A Casa da Austria
Die Habsburger (auch
Haus Habsburg)
"Pavão Habsburg" na cauda os domínios da Casa de Habsburgo, 1555.
Karl V. mit Ihrem Lieblingshund
Carlos V com o seu Cão favorito
por Jakob Seisenegger,
no Kunsthistorisches Museum
Museu de História da Arte em Viena
Brasão d’Armas de Carlos V, Imperador do
Sacro Império Romano
Brasão d’Armas de Carlos I, Rei de Espanha
Don Carlos por la gracia de
Dios Rey de Romanos Emperador Semper Augusto.
Doña Joana su madre y el mesmo
Don Carlos por la mesma gracia Reyes de Castilla, de Leon, de Aragon, de las
dos Sicilias, de Ierusalen, de Navarra, de Granada, de Toledo, de Valencia, de
Galicia, de Mallorcas, de Sevilla, de Cerdeña, de Cordova, de Corcega, de
Murcia, de Jaen, de los Algarbes, de Algezira, de Gibraltar, de las Islas de
Canaria, de las Indias islas y tierra firme del Mar Oceano,
Condes de Barcelona,
Señores de Vizcaya e de
Molina,
Duques de Atenas e de
Neopatria,
Condes de Ruysellon e de
Cerdenia,
Marques de Oristan e de
Gorciano,
Archiduques de Austria,
Duques de Borgoña de Bravante.
Karl der Fünfte, von Gottes
Gnaden erwählter Römischer Kaiser, zu allen Zeiten Mehrer des Reiches, in
Germanien, zu Kastilien, Aragon, León, beider Sizilien, Jerusalem, Ungarn,
Dalmatien, Kroatien, Navarra, Granada, Toledo, Valencia, Galizien, Mallorca,
Sevilla, Sardinien, Córdoba, Korsika, Murcia, Jaén, Algerien, Algeciras,
Gibraltar, der Kanarischen und Indianischen Inseln und des Festlandes, des
Ozeanischen Meers &c. König, Erzherzog zu Österreich, Herzog zu Burgund, zu
Lothringen, zu Brabant, zu Steyr, zu Kärnten, zu Krain, zu Limburg, zu
Luxemburg, zu Geldern, zu Kalabrien, zu Athen, zu Neopatria und zu Württemberg
&c. Graf zu Habsburg, zu Flandern, zu Tirol, zu Görz, zu Barcelona, zu
Artois und zu Burgund &c. Pfalzgraf zu Hennegau, zu Holland, zu Seeland, zu
Pfirt, zu Kyburg, zu Namur, zu Roussillon, zu Cerdagne und zu Zutphen &c.
Landgraf im Elsass, Markgraf zu Burgau, zu Oristan, zu Goziani und des Heiligen
Römischen Reiches, Fürst zu Schwaben, zu Katalonien, zu Asturien &c. Herr
zu Friesland und der Windischen Mark, zu Pordenone, zu Biscaya, zu Monia, zu
Salins, zu Tripolis und zu Mecheln &c.
