Baudouin I
Boudewijn
Balduíno I
7 septembre 1930:
Son Altesse royale le Prince Baudouin de Belgique, Comte de Hainaut, Prince de
Belgique (naissance)
T.L.: 7 de setembro de 1930: por nascimento
Sua Alteza Real Príncipe Balduíno da Bélgica, o Conde de Hainaut, o Príncipe da
Bélgica
10 février 1934:
Son Altesse royale le Duc de Brabant
Prince de
Belgique
T.L.: 10 de fevereiro de 1934: Sua Alteza
Real o Duque de Brabante,
Príncipe da Bélgica
10 août 1950:
Son Altesse royale le Prince Royal, Duc de Brabant, Prince de Belgique
T.L.: 10 de agosto de 1950: Sua Alteza Real o
Príncipe Herdeiro, Duque de Brabante, o Príncipe da Bélgica
17 juillet 1951:
Sa Majesté le Roi des Belges
T.L.: 17 de julho de 1951: Sua Majestade o
Rei dos Belgas
Desde que eu me entendo por
gente, eu gostei de História.
Lia tudo que podia na revista “
O Cruzeiro”.
Na Paris Match, revista semanal
francesa, cujo lema é famosíssimo: "O peso das palavras, o choque de
fotos", e em sua cópia nacional-tupiniquim a Revista Manchete, de Adolfo
Bloch.
Nos jornais do Brasil e O
Globo.
Livros e mais livros, esses graças
as minhas tias Eneide e Silvia.
Quanto pude compra-los, os
comprei.
O que caia na rede era pescado,
e pati-bum.
Meu pai ficava desesperado ante
a minhas eternas leituras. Ele que só lia “O Boletim Comercial”, o Boletim Cambial,
e Balanços de empresas.
Ele queria que eu seguisse os
seus passos, mas não deu certo.
Fabíola, Rainha.
Daí que o precoce historiador
ficou interessado no casamento do Rei Balduíno com a nobre espanhola Doña Fabiola
Fernanda María de las Victorias Antonia Adelaida de Mora y Aragón , ou simplesmente
Fabíola de Mora y Aragón, assunto que foi
motivo de muita leitura.
Doña Fabíola nasceu no Palácio
de Zurbano, o então residência do Marquês de Casa Riera, atual sede do
Ministério do Desenvolvimento, no Paseo de la Castellana 67, Madrid, no dia 11
de junho de 1928.
Mais, quem era do Marquês de
Casa Riera?
Era seu pai, Don Gonzalo
Fernandez Mora e Riera del Olmo, que além de Marquês de Casa Riera era Conde de
Mora.
Sua mãe era Doña Blanca de
Aragón y Carrillo de Albornoz Barroeta-Aldamar y Elío, Marquesa de Casa Torres
e Viscondessa de Baiguer.
O que fazia dela membro de uma
“ família importante e influente da nobreza e da aristocracia espanhola” em
pleno Regime Franquista.
Seus irmãos foram:
Maria de las Nieves, condessa
de Sástago e Grande de Espanha.
Gonzalo, Marques de Casa Riera
e Torres Casa, Conde de Mora e Visconde de Baiguer.
Ana Maria, Duquesa de Lécera.
Jaime, Cavaleiro de São
Lázaro, que era a ovelha negra da família, playboy, mas na realidade uma cópia
de Salvador Dali que não deu certo.
Luz Maria, Duquesa de Medina
de las Torres.
Alexander, o Conde de la Rosa
Abarca.
E eram tão importantes que sua
madrinha de batismo foi a Rainha Doña Victoria Eugenia (nascida Victoria
Eugenia Julia Ena de Battenberg y Sajonia-Coburgo-Gotha), mulher do Rei Afonso
XIII, Rei de Espanha, madrinha e bisavó do atual Rei de Espanha, Felipe VI, em fevereiro
de 1968.
Doña Fabíola estudou
enfermagem e trabalhou como enfermeira no Corpo Militar da Saúde do Exército espanhol.
Escreveu livros para crianças,
“ álbum de doce cuentos de hadas (Los doce cuentos maravillosos ), uno de los
cuales («Los nenúfares indios») conseguiría su propio pabellón en el parque
temático Efteling ( Holanda ) en 1966”.
T.L.: “álbum doze contos de
fadas (As doze histórias maravilhosas), um dos quais ("Os lírios Indianos")
obteve seu próprio pavilhão no parque temático Efteling (Holanda) em 1966”. Esse
parque de diversões, que ocupa cerca de 65 hectares (550.000 metros quadrados),
é um dos mais antigos do mundo, e está localizado na cidade de Kaatsheuvel, no
município de Loon op Zand”.
O Noivado
Pensou em ir para o convento,
mas mudou de ideia depois de seu encontro com Balduíno.
