https://youtu.be/dcVpL-aBR0g podemos encontrar
o chorinho KANANGA DO JAPÃO de autoria de Sinhô (José Barbosa da Silva), que
foi pianista da Casa, que o pia – não consigo saber o nome- sei que era pintor,
ajudou a fundar. Postado por Luciano Hortencio
Segundo consta: A primeira
gafieira brasileira, segundo o pesquisador Agostinho Sei-xas, surgiu no séc.
XIX e foi instalada à rua da Alfândega, 327, centro do Rio de Janeiro, por D.
Francisca Pacheco da Silva. Chamada de “Sala de Danças”, tinha entrada paga à
porta e funcionou de 1847 a 1878.
De Elton Medeiros ,
no Rio de Janeiro, verão de 2005.
No mesmo artigo:
“Como aquela, outras “salas de
danças” permaneceram até mesmo depois do aparecimento do maior recreativista de
todos os tempos, o criativo Júlio Simões – fundador e proprietário do Kananga
do Japão, em 1914 e do Elite Clube em 1930, este ainda hoje existente na Praça
da República.
Mas se Júlio Simões imprimiu
àqueles bailes de entrada paga – mais tarde chamados de gafieira pelo
jornalista Romeu Areda – características como comportamento, trajes, tipo de conjunto
musical etc, foi o músico Raul de Barros o responsável pela reformulação desses
redutos, fazendo com que surgissem as médias e grandes orquestras e, com elas,
um salto de qualidade nos arranjos musicais e uma imensa variedade de gêneros
no repertório”.
Luís César Nunes - https://plus.google.com/+Lu%C3%ADsC%C3%A9sarNunes/posts
Esse senhor acima citado escreveu em 1 de outubro de
2010, no INTERLIGEO - http://aiml.blogspot.com.br/2010/10/do-elite-do-julio.html,
o seguinte artigo intitulado “ Do Elite do Júlio” que versava
sobre os clubes de danças do Rio de Janeiro, vamos a ele:
Do Elite do Júlio
Há alguns anos minha avó dizia
que a novela de Tzuka Yamazaki na TV Manchete, Kananga do Japão, tinha muita
coisa errada conforme o testemunho da época que ela dava. No começo da novela
parecia mesmo que a coisa ia para uma direção do tipo "Malandros, Perus e
Bacanaços" de João Antônio, mas com o tempo os personagens se humanizaram
e, então, minha avó já quase no fim da novela dizia com satisfação: "esses
personagens existiram mesmo!"
“ Talvez esse testemunho não
tivesse valia se minha avó, Zulmira Simões Ciconha, não fosse filha de Julio
Simões. Sim, o célebre Julio Simões que fundou a Kananga do Japão e depois o
Elite Club”.
“ [ seu Julio] Nascido em
Buenos Aires e registrado no Brasil, filho de imigrantes italianos, trajava-se
de maneira impecável com ternos brancos de puro linho e suas gravatas de pura
seda”.
“A Sociedade Familiar Dançante
e Carnavalesca Kananga do Japão fora criada a partir de um rancho carnavalesco,
em 1911, na Praça Onze”.
"A Kananga acolheu em
suas festas músicos populares muito conhecidos na época, como Sinhô (José
Barbosa da Silva), também chamado de Rei do Samba, J. Bulhões, Manuel da
Harmonia, Pixinguinha e João da Baiana, que fora o seu diretor de harmonia na
fase de rancho”.
“Foi lá que Júlio Simões se
inspirou para criar, em 1930, a primeira gafieira do Brasil, a Elite, no Campo
de Santana”.
“Conhecimento não lhe faltava,
pois, durante muitos anos, Júlio desempenhara a função de fiscal de salão da
Kananga”.
“ Como todas as instituições
populares do gênero, a Kananga do Japão tinha o seu padroeiro: São Jorge, o
santo predileto das camadas mais baixas da população carioca. O seu dia, 23 de
abril, era comemorado pela casa desde as primeiras horas da manhã, quando a
imagem do santo era retirada do salão e conduzida para a igreja de São Jorge, a
cerca de um quilômetro de distância”.
“ Em 1926, a madrinha foi
Elisete Cardoso, que teve de contar com a ajuda de outras pessoas, pois a
imagem tinha quase o dobro de seu peso. Após a missa, todos voltaram para a
sede da Kananga, onde almoçaram e lá permaneceram toda a tarde em clima de
festa." Assim Sérgio Cabral descreve no livro "No Tempo da Tia
Ciata", essa época de inícios”.
Na época da novela da TV
Manchete se falou muito no pai do grande historiador do carnaval, critico, ator,
escritor, produtor, sambista da Velha Guarda, o sempre jovial Haroldo Costa
(Rio de Janeiro, 13 de maio de 1930), em relação a Kananga do Japão, mas agora
não consigo descobrir o porquê, de que se tratava.
Mas, fica aqui o registro de
uma Agremiação na nossa Praça 11 tão querida, a
Kananga do Japão
Jorge Eduardo
Fontes Garcia
São Paulo,
27/01/2016
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