la vie luxueuse à la cour de Versailles.
NOBREZA
Uma classe em seus
últimos estertores.
Para começar abaixo tem a
lista hierárquica dos Títulos nobiliárquicos ou Títulos de nobreza:
1- Imperador & Imperatriz;
Czar
& Czarina. Kaiser & Kaiserin. Mikado (帝) e de Tenno (天皇), que significa
"soberano celestial" do Japão.
2- Rei & Rainha
3- Príncipe & Princesa:
Príncipe monarca
Príncipe imperial
Príncipe real
Grão-príncipe
4- Infante & Infanta
5- Grão-duque & Grã-duquesa
6- Arquiduque & Arquiduquesa
7- Duque & Duquesa
Conde-duque (título espanhol atribuído aos condes de
Olivares e aos duques de Sanlúcar la Mayor)
8- Marquês & Marquesa (Margrave & Margravina)
9- Conde & Condessa:
Conde-barão (título português oitocentista, atribuído
aos condes e barões de Alvito)
10- Visconde & Viscondessa
11- Barão & Baronesa
Na
Inglaterra “Lord of Barony ( termo que se refere ao Senhor de um Baronato Feudal).
Não
confundir com Baronete.
12- Senhor & Senhora
13- Baronete – baronet-
(abreviado como Bart) & Baronetesa - baronetess - (abreviado, Btss)
– é a única honra hereditária que não é
um título de nobreza, mas que consta da Lista dos mesmos por especial
deferência do Soberano da Inglaterra, e assim são considerados membros da
chamada ‘pequena nobreza’ com posição hierárquica acima dos Cavaleiros e Damas.
São
não são superiores aos Cavaleiros das Ordens da Jarreteira (The Most Noble
Order of the Garter) e do Cardo (Most
Noble and Most Ancient Order of the Thistle).
Os
agraciados usam o Sir e o Dame porque são Cavaleiros hereditários.
A
esposa do Baronete usa o Lady.
14- Cavaleiro & Dama
Sir
& Dame
15- Escudeiro & Escudeira
A Nobreza
A Nobreza é uma classe
social composta de personagens portadores de Títulos Nobiliárquicos e seus
familiares.
O Nobre é quem tem Título
de Nobreza e seu status, status esse que se formou desde a Antiguidade.
Ser Nobre - Noble , do
latim Nobilis - dentro desse
antiguíssimo conceito, é ser ou ter uma Alta Dignidade em uma sociedade.
1-
“A palavra vem do
latim nobilis , que é derivado do verbo Nosco e adjetivo Notus , que significa
'saber' e 'conhecida', respectivamente, que se distingue pelos fatos ou
virtudes entre os outros homens”.
“Hoje ela se refere aos descendentes daqueles que
serviram o país, ou seja, o reconhecimento dos serviços dos antecessores em
seus sucessores com a intenção de estimula-los a seguir os passos de seus
antepassados e se distinguiram, como eles, por seus talentos e seus grandes
serviços [ a Nação]”.
“Sêneca considerava que a verdadeira nobreza do homem
estava na obediência à reta razão, e ter uma alma sabia e virtuosa”.
2-
O termo deriva do
latim nobilitas, o substantivo abstrato do adjetivo nobilis ("bem
conhecido, famoso, notável").
Na sociedade romana antiga, nobiles originou-se como
uma designação informal para a classe política governante, classe essa que
tinha interesses em comum.
A Nobreza no Sistema Feudal
eram geralmente aqueles que detinham um feudo.
“Feudo é a terra concedida
por um suserano ao vassalo, em troca de fidelidade e ajuda militar. Essa
prática desenvolveu-se na Idade Média, após o fim do Império Romano e foi à
base para o estabelecimento de uma aristocracia fundiária”.
“O Feudalismo não coincide
com o início da Idade Média (século V d.C.), porque este sistema começa a ser
delineado alguns séculos antes do início dessa etapa histórica (mais
precisamente, durante o início do século IV), consolidando-se definitivamente
ao término do Império Carolíngio, no século IX d.C.”.
