o
primeiro cemitério da cidade de São Paulo. Foi aberto em 1779 e demolido em 1883
O Recolhimento da Luz fundado em 02 de fevereiro de 1774 –
depois Mosteiro da Luz, oficialmente Mosteiro da Imaculada Conceição da Luz - “
tem suas origens na igreja em homenagem a Nossa Senhora da Luz, erguida pelo
colonizador Domingos Luís, o “Carvoeiro”, sendo que a primeira vez que se
registra a existência da igreja é numa carta, em 1579, do Padre Anchieta ao
capitão Jeronimo Leitão Coco, Lugartenente da família Martim Afonso de Souza.
Nessa época a igreja localizava-se na região Piranga (hoje bairro do Ipiranga),
mas por volta de 1600, Domingos Luís transfere a sede da igreja e a imagem de
Nossa Senhora da Luz para a região norte do Anhangabaú, conhecida como Guaré”.
“ A igreja passou por um longo
período de abandono, e no período de 1765 a 1774 o Brigadeiro Dom Luís António
de Sousa Botelho Mourão, 4.º Morgado de Mateus, Capitão-General e governador da
capitania de São Paulo, Conselheiro de Sua Majestade, Fidalgo Cavaleiro da Casa
Real, Tenente-Coronel dos Dragões de Chaves, Alcaide-mor da cidade de Bragança;
Senhor dos Morgados de Cumieira, de Arroios, de Sabrosa, de Moreleiros e de Fontelas,
Comendador de Santa Maria de Vermiosa na Ordem de Cristo e Senhor da Honra da
Ovelha, no Marão, executou pequenos reparos onde se realizava a festa de sua
padroeira , Nossa Senhora dos Prazeres”.
“ Por volta de 1772, uma
religiosa chamada Helena Maria do Sacramento teria tido visões de Jesus Cristo
para a construção de um convento. Após ter conhecimento de suas visões e
confirmando com o clérigo a veracidade das visões, o franciscano Antônio de
Sant’ana Galvão - Santo Antônio de Sant'Ana Galvão, OFM, mais conhecido como
Frei Galvão, ou São Frei Galvão (Guaratinguetá, 1739 — São Paulo, 23 de
dezembro de 1822), cuja Canonização foi realizada em11 de maio de 2007, pelo
Papa Bento XVI - levou a ideia adiante, e mesmo com restrições do Marques de
Pombal, que na época proibiu a abertura de novos conventos, conseguiu, em 1774,
licença do governo para inaugurar o Recolhimento, nos arredores da capela sendo
que as Recolhidas deveriam seguir a Regra da Ordem da Imaculada Conceição,
fundada por Sta. Beatriz. O próprio Frei Galvão projetou e trabalhou na
construção do Recolhimento, incluindo a capela”.
São Frei Galvão “ veio a
falecer naquele local em 23 de dezembro de 1822 e sepultado na igreja do
Recolhimento, sendo o seu túmulo até hoje um destino de peregrinação de fiéis
que teriam obtido favores devido a sua intercessão”.
Contudo em 1845 foi fundado o
Cemitério do Recolhimento da Luz onde em 29 de abril de 1848, foi sepultado Frei
Lucas José da Purificação que sucedeu a São Frei Galvão como pai espiritual das
Irmãs concepcionistas do Recolhimento da Luz.
“ Em 1929, o recolhimento foi
incorporado canonicamente à Ordem da Imaculada Conceição, sendo assim elevado à
categoria de mosteiro. Foi tombado em 1943 e, desde 1970, abriga o Museu de
Arte Sacra de São Paulo na ala esquerda da edificação. As internas, ditas irmãs
concepcionistas, vivem até hoje em regime de clausura, na parte reservada do
mosteiro, sem acesso ao público. Completam o conjunto arquitetônico a igreja da
Luz, a antiga capela e o cemitério das religiosas, envoltos pelo último
remanescente das chácaras conventuais urbanas do país”.
O Mosteiro da Luz foi declarado
Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO.
“ Em 1841 ocorreu um fato
marcante que comprova a exclusão de pessoas não católicas dos cemitérios. O
jovem alemão jurista e professor da faculdade de direito do largo São
Francisco, Julios Frank, faleceu. Sua acolhida nos campos santos da cidade foi
negada pelo fato de ele ser luterano. A mobilização dos estudantes culminou com
o seu sepultamento em pátios internos das arcadas”.
Em 1844 o alemão Henrich
Henrichsen fez um pedido à câmara da cidade de São Paulo para que fosse
permitida construção de um Cemitério para os não católicos, para os
protestantes.
