sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

105 – CONVERSA- Frederic von Habsburg, ou Frederico de Habsburgo. Imperator, Rex e Dux.

105 – CONVERSA- Frederic von Habsburg, ou Frederico de Habsburgo.
O Modelo da escolha do Imperador do Sacro Império Romano Germânico foi realmente estruturado e regulamentado pela “BULA de OURO “de 1356, do Imperador Carlos IV, da Dinastia de Luxemburgo.
Esse Decreto Imperial consagrou o sistema eletivo por maioria simples e libertou o Império Romano Germânico de qualquer tipo de Tutela Papal.
Até 1806 os Príncipes - eleitores usaram os seus Direitos estabelecidos na “BULA de OURO” de 1356, de acordo com sua consciência ou com sua bolsa, só Deus sabe, mas usaram.
Como Frederic von Habsburg, ou Frederico de Habsburgo, que “através de subsídios de 60.000 ducados, é ratificado como Rei da Alemanha e, também, é reconhecida pelos Príncipes-eleitores sua soberania sobre alguns condados da Hungria”.
Como é velha a famigerada corrupção, pois não???
Continuemos...
Frederic von Habsburg, ou Frederico de Habsburgo, agora Frederico III, era um homem vaidoso e orgulhoso, tanto que tinha sobre si mesmo uma alta opinião, pois afirmava que “Deus o havia criado e escolhido para ser Príncipe, Rei e Imperador”, esquecendo-se que havia comprado sua eleição, de ter corrompido muita gente, e apesar disso, ou por querer aplacar a Ira de Deus por ter cometido o pecado da corrupção, teve necessidade absoluta de ir a Roma para ser Ungido pelo Papa de então.
Certamente seu Capelão deveria lembra-lo de duas das mais firmes passagens bíblicas, apesar da Bíblia não ser um Livro lido na Idade Média pelos simples mortais por ordem do Papado, que são:
Gálatas - 6.8   Porque o que semeia para a sua própria carne da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito do Espírito colherá vida eterna.
2 Pedro - 1.4   pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos torneis coparticipantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção das paixões que há no mundo,
Mais o fato é que
Daí que o último Imperador a ir a Roma foi Frederico III, (Frederico V da Áustria), da Dinastia Habsburgo, nascido em Innsbruck em 21 de setembro de 1415, e falecido em Linz em 19 de agosto de 1493, filho de Ernesto, o Ferro, ou Ernst der Eiserne, ou Duke Ernest the Iron, ou Ernesto, o de Ferro, Duque de Estíria, Caríntia e Carniola, e de Cymburge de Masovie, um Duquesa polonesa.
Eleito Rei da Alemanha, formalmente Rei dos Romanos, em 2 de fevereiro de 1440, Imperador do Sacro Império Romano Germânico em 19 de março de 1452, foi Ungido com os Santos Óleos e Coroado pelo Papa Nicolau V, nascido Tommaso Parentucelli, em meio a uma Grande Pompa, para que ficasse bem claro que “que Deus o havia criado e escolhido para ser Príncipe, Rei e Imperador, e portanto aquela cerimonia era para que o Chefe Nominal da Cristandade, o divinizasse bem como a seus Títulos”.
Além de ser ‘cheio de si e de sua Raça’, era dado ao misticismo, ou ocultismo, tanto que por uma inspiração mística criou a Divisa:
A.E.I.O.U.
AUSTRIA EST IMPERARE ORBI UNIVERSO.
ALLES ERDREICH IST OESTERREICH UNTERTHAN
COMPETE A AUSTRIA GOVERNAR O MUNDO

Ele não conseguiu, mas seu bisneto, o Imperador Carlos V, como Carlos I, Rei de Espanha, conseguirá.
Sua estrambólica assinatura, também, era fruto do misticismo.



Contudo, Frederico acreditava que a Liturgia e o Protocolo eram fatores fundamentais em sua vida, como mais tarde seria para um descendente seu, o Rei Luiz XIV, ou Louis le Grand, o Rei-Sol, via sua mãe Ana Maria Maurícia de Habsburgo, ou simplesmente Ana d’Áustria, Infanta Espanhola, Arquiduquesa de Áustria e Rainha-consorte de França.
O Governo de Frederico III não foi esplendoroso, pois ele era incapaz, indolente, e queria dominar o Mundo sentado em sua poltrona na Cidade na Cidade de Linz, Áustria, dedicando-se à botânica, alquimia, astronomia, mas soube fortificar e bem o Poder da Dinastia Habsburgo, tanto que seu filho, Maximiliano, o sucedeu, apesar da Bula de Ouro tentar estabelecer um rodizio de Dinastias.  
Frederico seguia a política dos Soberanos e dos nobres de todos os tempos, ou seja, a dos “casamentos vantajosos”, a ponto de afirmar:
Bella gerant alii; tu, felix Austria, nube
("que outros guerreiem (enquanto) tu, feliz Áustria, concluís casamentos").
E o exemplo foi o casamento de seu filho, Maximiliano, com a bela e espiritual Maria, a riquíssima herdeira da Casa de Borgonha, em 10 de agosto de 1477.
Com esse matrimonio a Casa da Áustria-Habsburgo passou a dominar uma das regiões mais importante da época na Europa, onde o crescente capitalismo fazia seus habitantes os mais ricos per capita do mundo até então conhecido:
Os Países Baixos.
Recursos oriundos dos Países Baixos dariam “certa tranquilidade”, como dizem os espanhóis “en comillas”, para os Soberanos austríacos governarem o resto das populações de seus dominios.
No Dote de Maria vieram os Ducados de Brabante, Limburgo, Lothier ( ligado ao Ducado de Brabante, um Título honorífico , sem autoridade territorial ou judicial), Luxemburgo , de Guelders ( hoje parte do território está na Holanda , parte na Renânia do Norte-Vestefália (Nordrhein-Westfalen), Alemanha, o Margraviato de Namur, os Condados Palatino de Borgonha, de Artois, de Flandres, de Charolês, Hainaut, de Holanda (Países Baixos), de Zeeland ( a Zelândia, situada no sudoeste da atual Holanda, é composto por uma série de ilhas, daí o seu nome, que significa " mar-terra "), de Zutphen ( hoje uma cidade na província de Gelderland na Holanda) e outros interesses.
O Imperador e Rei Frederico III, foi o último que governou antes do Renascimento, mas depois dele quinze Imperadores foram de sua Dinastia, os poderosos Habsburgos, que reinaram na Áustria de 1278 a 1918, portanto 640 anos.


Mais, que são eles?
É o que veremos numa próxima CONVERSA.

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