segunda-feira, 25 de maio de 2015

A Holanda, os Países Baixos, a Monarquia a principio organizada por Napoleão que vingou.


A Holanda, os Países Baixos, a Monarquia a princípio organizada por Napoleão que vingou.
Subtítulo:
Príncipes de Orange, como Título do Herdeiro do Trono da Holanda- Países Baixos.


 Guillaume II des Pays-Bas (en néerlandais: Willem Frederik George Lodewijk van Oranje-Nassau),
Guilherme II
Rei dos Países Baixos
Grão-Duque do Luxemburgo
Duque de Limburg
7 de outubro de 1840 - 17 de março de 1849
 8 anos, 5 meses e 10 dias.

Napoleão criou a Monarquia na Holanda para beneficiar seu irmão, sua Família, mas ela perdurou.
Vamos aos fatos:
Napoleão e os exércitos aliados - Reino de Nápoles, Reino da Itália, Reino da Saxônia, Reino de Württemberg, Ducado de Varsóvia, e outros simpatizantes - foram derrotados na Batalha das Nações, ou Batalha de Leipzig, que ocorreu de 16 a 19 de outubro de 1813, pelas forças anti – bonapartistas compostas pelos Império Austríaco, Império Russo, Reino da Prússia, Reino da Suécia, Reino da Saxônia.
Os exércitos franceses voltaram para casa.
Com o vácuo do poder foi estabelecido o Het Driemanschap van 1813, o Driemanschap, o Triunvirato de 1813 ou seja, o Governo Provisório composto de Gijsbert Karel van Hogendorp, Conde de Hogendorp, Adam Frans Jules van der Duyn, Conde de Maasdam, e Leopold van Limburg Stirum, Conde de Limburg Stirum, que convidou a Guilherme (Willem Frederik), Príncipe de Orange-Nassau, Príncipe de Nassau-Orange-Fulda (Título confiscado pela Confederação do Reno em 1806), que desembarcou na Holanda na praia de Scheveningen, um bairro da cidade da Haia, no dia 30 de novembro de 1813, para reinar.
Veio de volta a pátria, depois de 18 anos, a bordo do HMS Warrior, um navio de 74 canhões, a serviço Marinha Real Britânica de 1781 até 1818 nos Mares Oceanos, e depois de 1818 transformado em prisão, mas que só foi demolido em 1857.
Guilherme, a princípio, recusou o Título de Rei e tomou o de Príncipe Soberano, pedindo aos responsáveis pelo Governo de Recuperação Nacional uma “ sabia constituição que respeitasse a tradição e o direto do povo dos Países Baixos”.
“Ele foi empossado como Príncipe Soberano na Igreja Nova de Amsterdam, e em agosto de 1814, foi nomeado Governador-Geral do ex- Países Baixos austríacos, ou Habsburguiano, a atual Bélgica, pelas Forças Aliadas que ocuparam aquele país. Elevado a Duque de Nassau e Grão-Duque do Luxemburgo, tendo recebido esse território em troca de negociar seus domínios avoengos com o Rei da Prússia. As grandes potências já tinham acordado os 8 artigos de Londres para unir os Países Baixos em um único reino. Acreditava-se que um país unido no Canal da Mancha, com livre acesso ao Mar do Norte, ajudaria a manter França em cheque. Com a adição de facto dos Países Baixos austríacos e Luxemburgo para o seu reino, Guilherme realizava o sonho de 3 séculos de sua Dinastia que era de unir todo os Países Baixos”.
Em 16 de março de 1815, por solicitação do Congresso de Viena, Guilherme concordou em elevar a Holanda a condição de Reino, o Reino Unido dos Países Baixos, aceitando ser ele o novo Rei, e os representantes da Potencias que venceram Napoleão, o Ogro, ficaram tão exultantes em Viena que deram a Hereditariedade do novo Trono a sua Dinastia, os Orange-Nassau.  
Além do que Guilherme se tornou o 876 Cavaleiro da Ordem do Tosão de Ouro na Espanha, e o 648 Cavaleiro da Ordem da Jarreteira na Inglaterra.
Era a consagração.
Mais, nem tudo são flores, e os belgas se revelaram.
A "Hollandophobia" ganhou força em Bruxelas, e se espalhou para o resto do Sul.
O estopim da revolta foi a encenação da Opera La muette de Portici, também chamada de Masaniello, Daniel Auber, com libreto de Germain Delavigne, revisto por Eugène Scrib, no Théâtre de la Monnaie , em Bruxelas ,em 25 de agosto de 1830, como parte da comemoração ao 15º ano do  reinado de Guilherme I.
Quando foi entoado o segundo dueto ato "Amour sacré de la Patrie", houve uma explosão de euforia por parte dos presentes. Finalmente “quando Masaniello (Lafeuillade) lançou em sua súplica, a chamada " Aux Armes ! ", o público não podia mais ser contido, e os espectadores saindo do Teatro uniram-se a uma multidão, do lado de fora, e um grito em prol da revolução contra o Rei foi ouvido, era a Revolução Belga de 1830”.
Logo, veio a guerra em 1830.
4 de outubro de 1830, o Congresso nacional proclamou a independência da Bélgica do Reino dos Países Baixos.
Elegeram Luís Carlos Filipe Rafael d'Orléans, Duque de Némours, casado com a Princesa Vitória de Saxe-Coburgo-Koháry, filho de Luiz Felipe, Rei dos Franceses, e pai de Gaston de Orleans, o Conde d’Eu, portanto sogro de Dona Izabel, Princesa Imperial do Brasil, como o novo Rei.
Luiz Felipe, Rei dos Franceses, declinou o convite, pois tinha medo de uma nova guerra com as potencias europeias que fatalmente veriam o Poder da França aumentar no Continente.
O Congresso Belga propôs, então, a Leopoldo Jorge Cristiano Frederico (Leopold George Christian Frederick Saxe-Coburg-Saalfeld), Príncipe de Saxe-Coburg e Gotha, Duque da Saxônia, filho do Duque Soberano Francisco de Saxe-Coburgo-Saalfeld, e sua segunda esposa, a Princesa Augusta Reuss de Ebersdorf, para se tornar Rei dos Belgas.
Ele aceitou, e oficialmente se tornou Rei dos Belgas a partir de 26 de junho de 1831, sendo a 21 de julho Aclamado Soberano na escadaria da Igreja de Saint-Jacques-sur-Coudenberg de Bruxelas.
Com Leopoldo I no Trono a Bélgica se tornou “uma monarquia constitucional e uma democracia parlamentar, com representantes eleitos pelo sufrágio universal, com uma Constituição laica baseada no Código Napoleônico”. “ A língua nacional é oficialmente o francês, sendo nitidamente uma Nação neutra, católica e burguesa”.
Leopoldo nasceu em Coburgo, Alemanha, em 16 de dezembro de 1790, e faleceu no Château de Laeken, com 74 anos, a residência principal da monarquia belga, em 10 de dezembro de 1865.