Assim foi dividido o terreno
do Cemitério do Recolhimento da Luz, o Campo da Luz foi dividido em dois
terrenos, um destinado a estrangeiros católicos e outro a estrangeiros não
católicos, dando origem ao "Cemitério dos Estrangeiros", ou "Cemitério
dos Alemães", ou "Cemitério dos Protestantes", ou
"Cemitério da Luz", sendo criada a Acempro (Associação Cemitério dos
Protestantes), cuja função era cuidar dos interesses administrativos do
cemitério por René Vanorden e Gustavo Knochblauch. Em 1855, o terreno foi
desapropriado para a construção da Av. Tiradentes. O restante do terreno foi
utilizado para a construção de um novo cemitério”.
“ Em 1856, a Assembléia
Legislativa Providencial de São Paulo, aprovou o Primeiro Regulamento para os Cemitérios
para a cidade paulista. Com esse ato, houve muitas revoltas por parte das
pessoas praticantes do cristianismo, pois já haviam incorporada a ideia dos
enterros nas igrejas”.
“ Por força do Ato
Institucional do Imperador Dom Pedro II, foi determinada a construção de um
cemitério público de uso geral pela população, e o escolhido para tal tarefa, a
construção do cemitério, foi o engenheiro alemão Carlos Rath - Carl Friedrich
Joseph Rath- nascido em Stuttgart, capital e a maior cidade do estado de
Baden-Württemberg, no dia 31 de março de 1802 e falecido em São Paulo no dia 12
de junho de 1876 – considerado o primeiro grande engenheiro da cidade de São Paulo”.
“ Em 1855, o engenheiro Carlos
Frederico Rath, que era o administrador do Cemitério dos Protestantes da Luz,
sugeriu o Alto da Consolação como o local mais apropriado para o cemitério
municipal”.
“ Em 13 de setembro de 1855,
os vereadores da Câmara Municipal de São Paulo, decidem sobre o melhor local
para a edificação do novo cemitério a partir de uma memória apresentada por
Carlos Frederico Rath, e para fortalecer sua decisão, a Câmara aprovou uma
postura proibindo os “enterros dentro das Igrejas, Capelas, Sacristias,
Corredores e quaisquer outros lugares no recinto das mesmas, e como ato
continuo o Governo da Província de São Paulo ordenou que fosse executado o
Regulamento para o cemitério público”.
“ Quando da epidemia de
varíola na cidade em 1858, os cadáveres ainda estavam sendo enterrados nas
igrejas. O presidente da província ordena então à Câmara Municipal de São Paulo,
em 07 de julho de 1858, que novamente proibisse as práticas de enterramento nos
templos”, foi um auê geral.
“ Quando da epidemia de
varíola na cidade em 1858, os cadáveres ainda estavam sendo enterrados nas
igrejas. O presidente da província ordena então à Câmara Municipal de São
Paulo, em 07 de julho de 1858, que proibisse as práticas de enterramento nos
templos. O Cemitério da Consolação passaria a receber os primeiros cadáveres das
vítimas desta epidemia, antes mesmo que as obras do mesmo estivessem
concluídas. Assim, no dia 15 de agosto de 1858, quando aconteceu o primeiro
sepultamento no cemitério, deu-se por aberto o primeiro cemitério público de
São Paulo, o Cemitério da Consolação”.
O Cemitério da Consolação está
localizado no distrito da Consolação, entre as Ruas da Consolação, Sergipe,
Mato Grosso e Cel. José Eusébio.
Sua entrada principal fica
situada na Rua da Consolação, número 1660.
No Cemitério da Consolação
estão sepultados o Barão da Bocaina - nascido Francisco de Paula Vicente de
Azevedo- fazendeiro, banqueiro, comerciante, e sua esposa a Baronesa da
Bocaina- nascida Rosa Bueno Lopes de Oliveira – bisavós da Doutora Thereza
Christina Vicente de Azevedo Fontes Garcia, mulher desse autor.
O Dr. Francisco de Paula
Vicente de Azevedo, Patrono da Cafeicultura Brasileira, advogado e banqueiro, e
sua esposa Dona Cecilia Galvão Vicente de Azevedo (da família Galvão de São Frei
Galvão), avós da Doutora Thereza Christina Vicente de Azevedo Fontes Garcia,
mulher desse autor.
Advogado Carlos Galvão Vicente
de Azevedo pai da Doutora Thereza Christina Vicente de Azevedo Fontes Garcia,
mulher desse autor.
Carlos Galvão Vicente de
Azevedo Filho irmão da Doutora Thereza Christina Vicente de Azevedo Fontes
Garcia, mulher desse autor.