Um suserano era “um nobre
que doava algum bem (normalmente terras, mas podia ser a concessão de impostos
sobre uma ponte, o uso de equipamentos agrícolas, o uso de uma fonte d'água,
etc....) a outro nobre, que passa ser considerado vassalo”.
“O vassalo lhe faz um
juramento de fidelidade, devendo-lhe lhe prestar diversos serviços, entre os
principais, lutar no exército do suserano quando for convocado, ajudar seu
suserano economicamente quando este precisar, etc.”.
“Um suserano pode se tornar
vassalo de outro nobre se dele receber algo; da mesma forma, um vassalo pode se
tornar um suserano se doar algo a outro nobre”.
Havia um ritual de
vassalagem dividido em 3 partes, a saber:
“A primeira parte é a homenagem, a fase
verbal, quando o vassalo exprime sua vontade de se tornar homem do senhor,
colocando suas mãos entre as do senhor em sinal de submissão”.
“A parte chamada fé, a segunda parte do ritual,
de cunho religioso, o vassalo com a mão estendida sobre os evangelhos ou sobre
as relíquias, jurava ser fiel ao seu senhor.”
A terceira parte do ritual
era “a investidura do feudo, a posse do feudo, que se processa mediante a
entrega de um objeto simbólico, pelo senhor ao seu vassalo.”
Assim, o vassalo se
comprometia com suserano, além de lhe socorrer com homens e armas, dar-lhe 50%
de sua colheita.
Em contra partida o
suserano, o senhor feudal, fazia um juramento garantido a ele- o vassalo-
proteção e a plena concessão de terras.
Chamo a atenção de que “um
Reino é o conjunto de vassalos e servos de um Rei”.
O Feudo logo se tornou
hereditário, associado a um Título Nobiliárquico, também, hereditário, gozando
de privilégios fiscais e outros.
Na sociedade feudal havia três
classes, a saber:
1-
“O clero tinha
como função oficial rezar, mas que na prática, exercia grande poder político
sobre uma sociedade bastante religiosa, onde o conceito de separação entre a
religião e a política era desconhecido”;
2-
“A nobreza (também
chamados de senhores feudais) tinha como principal função a de guerrear, além
de exercer considerável poder político sobre as demais classes”.
“O Rei lhes cedia terras e estes
lhe juravam ajuda militar”.
“Os Vassalos oferecem ao senhor ou
suserano, fidelidade e trabalho em troca de proteção e um lugar no sistema de
produção e com isso as redes de vassalagem estendiam-se por várias regiões,
sendo o Rei o suserano mais poderoso”;
3-
“Os ‘servos da
gleba’, ou seja, a maior parte da população camponesa: estavam presos a terra,
sofriam intensa exploração, eram obrigados a prestar serviços à nobreza e a
pagar-lhes diversos tributos em troca da permissão de uso da terra e de
proteção militar”.
“Na
Idade Média os títulos nobiliárquicos ou títulos de nobreza pertenciam aos
nobres e foram criados com o intuito de estabelecer uma relação de vassalagem
entre o titular e o Soberano ou Monarca (Imperador (Caesar, Kaiser, Czar), Rei,
Regente, Príncipe Soberano) são eles: Príncipe, Duque, Marquês, Conde, Visconde,
Barão, Senhor, Cavaleiro, Chevalier e ou Cavalheiro e por fim Escudeiro”.
No
âmbito do Sacro Império foram estabelecidos os Fürst, que eram chamados de
Erbprinz ou Prinz, os Margraves (Markgraf correspondente a Marquês), os
Landgraves (a magistrados que faziam justiça em nome do Imperador), os
Burgraves (Conde de um castelo ou de uma cidade fortificada), os Vildgraves
(fidalgos da patente de graf (conde), que tinha autoridade sobre as florestas
ou áreas desabitadas), os Graf (condes), os Barões [Freiherr] e os Cavaleiros
[Edler].
