Luis I de Borbón
Príncipe das Astúrias
Luis I de España, llamado «el Bien Amado», ou «el
Liberal», que reinou sobre a Espanha e as Índias de 15 de janeiro de 1724 até
31 de agosto de 1724, portanto 7 meses e 16 dias, um reinado relâmpago, o mais
breve da História.
Em 7 de abril de 1709, com dois anos de idade, Felipe V,
ante as Cortes e com concordância dela, o elevou a Príncipe das Astúrias e
sucessor da Coroa.
Nome completo: Don Luis
Phelipe Fernando Ioseph
Pai: Felipe V
Mãe: Maria Luisa de Savóia
Local e data de nascimento: El
palacio del Buen Retiro de Madrid em 25 de agosto de 1707.
Local e data de falecimento: El
palacio del Buen Retiro de Madrid em 31 de agosto de 1724, com 17 anos, em
consequência da varíola que pegou em julho do esmo anos.
Casou com: Louise Elisabeth
d'Orleans, Mademoiselle de Montpensier, princesse du sang, filha do Regente
Philippe II, Duque d’ Orleans, e de Françoise Marie de Bourbon, légitimée de
France, ao ser legitimada foi elevada a Mademoiselle de Blois por ser filha de
Luís XIV de França e de Madame de Montespan, e por casamento Duquesa d’Orleans.
O casamento foi celebrado por
procuração, em novembro 1721 em Paris.
Em Lerma, também conhecida
como Villa Ducal de Lerma, hoje província de Burgos, Castilla la Vieja, comunidad
autónoma de Castilla y León, no dia 20 de janeiro de 1722, os noivos se
conheceram. Ele com 15 anos e ela 12 anos de idade.
Mal recebida pela Rainha
Isabel Farnésio, como já era meio tereré, amalucada, mas
acima de tudo uma criança “ela reagiu exibindo
estranho comportamento, tais como andar nua, dar grandes arrotos e exercitar
sua flatulência em público”.
Viúva, voltou para a França, a
pedido de sua mãe, onde viveu confinada no Palacio de Luxemburgo, com algumas
excursões ao Château de Vincennes, bem longe de Versalhes, e bem longe do
primo, sexualmente muito ativo, Luis XV.
Era tratada como Sa Majesté la Reine
douairière d'Espagne, recebendo todas as honras de sua posição.
NOTA:
A Guerra da Quádrupla Aliança:
De um lado a França, a Grã-Bretanha, o Sacro Império
Romano, República Holandesa, e o Ducado de Savóia.
Do outra a Espanha e seu Império Colonial.
A guerra foi formalmente
declarada em dezembro de 1718, e só terminou em 1720 com o Tratado de Haia de
1720, realizada em nome de Felipe V, Rei de Espanha, na realidade motivada pelas ambições da
ambiciosíssima Isabel Farnésio, Rainha-consorte de Espanha apoiada pelo, também
ambicioso, ministro-chefe Giulio Alberoni para retomar territórios na Itália e
para reivindicar para o Rei de Espanha o trono francês.
Felipe V já estava sofrendo de
depressão, mas é bem verdade que ele, em silencio, sonhava com a Corte de
Versalhes, tanto que a construção do Palácio de San Idelfonso foi uma tentativa
de amenizar esse banzo.
De mais a mais não podemos
esquecer que pelo “Tratado de Utrecht (1713), a Espanha tinha perdido todas as
suas posses na Itália e os Países Baixos e Filipe V, bem como a sua descendência
tinha sido excluído da sucessão à coroa de França”.
Pouco importava para os
Aliados que Felipe V fosse o único neto sobrevivente do Rei Sol e que Luis XV
fosse um bisneto e ainda criança, a Ordem estabelecida tinha que ser mantida
custe o que custar.
Conflitos aqui, e acola, e a Paz foi selada pelo o Tratado de
Haia sobre 17 de fevereiro de 1720.
Mademoiselle
de Montpensier
Louise-Élisabeth
d'Orleans
por
Pierre Gobert
Pintor
francês
Entre parentes, Felipe V e seu primo Philippe d’Orléans, um
Rei de Espanha e o outro Regente do Reino da França durante a menoridade de
Luís XV, foi selado um acordo:
1-
O Rei de Espanha daria sua filha de 4 anos, a
Infanta Mariana Victoria de Borbón e Farnésio, em casamento com Luis XV, Rei de
França e de Navarra.
2-
O Regente daria sua filha, já qualificada acima,
como esposa do Príncipe das Asturias e futuro Rei da Espanha e das Índias
Maria Anna Victoria de Espanha, futura Rainha de
Portugal, vestindo a roupa real de uma Infanta espanhola.