Em 11 de fevereiro de 1864 o
novo Cemitério dos Protestantes é inaugurado na Rua Sergipe, número 177, no
bairro da Consolação, com fundos para o Cemitério da Consolação e vizinho do Cemitério
da Venerável Ordem Terceira de Nossa Senhora do Monte Carmo. “ Há muitas
personalidades ilustres sepultadas nesse cemitério, como Charles Miller, “pai”
do futebol no Brasil, o engenheiro alemão Carlos Rath - Carl Friedrich Joseph
Rath - considerado o primeiro grande engenheiro da cidade de São Paulo, a
celebre Anita Malfatti, pintora, desenhista, gravadora e professora brasileira,
entre outros”.
Com fundos para o terreno do Cemitério
da Consolação, e vizinho ao Cemitério Protestantes, está o “ Cemitério da
Venerável Ordem Terceira de Nossa Senhora do Monte Carmo, inaugurado em 12 de
novembro de 1868 em terreno cedido pela Câmara Municipal a esta irmandade para
construção de seu cemitério particular”
O Cemitério da Venerável Ordem
Terceira de Nossa Senhora do Monte Carmo tem sua entrada pela Rua Sergipe 83,
no bairro da Consolação.
Com a lotação do Cemitério da
Consolação e para “agradar” a Burguesia Emergente da época foi organizado o Cemitério
do Araçá, na Estrada do Araçá, hoje Av. Dr. Arnaldo, 666 - Cerqueira César, São
Paulo, em 1887, sua área atual é de 222.000 m². Neles estão sepultadas
personalidades como o embaixador Assis Chateaubriand (Francisco de Assis
Chateaubriand Bandeira de Mello, o Chatô) político, jornalista e empresário, membro
da Academia Brasileira de Letras, Adib Jatene - médico, Ministro da Saúde, professor,
inventor e cientista, Cacilda Becker, atriz e um dos maiores mitos dos palcos
nacionais, Nair Bello, atriz e grande humorista brasileira, entre outros.
“ O cemitério abriga o mausoléu
da Polícia Militar do Estado de São Paulo, onde estão enterrados somente
policiais que morreram em ação”.
Com uma epidemia de varíola que
se abateu sobre a cidade foi organizado em
Santana, distrito de São
Paulo, na Zona Norte, ao norte do rio Tietê e compõe com os distritos de
Tucuruvi e Mandaqui, o Cemitério de Santana, também, conhecido como Chora
Menino, em 1897 com uma área de 38.485 m².
Em 1920, a Prefeitura do Município
de São Paulo “ autorizou a aquisição do terreno de propriedade dos Padres Passionistas,
no bairro de Pinheiros, para a construção de um cemitério que foi denominado Cemitério
São Paulo, ou Necrópole São Paulo.
“ A construção do cemitério
ficou a cargo do mestre-de-obras Caetano Antônio Bastianetto e de operários
espanhóis, italianos e portugueses, que se converteram nos primeiros moradores
do nascente bairro de Vila Madalena”.
Sua inauguração se deu em 1926
e sua localização é a Rua Cardeal Arcoverde, 1250, bairro de Pinheiros.
Neles estão sepultadas personalidades
como Victor Brecheret, escultor ítalo-brasileiro, considerado um dos mais
importantes do país e autor do Monumento às Bandeiras, sua obra mais célebre, o
cineasta Walter Hugo Khouri, o mega empresário José Ermírio de Moraes, Valentim
dos Santos Diniz, fundador do Grupo Pão de Açúcar, Salim Farah Maluf, pai de
Paulo Maluf, João Dória (João Agripino da Costa Doria Neto pai do prefeito
eleito João Doria Junior), o jurista Miguel Reale, o jazigo do general Miguel
Costa, comandante da Coluna Prestes, túmulos de combatentes mortos na Revolução
Constitucionalista de 1932 e do estudante Dráusio Marcondes de Sousa, um dos símbolos
do M.M.D.C. (Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo), que tornou-se o símbolo da
Revolução Constitucionalista iniciada no dia 9 de julho de 1932, entre outros.
Nele estão os restos mortais
do jovem Carlos Galvão Vicente de Azevedo Fontes Garcia, carioca, meu filho com
a Doutora Thereza Christina Vicente de Azevedo Fontes Garcia.
Foi fundado em 20 de maio de
1949, o Cemitério da Vila Formosa, ocupando uma área de 763.175 m².
“Desde a sua inauguração, já
foram realizados mais de 1,5 milhão de sepultamentos. É uma necrópole usada,
sobretudo, para enterros de pessoas das classes C, D e E”.
Está localizado a Avenida Flôr
de Vila Formosa, s/n - Vila Formosa- entre os distritos de Carrão e Vila
Formosa, e é considerado o maior da cidade de São Paulo.
Continua...
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