Evolução:
Apanágio:
Os
Reis Francos dividiam os seus domínios entre os seus filhos teoricamente para não
haver disputas. Foi o caso de Pepino, o Breve, com Carlos Magno e Carlomano.
Foi,
também, o caso do filho de Carlos Magno, Luís I o Piedoso, que dividiu seus
domínios com os filhos Lotário I, Luís II, o Germânico e Carlos II, "o
Calvo", e seu sobrinho, Bernardo de Itália, filho de seu meio irmão Pepino
de Itália.
Lotário
foi proclamado e coroado co-Imperador em Aquisgrano por seu pai. A ele foi
prometida a sucessão para a maioria dos domínios francos (excluindo as exceções
abaixo), e seria o senhor de seus irmãos.
Pepino
foi proclamado Rei da Aquitânia, o seu território, incluía também a Gasconha, a
marca à volta de Toulouse, e os municípios de Carcassonne, Autun, Avallon e
Nevers.
Luís,
o filho mais novo, foi proclamado Rei da Baviera e das marcas vizinhas.
Bernardo,
o filho do filho de Carlos Magno, Pepino de Itália, foi confirmado como Rei da
Itália, um título que ele tinha sido autorizado a herdar de seu pai, Carlos
Magno.
Tudo
feito e tudo desfeito, três guerras civis aconteceram, para terminar no Tratado
de Tratado de Verdum, de 843 a.D. , que estabeleceu a divisão do Império de
Carlos Magno entre seus três netos.
Assim...
O
tempo passou e solidificou-se o Apanágio.
Apanágio
era o nome dado à doação que o Rei de França fazia a seus filhos que não eram o
Delfin, o Herdeiro da Coroa.
As
propriedades não podiam ser vendidas, hipotecadas, usar como parte de um
‘dote1, e voltava para a Coroa, ou Domínio Real, quando da morte do
beneficiário.
O
apanágio foi estabelecido para dotar os príncipes de recursos para sua
subsistência e para a ocupação, de forma aristocrática, dos domínios reais.
Foi
abolido durante a Revolução Francesa, mas reestabelecido em 1810, e novamente
extinto em 1832.
Em
seus primórdios serviu, também, para frear a ganância de alguns filhos dos
Reis, que cobiçavam o Trono de seu irmão mais velho, ou de seus sobrinhos
filhos desse irmão.
“O
primeiro Soberano francês a criar um Apanágio foi Henrique I, terceiro Rei da
Dinastia dos Capetos, do ramo dos Capetos Direto, que reinou de 10 de julho de
1031 até 4 de agosto de 1060 ( 29 anos e 25 dias), pois enfrentou as
hostilidades de Constança de Arles, sua mãe, dos grandes vassalos que queriam
uma eleição para Rei, cada um puxava a brasa para sua sardinha, de seu irmão
mais novo Robert de France, Príncipe de Sangue Real, esse instigado pela mãe”.
Henrique
I ajudado por Conrado II, Sacro Imperador Romano, e Robert, o Magnífico,
Duque
da Normandia, venceu as disputas, mas criou um apanágio para seu irmão Roberto,
o Ducado de Borgonha, cujos descendentes preservaram a posse do Ducado até
1361, quando houve a extinção do primeiro Ramo Capeto da Casa de Borgonha, com
a morte prematura pela peste de Felipe I - Philippe de Rouvres ( Filipe de Carvalho )- com apenas 15
anos, em 21 novembro 1361 .
O
Ducado da Borgonha foi tomado por João II, o Bom, que acabou casado com a mãe
do Duque falecido, Jeanne I d’ Auvergne, que alegou a condição de apanágio.
Felipe,
o Corajoso, dit « Philippe le Hardi » , quarto e mais jovem filho do Rei João
II, o Bom, e de Bonne de Luxemburgo, ‘mostrou bravura que ele mostrou durante a
derrota francesa na Batalha de Poitiers , em 19 de setembro de 1356’, e como
prêmio na sua maioridade, no mesmo ano,
o Rei lhe deu em apanágio o Ducado de
Borgonha.