« Charles par la divine
clémence Empereur des Romains, toujours Auguste, roi de Germanie, de Castille,
de Léon, de Grenade, d’Aragon, de Navarre, de Naples, de Sicile, de Majorque,
de Sardaigne, des îles Indes et terres fermes de la mer Océane, archiduc
d’Autriche, duc de Bourgogne, de Brabant, de Limbourg, de Luxembourg et de
Gueldre, comte de Flandres, d’Artois, de Bourgogne Palatin, de Hainaut, de
Hollande, de Zélande, de Ferrette, de Haguenau, de Namur et de Zutphen, prince
de Zulbanc, marquis de Saint-Empire, seigneur de Frise, de Salins, de Malines,
le dominateur en Asie et en Afrique, roi de la Nouvelle-Espagne, du Pérou, de
la Nouvelle-Grenade et du Rio de la Plata et suzerain des vice-rois de ces
mêmes pays. »
Principais Títulos de Carlos V&I:
Armadura equestre do Imperador Carlos
Títulos
Início
e fim do uso deles
25 de setembro de 1506
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16 de janeiro de 1556
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25 de setembro de 1506
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25 de outubro de 1555
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25 de setembro de 1506
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25 de outubro de 1555
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Duque de Lothier (Alta Lotaríngia)
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25 de setembro de 1506
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25 de outubro de 1555
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25 de setembro de 1506
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25 de outubro de 1555
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25 de setembro de 1506
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25 de outubro de 1555
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25 de setembro de 1506
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05 de fevereiro de 1556
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25 de setembro de 1506
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25 de outubro de 1555
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Conde de Charolais
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25 de setembro de 1506
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21 de setembro de 1558
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25 de setembro de 1506
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25 de outubro de 1555
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25 de setembro de 1506
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25 de outubro de 1555
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25 de setembro de 1506
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25 de outubro de 1555
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25 de setembro de 1506
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25 de outubro de 1555
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12 de setembro de 1543
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25 de outubro de 1555
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12 de setembro de 1543
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25 de outubro de 1555
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14 de março de 1516
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16 de janeiro de 1556
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14 de março de 1516
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16 de janeiro de 1556
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14 de março de 1516
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16 de janeiro de 1556
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14 de março de 1516
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25 de julho de 1554
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28 de junho de 1519
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24 de fevereiro de 1530
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24 de fevereiro de 1530
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24 de fevereiro de 1558
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12 de janeiro de 1519
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12 de janeiro de 1521
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Posesiones de Carlos V, emperador del Sacro Imperio
Romano Germánico, que reinó en los reinos hispánicos como Carlos I. Castilla Aragón Posesiones
borgoñones
Herencias de territorios austríacos
Sacro Imperio Romano
Carlos era da figura alta e
poderosa, mas não grande demais, com corpo escultural, bonitas pernas, braços
fortes, irradiava majestade, com sua tez pálida, com a cabeça alongada, característica
da linha austríaca de Habsburgo, e cabelos louros avermelhado.
Carlos tinha um problema de
dicção, murmurava palavras, que não eram bem compreendidas, por causa de sua
queixada. Seu queixo era grande e saliente (a parte de baixo era muito para
frente, e a superior muito para trás), por isso sua boca não fechava
completamente, já que havia uma diferença de dois dedos entre a parte inferior
e a parte superior.
Era ciclotímico, ou seja, seu humor
era instável, ficando dias em silêncio absoluto.
“A ciclotimia é
considerada uma versão mais branda do distúrbio bipolar, uma vez que os
episódios de hipomania e depressão tendem a ser de menor duração (cerca de
quatro dias ou menos) e de menor gravidade”.
Era extremante cruel, e como era muito religioso o louvor
a Deus é que lhe dava autocontrole,
Sofria diabetes (essa maldita doença que consome por dentro de maneira silenciosa,
e que a mim também faz sofrer), de asma, de gota, essa doença o
atormentou a maior parte de sua vida adulta, o que gerou a destruição da massa
óssea, de complicações gastrointestinais, pois era muito guloso, e tinha
grandes hemorroidas, o que o tornava insuportável viajar a cavalo, com isso era
carregado em uma pequena liteira.
Em 2006, essas informações medicas vieram a luz através
dos estudos dos restos mortais de Carlos preservados na Igreja do mosteiro de
San Lorenzo de El Escorial.
Sabe-se que Carlos tinha grande apetite tanto na mesa (tomava
cerveja no café d’amanhã), como sexual.
Viveu pouco junto a sua esposa, Dona Isabel de Portugal, com
quem casou no dia 11 de março de 1526, no Alcazar de Sevilha, mas o suficiente
para fazer 6 filhos, a saber:
1- Felipe,
o filho querido de Carlos V&I (21 de maio de 1527 - 13 de setembro de
1598), sucedeu a seu pai no Trono de Espanha, juntamente com suas possessões na
América, os Países Baixos, Milão, Sardenha, Nápoles e Sicília, com o nome de
Felipe II;
2- Maria
(21 de junho de 1528 - 26 de fevereiro de 1603), que em 1548 se casou com Maximiliano II de Habsburgo, seu
primo-irmão, filho de Ferdinando I do Sacro Império Romano e Ana Jagiello da
Hungria e Bohemia;
3- João
(22 de março de 1529 - 1530)
4- Fernando
(19 de outubro de 1535 - 20 de março de 1538), Conde de Flandres;
5- Joana
(24 de junho de 1537 - 07 de setembro de 1573), que em 1552 se casou com seu
primo João Manuel, Príncipe herdeiro de Portugal, e são os pais de Dom
Sebastião, o Desejado, Rei de Portugal;
6- Juan
(30 de abril de 1539), natimorto, Dona Isabel de Portugal morreu de
complicações no parto no dia seguinte, isso é, em 1 de maio de 1539.
