Ricardo Plantageneta de York
Vitrais da Igreja de São Lourenço (St. Laurence) em
Ludlow
Shropshire
, Inglaterra, fronteira com o País de Gales.
171- Ricardo Plantageneta de York-
conversa – “A GUERRA DAS ROSAS” - B
Ambicionar:
Significado de Ambicionar
v.t.d. Desejar com muita força; querer em
excesso; possuir ambição: o ator ambicionava a fama
Pretender; buscar empenhadamente; ter como
objetivo: ambiciona passar no vestibular para medicina
Ambição:
Significado
de Ambição
s.f. Desejo
desmedido pelo poder, dinheiro, bens materiais, glórias etc; cobiça: só
conseguiu ser rico porque sempre teve ambição.
Obstinação
intensa para conseguir determinado propósito; vontade de alcançar sucesso;
pretensão: tinha a ambição de um dia ser cantor.
(Etm. do
latim: ambitio.onis)
Ambicioso:
Significado de Ambicioso
adj. Que expressa ambição; que deseja poder
ou riquezas; que tem vontade de alcançar certo objetivo.
Arrojado; que é corajoso; cujo
desenvolvimento depende de muita habilidade: objetivo ambicioso.
s.m. Indivíduo que demonstra ambição ou
cobiça: sempre foi um ambicioso.
(Etm. do latim: ambitiosus.a.um)
"A ambição é uma paixão tão
imperiosa no coração humano, que, mesmo que galguemos as mais elevadas
posições, nunca nos sentimos satisfeitos."
Nicolau Maquiavel
" Os homens quando não são forçados a lutar por necessidade,
lutam por ambição."
Nicolau Maquiavel
“Já ética são os limites que você se impõe na busca de sua ambição”.
Stephen Kanitz
Cobiçar:
Significado
de Cobiçar
v.t. Desejar
com avidez; apetecer ardentemente; ambicionar: cobiçar a fortuna.
Cobiçoso:
Significado de Cobiçoso
adj. Que possui uma vontade intensa de
conseguir alguma coisa; ambicioso.
Que contém ou é instigado pela cobiça:
comportamento cobiçoso.
s.m. Indivíduo que cobiça intensamente alguma
coisa.
pl. metafônico. Pronuncia-se: /cobiçósos/.
(Etm. cobiç(a) + oso)
Ambicionar e Cobiçar são sinônimos, só que um
é mais pernicioso do que o outro.
O cobiçoso prejudica, ocasiona danos, é nocivo,
é ruinoso, é maléfico, e acima de tudo é muito perigoso.
Na Bíblia vemos o verbo cobiçar nas mais variadas formas de sua
conjugação, entre elas:
Êxodo: 20, versículo
17 - Não cobiçarás a casa do teu próximo. Não cobiçarás a mulher do teu
próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento,
nem coisa alguma que pertença ao teu próximo
Jó: 20, versículos
20 e 21 - Por não haver limites à sua
cobiça, não chegará a salvar as coisas por ele desejadas. Nada escapou à sua
cobiça insaciável, pelo que a sua prosperidade não durará.
Salmos:
a-
10, versículo
3 - Pois o perverso se gloria da cobiça de sua alma, o avarento maldiz o SENHOR
e blasfema contra ele.
b-
106, versículo
14 - entregaram-se à cobiça, no
deserto; e tentaram a Deus na solidão.
c-
119, versículo
36 - Inclina-me o coração aos teus
testemunhos e não à cobiça.
Provérbios: 21,
versículo 26 - O cobiçoso cobiça todo o
dia, mas o justo dá e nada retém.
Eclesiastes:
6, versículo 9 - Melhor é a vista dos
olhos do que o andar ocioso da cobiça; também isto é vaidade e correr atrás do
vento.
1 Timóteo: 6, versículo 10 - Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os
males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram
com muitas dores.
Tiago:
A- 1, versículos 14 e
15- Ao contrário, cada um é tentado
pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então, a cobiça, depois de haver concebido,
dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte.
B-
4,
versículo 2: Cobiçais e nada tendes;
matais, e invejais, e nada podeis obter; viveis a lutar e a fazer guerras. Nada
tendes, porque não pedis.
Ricardo era
um cobiçoso, um ambicioso, se tornou o 3º Duque de York pela morte de Eduardo
de Norwich, segundo Duque de York, primeiro Conde de Rutland (morto em ação na Batalha de Agincourt, grande vitória inglesa nas
Guerra dos Cem Anos), seu tio paterno.