Casou
« Philippe le Hardi » em 19 de junho de 1369, na Igreja de Saint-Bavon com
Margarida de Flandres, rica herdeira presuntiva do condado de Flandres, Artois,
Rethel, Nevers e do Condado de Borgonha, viúva de Felipe I - Philippe de
Rouvres (Filipe de Carvalho).
O
último Duque de Borgonha, em apanágio de Luís XV, se avô, foi Louis Joseph Xavier,
nascido em 13 de setembro de 1751 em Versailles e que morreu no mesmo Palácio
em 22 de março de 1761, com apenas 9 anos, 6 meses e 9 dias, irmão mais velho
dos futuros Reis ei Luís XVI, Luís XVIII e Carlos X .
O
pequeno Duque sofreu uma queda feia em 1760, os cirurgiões operam para remover
o tumor que está instalado no fêmur. A falta de esterilidade do tempo leva a
tuberculose óssea será a causa de sua morte.
Os
Capetos Diretos criaram 12 apanágios de 1032 (Henri I dá o Ducado de Borgonha a
seu irmão Robert I) até 1322 (Felipe, o Belo, dá o Condado de la Marche para seu
filho Carlos, o Belo, futuro, Carlos IV, Rei de França).
Os
Capetos de Valois ou Casa de Valois, ramo mais novo da Dinastia dos Capetos,
criaram 34 apanágios de 1344 (Felipe VI dá a seu filho Felipe o Ducado de
Orléans e o Condado de Valois) até 1576 (Henrique III aumenta os apanágios de
seu irmão François de France (Francisco de França) com os Ducados d'Alençon,
d'Anjou, de Touraine, de Brabant e Château-Thierry).
Os
Soberanos dispunham desses apanágios na verdade ao seu bel prazer, tirando a
posse de alguns deles de um determinado Príncipe ou herdeiro e dando para outro
Príncipe, ignorando o princípio da Hereditariedade.
Um
exemplo é o ducado de Bourbon, integrado no domínio real por ter sido confiscado
em 1531 por Francisco I no momento da traição do Condestável de Bourbon
Os
Capetos de Bourbon ou Casa de Bourbon (Borbón em castelhano e Borbone em
italiano) descendentes de Robert de Clermont, Conde de Clermont, seigneur de Bourbon, de Charolais, de Saint-Just et de
Creil, filho do Rei São Luís (Luís IX) e de Marguerite de Provence.
Eles
emitiram cindo Éditos criando apanágios, a saber:
Édito
de julho 1626, sobre a doação de Luís XIII a seu irmão Gaston-Jean-Baptiste de
França, dos Ducados de Orleans, de Chartres e Condado de Blois;
Édito
de março 1661 sobre a doação de Luís XIV a seu irmão Philippe de France dos
Ducados de Orléans, Valois e Chartres, com o senhorio de Montargis;
Édito
de Junho de 1710, sobre a doação de Luís XIV a seu neto, Charles de France,
Duque de Berry, os Ducados de Alençon, de Angoulême e do Condado de Ponthieu;
Édito
de abril 1771, sobre a doação de Luís XV a seu neto Louis Stanislas Xavier de
França, Conde de Provença, futuro Luís XVIII, do Ducado de Anjou e do Condado
de Perche;
Édito
de outubro 1773, sobre a doação de Luís XV a seu neto Charles-Philippe de
France, Conde de Artois, futuro Charles X, dos Ducados de Auvergne, de
Angouleme, de Berry esse adicionado por cartas patentes de junho 1773.
Contudo
Luís XIV criou apanágios não relacionados acima como o do Duque de Borgonha,
como os Ducados do Maine, d’Aumale, o Principado de Dombes, o Condado d’Eu,
dado a seu filho com Madame de Montespan, legitimado, Louis Auguste de Bourbon,
etc e tal.
Filipe,
o Belo, decretou a exclusão das mulheres como herdeiras dos apanágios, mas a
regra não é aplicada de forma coerente por ele mesmo como foi no caso de Robert
III de Artois versus Mathilde d’Artois, dite Mahaut d’Artois, ambos da Casa de
Capeto d'Artois.