Fora do casamento
Fora do casamento Carlos
V&I teve uma filha com Johanna Maria van der Gheynst, de Oudenaarde,
província de Flandres Oriental, Bélgica, a formosa e competente Margarida de
Parma (1522-1586), Duquesa consorte de di Parma e Piacenza e Castro, por seu
casamento com Octavio Farnesio, duca di Parma e Piacenza e il terzo duca di
Castro, em 1559 nomeada Governadora dos Países Baixos Habsburguianos.
Fora do casamento, Carlos V&I teve uma filha com uma
nobre dama de Nassau de nome Juana da Austria, de quem nada descobri.
Fora do casamento Carlos V&I teve uma filha com Orsolina
della Penna, "a mais bela de Perugia ", mulher do nobiluomo Sinidaldo Copeschi di Montefalcone,
que foi Tadea da Áustria, e “o que sabe sobre ela é que vivia em Roma, e em
1562 enviou um mensageiro ao seu irmão, Filipe II, para reconhecê-la como uma
filha do Imperador”.
Don Juan de Austria
No verão de 1554 passou a
viver no castelo de Don Luis de Quijada, em Villagarcia de Campos, em
Valladolid, e sua esposa, doña Magdalena de Ulloa, passou a cria-lo e educa-lo,
com ajuda de Guillén Prieto, mestre em latim, do capelão García de Morales, e o
escudeiro Juan Galarza.
Codicilo, é um documento que encerra certas disposições de última
vontade, escrito, datado e assinado pelo próprio codicilante. Assemelha-se a um
testamento, embora seja geralmente menor e seja menos formal a sua feitura,
e remonta ao direito romano.
Carlos escreveu um “codicilo”, pouco antes de abdicar,
datado de 6 de junho de 1554, no qual afirmava:
«Por quanto
estando yo en Alemania, después que embiudé, huve un hijo natural de una muger
soltera, el que se llama Gerónimo».
T.L.: “ Quando eu estava na Alemanha, depois que
enviuvei, tive um filho natural de uma mulher solteira, ele se chama
Gerônimo”.
Já estando no Monasterio de Yuste, Carlos ordenou a Don
Luis de Quijada que trouxesse Gerônimo para viver ao pé de si.
Depois, Felipe II, seguindo o conselho de Carlos,
expressa no codicilo de 1554, reconheceu a criança como um membro da família
real. Eles mudaram o nome para Don Juan de Áustria. Foi lhe concedida “ Casa”,
dirigida por Don Luis de Quijada, todavia não foi elevado a Infante de Espanha.
Nas cerimonias oficiais sua posição era antes dos Grandes de Espanha, mas
depois dos membros da Família Real, ou seja, uma posição protocolar intermediaria.
Era tratado como «Excelentísimo Señor»“ e não “ Alteza”.
Era sexualmente muito ativo e teve filhos naturais.
Com Maria de Mendoza, dama de honra de Joana da Áustria,
princesa viúva de Portugal, mãe de Dom Sebastião, Rei de Portugal, teve uma
filha, doña María Ana de Austria y de Mendoza, que foi “abadesa perpetua del
cisterciense Monasterio de Santa María la Real de Las Huelgas, el 8 de agosto
de 1611, la mayor dignidad eclesiástica a que una mujer podía aspirar”, onde
morreu em 1621, aos 61 anos de idade. Ela nasceu em 1568, no Palacio Ducal de
Pastrana, Guadalajara, hoje comunidade autónoma de Castilla-La Mancha, de
propriedade de Doña Ana de Mendoza y de la Cerda, Princesa de Éboli, Duquesa de
Pastrana y Condesa de Mélito, de “una de
las familias castellanas más poderosas de la época: los Mendoza, e esposa de Ruy
Gómez de Silva (en portugués Rui Gomes da Silva), Príncipe de Éboli, duque de
Pastrana y conde de Melito”, elevado por Felipe II.