Leopoldo I
Rei dos Belgas.
De 4 de Junho de 1831 até 10 de dezembro de 1865,
portanto 34 anos, 6 meses e 6 dias



Seu confrade Guilherme I continuou a reinar sobre o Reino dos Países Baixos até 7 de outubro de 1840, governando assim por mais 9 anos da ascenção de Leopoldo ao Trono dos Belgas, totalizando um reinando de 25 anos, 6 meses e 22 dias, quando as coisas do coração, os amores, lhe fez abdicar.
Friederike Luise Wilhelmine von Preußen, Guilhermina da Prússia, filha de Frederico Guilherme II, Rei da Prússia, e da Princesa Frederica Luísa de Hesse-Darmstadt, filha de Luís IX, Landgrave de Hesse-Darmstadt, e da Princesa Henriette Karoline von Pfalz-Zweibrücken
Guilhermina da Prússia, Casa de Hohenzollern, que nasceu no palácio de Potsdam, no dia 18 de novembro de 1774, e faleceu em Haia, no dia 12 de outubro de 1837, casou com Guilherme I, então Príncipe de Orange e seu primo, em Berlin, no dia 1 de outubro de 1791.
Guilhermina da Prússia foi Rainha Consorte dos Países Baixos e Grã-duquesa Consorte de Luxemburgo de1815 até 1837.
Tiveram os seguintes filhos:
1-      Guilherme (Wilhelm) II, Rei dos Países Baixos e Grão-Duque do Luxemburgo, que casou com a Grã-duquesa Anna Pavlovna da Rússia, filha do Czar Paulo I da Rússia e sua esposa Sophia Dorothea Louisa Augusta de Württemberg, na ortodoxia Czarina Maria Feodorovna.  
2-      Frederico (Willem Frederik Karel van Oranje-Nassau;), Príncipe de Orange-Nassau, Príncipe da Holanda, que casou com a Princesa Louise de Prússia, filha do Rei Frederico Guilherme III e da famosa e popularíssima Rainha Louise (Louise Augusta Wilhelmine Amélie de Mecklembourg-Strelitz)
3-      Paulina van Oranje-Nassau (Wilhelmina Frederika Louise Paulina Charlotte van Oranje-Nassau) ( Nasceu em  Berlim, no dia 1 de Março de 1800 e faleceu em Bad Freienwalde, no Brandemburgo, me  22 de dezembro de 1806)
4-      Marianne (Wilhelmina Frederica Louisa Charlotte Marianne van Oranje-Nassau.), Princesa da Holanda, Princesa de Orange-Nassau, casou, em 14 de setembro de 1830, com Friedrich Heinrich Albrecht Prinz von Preuße, o Príncipe Alberto da Prússia, e se divorciou em 28 de março de 1849.

Essa descrição toda é para informar que Guilherme (Wilhelm) II, foi elevado a Príncipe de Orange em 16 6 de março de 1815, quando o pai foi Aclamado Rei.
Foi Príncipe de Orange e Herdeiro do Trono até 7 de outubro de 1840, quando foi Aclamado Rei.


Continua....

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