Robert
III de Artois então com 11 anos, filho do irmão mais novo de Mathilde d’Artois,
Filipe de Artois, que morreu no dia 11 de Setembro de 1298, depois de um ferimento
recebido na batalha de Furnes contra o Condado de Flandres, foi preterido por
ela com apoio de Felipe, o Belo, alegando que pelo costume de Artois neto não
herdava, e filha do Conde falecido seria herdeira, isso em caso do de cujus não ter nenhum filho homem.
Robert
de Artois recebeu em apanágio o Condado de Beaumont-le-Roger.
Não
ficou satisfeito e entrou em luta aberta contra sua tia e depois contra o próprio
Trono de França, ocupado por seu Suserano.
Robert
de Artois era um patife de marca maior e apresentou documentos falsos –
revelavam que o velho Conde Robert II havia desejado que seus domínios
passassem para a linhagem de Felipe, pai dele, o que era uma grossa mentira - quando
do seu terceiro pedido de revisão do processo contra sua tia na tentativa de
açambarcar o Artois e outros domínios, foi
desmascarado , condenado por lesa- majestade, privados de todos os seus
bens e banido em abril 1332.
Foi
para o Flandres, depois para a Inglaterra, onde fomentou as desavenças entre os
Soberanos, traiu a França, pois “forneceu uma vasta informação sobre a corte
francesa e participou ativamente na guerra, o que o levou a ser declarado um
inimigo da França em 1336”.
Guerreiro
incompetente perdeu todos os seus homens ao sitiar Saint-Omer, Pas-de-Calais,
por ordem de Eduardo III, Rei da Inglaterra, e ferido em Outubro de 1342 ao pé
de as muralhas de Vannes, na costa sul da Bretanha, no contexto da Guerra da Sucessão da Bretanha
.
Voltou
para a Inglaterra, morreu de disenteria, e está sepultado na Catedral de St.
Paul, em Londres.
Matilde,
Condessa d’Artois, em 9 de junho de 1291, casou com o Otto IV, Conde da
Borgonha, e tiveram duas filhas e um filho:
Em
1300, Robert, Conde de Borgonha, sob-regência de sua mãe, a condessa Matilde. Faleceu
com 15 anos de idade e a sucessão foi para sua irmã Joana;
Em
1307, Joana II, Condessa de Borgonha, que casou com o Filipe V, dit « Philippe
le Long », Rei de França, filho de Felipe, o Belo, que lhe havia dado em
apanágio o Condado de Poitiers;
Em
1308, filha Blanche de Borgonha, que casou com Carlos IV, dit « Charles le Bel »,
Rei de França, filho de Felipe, o Belo, que lhe havia dado em apanágio o
Condado de Bigorre, Gasconha.
Maurice
Druon os descreveu em Os Reis Malditos.
Continuemos...
Sebastien
Le Prestre, Marquês de Vauban (01 de maio de 1633 - 30 de março de 1707) é um
engenheiro, arquiteto militar, planejador, engenheiro de água e ensaísta
francês. Ele foi nomeado Marechal de França por Luís XIV.
Da
quarta geração de uma família nobre, a de seu pai, mas não pode demostrar uma
antiguíssima nobreza quando Colbert organizou o “catálogo da Nobreza” [nome
dato por mim], por ordem de Luís XIV, alegando que a documentação havia se
perdido por causa das Guerras da Religião que assolaram a França.
Seu
pai, Albin ou Urbain Le Prestre, segundo os genealogistas era um ’« ecuyer »,
conforme está no registro do batismo de seu filho, e pertencia a uma família
nobre de três gerações, remontavam as “maisons d’ancienne chevalerie, les
Montmorillon et les Chastellux”, as maçãs e peras Vauban foram criações sua.
Sua
mãe, « damoiselle Edmée de Carmignolles (ou Cormignolles), fille de Jehan
Carmignolle, escuyer », era de uma família rica de comerciantes e agricultores
à Saint-Léger-de-Foucherets.