Apesar das diferenças com
Felipe II, Don Juan da Austria foi Governador dos Países Baixos Habsburguianos
para seu irmão, e comandante da Santa Liga das Nações.
Apresentação de Don Juan de Áustria para o
imperador Carlos V, em Yuste
Por Eduardo Rosales (Eduardo Rosales
Gallinas pintor purista del siglo XIX español)
1869.
Carlos foi o responsável pela
Divisão da Casa, formado assim o Ramo dos Habsburgos austríacos e o ramo dos
Habsburgos espanhóis, chamada de casa da Austria, e porquê? Como?
Por abdicação de seu vastíssimo Império.
Carlos havia
consolidado o Poder dos Habsburgos no Sacro Império, na Itália, nos os Países
Baixos e, principalmente, na Espanha e seu nascente Império de ultramar.
A Europa o temia.
Os Príncipes germânicos tinham
lutado sozinhos em uma verdadeira guerra civil dentro do Sacro Império,
primeiro na Liga dos Cavaleiros, depois na Guerra dos Camponeses, contra as desordens
do clero luterano, depois a rebelião dos anabatistas, por isso estavam se rebelando
contra Der Kaiser des Heiligen Römischen Reiches Deutscher Nation, ou o Imperador
do Sacro Império Romano de Nação Germânica, que na ocasião era Carlos de Gand,
da Dinastia dos Habsburgos.
Carlos, cruel, não teve dúvida
marchou contra os Príncipes e como resultado entregou os destinos dos Império nas
mãos de seu irmão, Fernando I de Habsburgo, o outro Imperador.
Mais, as coisas estavam complicadas
na Europa, na África, na América, etc. e tal, então, velho, cansado, hemorroidário,
abdicou em seu filho, Felipe II, no dia 16 de janeiro de 1556, as Coroas da
Espanha, do Império espanhol em formação, dos domínios na península Itálica e a
do seu amado Países Baixos.
A seguir, “Carlos pediu aos eleitores para aceitarem sua
abdicação, e elegerem Fernando como seu sucessor, o que foi feito em 28 de
fevereiro de 1558, sendo que deixou ao irmão as propriedades dos Habsburgo na
Alemanha”.
Continuou em Bruxelas negociando com os Estados Gerais
dos Países Baixos, e só depois é que com suas duas irmãs (Leonor de Áustria e
Maria da Hungria) viajou para a Espanha, recolhendo-se ao Monasterio de Yuste,
um misto de convento e palácio da Orden de San Jerónimo, perto da cidade de
Cuacos de Yuste, na região de La Vera, a nordeste da província de Cáceres, Espanha.
Carlos morreu em “21 de setembro de 1558 de malária, após
um mês de agonia e febres, causada pela picada de um mosquito da água estagnada
de uma das lagoas circunvizinhas ao mosteiro”.
Assim Fernando de Habsburgo y Trastámara,
que nasceu no palácio do arcebispo de Alcala de Henares, em 10 de março de
1503, o neto favorito Fernando, o Católico, Rei das Espanhas, que foi educado na
Espanha por esse seu avô para sucede-lo, passou a ser o Chefe da Casa de Habsburgo
na Austria e domínios na Europa central Habsburguianos, como, também, no des
Heiligen Römischen Reiches Deutscher Nation, ou Sacro Império Romano de Nação
Germânica, ou seja, Chefe do Habsburgos da Austria.
E Felipe II de España, llamado
«el Prudente», Rey de España, Portugal, Nápoles, Sicilia, Cerdeña, Duque de
Milán, soberano de los Países Bajos y Duque de Borgoña, rey de Inglaterra e
Irlanda iure uxoris de Maria, la sangrenta, passou a ser o Chefe dos Habsburgo em
Espanha, chamada de La Casa de Austria, el nombre con el que se conoce a la
dinastía Habsburgo reinante en la Monarquía Hispánica en los siglos XVI y XVIII.
Árbol
genealógico de los reyes de España y familia de la casa de Austria (en azul).
Continua...
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