Tudo arranjado, tudo
consumado, a pequena Infanta foi levada a França para ser educada nos moldes da
Corte de Versalhes, mais aí surgiu um imprevisto.
Luis de Bourbon, Luis XV, era sexualmente
muito ativo, foi precoce, e não dava folga nem as mucamas, nem a pajens, o que
preocupou principalmente ao Marechal-Duque de Richelieu, Louis-François-Armand
de Vignerot du Plessis, que expulsou de Versalhes um desse ragazzi cói, a homossexualidade era considerada como “la
dipendenza Italiane”, o vício italiano, e começou uma campanha para
arranjar uma nova esposa para o Rei adolescente.
Esse pajem era patrocinado por
Louis IV Henri de Bourbon-Condé, « Monsieur le Duc », Prince du sang, Príncipe de Condé, e sua amante Jeanne Agnes Berthelot
Pléneuf, Marquesa de Prie, que durante vários anos foi a mulher mais poderosa
na corte de Luís XV, para através da cama e do vicio dominarem o pequeno Rei. (Os Grandes Processos da História- Henri Robert).
Marechal -duque de Richelieu
Então, sem mais aquelas, Infanta
Mariana Victoria de Borbón e Farnésio foi devolvida a Corte de Espanha em 5 de
abril de 1725. Ela nasceu em 31 de março de 1718, logo na devolução ela tinha 7
anos, e era considerada “très jolie, pleine de charme, la petite «
infante-reine », ainsi que la cour et avec elle toute la France l'appelait,
faisait les délices de la cour”.
Mariana Victoria de Borbón e Farnésio, uma Infanta peão da
política espanhola, acabou casado com Dom José I, Rei de Portugal, em 19 de
janeiro de 1729, e foi mãe de Dona Maria I, a louca, a primeira soberana
europeia a pisar na América.
Mais voltemos a Don Louis premier, par la grâce de Dieu,
roi de Castille, de Léon, d'Aragon, des Deux-Siciles, de Jérusalem, de
Portugal, de Navarre, de Grenade, de Tolède, de Valence, de Galice, de
Majorque, de Séville, de Sardaigne, de Cordoue, de Corse, de Murcie, de Jaen,
des Algarves, d'Algeciras, de Gibraltar, des îles Canaries, des îles des Indes
orientales et la partie continentale de la mer océanne, archiduc d'Autriche,
duc de Bourgogne, de Brabant et de Milan, comte de Habsbourg, de Flandre, de
Tyrol et de Barcelone, Seigneur de Biscaye et de Molina.
“Luís era alto e magro, tinha cabelos loiros, era
considerado feio para os padrões da época e dizia-se que era semelhante em
aparência ao seu avô, Vítor Amadeu II. Além disso, era fisicamente delicado,
fraco e com pouca força nos braços”.
Luis I de Espanha
Os irmãos Luis XIII e Gaston d’ Orleans, Filipe de
França, Duque d'Orleans, Monsieur, frère unique du Roi Louis XIV, eram
sabidamente homossexuais.
Luis XIV adorava dançar ballet com tutu e tudo.
Gaston d’ Orleans e Filipe de França, junto com amigos,
adoravam ir para as ruas e cometerem ‘chulerias’ com os populares de baixa
condição social.
Ou seja, haviam precedentes na família.
Alguns historiadores afirmam que “ ele tinha herdado o
comportamento sexual de Filipe d'Orleans, Monsieur, frère unique du Roi.
Dizia-se que Lacotte, o servente que o acompanhava em seus passeios por Madrid
e que tinha a reputação de ser um pedófilo, havia sido enviado para seduzir o
príncipe convencido que o jovem tinha dificuldades em copular”.
Vidal Sales, José-Antonio. Crónica íntima de los reyes de
España. Barcelona: Editorial Planeta, 1994. ISBN 84-08-01139-1, afirma que “Luís
era realmente bissexual, tendo sido iniciado na homossexualidade por um criado
oriundo de Versalhes, e o próprio não via nenhum problema no fato de gostar dos
dois sexos”.
Além do que Luis I gostava de dança balé como sua bisavó,
Luis XIV.
Bem pouco importa se ele gostava de homem, ou se sua
mulher era nojenta, ou se gostava de suruba, pouco importa, o que importa é que
ele foi Rei de Espanha etc etc etc...
E ele foi Rei de Espanha de 15 de janeiro de 1724 até 31 de
agosto de 1724, portanto reinou em Madrid, em meio a uma Corte dissoluta, enquanto
seu pai tinha uma Corte austera em San Idelfonso, por 7 meses e 16 dias.
Rei
da Espanha, Nápoles, Sicília e Sardenha
Duque
de Milão e Soberano dos Países Baixos
31 de
dezembro de 1723
Por Jean
Ranc
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