Marquês
de Vauban escreveu” Les oisivetés de Monsieur de Vauban : Ou Ramas de plusieurs
mémoires de sa façon sur différents sujets, éd. Champ Vallon, 2007”, que se
pode encontrar em:
Em seu ” Les oisivetés “
Vauban nos revela que era muito difícil fazer prova de Noblesse parfaite , mas
não impossível , no período de 370 a 400 anos partindo de 1700 para trás, é
óbvio, e eu creio que essa afirmação se deve a Guerra dos Cem Anos, que assolou
o territórios francês , durante o século XIV e o século XV (de 1337 a 1453,
concordando com as datas convencionais), quando castelos, abadias, igreja (
onde eram registrados os casamentos e batismos) solares, foram incendiados e
vilas arrasadas.
Mas
vamos ver o que nos revela sobre a Nobreza esse grande Mestre de Fortificações:
Vers 1700, l'ancienneté apparaît à Vauban comme le
premier critère de dignité, mais aussi l'appartenance à une maison souveraine,
ou le service militaire du roi. Vauban établit cette liste pour que le degré
noblesse puisse être quantifié et ainsi éviter les mésalliances. Vauban
partageait l'idée selon laquelle l'apport d'un sang inférieur nuirait à la
vertu de la lignée, une vertu considérée comme héréditaire.
Observação:
Vauban considera que a virtude é
hereditária na nobreza, passa de pai para filho, mas se esquece de que a
canalhice, o mau-caratismo, a hipocrisia, a pequenez de caráter, ausência de
dignidade, o comportamento vil, a indignidade, a baixeza, são atributos
inerentes à raça humana, portanto um nobre, também, pode passa-los, para sua
descendência. Exemplo: Um avô canalha, um pai bom, e um neto mau caráter, e
desse exemplo a Historia e o mundo estão cheios.
Vauban
estava preocupado com “les mésalliances”.
Significado
de mésalliance segundo Dicionário da Academia Francesa:
S.f.
Casamento com uma pessoa de condição
social inferior. Plural: mésalliances.
Afirmava
ele que tal união era nefasta para o ‘sangue de França’, o enfraqueceria. Há
controvérsias.
Vamos
ao que ele escreveu:
Les
catégories de noblesse selon Vauban:
Categorias
de nobreza conforme Vauban
1- De…: Noblesse perpétuée,
dont les commencements sont inconnus, c'est ce qu'on appelle aussi la noblesse
immémoriale, ou noblesse de race
TJ.:
De... : Nobreza perpetuada ou perpetua cujas origens são desconhecidas, também,
é chamada de nobreza imemorial ou nobreza de raça. Exemplo:
A
– Dinastia dos Robertiens, família da nobreza franca, originários de Thérouanne
(antiga cidade de Taruenna), na Gália, na região da hoje Bélgica, cujos
registro aparecem no Século VIII, afirmado que certo Dux, provavelmente um Dux
dos Alamanos, teve um filho chamado Robert em 632.
Essa
Dinastia ficou sendo chamada de Robertiens, pois em sua linhagem tiveram vários
nobres que receberam o nome de Robert até chegar a Hugo Capeto (940-996),
fundador da Dinastia Capeto, a saber: Robert (-764), Duque de Hesbaye em 732,
Robert II de Hesbaye (770-807), Robert III de Worms (800-822), Robert IV do
Forte (820-866), Robert (866-923), Rei dos Francos Ocidentais (866–923).
O
primeiro Capeto a portar a Coroa dos Francos foi o já citado Hugues Capet de 21
de maio de 987 a 24 de outubro de 996 (9 anos, 5 meses e 3 dias), século X, o
primeiro a portar o Título de Rei da França foi Felipe II (Philippe Auguste)
que reinou de 1 de novembro de 1179 a 14
de julho de 1223 (42anos, 9 meses e 26 dias), século XIII ,o último a usar tal Título
foi Luís XVI, de 10 de maio de 1774 a 4
de setembro de 1791 (17 anos, 3 meses e 25 dias), em meio a Revolução Francesa
de 1789, passando a portar o Título de Reis dos Franceses que usou apenas de 4
de setembro de 1791 a 10 de agosto de 1792, portanto 11 meses e 6 dias, para
depois ser guilhotinada, século XVIII.