O casório
Balduíno, Rei dos Belgas, e
Doña Fabíola, nobre de Espanha se casaram na Kathedraal van Sint-Michiel en
Sint-Goedele (Catedral de São Miguel e Santa Gudula) no dia 15 de dezembro de
1960.
Num belíssimo vestido de cetim
branco e arminho foi desenhado pelo costureiro espanhol Cristóbal Balenciaga,
levando a cabeça uma Tiara de estilo Art déco, que tinha sido um presente do governo
da Bélgica a mãe de seu marido, Astrid da Suécia, ela que nunca foi de uma
grande beleza, deslumbrou ao mundo.
“ A Espanha franquista ficou
tão feliz, o povo se sentiu tão prestigiado por esse enlace, que os padeiros
espanhóis decidiram homenagear a nova Rainha Fabiola e criaram um tipo de pão
ao qual denominaram “la Fabiola", que ainda é feito e consumido diariamente
pelos espanhóis”.
Realmente, depois da Coroação
da Rainha Elizabeth da Inglaterra, foi o acontecimento monárquico que mais despertou
interesse no Planeta naquela época.
E eu estava por dentro...
Profundamente religiosos nunca
deixaram de demostrar sua grande fé católica, bem como nunca esconderam que
eram seguidores da Renovação Carismática.
Quando foi lhe apresentada a
lei do Aborto, para não ferir sua consciência, se afastou do Trono por 36
horas, e com isso o primeiro-ministro Wilfried Martens, e todo o Gabinete, que
por direito constitucional podia faze-lo na ausência do Soberano, assinaram a
Lei tão esperada pelo país.
Católico, e com uma esposa que
sofria sucessivos abortos espontâneos, Balduíno não podia mesmo concordar com
tal procedimento.
Para tristeza de ambos, eles
nunca conseguiram ter filhos.
A Rainha teve cinco gestações
que terminaram em aborto espontâneos.
Em 2008, numa entrevista ela
declarou:
“Você sabe, eu perdi cinco
filhos. Você aprende algo com essa experiência. Eu tive problemas com todas as
minhas gestações, mas você sabe, no final, eu acho que a vida é bela”.
Villa Astrida
De férias em sua propriedade particular, Villa Astrida, na Playa
Granada, na cidade de Motril, as margens do Mar Mediterrâneo, região da Costa
Tropical, na província de Granada, comunidade autónoma da Andaluzia, Espanha, no
dia 31 de julho de 1993, o Rei Balduíno sofreu um ataque cardíaco que lhe tirou
a vida.
Seus restos mortais foram
enterrados na Cripta Real da Igreja de Nossa Senhora de Laeken.
Durante a cerimônia de funeral,
o Cardeal Danneels, em sua homilia, fez um apelo à beatificação do falecido
monarca.
Foi durante o reinado de Balduíno
que o Congo Belga conquistou a independência em 30 de junho de 1960, quando o
comunista Patrice Lumumba assumiu o Poder como Primeiro Ministro e deu no que
deu, e que não cabe aqui analisar.
Balduíno foi um monarca amado, mas para muitos, também,
controverso, e os motivos são ridículos na minha ótica.
1- Se era capaz de reinar com 20 anos, depois de uma crise tão
intenso como a da Real Pergunta, com o pai ainda vivo e atuante.
2- Porque era, junto com a mulher, profundamente religioso. A
solução para a Lei do aborto mostrou claramente sua vocação de Estadista.
3- Porque ele e a Rainha Fabíola visitavam os velhos amigos
dela, Francisco Paulino Hermenegildo Teódulo Franco Bahamonde, e sua mulher,
Doña María del Carmen Polo y Martínez-Valdés, ou seja, o Generalíssimo Franco e
Doña Carmem Polo.
4- Por
último a desconfiança de que ele, um católico fervoroso, estivesse envolvido no
assassinato de Lumumba, um fato, aliás nunca provado, e que hoje se sabe que
ele foi morto pelos próprios companheiros comunistas, pois estava exorbitando
em suas funções.
Enfim, Balduíno, foi o quinto
Rei dos Belgas, que seu reinado foi de 17 de Julho de 1951 até 31 de Julho de
1993, portanto 42 anos, 0 meses e 14 dias, e como não teve filhos foi sucedido
por seu irmão, Albert Félix Humbert Théodore Christian Eugène Marie, na época Sua
Alteza Real o Príncipe de Liége, Príncipe da Bélgica, de quem falaremos
adiante.
Continua....
Foto galeria
A União amorosa
Amore
A amizade
as mesmas
No enterro do marido, de branco como prova de Fé e amor.
A Vida é bela
Com o sobrinho amado e novo Rei.
No final da vida.
O adeus:
o pranto do sobrinho neto.
Os Reis de Espanha e a Rainha da Holanda, todos aposentados hoje,
A Imperatriz do japão e a Rainha da Dinamarca
A elegância de SMI a Imperatriz do Japão
Nenhum comentário:
Postar um comentário