Ricardo de
York era filho de Richard de Conisburgh, Conde de Cambridge, e Anne Mortimer.
O Versículo 2, do capitulo 4 – A origem das Contendas – “Cobiçais
e nada tendes; matais, e invejais, e nada podeis obter; viveis a lutar e a
fazer guerras” caia como uma luva nele ou para ele.
Era de nascimento da Casa de York, fundada por seu avô, Edmund de
Langley, primeiro Duque de York, primeiro Conde de Cambridge, filho mais novo
do Rei Eduardo III de Inglaterra, um membro da Casa dos Plantagenetas diretos,
e Filipa de Hainaut.
Portanto, Ricardo, 3º Duque de York, era bisneto de um Plantageneta,
mas por ambição adotou o nome Plantageneta, há
muito em desuso na família real. Ele queria marcar ponto com esse sobrenome histórico para os ingleses de todos os tempos.
Era costume entre a nobreza da Inglaterra, o recém-nascido receber o nome do local onde nasceu, vou dar um exemplo:
Era costume entre a nobreza da Inglaterra, o recém-nascido receber o nome do local onde nasceu, vou dar um exemplo:
O pai de Richard de Conisburgh, Conde de Cambridge, nasceu em Conisbrough
Castle, que era propriedade de seu pai, Edmund de Langley, primeiro Duque de
York, que o recebeu de presente do Rei Eduardo III de Inglaterra, daí o nome
Richard de Conisburgh e não de seu condado que era Cambridge.
Pelo histórico Ricardo, 3º Duque de York, teve ter nascido nesse Castelo,
portanto deveria ser chamado de Richard de Conisburgh, mas não o foi por causa
do pai, que, também, era Ricardo.
Mais, pelo sim, ou pelo não, o ambicioso Ricardo se tornou Ricardo
Plantageneta, e por herança além de 3º Duque de York, Conde de Rutland, de
March, d'Ulster e de Cambridge.
Recebeu sem fazer força para ser nobilitado e eu vou chama-lo de
Ricardo Plantageneta de York.
Uma explicação que se faz
necessária:
Rei Eduardo III
de Inglaterra e Filipa de Hainaut tiveram vários filhos, o terceiro homem foi:
Lionel de
Antuérpia, primeiro Duque de Clarence que casou com e Elizabeth de Burgh, 4 º
Condessa de Ulster, 5 º Baronesa de Connaught, que tiveram filhos, sendo um
deles:
Filipa, 5 º
Condessa de Ulster, que casou com Edmund Mortimer, 3º Conde da March.
O Ricardo
II, ou Richard de Bordeaux, Rei da Inglaterra, não tinha filhos, e Filipa, sua
prima, foi dada como Herdeira Presuntiva da Coroa da Inglaterra.
Filipa, Herdeira
Presuntiva, e Edmund Mortimer, 3º Conde da March, tiveram filhos, entre eles
Roger de
Mortimer, 4º Conde da March, e 6 º Conde de Ulster, que da mãe herdou a
condição de Herdeira Presuntiva da Coroa da Inglaterra por morte do Rei Ricardo
II.
Arvore
genealógica a partir de Roger de Mortimer:
Richard de Conisburgh, 3 º Conde de
Cambridge, foi decapitado por sua participação na The Southampton Plot, Complô de Southampton, uma conspiração que
tramava o assassinato do Rei Henrique V no porto de Southampton, para colocar
no Trono Edmund Mortimer, 5 º Conde da March, bisneto de Lionel, primeiro Duque
de Clarence, já citado acima.
Recapitulando:
Anne Mortimer, era irmã de Edmundo, 5 º Conde
da March, e 7 º Conde de Ulster, Herdeiro Presuntivo, que ao falecer em 18 de
janeiro de 1425, de peste negra, na Irlanda, no cargo de “Lord lieutenant
d'Irlande, não tinha filhos, por isso todos os Títulos e pretensões passaram
para o sobrinho, Ricardo Plantageneta, 3 º Duque de York.
Daí que....
Ricardo Plantageneta de York, que por herança
além de 3º Duque de York, Conde de Rutland, de March, d'Ulster e de Cambridge,
tornou-se, por herança do tio materno, Edmundo, 5 º Conde da March, e 7 º Conde
de Ulster, o Herdeiro Presuntivo do Trono da Inglaterra...
A ambição lhe dominou, a cobiça se fez
presente....
Continua....
Armas de Ricardo Plantageneta de York.
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