O
último Capeto a ser Rei em França foi Luís Felipe I, como Rei dos Franceses,
aceito no bojo da Revolução de 1830, que reinou de 9 de agosto de 1830 a 24 de
fevereiro de 1848, portando
17
anos, 6 meses e 15 dias, século XIX. Era avô de Louis Philippe Marie Ferdinand
Gaston d'Orléans et Saxe-Cobourg et Gotha, o Conde d’Eu, marido da Dona Isabel,
Princesa Imperial do Brasil e Condessa d'Eu.
B- Filipe VI, Rei da Espanha a partir de 19 de
junho de 2014, é o chefe da Dinastia de Borbón, herdeiro de Luís XIV por seu
neto Philippe de France, ao nascer Duque d’ Anjou por apanágio, que subiu ao
Trono de Espanha como Felipe V, em 15 de novembro de 1700 e reinou até 1724 (23
anos, 1 mês e 30 dias, no século XVIII, portanto a Família do atual Monarca
remonta aos Capetos do Século X.
Esses
exemplos são da nobreza perpetuada, ou nobreza Imemorial ou nobreza de raça.
2
- De 600 anos: Noblesse de tradition, noblesse historique:
TL.
: Nobreza de Tradição, Nobreza Histórica. Confundem-se com a nobreza de raça ou
imemorial.
3-
De 500 a 550 anos: Noblesse ancienne, noblesse très ancienne, noblesse qui se
compte par les aïeux.
TL.:
Nobreza antiga ou anciã, nobreza muito antiga, nobreza que responde, que esta
de conformidade, pelos e com os antepassados
4-De
450 anos: Très bonne noblesse, noblesse de souche, vieille noblesse
TJ.:
Grande nobreza, nobre estirpe, nobreza antiga.
5-De
370 a 400 anos: Noblesse parfaite, Bonne
noblesse
TJ.:
Perfeita nobreza, nobreza boa.
6-De
270 à 300 anos: Noblesse achevée, noblesse à haute chevalerie, Noblesse à toute
preuve
TJ.:
Nobreza confirmada [ nobreza nobre],
nobreza de cavalheirismo, nobreza comprovada.
7-De
180 à 200 ans: Gentilhomme, noblesse établie, Noblesse à chevalerie
TJ.:
Gentil-homem [ou fidalgo reconhecido], nobreza reconhecida e estabilizada,
nobreza de cavalaria [ou de cavaleiro].
8-De
80 a 100 anos: Anoblis, fils d'anobli, Noble
TJ.:
Enobrecido, filho cavaleiro, nobre
As
famílias pertencentes a esse grupo são chamadas, também, de Nobreza de Espada.
O
pensar em Sebastien Le Prestre, Marquês de Vauban, devemos nos lembrar de um pensador
anônimo do século XVIII:
“Os aristocratas são
diletantes em seu ócio elegante.”
Mais, continuemos...
A
Alta Nobreza, a Grande Nobreza, é composta pelos Soberanos, Príncipes e
Princesas de Sangue Real, e de todos os outros Titulados ligados por laços
familiares reconhecidos por ele, o Monarca.
Qualquer
pessoa, plebeu ou comum, que prestem relevantes serviços ao Soberano, a Nação,
ao povo, que vive sob uma Monarquia pode ser Titulado e elevado a Nobreza.
A
Nobreza Titulada é composta por: Barões, Viscondes, Condes, Marqueses, Duques,
Príncipes, e suas variantes já expostas no início desse trabalho. Os Gentis-homens, para nos Fidalgos, são
aqueles sem esses títulos, no entanto, possuidores de todas as qualidades de
nobreza.
Em nossas conversas não
podemos nos esquecer da Nobreza de Toga.
Sébastien Le Prestre, Marquis de Vauban,
Maréchal de France par Louis XIV.
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